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TAM enxerga pouca mudança com pacto europeu








Alberto Komatsu e Juliana Ennes
de São Paulo e do Rio

A TAM, única empresa aérea brasileira que opera voos para países da Europa, viu com pouco ânimo o acordo aéreo entre o Brasil e União Europeia anunciado ontem, que tem como meta aumentar o número de voos entre as duas regiões. A avaliação é do vice-presidente comercial e de planejamento da empresa, Paulo Castello Branco.

"Esse acordo não vai mudar o status quo da atual operação entre Brasil e Europa", afirmou o executivo. De acordo com ele, a TAM já poderia, por exemplo, operar a rota São Paulo-Frankfurt-Amsterdam. Só não o faz por uma questão de viabilidade econômica. "Hoje em dia, não há mais espaço para aventuras por parte de nenhuma companhia aérea do mundo", acrescentou Castello Branco, por meio de entrevista por telefone.

A Agência Nacional de Aviação Civil (anac) informa que atualmente uma empresa aérea brasileira não pode operar o trecho citado hipoteticamente por Castello Branco porque não há autorização para a comercialização de passagens dentro da Europa. Segundo a Anac, o acordo divulgado ontem vai permitir isso.

O executivo, responsável pelas negociações de acordos internacionais da TAM, avalia também que não faz sentido para uma empresa como a Air France-KLM operar um voo na Alemanha, mercado muito bem atendido pela alemã Lufthansa. Segundo ele, além de uma competição desnecessária, haveria um aumento de custos.

Castello Branco afirma que uma das maiores virtudes do acordo divulgado ontem foi o fato de o governo brasileiro, pela primeira vez, ter informado oficialmente e publicamente que o país não vai aceitar que uma companhia aérea estrangeira opere voos dentro do país, a chamada cabotagem ou oitava liberdade, no jargão do setor aéreo.

O presidente-executivo da TAM, Líbano Barroso, afirmou ontem pela manhã, na cerimônia de divulgação do acordo, que "em tese", ele abriria novas possibilidades no mercado europeu.

A maior companhia aérea brasileira informou que estuda utilizar as parcerias da aliança global Star Alliance para atender países europeus onde não têm atuação direta. "É muito mais eficiente nós usarmos um parceiro do que ter que colocar uma nova base, uma nova equipe", disse Líbano. A TAM entrou na Star Alliance no dia 13.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP




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