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Embraer mais perto de fechar fábrica na China (Embraer nega)









Segundo executivo da empresa, planos chineses de fabricar aviões concorrentes dos brasileiros inviabiliza parceria no país asiático.

Natalia Gómez

A Embraer está mais perto de fechar a fábrica que mantém na China, por causa dos planos chineses de produzir seus próprios aviões. "Os chineses vão começar sua produção própria em 2011 e nos veem como concorrentes", disse Paulo Cesar de Souza e Silva, vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial da Embraer.

A empresa tem uma fábrica na China em associação com a Aviation Industries of China (Avic), para a fabricação do ERJ-145, de 50 lugares. A ideia da Embraer seria ter a autorização para fazer um avião maior, de capacidade para 120 passageiros. Porém, a China está desenvolvendo aviões próprios. Segundo Silva, a última entrega de um ERJ-145 será feita em março.

O executivo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta para o governo chinês sobre o assunto, mas não obteve resposta. Para Paulo Cesar, não há mais perspectivas de continuar a produção no país. Depois do evento, em comunicado, a Embraer informou que ainda está negociando "com o governo da China e o parceiro chinês" a continuidade das operações.

A Embraer e a Avic, que montaram a fábrica em 2002, aplicaram US$ 25 milhões no negócio. Apesar de a empresa brasileira possuir 51% da joint venture, a sócia chinesa construiu a maior parte da infraestrutura.

Mas o investimento nunca se configurou num grande negócio para a Embraer. O maior contrato da empresa na China é com a companhia aérea Hainan Airlines. Esse contrato, porém, enfrentou vários problemas. O acerto previa a venda de 100 aviões: 50 ERJ 145, produzidos em Harbin, e 50 Embraer 190, feitos no Brasil. Em maio do ano passado, em meio à crise, a Hainan cortou pela metade a encomenda dos ERJ 145. Já os aviões feitos no Brasil encontraram muita dificuldade para conseguir as licenças de importação para entrar na China.

Projeção. Apesar dos problemas com a operação na China, a Embraer começa a ver um cenário mais positivo para o mercado aéreo. A companhia prevê que o mercado de aviação deve voltar aos níveis pré-crise a partir do final do ano que vem. Até lá, a empresa prevê estabilidade em relação aos resultados de 2010. "Esperamos um resultado parecido com o do ano atual", disse Paulo Cesar de Souza e Silva.

Segundo ele, o mercado está melhorando gradualmente, com melhores resultados na América Latina, Ásia e Oriente Médio, mas Estados Unidos e Europa continuam fracos.

Para este ano, a companhia prevê vendas de 90 a 95 aviões, ainda 30% abaixo do nível pré-crise. Em 2009, as vendas foram "praticamente zero", segundo ele. As entregas devem somar 100 aeronaves em 2010, enquanto em 2009 foram entregues 120 aviões.

O executivo destacou que, no Brasil, um fator negativo neste momento é o real apreciado, que gera um desequilíbrio entre os custos da empresa (em reais) e sua receita (que é 92% em dólares). Paulo Cesar participou ontem de um evento promovido pela Embraer, a Azul e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) para apresentar uma parceria no combate ao câncer de mama.

- Rivais

Paulo Cesar Souza E Silva

Vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial da Embraer:

"Os chineses vão começar sua produção prória em 2011 e nos veem como concorrentes"

"Esperamos um resultado (para o ano que vem) parecido com o do ano atual"

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP

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COMUNICADO – EMBRAER NA CHINA

São José dos Campos, 7 de outubro de 2010 – Com respeito ao noticiário veiculado na imprensa acerca do fechamento das operações industrias da Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), a Embraer esclarece que não há, até este momento, uma decisão sobre o assunto, estando a Empresa em negociações com o governo da China e o parceiro chinês, com vistas à continuidade das operações.

Fonte: EMBRAER




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