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Anac agora multa a Webjet








Carlos Lupi diz que Ministério do Trabalho reforçará a fiscalização da carga horária dos funcionários das empresas.

Fernando Braga

Após ficar calada durante o ápice do caos que se instaurou nos últimos dias nos aeroportos de todo o país, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) resolveu mostrar a atuação ainda que contida que a sociedade espera de um órgão regulador. Depois de multar a Gol em R$ 2 milhões pelas falhas que fizeram 54,4% dos voos da companhia operarem com atraso no último fim de semana, a agência puniu a Webjet em R$ 600 mil por prejudicar seus passageiros com o mesmo problema. Durante os primeiros dias da confusão, a companhia chegou a ter 27,8% das suas partidas com retardo.

Como o início de todo o transtorno teria se dado na mudança de um sistema que fez com que os tripulantes tivessem um excesso de horas voadas não calculadas, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, também mostrou que está atento à situação.

Segundo o chefe da pasta, as Superintendências Regionais de Trabalho irão reforçar a fiscalização nos aeroportos para evitar abusos na jornada de trabalho dos funcionários das aéreas.

De acordo com a agência, o principal problema constatado durante uma auditoria feita na Webjet foi uma falha na organização da escala da tripulação, que estava trabalhando com uma alta carga horária, o que contribuiu para os atrasos. Para evitar prejuízos e cancelamento de voos, a empresa fez, então, um acordo com uma outra companhia aérea que cedeu uma aeronave com tripulação.

Pudemos constatar o problema na Webjet com antecedência.

Assim, multamos a empresa, restringimos algumas operações e a companhia contratou um avião da Avianca para resolver a questão, disse a presidente da Anac, Solange Vieira, que tirou o dia ontem para conferir pessoalmente a situação dos quatro principais aeroportos do país Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro. Em nota, Webjet afirmou que vem seguindo todas as determinações da Anac e que as questões operacionais já foram solucionadas.

Durante o deslocamento, Solange fez questão de usar os serviços aéreos das empresas envolvidas no tumulto desta semana.

Nossa expectativa era que tudo se normalizasse entre quarta e quinta-feira. Hoje (ontem), a gente já conferiu a situação e vimos que em todos os aeroportos está tudo bem, disse.

Horas extras A presidente da autarquia afirmou que durante todo este mês a Anac vai seguir de perto a montagem de escala de trabalho dos funcionários, comissários, comandantes e tripulantes das empresas para que novos problemas não se repitam. Na Gol, vamos acompanhar semanalmente a questão que envolve o trabalho da tripulação. Tudo indica que foi mesmo um problema no sistema da companhia, comentou.

Para o ministro do Trabalho eEmprego, Carlos Lupi, os trabalhadores do setor aéreo são explorados por empresas que só querem ganhar dinheiro. A situação é grave, porque põe em risco a vida de muitos brasileiros, disse o ministro, acrescentando que os abusos na carga horária já tinham sido denunciados pelos sindicatos da categoria.

De acordo com um balanço da Anac, de janeiro a junho deste ano, a autarquia recebeu 2.139 manifestações sobre atrasos de voos e 2.348 sobre cancelamentos. Somente neste semana, a agência registrou pelo menos 500 reclamações a maioria referente à companhia Gol, responsável por cerca de 70% dos voos atrasados em todo o país de domingo a terça-feira.

Com as multas aplicadas, a agência espera fechar 2010 com R$ 15 milhões arrecadados com punições. Em 2009, esse valor foi de R$ 7,3 milhões. Neste ano, a Anac já emitiu 861 autos de infração contra companhias aéreas. O dinheiro é utilizado para complementar o orçamento anual do órgão, que é de R$ 108 milhõ

Passagem aérea nas Casas Bahia: A TAM anunciou uma parceria com a Casas Bahia para vender passagens aéreas usando, inicialmente, a estrutura da varejista em três lojas na cidade de São Paulo a partir do próximo domingo, 8. O consumidor poderá dividir o valor das passagens em até 12 vezes, com parcela mínima será de R$ 20. Segundo a companhia aérea, após o projeto-piloto, a parceria deve ser estendida para outras lojas da varejista. A empresa prevê que em cinco anos as classes C e D respondam por cerca de 17% do público atendido.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE, via NOTIMP

Foto: Mario Ortiz




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