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Ministério da Defesa libera envio de 800 militares do Exército ao RJ






Pedido foi feito pelo governador do estado, Sérgio Cabral.

Contingente vai auxiliar na repressão à onda de violência.

Débora Santos.

O Ministério da Defesa informou, na noite desta quinta-feira (25), que, a pedido do governo do Rio de Janeiro, serão enviados 800 militares do Exército para auxiliar a polícia local no combate à onda de violência na capital do estado e em cidades vizinhas.

A autorização para liberar reforços ao estado foi dada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Ministério da Defesa, os 800 militares estarão sob o comando de um oficial de autoridade militar e vão trabalhar em articulação com as forças policiais estaduais e federais.

O ministério informou que o embarque dos militares é imediato e os soldados devem estar nas ruas da capital fluminense já na manhã desta sexta-feira (26). Segundo o documento assinado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, os soldados serão “utilizados na proteção de perímetro de áreas conflagradas a serem tomadas pelas forças estaduais e pela Polícia Federal".

Para complementar o envio de tropas, o governo federal também vai mandar para o Rio dois helicópteros da Força Aérea, 10 blindados de transporte, e serão fornecidos, temporariamente, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo, além de óculos para visão noturna (ao final desta reportagem, leia a íntegra da diretriz ministerial).

Desde domingo, o Rio vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo, é uma reação à política de Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, na qual a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. Em toda a região metropolitana, 72 veículos foram queimados e houve 188 pessoas presas ou detidas em eventos relacionados aos ataques, segundo balanço divulgado às 20h desta quinta.

Na tarde desta quinta, policiais entraram na favela da Vila Cruzeiro, que se tornou um reduto de traficantes no bairro da Penha, na Zona Norte do Rio. Os criminosos fugiram para o topo do morro e, de lá, partiram para o Complexo do Alemão. Veja no mapa ao lado.

A operação durou cerca de quatro horas. Foi liderada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e usou ao menos 350 homens (200 da Polícia Civil e 150 do Bope), com o apoio da Marinha, que cedeu nove blindados.

Fuga de criminosos

O comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, disse em entrevista ao vivo no "Jornal Nacional" que a PM irá atrás dos criminosos que fugiram da favela de Vila Cruzeiro.

“Em relação aos criminosos que se puseram em fuga, eu gostaria de afiançar que nós vamos atrás deles. Com toda a certeza, nós vamos buscá-los. Seja amanhã, depois, o tempo não importa. Nós temos uma estratégia bem definida e nós iremos atrás daqueles criminosos que se colocaram em fuga”, disse Duarte.

Policiais entraram na favela por volta das 13h e, por volta das 17h, chegaram ao topo do morro, depois de ocupar os principais pontos da Vila Cruzeiro.

“Depois de quarto horas de intensos combates, o Batalhão de Operações Especiais conseguiu dominar aquela região da Vila Cruzeiro que era o nosso alvo e vai permanecer naquele terreno agora por tempo indeterminado. Eu diria que nós não vamos sair mais”, disse o comandante.

Segundo Duarte, o uso de veículos blindados da Marinha ajudou. "Os equipamentos foram facilitadores desses confrontos. Os equipamentos, os carros blindados que nos apoiaram, os carros da Marinha. Poderiam ser combates muito mais duros, com um prazo muito maior, com um número de feridos muito maior. E esses veículos nos deram uma vantagem muito grande e pretendemos continuar usando esses equipamentos no futuro”, disse.

Fonte: PORTAL G-1, via NOTIMP

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Ministério da Defesa enviará 800 homens do Exército ao Rio

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou na noite desta quinta-feira a Diretriz Ministerial nº 14, que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao governo do Rio de Janeiro nas operações de combate à onda de criminalidade que afeta o Estado.

A Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi solicitada pelo governador do Rio e autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serão enviados 800 homens do Exército para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pelas polícias.

Também serão enviados dois helicópteros da Força Aérea e 10 blindados de transporte, com origem a ser definida em coordenação entre as próprias forças, inclusive a Marinha, que já se encontra com viaturas em operação. Também serão fornecidos, temporariamente, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna.

Até esta quinta-feira, 32 pessoas foram mortas na onda de violência.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.

Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado.

Fonte: PORTAL TERRA, via NOTIMP

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Após Marinha, a vez do Exército

No dia em que fuzileiros navais deram apoio a ação no Rio, envio de 800 homens foi autorizado

Depois de contar ontem com o auxílio dos fuzileiros navais da Marinha, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro recebeu a notícia de que o Exército também ajudará no conflito contra os traficantes cariocas.

Na noite de ontem, o Ministério da Defesa anunciou o envio de 800 militares para auxiliar no combate à onda de violência na capital do Estado e regiões vizinhas.

A PM contou ontem com 13 blindados e 52 fuzileiros da Marinha na operação contra o tráfico na Vila Cruzeiro, no Rio. Depois do sucesso da ação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o reforço do Exército. O embarque dos militares deve ser imediato.

Além das tropas, serão enviado ao Rio dois helicópteros da Força Aérea, 10 blindados de transporte, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna, entre outros.

Segundo o documento assinado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, os soldados serão “utilizados na proteção de perímetro de áreas conflagradas a serem tomadas pelas Forças estaduais e pela Polícia Federal”.

O reforço do Exército ocorre horas depois de críticas contra a força feitas pelo secretário da Segurança do Rio, José Maria Beltrame. Ele disse ontem que o Exército não havia sido convocado para a operação até então. Mas, em ocasiões anteriores, não participou quando chamado.

– Essa é uma decisão do Exército. Não posso me meter nesta seara – declarou.

Mobilização rápida de tropa

A Marinha precisou de apenas 12 horas para se mobilizar para a operação. É provável que o ministro da Defesa tenha levado em consideração a profissionalização da Marinha quando um fax enviado pelo Palácio da Guanabara chegou ao seu gabinete, no início da semana, pedindo auxílio na luta contra o terror imposto pelos traficantes.

Segundo especialistas, a opção pela Marinha se explica pela capacidade de mobilização mais rápida da força. Outro fator seria a redução operacional de tropas do Exército no Rio de Janeiro.

As Forças Armadas no Rio

- Rio 92 – Durante a megaconferência mundial sobre ambiente, tropas do Exército ocuparam as principais avenidas do Rio. A cidade viveu um período de calmaria.

- Novembro de 1994 – Com concordância do governo estadual, o Exército deflagrou a maior operação militar da história no Rio. Cercou 35 favelas, entre elas o Complexo do Alemão. Algumas foram ocupadas, outras apenas sofreram bloqueio e revista. A ação durou um mês.

- Outubro de 2002 – Mais de 5 mil militares do Exército saíram às ruas para garantir tranquilidade durante as eleições.

- Fevereiro de 2008 – O Exército ocupou 13 favelas do Rio em busca de fuzis que foram roubados de um quartel situado na área central da cidade. A ocupação durou oito dias. Os fuzis reaparecem.

Fonte: ZERO HORA, via NOTIMP



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