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Boeing tenta “virada”





Primeiro, foi o caça francês, Rafale, anunciado pelo governo brasileiro como “negócio fechado” quando da visita do presidente Nicolas Sarkozy, em setembro passado. Nos primeiros dias de janeiro, a rota mudou. Relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) apontava uma preferência dos técnicos pelo sueco Gripen NG. Agora, com chegada da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, a Boeing deflagrou uma verdadeira operação de guerra para tentar criar a sua onda. A empresa espera que seja a terceira e última — a vencedora — na concorrência para a polêmica compra de 36 aviões de combate pelo governo brasileiro.

A ofensiva da Boeing, em parceria com o governo norte-americano, começou em 25 de fevereiro, quando aportou no Rio de Janeiro o porta-aviões USS Carl Vinson. A bordo, 12 caças Super Hornet. Junto, desembarcaram no Brasil alguns executivos da empresa, com a missão de explicar a proposta. “Queremos que nos deem a chance de ganhar a sua confiança”, diz Mike Coggins, o executivo responsável pela concorrência.

Do alto de seus 29 anos em experiência em engenharia, vendas e desenvolvimento de programas, ele considera que a vitória do Super Hornet poderia significar uma nova forma de atuação conjunta dentro das Américas. E garante que não há concorrente que reúna empresas tão gabaritadas, como a Boeing, a Raytheon, a Northrop Gruhman e a General Eletric.

Os americanos vão frisar que não existe no mercado outro avião que tenha tanta experiência no ar quanto o caça americano. O caça francês, no entanto, tem a preferência política por conta das relações com a França, que defende publicamente a pretensão Brasileira de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Ciente dos pontos fortes e fracos, sejam os próprios ou os dos concorrentes, os americanos pretendem aproveitar esse espaço entre a insegurança em relação ao projeto sueco, que seria desenvolvido em conjunto com o Brasil, e a proposta francesa, que é vista também com certa reserva, para tentar demonstrar que podem oferecer mais. Além de Hillary, são esperados nas próximas semanas o secretário de Comércio, Carlos Gutierrez, e o da Defesa, Robert Gates, que na semana passada recebeu por mais de uma hora, no Pentágono, o colega Nelson Jobim.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE, via NOTIMP





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