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WikiLeaks






Fernando Rodrigues.

Há alguns julgamentos apressados sobre o atual vazamento de documentos diplomáticos por meio da ONG WikiLeaks. Criou-se uma expectativa a respeito de escândalos com Força para derrubar vários líderes mundiais.

Até agora, a divulgação de parte dos telegramas provocou constrangimentos, mas nenhuma queda de políticos. Criou-se uma miragem com cheiro de frustração.

Nas próximas semanas e meses, serão divulgados mais de 250 mil despachos da diplomacia dos EUA ao longo de várias décadas, sobretudo dos últimos dez anos. Pouquíssimo veio a público até agora.

Ontem, a jornalista Natalia Viana, responsável pela divulgação do WikiLeaks em português, escreveu: "Nas próximas semanas, [os documentos] vão mostrar ao público brasileiro histórias pouco conhecidas de negociações do governo por debaixo do pano, informantes que costumam visitar a embaixada norte-americana, propostas de acordo contra vizinhos, o trabalho de lobby na venda dos caças para a Força Aérea Brasileira e de empresas de segurança e petróleo".

É material explosivo, embora o mais relevante nesse vazamento seja a possibilidade de ler, em documentos oficiais, aquilo que muitos intuem a respeito de relações diplomáticas. A forma franca com a qual os governos tratam uns aos outros ajuda a compreender um pouco mais o processo de tomada de decisões dentro do poder.

Mesmo não resultando em políticos presos ou em um líder mundial deposto, os documentos divulgados pelo WikiLeaks já representam um avanço inaudito na transparência entre os países. Como escreveu o jornalista Timothy Garton Ash, é o sonho dos historiadores e o pesadelo dos diplomatas.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP




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