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FX-2: Rússia fica fora da concorrência









Rio de Janeiro – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem não haver nenhuma deliberação para suspender o processo de escolha dos caças de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), e descartou a participação da Rússia na licitação. Segundo ele, as mesmas empresas habilitadas anteriormente (a norte-americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault) são as que continuam na disputa para fornecer os aviões de combate ao Brasil. As afirmações foram feitas após Jobim participar da cerimônia de inauguração de uma agência do Banco do Brasil no Complexo do Alemão.

De acordo com Jobim, no entanto, não deve acontecer uma definição agora, dizendo que o momento atual não é propício devido às tragédias que o Brasil enfrenta. “Os russos foram desclassificados lá atrás, no início do processo”, afirmou. A norte-americana Boeing concorre com o avião F-18 Super Hornet, enquanto a sueca Saab ofereceu o Gripen NG e a francesa Dassault entrou com o Rafale.

“Esperamos que saia uma definição (sobre a compra dos caças) este ano. Agora não é o momento. Estamos numa situação, digamos, que o Brasil está vivendo, uma situação de emergências, de chuvas, desastres aqui e acolá. Não é o momento de tomar esse tipo de decisão, porque tem tempo para tomá-la”, continuou depois.

O ministro chamou de "balbúrdia" as especulações de que outras empresas entrariam na concorrência e de que haveria uma irritação do governo brasileiro com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em relação ao episódio do acordo proposto por Brasil e Turquia no caso do Irã, que teria resvalado nas decisões sobre a escolha dos caças:

“Não tem nada disso. Existe toda uma, digamos, balbúrdia. E claro que essa balbúrdia que está sendo criada vem de lobbies das empresas não concorrentes, que estão tentando entrar no processo. Mas não vai acontecer nada”, disso.

Segundo ele, a partir do momento da escolha dos fabricantes dos caças, o processo de aquisição poderá levar mais um ano. “Uma vez decidido pela solução, há mais, no mínimo, 12 meses de negociações, que são complexas, que envolvem a transferência de tecnologia, os offsets (compensações) diretos e indiretos, e o contrato financeiro, que define a forma como isso será negociado”, afirmou.

Antes de deixar o cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou a presidente Dilma Rousseff do compromisso de manter o acordo político travado nos bastidores com o governo da França pela compra de 36 caças para a FAB à empresa francesa Dassault. Internamente, já era dada como certa no governo a aquisição dos caças Rafale. Mas, segundo interlocutores, Lula considerou que o acerto político havia perdido a validade depois que se sentiu traído pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, no episódio do acordo proposto por Brasil e Turquia no caso do Irã.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP




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