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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 16/08/2018 / Operadoras criticam diretamente contrato da Telebras com a Viasat



#Espaço - Operadoras criticam diretamente contrato da Telebras com a Viasat ...  


Bruno do Amaral ...  



Presença constante nos debates e conversas de corredor do Congresso Latinoamericano de Satélites, que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro, a parceria entre Telebras e a norte-americana Viasat protagonizou o painel sobre o mercado brasileiro, realizado nesta quarta, 15. Pela primeira vez, as empresas do segmento de satélites que atuam no Brasil criticaram publicamente o acordo, que até aqui vinha sendo contestado apenas pela associação setorial, o SindiSat, inclusive judicialmente.

Elas afirmaram que a parceria não afeta suas operações, e que a chegada de uma nova e poderosa competidora, por si só, não é um problema, mas reclamam do que chamam de falta de isonomia nas condições da contratação. Por sua vez, a Telebras rebate: o processo de escolha da Viasat foi legal e totalmente transparente para órgãos de controle, alega.

"O que queremos são oportunidades iguais para competir", defende o diretor geral da Embratel/StarOne, Lincoln Oliveira. "Gostamos de competição, como cidadão é bom que tenhamos alternativas; e como empresas creio que temos como contribuir e buscar oportunidades", completa. "Competição não é e nunca foi um problema. A palavra de ordem é isonomia, ela tem que ser mantida, as regras têm de ser as mesmas para todos", argumenta o diretor geral da Telesat, Mauro Wajnberg.

Ele comparou a atuação da Hughes e da Yahsat, que precisaram participar do leilão ou comprar capacidade de quem participou, com a condição em que a Viasat, que está entrando no mercado brasileiro via parceria com a Telebrás e que terá benefícios com o acordo sem precisar adquirir posição orbital e frequências, dizem. Wajnberg entende que a Telebras tem como missão legítima fornecer acesso nas condições do programa nacional de banda larga, e que isso não estaria sendo respeitado no acordo. "Quando vejo que a Viasat vai prover serviços para avião, eu me pergunto: isso é PNBL? Isso traduz a minha preocupação."

A Hughes chegou a pedir no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) participação no programa Internet para Todos, mas não conseguiu avançar nisso. Nenhuma das operadoras participantes no debate confirmou ter feito o mesmo pedido, mas a Hispamar disse que era uma possibilidade. "Não batemos em porta de ministério nenhum. Vamos analisar, mas não pensamos nisso no momento", explica o chairman da companhia, Clóvis Baptista, que revelou, contudo, também estar desenvolvendo um produto de acesso compartilhado por WiFi para áreas carentes.

Na visão do executivo, a política pública não é a única forma de chegar em lugares remotos. "Podemos fazer mais, as soluções existem, compete a cada operador determinar a estratégia e de que maneira vai ajudar o Brasil a crescer e suprir as lacunas da banda larga fixa", analisa.

O diretor geral da Eutelsat, Rodrigo Campos, afirma que o setor tem vários exemplos de participação em políticas públicas. "O Gesac é servido por satélite há 15 anos por esses mesmos operadores aqui", diz, citando conexões em escolas públicas e backhaul para teles móveis cumprirem obrigações de cobertura.

Na avaliação do diretor geral da Intelsat, Márcio Brasil, há ainda a possibilidade de o SGDC não conseguir dar conta de toda a demanda por capacidade na região. "Enquanto em widebeam tem "n" transponders em ampla região, no spotbeam você acaba fatiando um pouco a cobertura. É possível que em algumas regiões a capacidade do SGDC vai acabar primeiro, e aí vai ter que contar com operadoras com cobertura em todo o território para continuar suprindo, porque a demanda de tráfego vai aumentar, é um problema que com certeza vai acontecer."

O presidente da Abrasat, Fábio Alencar, indicou que o argumento do governo na defesa do contrato da Telebras com a Viasat não teria sido técnico. "Isso foi muito ruim para o mercado em geral. Acho que o satélite da Telebras deveria ter entrado na competição, isso teria ajudado a otimizar o preço", afirma. No entendimento dele, a estatal "faz mal ao próprio governo, que está obrigado a comprar simplesmente por ser governo". Sustenta também que o mercado já tinha players dispostos a atuar da mesma forma que a norte-americana. "Não pode nunca assumir que outros não são competitivos."

Ao serem questionados sobre as razões pelas quais nenhuma daquelas empresas, assim como a Viasat, entrou no chamamento público para a comercialização do SGDC, Lincoln Oliveira, da Star One, disse que é porque os termos do leilão não eram considerados razoáveis.

Defesa
Em manifestação da plateia, o gerente de tecnologia e soluções satelitais da Telebras, Bruno Soares Henriques, defendeu a empresa ressaltando a importância do setor e da iniciativa em parceria com a Viasat para a universalização da banda larga no País. "O processo de contratação com a Viasat foi de forma totalmente legal e transparente para os órgão de controle", alega. Ele defendeu que esta foi a solução mais eficiente para conseguir atender às necessidades do PNBL e das políticas públicas.

"Nós, como gestores executivos e pessoas atuantes no mercado de satélites, temos responsabilidade de levar internet para desconectados. Não adianta falar que não dá porque tem que ir de barco, tem que levar", disse, em referência à afirmação do executivo da Star One de que um dos grandes desafios de se levar a banda larga a todo o Brasil, mesmo que via satélite, são as imensas dificuldades logísticas, como na região Amazônica.

Bruno Henriques defendeu enfaticamente que a transação foi realizada em conformidade com a Lei das Estatais, e que se existe alguma discordância, ou mesmo em relação à recriação da estatal e ao PNBL, os questionamentos deveriam ser direcionados à legislação em si. "Se competição é tão saudável assim, então tem de aceitar a chegada da Viasat".

Sobre a oferta do Gesac, que até então vinha sendo oferecida pelas empresas privadas ao MCTIC, Henriques lembrou que a Telebras ofereceu a condição de um ponto do Gesac a R$ 700 por 10 Mbps, sem franquia, "o que ninguém se dispôs a fazer até agora", afirmou. Ressaltou também a necessidade de urgência no início da operação do satélite, impedido pelos questionamentos judiciais.

Henriques disse que se houve alguma falha em todo o processo, foi a estatal não ter realizado a divulgação mais ampla da parceria logo que ela foi anunciada. "A gente demorou a comunicar e causou animosidade no mercado", finalizou. Ele disse que o projeto do SGDC existe praticamente desde a recriação da Estatal, que passou por diferentes projetos políticos e que precisava encontrar uma forma de se viabilizar e atender ao seu propósito.

"O satélite ajuda sim a reduzir a desigualdade digital", insistiu, em referência ao tema do "Tratado de Tordesilhas" tecnológico, em que a maior parte da oferta de conectividade está restrita à região litorânea, com pouca estrutura disponível no interior do país .

Outro aspecto colocado no debate é sobre o que poderia ser feito alternativamente, considerando-se que o satélite consumiu investimentos de R$ 3 bilhões e que, após lançado, a cada dia sem uso perde valor. Os participantes do debate concordaram que o satélite é um patrimônio público e que, portanto, deve ser bem utilizado. Insistem que a Telebras deveria ter dado as mesmas condições para todos os players mesmo após o chamamento público, e destacam que o governo precisa pensar em políticas públicas que contemplem o satélite.


(Colaborou Samuel Possebon)




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G1


AGU fecha acordo que prevê cota racial em concursos para Forças Armadas


Por Matheus Leitão Publicada Em 15/08 12h27, Atualizado 15h27

Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo extrajudicial que prevê a adoção de reserva de vagas para negros e pardos em concursos públicos para as carreiras das Forças Armadas.
O termo de ajustamento de conduta foi firmado no âmbito de uma ação movida pelo Ministério Público Federal para adoção das cotas previstas em uma lei de 2014.
Pelo acordo, a União, por meio do Ministério da Defesa, se compromete a aplicar as cotas aos concursos em andamento e também aos futuros. A determinação não abrange, no entanto, a seleção de candidatos para cargos temporários.
Na sentença de homologação do acordo, o juiz federal da 17ª Vara do Distrito Federal, João Carlos Mayer Soares, ressaltou que a adoção das cotas “se aplica a toda a administração federal, nela incluída as Forças Armadas, em todos os seus concursos públicos”.
A AGU avalia, internamente, que acordos como esse reduzirão litígios evitarão uma série de recursos e novas ações sobre o tema.

"Voltamos a sentir medo", diz moradora de comunidade considerada "modelo" para a intervenção na segurança do RJ | Rio de Janeiro

Moradores da Vila Kennedy relatam volta de barricadas e até proibição para comunicação de ferimentos por tiros. De fevereiro a julho de 2018, foram registrados quase quatro mil tiroteios no estado.

