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Argentina deve integrar projeto de novo jato militar da Embraer









Virgínia Silveira

Depois de Chile e Colômbia e, mais recentemente, Portugal oficializarem a intenção dos seus governos de participar do desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, projeto encomendado à brasileira Embraer pela Força Aérea Brasileira (FAB), a Argentina deve ser o próximo parceiro do programa. Segundo fonte do setor de defesa do governo, os dois países já estão negociando os termos da carta de intenção para assiná-la em breve.

Na sexta-feira, os Ministérios da Defesa do Brasil e de Portugal assinaram uma Declaração de Intenções de parceria no programa do cargueiro brasileiro. O acordo, informou a Embraer, também marca o início das negociações para entrada de empresas portuguesas no projeto e na fabricação do novo avião. O governo português também revelou a intenção de adquirir seis aeronaves para equipar a Força Aérea de seu país.

Com os novos parceiros, o número de intenções de compra do KC-390 sobe para 52. Desse total, 28 são da FAB, seis do Chile, seis de Portugal e 12 da Colômbia. A África do Sul, de acordo com a fonte, ainda não definiu participação no projeto, mas segue na lista dos parceiros mais próximos do KC-390.

A Embraer planejou produzir 180 unidades do seu novo avião de transporte militar nos primeiros dez anos de comercialização da aeronave. A empresa identificou demanda potencial de 700 aeronaves na classe do KC-390, um negócio estimado em US$ 50 bilhões, sendo 100 delas na América do Sul.

O KC-390 começou a ser desenvolvido em abril do ano passado, a partir de um acordo assinado entre a Embraer e a FAB, que destinará US$ 1,3 bilhão para o projeto. O valor, segundo a FAB, cobre todas as atividades de concepção, desenvolvimento, ensaios, certificação e preparação para produção. Neste ano, segundo o gerente executivo do projeto do KC-390 na FAB, coronel Adalberto Zavaroni, o projeto receberá cerca de R$ 95 milhões. Para 2011, já existe previsão de aporte da ordem de R$ 220 milhões.

O programa de desenvolvimento do cargueiro, de acordo com o gerente do projeto, encerrou em maio a fase de estudos preliminares e trabalha, agora, na definição inicial dos principais sistemas que equiparão a aeronave. "Selecionamos oito sistemas que representam o coração da operação de um jato de transporte e de reabastecimento em voo, não só pelas suas características críticas, mas também pelo alto nível de tecnologia que agregam", explicou.

Nos últimos quatro meses, segundo Zavaroni, a Embraer e a Aeronáutica trabalharam em conjunto na definição dos requisitos relacionados ao motor, trem de pouso, comandos de voo e sistemas de manuseio e lançamento de carga. "Já identificamos alguns potenciais fornecedores para esses sistemas e a Embraer se encarregou de avaliar as ofertas sob o ponto de vista técnico e comercial. A FAB está analisando as propostas sob o ponto de vista de "off set" (compensação comercial, tecnológica e industrial)".

O gerente informou ainda que, até abril de 2010, as duas partes estarão envolvidas na definição dos requisitos e de fornecedores para os sistemas de missão do KC-390 (radares e aviônica), de reabastecimento em voo e de auto-defesa.

A indústria aeroespacial brasileira, de acordo com Zavaroni, também terá um papel de importante no programa de desenvolvimento do KC-390, seja através dos acordos de compensação (off set) ou também com o fornecimento de sistemas que envolvam tecnologias já dominadas no país. "A indústria nacional já tem competência em áreas estratégicas como a de aviônicos, estrutura e trem de pouso", afirmou.

O KC-390 vai substituir a frota de C-130 da FAB, utilizada hoje nas áreas de transporte logístico pesado, busca e resgate, ressuprimento aéreo, evacuação médica, combate a incêndio florestal e reabastecimento em voo. O preço da aeronave, segundo o gerente do projeto, deve ser menor que o do C-130, que custa na faixa de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões.

Fonte:
VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP

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Participação portuguesa no Embraer KC-390 definida até final do ano

O contributo da indústria portuguesa no fabrico do avião de transporte militar da Embraer KC-390 deverá estar definida até final do ano. No final da semana passada foi assinado novo acordo de intenções.

A participação portuguesa na construção do avião de transporte militar KC-390, que deverá substituir os C-130, estará definida até ao final do ano, acredita o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, que na sexta-feira assinou com o homólogo brasileiro, Nelson Jobim, o penúltimo acordo para a participação portuguesa no projecto da Embraer.

A declaração de intenções assinada sexta-feira marca o início das negociações para a entrada de empresas portuguesas no projecto e na fabricação do novo avião, assim como a futuro aquisição de seis aeronaves para a Força Aérea Portuguesa.

Segundo comunicado da Embraer, "Portugal é o terceiro país a assinar um acordo para discussões de parceria internacional para o KC-390 em menos de um mês", depois de em Agosto, o governo do Chile ter oficializado o seu interesse e no início deste mês, a Colômbia ter também assinado uma Declaração de Intenções para cooperação.

Com a intenção manifestada pela Força Aérea Brasileira (FAB) de adquirir 28 aeronaves, e esta decisão de Portugal, "eleva-se para 52 aviões a perspectiva de vendas futuras do KC-390".

Segundo o ministro da Defesa brasileiro, citado pela Lusa, pretende-se "ter o protótipo já pronto em 2014 ou 2015 e iniciar a produção em série em 2018", ano em que começa a "paralisação do material dos norte-americanos C-130". Estima-se que circulem em todo o mundo entre 2000 e 2500 aviões de transporte militar C-130, pretendendo a Embraer ocupar esse mercado com o KC-390.

De qualquer forma, os C-130 da Força Aérea Portuguesa deverão continuar a operar por pelo menos mais cinco anos.

Augusto Santos Silva garante, no entanto, já estarem identificadas "as áreas onde uma eventual participação portuguesa faria sentido", especificando a área de engenharia de aeroestruturas e de software, concretamente no fabrico de fuselagem e equipamentos de informação e comunicações.

Fonte: Negócios On Line, via NOTIMP





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