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Contestação na Europa: trabalhadores unidos contra patrões e crise





Companhias aéreas, aeroportos e petrolífera a braços com greves. Rejeição de medidas anticrise das empresas em causa

por Sandra Pereira

ImagemProtestos, manifestações, palavras de ordem. É um retrato que cresce entre os trabalhadores europeus, perante a incerteza de manterem emprego e salário e face às restrições que as empresas têm imposto para combater a crise.

O plano de greve dos pilotos da Lufthansa, suspenso na segunda-feira até 8 de Março (quando se reúnem com a administração), despertou as aspirações reivindicativas dos pilotos da Air France, dos controladores dos aeroportos gauleses e do pessoal de cabine da British Airways. Desde ontem, os 4400 controladores aéreos dos aeroportos de França responderam ao apelo de greve de cinco sindicatos e decidiram parar até sexta-feira. Vários aeroportos estiveram ontem fechados e quase metade dos voos com partida de Paris foram cancelados. Os controladores protestam contra o plano de céu único europeu - acordado por seis países para melhorar a segurança a partir de 2012 - por temerem que o plano afecte os seus salários e condições de trabalho.

A decisão afectou também a TAP, que ontem cancelou metade dos voos para Orly. Contactado pelo i, o porta-voz da TAP, António Monteiro, confirmou que 50% das operações serão suspensas nos quatro dias de greve dos controladores franceses; os passageiros serão reencaminhados para outros voos. As viagens para o outro aeroporto principal da capital, Charles de Gaulle, não sofrem. Os pilotos da Air France também estão em greve e a empresa francesa cancelou metade dos voos de curto e médio curso de e para Orly e 25% de e para o Charles de Gaulle.

O pessoal de cabine da British decide amanhã as datas da greve num encontro entre líderes sindicais e funcionários. O Unite garante que 78,7% dos funcionários apoia a iniciativa e a paralisação será agendada para Março, antes da Semana Santa.

Temendo o caos nos transportes aéreos, a British está a treinar substitutos para os dias do protesto contra a redução de salários e corte de postos de trabalho - mais concretamente, contra as medidas que as empresas impuseram aos funcionários desde que a crise estalou.

Na Alemanha, os pilotos da Lufthansa suspenderam na segunda-feira uma greve de quatro dias contra a intenção da maior companhia aérea europeia de transferir actividades para as subsidiárias estrangeira para reduzir custos. Ainda assim, cerca de metade voos regulares da companhia foram cancelados.

Espanha na rua Desde quinta-feira, seis refinarias da maior petrolífera francesa, a Total, encontram-se paralisadas em solidariedade com os 750 funcionários da unidade de Dunkerque, no norte de França, ameaçada de fecho. Com as reservas de combustível a chegar para apenas sete a dez dias, o país ficou em pânico,

Pressionada pelo presidente Nicolas Sarkozy, a Total garantiu ontem que não encerrará nenhuma refinaria nos próximos cinco anos, mas os sindicatos não estão convencidos e milhares de condutores continuam a fazer fila para encher os depósitos de gasolina.

Espanha não escapa à revolta. O governo de Zapatero viveu ontem a primeira manifestação contra o avanço da idade da reforma de 65 para 67 anos. O protesto partiu de Barcelona, mas milhares manifestaram-se nas principais cidades espanholas. Zapatero prometeu que o tema será debatido, mas alertou que terá de ser resolvido quanto antes. As manifestações prosseguem hoje.

Fonte: IONLINE, via NOTIMP





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