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Ordem do Dia da Aviação de Reconhecimento - 24 de junho






PALAVRAS DO COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS

Comemorar o Dia da Aviação de Reconhecimento é, acima de tudo, reconhecer a importância daqueles que são os primeiros e os últimos no campo de batalha; é valorizar a qualidade do elemento humano, por mais avançados que sejam os meios que opera; é homenagear aqueles que, indubitavelmente, são os precursores na guerra aérea contemporânea.

Assim, neste 24 de junho, ao celebrarmos esta importante data, concito a todos a rememorarem o passado; a manterem dedicação integral às ações do presente; e, por fim, a terem a certeza de que o futuro do Reconhecimento Aéreo é promissor e empolgante.

Dentro desse contexto, ao volvermos os olhos no passado, não poderíamos deixar de mencionar os principais fatos que marcaram a trajetória da Aviação de Reconhecimento no Brasil.

No histórico ano de 1867, durante a Guerra do Paraguai, o então General Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, empregou frágeis balões de ar quente para avaliar as posições e colher valiosas informações sobre os meios de combate do inimigo.

Com essa iniciativa pioneira, surgia, para o Brasil, uma das mais importantes missões da aviação militar: o Reconhecimento Aéreo.

O Reconhecimento Aéreo na FAB nasceu em 1947, com a ativação do 1°/10º Grupo de Aviação de Reconhecimento-Foto e expandiu suas atividades em 1956, com a criação do 6º Grupo de Aviação, constituído pelo Primeiro Esquadrão, dedicado à Busca e Salvamento, e o Segundo Esquadrão, ao Reconhecimento Fotográfico.

Nessa época, aeronaves R-20, RB-25, A/B-26, B-17 e RC-130E contribuíram decisivamente para a implantação da Aviação de Reconhecimento na Força Aérea e ajudaram a escrever parte da história do Brasil, ao contribuir para o levantamento aerofotogramétrico de parcela significativa do nosso território.

Contudo, foi na década de 1970 que o Reconhecimento Aéreo experimentou um progresso de fundamental importância para a aviação militar brasileira.

Foi nessa época que surgiram as aeronaves RT-26 e R-95, adaptações feitas nos projetos Xavante e Bandeirante para atender às necessidades operacionais da missão de Reconhecimento Aéreo. Esses vetores e seus equipamentos proporcionaram enorme conhecimento técnico e permitiram um significativo salto doutrinário, lançando as bases para os anos vindouros.

O amadurecimento chegou com o RA-1 (AMX), o R-35 (Lear Jet) e o R-99 (EMB 145), equipados com máquinas fotográficas digitais, sensores eletrônicos e radares imageadores, aliados a avançados sistemas de navegação que permitiram à Força Aérea desbravar caminhos e alcançar patamares operacionais de elevado valor estratégico.

Ontem e hoje, alicerçados nos mesmos princípios de outrora, vivenciamos um novo tempo, com doutrinas e conceitos operacionais modernos, que aliados aos atentos olhos e ouvidos eletrônicos, consolidam definitivamente a soberania do espaço aéreo que emoldura os marcos extremos do território pátrio.

Hoje, ainda, cabe enfatizar que a eficiência e a eficácia da Aviação de Reconhecimento baseiam-se na grandeza das atitudes cujos fundamentos repousam na nobreza das ações, na perfeita sinergia e, principalmente, no profissionalismo dos homens e mulheres que, em voos sobranceiros, perscrutam os céus deste Brasil.
Sobre o futuro recaem nossas esperanças, contudo é incontestável o impacto que a tecnologia vem causando no preparo e emprego das Forças Armadas.

A incorporação dos modernos sensores DR-3000 às aeronaves R-35AM do 1º/6º Grupo de Aviação e a inclusão dos equipamentos “RECCELITE” e “LITENING” ao 1º/10º Grupo de Aviação já são realidades bem tangíveis. Ademais, encontra-se em pleno desenvolvimento a nova Unidade criada para operar os veículos aéreos não tripulados (VANT), cujos resultados conduzirão a um inquestionável incremento no poder de combate da FAB.

Por fim, aos audazes combatentes dos Esquadrões Poker, Carcará e Guardião:

Em seus voos pelos diferentes e longínquos azuis, mantenham o ânimo forte para enfrentar os desafios do presente. Que Deus lhes proporcione decolagens seguras, vôos serenos e, sempre, um feliz retorno ao lar após cumprir esta relevante missão ensejada no lema:

“Da Pátria os olhos, na guerra e na paz”!

Parabéns a todos os integrantes da Aviação de Reconhecimento!

Brasília-DF, 24 de junho de 2010.

Tenente-Brigadeiro-do-Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier

Comandante-Geral de Operações Aéreas

Fonte: CECOMSAER



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