Resgate da história marca a comemoração dos 30 anos do Esquadrão Puma
O Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) comemora hoje (10/9) 30 anos reverenciando sua origem. Sediado na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro, o Esquadrão, conhecido como Puma, herdou a missão da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1 ELO) que participou da campanha brasileira na Italia, durante a Segunda Guerra Mundial. Integrante da Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira, a 1 ELO tinha como missão regular o tiro da artilharia e observar o campo inimigo. Os pilotos e os mecânicos dos aviões eram da FAB e os observadores aéreos, oficiais do Exército. Toda a trajetória que começa em 1945, passa pela criação do Terceiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (3 EMRA) até a criação do 3º/8º GAV, em 1980, que ganha mais visibilidade, publicidade e destaque a partir de hoje. Um Salão Histórico registrará numa linha do tempo a memória de cada fato que marcou o Esquadrão. Operando atualmente com o helicóptero H-34 Super Puma, o esquadrão é responsável, entre outras missões, por busca e salvamento, socorro em voo, socorro a vítimas de desastres naturais, transporte especial, além de missões humanitárias. Em junho, por exemplo, a participação do 3º/8º GAV foi decisiva no esforço de ajuda aos desabrigados pelas enchentes nos estados de Alagoas e Pernambuco. “Prontidão, operacionalidade e altruísmo são as marcas desta equipe”, define o Comandante do Esquadrão Puma, Tenente-Coronel-Aviador Alexandre Anselmo Lima. Na cerimonia militar que marca hoje (10/9) as comemorações dos 30 anos do Esquadrão Puma, três veteranos da 1 ELO serão homenageados: Orpheu Bertelli, de 86 anos, Geraldo Perdigão, de 88 anos e Sebastião Rubens Tecles, de 99 anos. “Só o fato de não ter sido esquecido pela FAB e pelos colegas depois de 65 anos é um orgulho, uma honra”, revela emocionado Orpheu Bertelli que se apaixonou pela aviação por influência do primo, Alberto Bertelli, um civil campeão sul-americano de acrobacias aéreas em 1947. Voluntário da Forca Expedicionária Brasileira, Orpheu partiu para a Itália em 1944 com a 1 ELO. “Éramos os olhos avançados da artilharia no campo de batalha” explica ele.