Torneio de Aviação de Caça revive tradicional Fuga do Danilo

Imagine alguém que foi para a Segunda Guerra Mundial, foi abatido em combate e caiu em terras inimigas. Depois disso, ainda ter passado trinta dias escondendo-se dos soldados da tropa nazista, passando fome e frio. E ao final da aventura, ter percorrido 450 quilômetros, com uma dieta forçada que lhe rendeu 21 quilos a menos. Essa saga impressionante, conhecida como Fuga de Danilo, uma das mais tradicionais histórias da Força Aérea Brasileira (FAB), foi revivida, nesta quinta-feira (07/07), no Torneio de Aviação de Caça por dois pilotos de cada Esquadrão participante.

Fazendo parte das provas da competição operacional, a prova de Orientação reproduziu, dentro de um ambiente adaptado, o que o oficial do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, Tenente Danilo Moura, percorreu nas trincheiras inimigas. Com bússola e mapa na mão, os pilotos seguiam coordenadas para encontrar pontos estratégicos, onde se deparavam com perguntas relacionadas aos acontecimentos vividos pelo Tenente. Tudo no menor tempo possível.

No total, foram percorridos 6 quilômetros, intercalados entre trechos de corrida e de bicicleta. “A ideia é empregar os mesmos meios que o Tenente Danilo percorreu nas cidades italianas, na sua astúcia de contrariar as recomendações de conduta para uma evasão na época”, afirmou o Coordenador-Geral da Prova de Orientação Major-Aviador Fábio da Costa Leite. O Major ressaltou, ainda, que a presença desse tipo de prova no TAC é uma forma de testar a capacidade física e de orientação do piloto de caça. “A dupla vencedora deve ter percorrido o percurso no menor tempo possível e ter tido o mínimo de penalidades (pontos retirados das respostas erradas)”, acrescentou.

Ao final, na última etapa da prova, os pilotos receberam das mãos da “Dona Fiorela” uma boa “pitanza” e uma pergunta, cuja resposta tinha como dica o próprio sanduíche entregue.