|

Congonhas: Plano diretor será revisado para dar uso à área da Vasp



Enquanto Infraero planeja desmonte de sucata e prédios da extinta operadora, novas companhias buscam espaço em Congonhas .

Ana Paula Machado e Nivaldo Souza .

Congonhas inaugura neste semestre uma torre de controle de voo com 40 metros de altura, ante os 26 da atual. O edifício conclui um ciclo de obras que desde 2003 imprime uma nova cara ao Aeroporto de São Paulo. Com investimentos de R$ 287 milhões, o aeroporto ganhou 12 pontes de embarque, acessadas por quatro salas, garagem com 3.369 vagas, entre outras melhorias de um novo desenho. “A grande mudança foi a remodelação do sistema viário do entorno”, diz a superintendente da Infraero, Eliana Akemi. Segundo ela, após a construção do túnel de acesso ao eroporto, a partir da Avenida Washington Luis, o tráfego na entrada ficou facilitado a partir da divisão do fluxo de embarque e desembarque de passageiros em pisos diferentes. O túnel consumiu R$ 23 milhões. “Os grandes investimentos já foram feitos. Agora, está sendo discutida a ampliação do pátio de manobras”, diz.

A área onde as aeronaves são manobradas será ampliada com a ocupação do pátio de 118 mil metros quadrados deixado pela Vasp. Para isso, a Infraero estuda um novo plano diretor para Congonhas, a partir da revisão do antigo. O objetivo é dotar o aeroporto de um espaço para o pernoite de aviões, que hoje só podem circular das 6 às 23 horas. O projeto deverá render uma maior área para emergências. A Infraero prevê demolir até 15 prédios da Vasp para transformá-los em pistas de manobras. O primeiro passo da obra, ainda sem investimento e projeto definidos, será o desmonte de dez aeronaves sucateadas da Vasp. Depois, será transferido o prédio da comissaria, usado para o abastecimento de alimentação das aeronaves.

DISPUTA POR ESPAÇO

As obras, contudo, não darão à Congonhas novamente o posto de maior aeroporto do país. As cerca de 570 operações de pouso e decolagem diárias estão muito aquém do que o terminal pode fazer. Isso porque após a trágica noite de 17 de julho de 2007, quando aconteceu o pior acidente da aviação civil brasileira, o Ministério da Defesa reduziu a sua capacidade. “Quem sofre na verdade com essa medida é a macrorregião de São Paulo, pois ele possui demanda suficiente para elevar o número de pousos e decolagens e abrir a concorrência para outras companhias. Há condição de serem realizadas 58 operações por hora”, disse o diretor de marketing da Azul Linhas aéreas, Gianfranco Beting. Criada há menos de dois anos, a empresa tem apenas um voo saindo de Congonhas para Porto Seguro (BA) no sábado. “A limitação é confortável para as empresas que hoje atuam em Congonhas. O aeroporto não está mais seguro com 34 pousos e decolagens. Isso na verdade é uma medida econômica e não técnica”, reclama Beting.

Para a Gol Linhas aéreas, Congonhas é o aeroporto com o maior número de operações diárias. É lá que estão as rotas mais lucrativas da companhia, com tarifas mais elevadas—graças aos passageiros em viagem de negócios da ponte aérea Rio-São Paulo, cujo fluxo cai em janeiro e julho. “Por isso, estamos trabalhando em conjunto com as autoridades para uma utilização mais eficiente do aeroporto. Como empresa competitiva, a Gol está sempre avaliando oportunidades que agreguem benefícios aos clientes e resultados ao negócio”, diz em nota.

Fonte: Brasil Econômico / NOTIMP

Foto: Agencia Brasil








Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented