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Brasil lança 1º satélite astronômico em 2015






Mirax custa aproximadamente R$ 10 milhões e usará raios-X para registrar buracos negros e estrelas de nêutrons entre outros corpos celestes

O primeiro satélite astronômico do Brasil, com lançamento previsto para 2015, utilizará raios-X para registrar buracos negros e estrelas de nêutrons entre outros corpos celestes. O Mirax tem custo estimado de R$ 10 milhões e ficará a 600 quilômetros, em órbita quase equatorial, informou, ontem, em simpósio no Recife, o coordenador do projeto, o astrofísico João Braga.

Sigla de Monitor e Imageador de Raios X, o Mirax será lançado com o satélite atmosférico Equars. Um ficará voltado para cima, registrando o espaço, e o outro para a Terra, descreve Braga. O Mirax e o Equars integram uma estrutura chamada Lattes, homenagem ao físico César Lattes (1924-2005).

O astrofísico descreve o Lattes como dois cubos de um metro de altura colados. Um deles é a plataforma com painéis solares, bateria e sistemas como o de propulsão. O outro abrigará o Mirax e o Equars, detalha João Braga.

Vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ele realizou palestra sobre o tema no Simpósio Internacional de Ciência e Tecnologia Georg Marcgrave - 400 anos, a ciência unido velho e novo mundos, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Casa Forte, Zona Norte do Recife.

O Lattes, com custo de aproximadamente R$ 50 milhões, pesará 500 quilos e tem vida útil estimada em quatro anos. Colaboração firmada recentemente com a Itália, adianta João Braga, permitirá a incorporação de um conjunto de instrumentos para o registro de diferentes faixas de energia. São câmaras que farão imagens usando várias fontes de raios X ao mesmo tempo, adianta Braga,

Essas fontes de raios X apresentam comportamento variável no tempo e precisam de instrumentos que observem um grande número de fontes pelo máximo de tempo possível. Os emissores de raios X estão geralmente associados à presença de objetos compactos remanescentes de estrelas (buracos negros, estrelas de nêutrons e anãs brancas) e, em muitos casos, manifestam-se através de gigantescas explosões cósmicas, explica.

Além da colaboração com a Itália, o desenvolvimento do Lattes conta com interação científica com as universidades da Califórnia e de San Diego, nos Estados Unidos. Para João Braga, um quarto do projeto está concluído.

Enquanto o Mirax estará voltado para os céus, o Equars fará o monitoramento da atmosfera na região equatorial. O Equars permitirá pesquisas sobre vapor dágua e convecção de nuvens, além da variação da temperatura.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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