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Simulação de guerra na região Nordeste começa no dia 8






ImagemA Força Aérea Brasileira realiza entre os dias 8 e 19 de novembro, a quinta edição de uma guerra simulada nos céus do Brasil. Também é a terceira vez que a chamada operação “Cruzeiro do Sul” (Cruzex) ocorre no espaço aéreo da região Nordeste a partir da Base Aérea de Natal, como conta o seu porta-voz, o coronel Henry Munhoz. “São vários os motivos que fizeram com que Natal fosse escolhida, primeiro porque a Base Aérea tem infraestrutura para receber as três mil pessoas que participarão das operações e, além disso, tem um clima e meteorologia que favorecem o treinamento de guerra”.

O coronel Henry Munhoz explica que os militares das Forças Aéreas de cinco países que participarão da Cruzex V “vão conhecer um cenário belíssimo e um pouco da mostra da cultura de nosso país”.

Segundo Munhoz, na Cruzex de 2008 foram realizados muitos investimentos em infraestrutura na Base Aérea de Natal, que agora serão aproveitados para essa nova simulação de guerra nos céus do Nordeste. Maxaranguape, na região do Mato Grande, será o ponto de partida de um país invasor, enquanto os céus na região de Campina Grande (PB) funcionarão como o país “amarelo” onde a força aérea da coalização “azul” fictícia pretende libertar da invasão feita por uma coalizão “vermelha” inimiga.

Alguns aviões Mirage e F5 já estão aguardando o início das operações na Base Aérea, onde chegou, ontem à tarde, um avião Hércules trazendo mantimentos e recursos humanos que vão participar das operações. No dia 13 os aviões serão expostos à visitação pública, assim como o público também deverá assistir um show da Esquadrilha da Fumaça.

Munhoz conta que além do Brasil, participam da Cruzex V a Argentina, Chile, França, Uruguai e Estados Unidos, que em 2008 havia participado como país observador e este ano participa, pela primeira vez, da guerra simulada nos espaços aéreos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Como países observadores, ele informa que virão militares da Bolívia, Canadá, Colômbia, Equador, Inglaterra e Paraguai.

Para Munhoz, a guerra simulada “é uma excelente oportunidade para estreitar os laços de amizades com diversos países que estarão aqui”, mas também é importante a participação da Força Aérea de um país como os Estados Unidos, que ao contrário da América Latina, passa por situações de guerra no mundo contemporâneo. “Os Estados Unidos têm amplo conhecimento de combate aéreo porque vive essa questão no seu dia a dia, e agora os integrantes de sua Força Aérea estarão dividindo experiências conosco. Será um ganho muito positivo, pois eles têm grande experiência no combate no ar e no solo”.

Na opinião do coronel Munhoz, os americanos “gostaram tanto da dinâmica que viram na Cruzex de 2008, que pediram para participar agora, dividindo experiência”.

Por fim, ele disse que a experiência que o cidadão comum vai ter da guerra simulada, no seu dia a dia, “será o grande movimento de aviões sobrevoando a região Nordeste”, pois tudo é fictício e simulado. “A guerra realmente é virtual na utilização de armamentos, mas real no emprego aéreo de mais de 60 aeronaves somente em Natal, porque não teremos disparo de nenhum tipo de munição”.

Preparativos para quinta edição do exercício Cruzex estão adiantados

Os caças ainda não chegaram, mas a cada dia a Base Aérea de Natal se torna mais parecida com um cenário de guerra para o exercício CRUZEX V, que acontece no Nordeste brasileiro até o próximo dia 20 de novembro. O porta voz da Cruzex, Henry Munhoz, explica que a guerra simulada que vai ocorrer entre os dias 8 e 19 de novembro, no espaço aéreo do RN, PB, CE e PE, em uma guerra simulada que serve de treino para os militares.

Em sua quinta edição, a operação vai contar com a participação da força aérea de seis paises. Além do Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, França e Uruguai irão participar da guerra simulada. De acordo com Henry Munhoz, a Base Aérea de Natal foi escolhida como base devido à localização geográfica, condições de voo, estrutura da Base Aérea e rede hoteleira da cidade. "São quase três mil pessoas que poderão conhecer uma cidade lindíssima, em uma oportunidade ímpar", elogiou.

Na estrutura da Base Aérea já estão instaladas antenas, computadores e equipamentos de comunicação que dão uma ideia de como o trabalho no solo é importante para garantir o sucesso das missões no ar. “Sem comunicação, não tem CRUZEX”, resume o Tenente-Coronel Sérgio Candea, do 1° Grupo de Comunicação e Controle (1° GCC) da Força Aérea Brasileira.

Ele explica que para o exercício foi montada uma estrutura completa de Telecomunicações e Tecnologia da Informação necessária para atividades que vão do controle do espaço aéreo até a atualização do twitter da CRUZEX V. São quase 600 estações de trabalho ligadas por uma rede com capacidade de transmitir até 1 gigabyte por segundo. Há ainda rádios, sistemas de comunicação criptografadas e telefonia segura.

Somente para comunicação por satélites foram instaladas 17 antenas em Natal, Recife, Fortaleza, Campina Grande (PB), Mossoró (RN), Sousa (PB), Caicó (RN), Iguatu (CE) e Morada Nova (CE). “Também estamos preparados para diversas ocorrências. Todos os nossos equipamentos podem ser deslocados para qualquer lugar e temos backups que garantem a comunicação mesmo se ocorrer problemas”, ressalta o Tenente-Coronel Candea. "Vamos juntar países diferentes, aeronaves diferentes, culturas e idiomas diferentes. Será uma interação importantíssima", completou Munhoz.

Segurança

“A CRUZEX terá intercâmbio de conhecimentos, tanto no céu quanto na terra”. A frase é do Tenente Coronel Luiz Cláudio Topan, o segundo homem na linha de comando da Force Protection, a tropa de Infantaria da Aeronáutica responsável pela seguranca e defesa do Exercício. Ela evidencia a expectativa pela inédita participação de militares dos Estados Unidos e da França.

A Force Protection atua para evitar o acesso indevido de pessoas a setores restritos, preservar as instalacões e, principalmente, para garantir a seguranca das aeronaves. Dessa forma, mantém a capacidade de combate da Força Aérea. Está presente sempre com um efetivo compatível ao tamanho da atividade realizada. Nesse Exercício, cobre todas as localidades de Natal (RN), Fortaleza (CE), Campina Grande (PB), Mossoró (RN), Recife (PE) e Iguatu (CE). Todo esse contingente é comandado a partir da Base Aérea de Natal.

Além de controladores de acesso, sentinelas e uma ampla rede de vigilância eletrônica, a Force Protection conta ainda com uma força de reação motorizada pronta para prestar apoio em qualquer ocorrência.

Nas últimas quatro edições da CRUZEX, esse servico ficou a cargo exclusivamente dos brasileiros. Desta vez, outros países manifestaram interesse em participar, mas vão atuar em conjunto com os militares do Brasil e não de forma isolada. “Eles se adaptarão ao nosso padrão de seguranca, assim como avaliaremos o sistema ultilizado por eles. Da mesma maneira que ocorre a troca de experiências no setor aéreo, na terra aprenderemos com as diferenças”, explica o Tenente Coronel Topan.

Fonte: TRIBUNA DO NORTE, via NOTIMP




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