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Clima esquenta entre Coreias






Na do Norte, governo diz estar preparado para uma "guerra santa", usando armas nucleares.

Da redação.

Depois de a Coreia do Sul realizar o seu maior exercício militar com munição real, o ministro das Forças Armadas da Coreia do Norte, Kim Yong-Chun, disse ontem que o país está preparado para travar uma “guerra santa” contra o vizinho. De acordo com o ministro, armas nucleares serão usadas no conflito, que teria sido provocado pelas manobras sul-coreanas. Porém, o governo do Sul diz que a ação é uma resposta ao ataque norte- coreano que, há um mês, matou quatro pessoas na ilha de Yeonpyeong.

– As Forças Armadas revolucionárias da RPDC (sigla oficial da Coreia do Norte) estão plenamente preparadas para guerra santadejustiçaaoestilocoreano, baseada na dissuasão nuclear se for necessário para enfrentar as ações inimigas que deliberadamente levam a situação à beira da guerra – advertiu a agência norte-coreana KCNA.

Especialista diz que guerra é inevitável

Até ontem, o regime comunistas vinha mantendo uma posição contida. Na segunda- feira, no primeiro dia de exercícios, a Coreia do Norte afirmou que não valia a pena reagir às manobras, porque o governo de Seul já teria mudado o seu alvo.

Os EUA já haviam advertido a Coreia do Norte, na quarta-feira da semana passada, contra qualquer reação violenta, e afirmado que os exercícios sul-coreanos são defensivos. Os americanos mantêm 28.500 soldados na parte sul da península.

O exercício
Por volta das 15h local (4h no horário de Brasília), em uma demonstração de força, tanques da Coreia do Sul fizeram disparos de artilharia e jatos de combate lançaram bombas. Durante as manobras, realizadas em uma área de treinamento na região montanhosa de Pocheon, a 30 quilômetros da fronteira com o Norte, o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, visitou uma base militar.

– Eu pensei que pudéssemos garantir a paz se tivéssemos paciência, mas não foi o caso – disse Lee para as tropas, de acordo com seu gabinete, acrescentando que reagirá se o país voltar a ser atacado. – Atacaremos sem piedade.

Após o comunicado do governo do Norte, Seul reafirmou sua prontidão para a batalha e a determinação de mostrar uma reação à altura. O presidente Lee Myung-Bak ainda criticou o governo comunista.

– O povo do Norte está quase morto de fome. Com o dinheiro gasto para fazer armas atômicas, as pessoas poderiam viver – disse Lee.

O governo de Seul insiste que os exercícios, que começaram a ser realizados na quarta- feira, no Mar do Japão, a 100 quilômetros fronteira da Coreia do Norte, têm caráter defensivo. Em resposta, os vizinhos qualificaram o Exército sul-coreano como “belicista”.

– Eles dizem que vão iniciar manobras com tiros reais, com a participação de F-15K (aviões de combate), de tanques e canhões em uma base militar de Pocheon – afirma o comunicado, divulgado antes do fim das manobras.

O cenário de guerra, para o analista do Conselho de Relações Exteriores, com sede em Washington, Peter Beck, é inevitável.

– A questão não é saber se haverá uma nova provocação, e sim, quando – estima Beck, para quem o governo norte-coreano necessita deste tipo de ação para fortalecer a posição de Kim Jong-Un, filho do ditador Kim Jong-Il escolhido para sucedê-lo.

– O objetivo é apresentar Jong-Un como um líder forte e sólido, unindo as pessoas em torno do regime ao alimentar o temor de uma guerra – argumenta.

As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra porque a Guerra da Coreia de 1950-53 terminou em armistício, não em tratado de paz.

Fonte: JORNAL DO BRASIL / NOTIMP




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