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Aeroportos sem lastro








No Brasil, 3,2% da população usa o avião ao viajar

O diz que diz de momento fora, naturalmente, as campanhas eleitorais é o ritmo das obras para o Brasil receber a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Em algumas das 12 cidades-sede dos jogos do primeiro megaevento, nenhum tijolo foi movimentado até agora. As rivalidades políticas parecem entremear as iniciativas. Além dos estádios, a infraestrutura viária (aeroportos, portos, rodovias e metrôs) lidera as preocupações. Milhões de brasileiros descobriram que avião é um meio seguro, confortável e, obviamente, rápido para viajar, seja no turismo interno ou seja para dar uma esticada ao exterior. A Empresa de Infraestrutura Aeronáutica (Infraero) garante que vai investir R$ 6,5 bilhões na reforma e ampliação de 16 aeroportos dessas cidades, embora ela administre 67 em todo o país. Cerca de 60% das obras serão custeadas com recursos próprios e 40% com verbas da União. Os terminais vão atuar diretamente no tráfego de passageiros durante a competição, já que concentram 83% do movimento aéreo brasileiro.

Nos dois meses de movimentação extra nos aeroportos (junho e julho), a expectativa é de que haja 1,2 milhão de passageiros estrangeiros e 1,5 milhão de usuários domésticos. O aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, visto como um dos mais problemáticos do país, precisa de reformas específicas para atender algo em torno de 30 milhões de passageiros previstos para 2014, ano em que haverá 18 milhões de passageiros em Brasília, e, por isso, serão ampliados de 13 para 32 os pontos de embarque e desembarque no terminal do Distrito Federal. Treze anos atrás, havia, em média, 0,3 passageiro por habitante no Brasil, para uma população de 163 milhões de pessoas, subindo, em 2008, para 0,6, considerando um contingente de 189 milhões de habitantes.

Hoje, a Infraero estima que 3,2% da população usa avião. O crescimento do número de passageiros no país entre janeiro e novembro de 2008 e o mesmo período de 2009 foi de 11,6%, enquanto outros países registraram queda de 3,2%. De 2009 a 2014, o número de pessoas que viajam de avião no Brasil crescerá possivelmente 8,6% ao ano, chegando a 190 milhões no fim do ano da Copa e 228 milhões em 2020. O aeroporto de Viracopos, em Campinas, será o maior do país em 2030, com um fluxo anual de até 90 milhões de passageiros. Para o terminal de Confins, espera-se um notável crescimento do movimento, inclusive do de cargas. Em 2009, circularam por ele 5,6 milhões de passageiros e em 2014 este número deverá passar de 7 milhões/ano e, até lá, sua capacidade será ampliada para 12 milhões de passageiros/ano.

Prova da infraestrutura combalida dos aeroportos brasileiros: ontem, às 14h, a Infraero registrava atrasos em 324 voos 19 deles em Confins de 1.298 previstos para todo o país, debitando o problema à volta das férias, iniciada na sexta-feira. Portanto, cada dia que passa é tempo a menos para o país se preparar para a Copa e esperar a Olimpíada com mais folga.

Fonte: ESTADO DE MINAS, via NOTIMP




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