Por Alba Valéria Mendonça, Cristina Boeckel E Fern Publicado Em 16/08 - 04h00

Passados seis meses desde que foi decretada intervenção federal na segurança no Rio, completados nesta quinta-feira (16), moradores da Vila Kennedy, comunidade da Zona Oeste considerada modelo de atuação das Forças Armadas, relatam que, com a saída das tropas, só restou o medo. Segundo pessoas ouvidas pelo G1, o domínio de traficantes está de volta, e com novas restrições.
Todos os moradores que conversaram com a equipe de reportagem, o fizeram sob a condição de permanecerem como anônimos. Acuados e desesperançosos, grande parte deles está reclusa em casa, com receio de sair à rua.
"Voltamos a sentir medo de ir para a escola, de deixar um filho na rua", afirmou um deles.
Uma moradora garante que a situação na favela é mais complicada quando escurece. Segundo ela, embora policiais militares façam rondas no período da noite, o resultado prático das patrulhas é "quase nulo".
“Durante a noite é uma feira. Tem venda de drogas, gente andando com armas e as pessoas com medo de andar na rua. Tudo voltou ao que era antes”, lamentou.
A moradora reconhece que os policiais que circulam pela área depois que o sol se põe, a princípio, parecem se esforçar no combate à criminalidade. No entanto, ela ressalta que até as barricadas que foram retiradas pelas Forças Armadas já estão de volta às vias da Vila Kennedy.
"Eles também colocaram um quebra-mola alto e com vergalhão para cima. Assim, se o caveirão [veículo blindado] vier, fura o pneu", explicou.

Socorro de baleados é proibido
Passada a ocupação dos militares, traficantes decidiram que, oficialmente, as frequentes trocas de tiros na comunidade não poderiam mais deixar feridos. Quem vive na Vila Kennedy explica que os criminosos evitam que comunicações sobre baleados cheguem aos órgãos oficiais de saúde.
"Eles não querem que as Forças Armadas voltem. Rolou, inclusive, um boato de que se alguém ficasse ferido a bala, não poderia ir para o [Hospital] Albert Schweitzer, para não aumentar a estatística e correr o risco dos militares voltarem", destacou outro.
De início, a ação das Forças Armadas chegou a ser questionada por suspeita de arbitrariedade de militares. Numa tenda de campanha montada na favela, moradores foram fotografados e tiveram os antecedentes criminais checados.
De outro lado, também houve ações de aproximação com a comunidade como um mutirão de serviços públicos e distribuição de flores no Dia Internacional da Mulher.
A livre movimentação de criminosos durante a noite já preocupava moradores. Na época, o questionamento feito era por quê militares só patrulhavam a favela durante o dia . O problema veio à tona depois que homens encapuzados fizeram um arrastão dentro de uma igreja católica, à noite, e roubaram cerca de 15 pessoas que participavam de um mutirão de confissões.

Mais tiroteios

Segundo o laboratório de dados Fogo Cruzado, de fevereiro a julho de 2018 foram registrados quase quatro mil tiroteios no estado. O número é 31,26% maior que o mesmo período de 2017.

Fevereiro a julho de 2017 - 2.949 tiroteios/disparos

Fevereiro a julho de 2018 (até as 9h do dia 31 de julho) – 3.871 tiroteios/disparos
Já o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou que dados de homicídio doloso, homicídio decorrente de intervenção policial, morte de policiais militares, roubo e roubo de cargas apresentaram variações significativas em relação ao ano passado.
Somando os registros de cada um desses crime,s em seis meses, em comparação com o mesmo período de 2017, houve um grande salto do número de homicídios decorrentes de intervenção policial, que passou de 448 para 783.
Também houve um aumento do número de casos de homicídios dolosos, que passaram de 2.606 para 2.626, e uma significativa elevação do número de roubos em geral, que passaram de 118.351 para 119.064.
Já o número de PMs mortos no período reduziu de 16 para 14. Assim como os roubos de carga que passaram de 5.395 de fevereiro a julho de 2017 para 4.790 no mesmo período com a intervenção federal.
Em fevereiro de 2018, mês de início da intervenção, os cinco principais indicadores apontavam um aumento de número de ocorrências. Com destaque para o número de roubos, que no ano passado saltou de 9.714 casos para 19.684.
Na comparação entre os meses de março do ano passado com março deste ano, verifica-se o aumento do número de homicídios (de 498 para 508), de mortes de PMs (de 1 para 4), de roubo de cargas (de 718 para 918) e de roubos em geral (de 19.493 para 21.040). Houve queda somente no número de homicídios decorrentes de intervenção policial (de 123 para 109).
Em abril de 2018, foram registradas quedas significativas nos números de ocorrências de morte de policiais militares – que em abril do ano passado foram sete, contra uma, este ano – de roubos de carga e de roubos em geral. Mas os casos de homicídios continuaram aumentando.
Em maio deste ano, os números de roubos de carga foram menores que do ano passado, assim como o de roubos em geral e homicídios dolosos, embora ainda com bastante registros. Morreram mais policiais militares (3 contra 1, em maio de 2017) e houve mais casos de morte em ações policiais, que passaram de 97 casos no ano passado para 142, em maio de 2018.
Os casos de roubo em geral também foram menores em junho deste ano (19.501) que no mesmo mês em 2017 (21.165). Também caíram os números de homicídio doloso e de roubo de cargas. Mas houve aumento dos casos de homicídios em intervenções policiais e o número de mortes de policiais se manteve estável, com um caso registrado tanto em 2017, quanto este ano.
Em julho deste ano, pelo terceiro mês consecutivo houve redução do número de roubos em geral e também do roubo de cargas, em relação ao mesmo período de 2017. Também morreram menos policiais militares. Mas os homicídios aumentaram neste sexto mês da intervenção federal na segurança do estado.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Estado Maior Conjunto das Forças Armadas realiza reuniões Bilaterais no chile


Ascom Publicada Em 15/08 - 9h50

ImagemBrasília, 15/08/2018 - O Ministério da Defesa, por intermédio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), realizou duas reuniões bilaterais com o Chile, de 7 a 9 de agosto, em Santiago. A 10ª Reunião do Grupo de Trabalho Bilateral de Defesa (GTBD) Chile-Brasil e a 12ª Reunião entre os Estados-Maiores Conjuntos das Forças Armadas (REMCFA) do Chile e do Brasil ocorreram em sequência. Os dois países discutiram sobre temas de interesse comum que resultaram na assinatura de 15 entendimentos.
Os entendimentos registrados em ata (oito na 10ª Reunião do GTBD e sete na 12ª REMCFA) foram sobre: Defesa Cibernética, Ciência e Tecnologia e Base Industrial de Defesa, Operações de Paz, Estudos de Defesa, Programas sociais de apoio aos esportes e à saúde, Parcerias Público-Privadas, Impactos da criação de Unidades de Conservação, Planejamento Estratégico Militar, Catalogação de Defesa, Doutrina Conjunta, Intercâmbio de Experiências em Catástrofes Naturais e Exercício Conjunto Combinado de Operações Especiais.
Participaram das reuniões da parte brasileira: o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho e o subchefe de Assuntos Internacionais, almirante Guilherme da Silva Costa. Entre as autoridades chilenas, estiveram presentes: o subsecretário de Defesa, Cristián de la Maza e o chefe da Divisão de Relações Internacionais, Luis Palma, na reunião do GTBD; e o Chefe do Estado-Maior Conjunto (JEMCO), general de Aviação Arturo Merino Núñez e o diretor de Comando e Controle Estratégico do Estado-Maior Conjunto, general de Brigada Aérea (A), Jean Pierre Desgroux Ycaza, na 12ª REMCFA.
12ª REMCFA do Chile e do Brasil

ImagemPor ocasião da REMCFA, o almirante Ademir ministrou a palestra “Participação e projeção de emprego das Forças Armadas do Brasil em Operações de Paz (Intenção de participação em Operações Internacionais UE-OTAN)”. Já o tenente-coronel Victor, representante do Exército Brasileiro realizou a exposição “A Defesa Cibernética brasileira nos Grandes Eventos: identificação de ataques, procedimentos de atribuição e políticas de resposta”. Os chilenos também fizeram duas exposições sobre o mesmo tema.
Ainda como parte das atividades, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas esteve em encontro de trabalho com o embaixador do Brasil no Chile, Carlos Sérgio Sobral Duarte, e visitou o Palácio do Governo, La Moneda.
Após a assinatura das atas da 12ª REMCFA, o almirante Ademir foi condecorado pelo JEMCO com a medalha “Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Chile”, como mais uma demonstração de amizade entre os dois estados-maiores conjuntos.
As reuniões entre os representantes da Subsecretaria de Defesa e dos Estados-Maiores incrementam as relações e abrem uma nova janela de oportunidades nas interações entre os dois destacados atores das vertentes atlântica e pacífica da América do Sul, Brasil e Chile.

OUTRAS MÍDIAS


HORA EXTRA (GO) - Anápolis irá sediar um dos maiores eventos da área de defesa e segurança nacional


Por Magali Carnot Publicado Em 15/08

Anápolis irá sediar um dos maiores eventos da área de defesa e segurança nacional, nos dias 16 e 17 de agosto próximos, a Associação Comercial e Industrial de Anápolis e o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança (COMDEFESA-GO) vão realizar o I Seminário da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás. O evento com expectativa de público para 600 pessoas irá reunir importantes autoridades militares e políticas, além de empresas ligadas ao setor de Defesa. O objetivo é apresentar a cidade de Anápolis como o melhor lugar para a implantação de um Centro de Aquisição do Ministro da Defesa, bem como a atração de empresas de nível 4.0 para a cidade.

A fim de viabilizar a convergência de união entre Indústrias, Forças Armadas e Universidade, que formam o COMDEFESA-Goiás, durante o evento será firmado três importantes convênios: um Memorando Interno entre UEG e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira, que permitirá o convênio entre a Universidade e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA); assinatura da Declaração de Intenções para o estudo de implantação do Centro de Aquisição em Anápolis entre o Ministério da Defesa e os governos estadual e municipal; e também um Acordo de cooperação entre a SUDECO/FCO e a ACIA – COMDEFESA-Goiás, a fim de divulgar a viabilidade de financiamentos para indústrias de Defesa de Anápolis.

TELETIME (SP) - Operadoras criticam diretamente contrato da Telebras com a Viasat


Bruno Do Amaral Publicado Em 15/08 - 19h44

Presença constante nos debates e conversas de corredor do Congresso Latinoamericano de Satélites, que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro, a parceria entre Telebras e a norte-americana Viasat protagonizou o painel sobre o mercado brasileiro, realizado nesta quarta, 15. Pela primeira vez, as empresas do segmento de satélites que atuam no Brasil criticaram publicamente o acordo, que até aqui vinha sendo contestado apenas pela associação setorial, o SindiSat, inclusive judicialmente. Elas afirmaram que a parceria não afeta suas operações, e que a chegada de uma nova e poderosa competidora, por si só, não é um problema, mas reclamam do que chamam de falta de isonomia nas condições da contratação. Por sua vez, a Telebras rebate: o processo de escolha da Viasat foi legal e totalmente transparente para órgãos de controle, alega.
"O que queremos são oportunidades iguais para competir", defende o diretor geral da Embratel/StarOne, Lincoln Oliveira. "Gostamos de competição, como cidadão é bom que tenhamos alternativas; e como empresas creio que temos como contribuir e buscar oportunidades", completa. "Competição não é e nunca foi um problema. A palavra de ordem é isonomia, ela tem que ser mantida, as regras têm de ser as mesmas para todos", argumenta o diretor geral da Telesat, Mauro Wajnberg. Ele comparou a atuação da Hughes e da Yahsat, que precisaram participar do leilão ou comprar capacidade de quem participou, com a condição em que a Viasat, que está entrando no mercado brasileiro via parceria com a Telebrás e que terá benefícios com o acordo sem precisar adquirir posição orbital e frequências, dizem. Wajnberg entende que a Telebras tem como missão legítima fornecer acesso nas condições do programa nacional de banda larga, e que isso não estaria sendo respeitado no acordo. "Quando vejo que a Viasat vai prover serviços para avião, eu me pergunto: isso é PNBL? Isso traduz a minha preocupação."
A Hughes chegou a pedir no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) participação no programa Internet para Todos, mas não conseguiu avançar nisso. Nenhuma das operadoras participantes no debate confirmou ter feito o mesmo pedido, mas a Hispamar disse que era uma possibilidade. "Não batemos em porta de ministério nenhum. Vamos analisar, mas não pensamos nisso no momento", explica o chairman da companhia, Clóvis Baptista, que revelou, contudo, também estar desenvolvendo um produto de acesso compartilhado por WiFi para áreas carentes. Na visão do executivo, a política pública não é a única forma de chegar em lugares remotos. "Podemos fazer mais, as soluções existem, compete a cada operador determinar a estratégia e de que maneira vai ajudar o Brasil a crescer e suprir as lacunas da banda larga fixa", analisa.
O diretor geral da Eutelsat, Rodrigo Campos, afirma que o setor tem vários exemplos de participação em políticas públicas. "O Gesac é servido por satélite há 15 anos por esses mesmos operadores aqui", diz, citando conexões em escolas públicas e backhaul para teles móveis cumprirem obrigações de cobertura.
Na avaliação do diretor geral da Intelsat, Márcio Brasil, há ainda a possibilidade de o SGDC não conseguir dar conta de toda a demanda por capacidade na região. "Enquanto em widebeam tem "n" transponders em ampla região, no spotbeam você acaba fatiando um pouco a cobertura. É possível que em algumas regiões a capacidade do SGDC vai acabar primeiro, e aí vai ter que contar com operadoras com cobertura em todo o território para continuar suprindo, porque a demanda de tráfego vai aumentar, é um problema que com certeza vai acontecer."
O presidente da Abrasat, Fábio Alencar, indicou que o argumento do governo na defesa do contrato da Telebras com a Viasat não teria sido técnico. "Isso foi muito ruim para o mercado em geral. Acho que o satélite da Telebras deveria ter entrado na competição, isso teria ajudado a otimizar o preço", afirma. No entendimento dele, a estatal "faz mal ao próprio governo, que está obrigado a comprar simplesmente por ser governo". Sustenta também que o mercado já tinha players dispostos a atuar da mesma forma que a norte-americana. "Não pode nunca assumir que outros não são competitivos."
Ao serem questionados sobre as razões pelas quais nenhuma daquelas empresas, assim como a Viasat, entrou no chamamento público para a comercialização do SGDC, Lincoln Oliveira, da Star One, disse que é porque os termos do leilão não eram considerados razoáveis.
Defesa
Em manifestação da plateia, o gerente de tecnologia e soluções satelitais da Telebras, Bruno Soares Henriques, defendeu a empresa ressaltando a importância do setor e da iniciativa em parceria com a Viasat para a universalização da banda larga no País. "O processo de contratação com a Viasat foi de forma totalmente legal e transparente para os órgão de controle", alega. Ele defendeu que esta foi a solução mais eficiente para conseguir atender às necessidades do PNBL e das políticas públicas. "Nós, como gestores executivos e pessoas atuantes no mercado de satélites, temos responsabilidade de levar internet para desconectados. Não adianta falar que não dá porque tem que ir de barco, tem que levar", disse, em referência à afirmação do executivo da Star One de que um dos grandes desafios de se levar a banda larga a todo o Brasil, mesmo que via satélite, são as imensas dificuldades logísticas, como na região Amazônica.
Bruno Henriques defendeu enfaticamente que a transação foi realizada em conformidade com a Lei das Estatais, e que se existe alguma discordância, ou mesmo em relação à recriação da estatal e ao PNBL, os questionamentos deveriam ser direcionados à legislação em si. "Se competição é tão saudável assim, então tem de aceitar a chegada da Viasat". Sobre a oferta do Gesac, que até então vinha sendo oferecida pelas empresas privadas ao MCTIC, Henriques lembrou que a Telebras ofereceu a condição de um ponto do Gesac a R$ 700 por 10 Mbps, sem franquia, "o que ninguém se dispôs a fazer até agora", afirmou. Ressaltou também a necessidade de urgência no início da operação do satélite, impedido pelos questionamentos judiciais.
Henriques disse que se houve alguma falha em todo o processo, foi a estatal não ter realizado a divulgação mais ampla da parceria logo que ela foi anunciada. "A gente demorou a comunicar e causou animosidade no mercado", finalizou. Ele disse que o projeto do SGDC existe praticamente desde a recriação da Estatal, que passou por diferentes projetos políticos e que precisava encontrar uma forma de se viabilizar e atender ao seu propósito. "O satélite ajuda sim a reduzir a desigualdade digital", insistiu, em referência o tema do "Tratado de Tordesilhas" tecnológico, em que a maior parte da oferta de conectividade está restrita à região litorânea, com pouca estrutura disponível no interior do país .
Outro aspecto colocado no debate é sobre o que poderia ser feito alternativamente, considerando-se que o satélite consumiu investimentos de R$ 3 bilhões e que, após lançado, a cada dia sem uso perde valor. Os participantes do debate concordaram que o satélite é um patrimônio público e que, portanto, deve ser bem utilizado. Insistem que a Telebras deveria ter dado as mesmas condições para todos os players mesmo após o chamamento público, e destacam que o governo precisa pensar em políticas públicas que contemplem o satélite. (Colaborou Samuel Possebon)



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