|

Ainda sem projeto, Infraero quer iniciar obras em Cumbica









Previsão da empresa é que ampliação do aeroporto comece no próximo mês, ao custo de R$ 653 milhões.

Reforma vai aumentar de 24 milhões para 35 milhões a capacidade de passageiros/ano nos terminais de Guarulhos.

Dimmi Amora.

Sem ter ainda um projeto executivo finalizado, a Infraero anunciou que pretende começar as obras do terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos no próximo mês.

Orçadas em R$ 653 milhões, as obras vão aumentar a capacidade do aeroporto de 24 milhões para 35 milhões de passageiros/ano.

Os projetos básico e executivo foram contratados no segundo semestre de 2010. Eles só devem ficar totalmente prontos em junho de 2012.

Em obras anteriores de aeroportos, o Tribunal de Contas da União determinou a paralisação por terem sido feitas sem projeto, o que, segundo o órgão, causou prejuízo aos cofres públicos.

A empresa informa que as obras que serão iniciadas são as de terraplanagem, realizadas pelo Exército. A terraplanagem já está com o projeto básico pronto.

"Algumas etapas da obra serão iniciadas ainda em fevereiro, como os serviços de resgate da fauna existente, supressão da vegetação e, por fim, limpeza do terreno."

Mas a elaboração dos projetos estão sendo executados sem gerenciamento. A Infraero pretendia contratar anteontem a empresa que faria este trabalho de supervisão sobre os projetos. Mas o Sindicato Nacional dos Engenheiros e Arquitetos conseguiu uma liminar na Justiça suspendendo a licitação.

"Está havendo um atropelamento de etapas", afirmou João Alberto Fiol, presidente do sindicato, lembrando que o ingresso na Justiça foi porque a licitação tem que ser feita por seleção técnica.

Além do novo terminal, o governo discute há anos, sem conclusão, a construção de mais uma pista no aeroporto, para atender ao aumento do fluxo de passageiros em São Paulo. No ano passado, o aumento em todo o país foi de 23,4%.

A consultoria Mckinsey defendeu num trabalho para o BNDES que bastaria uma terceira pista em Guarulhos. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, é contra.

"Isso gerou muita divergência. Inclusive eu tenho divergência, porque o custo dessa nova pista é uma maluquice", disse Jobim à Folha.

Segundo ele, ao norte, a pista esbarraria na serra da Cantareira, portanto, seria curta. Se ao lado, seria preciso derrubar hospital, hotel e outras construções, exigindo grandes indenização.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP

Foto: Andomenda




Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented