|

Aeroportos: Cronograma apertado é teste para a Infraero






Samantha Maia e Murillo Camarotto

A realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 levantou novamente a questão da falta de capacidade dos aeroportos do país, mesmo para a atual demanda, e acabou trazendo um prazo limite para a finalização de investimentos prioritários da Infraero. Entre 2011 e 2014, a empresa vai investir R$ 4,47 bilhões em 13 aeroportos relacionados às 12 cidades-sede do evento de futebol, com previsões de entrega das obras que vão do meio do ano que vem ao começo de 2014.

Para minimizar o problema, a Fifa resolveu dividir o Brasil em quatro regiões durante a Copa de 2014. Os aeroportos nacionais foram apontados pelo presidente do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, como o principal problema para a realização do Mundial. Assim, a entidade decidiu fatiar o território nacional para amenizar o impacto de um possível caos aéreo. "O Brasil é um continente. Por isso, vamos dividir o país em quatro áreas. A intenção é evitar que os torcedores e as delegações façam voos longos. Queremos que a maioria dos voos tenha duas horas", disse o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.

Desde 1994, a Fifa opta por colocar as seleções rodando pelos países. No Mundial dos EUA, por exemplo, a seleção brasileira jogou a primeira fase em San Francisco e também em Detroit. A distância entre as duas cidades é de mais de 2.000 quilômetros.

A Copa de 2014 terá 12 sedes, espalhadas pelas cinco regiões do território nacional. A tendência é que cada seleção jogue as três partidas da primeira fase em pelo menos duas cidades diferentes. Para os organizadores da Copa, uma delegação viajar de Manaus a Porto Alegre para disputar um jogo é algo praticamente descartado.

Embora o projeto ainda não tenha sido concluído pelo COL, a tendência é que São Paulo e as duas cidades do Sul (Porto Alegre e Curitiba) façam parte da mesma região no Mundial. Rio, Belo Horizonte e Salvador vão compartilhar jogos de seleções do mesmo grupo. A terceira região teria Recife, Natal e Fortaleza, e a última contaria com Manaus, Brasília e Cuiabá.

Os planos da Fifa não devem modificar o cronograma de investimentos da Infraero, que é visto, porém, com preocupação por governos estaduais e municipais, como no caso de Manaus (AM), onde as obras para reforma e ampliação do terminal de passageiros, calculadas em R$ 326 milhões, estão previstas para serem finalizadas em fevereiro de 2014, mas o projeto básico ainda está em fase de elaboração. A Infraero diz que o processo está em fase final. "A licitação está atrasada e o cronograma, apertado", diz Marcelo Lima Filho, secretário de Planejamento.

Em São Paulo, os aeroportos paulistas de Viracopos, em Campinas, e Guarulhos, demandam um investimento total de R$ 1,5 bilhão, mas a maior parte dos projetos ainda está em fase de estudo. Já Congonhas, segundo a Infraero, possui infraestrutura adequada para atender à demanda esperada para a Copa, não precisando de investimentos específicos.

Em Viracopos haverá uma reforma do terminal de passageiros e a construção da primeira fase de um novo terminal. Os investimentos, de R$ 576 milhões, estão em fase de projeto e obtenção de licenciamento ambiental. Guarulhos deverá receber R$ 952 milhões em obras para construção de um terceiro terminal de passageiros, ampliação do sistema de pistas e pátio das aeronaves e construção da pista de táxi de saída rápida. Apenas as obras de pistas e pátio estão em andamento, desde maio deste ano, por meio de um convênio com o Exército. O terceiro terminal está em fase de licitação e os demais projetos em fase de elaboração.

Em Cuiabá (MT), o aeroporto Marechal Rondon precisa de uma reforma e ampliação do terminal internacional de passageiros, além de adequação do sistema viário e estacionamento, obras calculadas em R$ 87,5 milhões. A Infraero informa que o projeto está em fase de adequação por conta de um novo programa de necessidades do aeroporto. A previsão de finalização das obras é julho de 2013.

Das quatro cidades nordestinas que receberão jogos da Copa de 2014, somente Recife e Fortaleza terão ampliadas as capacidades de seus aeroportos. Salvador e Natal passarão apenas por melhorias. De acordo com as superintendências regionais da Infraero, as obras deverão estar prontas até 2014.

O mais adiantado é o Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, na capital pernambucana, que está recebendo mais quatro pontes de embarque e desembarque, passando a contar com 11. A expectativa é que a obra, de R$ 10 milhões e prevista para ser concluída em setembro, aumente a capacidade do aeroporto de cinco milhões para 7 milhões de passageiros/ano.

Em Fortaleza, o Aeroporto Internacional Plínio Martins receberá os maiores investimentos: R$ 285 milhões. As obras de ampliação do terminal, marcadas para começar em junho de 2011, vão aumentar a capacidade de atendimento dos atuais 6,2 milhões de passageiros para 9 milhões por ano até 2014.

A ampliação do Aeroporto Augusto Severo, em Natal, custará R$ 19 milhões. O aeroporto de Salvador passará por reformas no terminal de passageiros e nos pátios de manobras, ao custo de R$ 26 milhões. (Com agências noticiosas)

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP




Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented