Alagoas: Área de primeira mina é localizada

Wagner Sarmento

Alagoas

A Marinha deu início na tarde de ontem à operação que vai retirar as seis minas marítimas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) enterradas em Maragogi, litoral norte de Alagoas, na divisa com Pernambuco. A Capitania dos Portos de Alagoas já realizou a localização e demarcação da área do primeiro artefato, situado na Praia de Antunes, a 5 quilômetros da região central do município. A identificação foi possível por meio do equipamento Sniffex, que revela a presença de ácido nítrico no subsolo, e de um detector de metais. Na manhã de hoje, a área começará a ser escavada. A expectativa dos militares é que essa mina seja removida amanhã, embora o cronograma inicial aponte a retirada para a sexta-feira.

A retirada de cada mina respeitará etapas. No caso do primeiro artefato, já concluímos a fase inicial. Temos a localização exata e o próximo passo é escavar. Por ser areia fofa, a escavação deve ser mais rápida do que a previsão inicial de dois dias, afirmou por telefone o capitão-de-fragata André Pereira Meire, que comanda a Capitania dos Portos de Alagoas e chefia e operação em Maragogi. Como não há casas num raio de 150 metros dessa mina, nenhuma residência precisará ser evacuada.

Antes da remoção, um militar do Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha (CMASM) descerá até o local e desarmará o artefato. Em seguida, a mina será carregada de caminhão a uma área montanhosa e desabitada a 2,5 quilômetros da praia, perto do aterro sanitário da cidade. Por fim, ela será submetida a uma queima controlada ou detonação.

Também amanhã, os militares já farão a localização e demarcação da segunda mina, em Antunes, a 1,9 quilômetro da primeira. As outras quatro estão situadas na região central de Maragogi. As seis minas marítimas foram descobertas após uma sétima ser achada ao acaso na orla em 10 de maio, durante uma obra de saneamento. Um helicóptero da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Rio, chegou na noite de ontem a Maragogi e ficará à disposição.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP