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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/05/2018 / Greve: Ação emergencial em 15 aeroportos



Greve: Ação emergencial em 15 aeroportos ...  


Apesar do acordo entre governo federal e caminhoneiros, os manifestantes resistem a interromper as paralisações. Mesmo o ministro do gabinete da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, garantindo que a situação começa a se normalizar, pelo menos 15 aeroportos do país estão com os serviços prejudicados, principalmente o de Brasília. No 6º dia de protestos, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek cancelou 58 voos e outros 21 registraram atraso.

O terminal passou a manhã de ontem sem receber combustível. À tarde, 10 veículos escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegaram com cerca de 240 mil litros de Querosene de Aviação (QAV) para ajudar no abastecimento de parte da frota. A quantidade ainda é insuficiente e, como medida contingencial, o aeroporto permite apenas o pouso de aeronaves com combustível capaz de realizar um novo trajeto completo, uma vez que não tem sido possível reabastecê-las no JK. A recomendação das empresas aéreas é de que os passageiros verifiquem a situação dos voos antes de irem ao aeroporto.

Os terminais ainda não têm previsão para normalização. Em Brasília, o diretor de Operações da Inframerica, Ruan Djedjeian, afirma que a situação dependerá do fluxo de caminhões que forem liberados. “Normalmente temos 20 caminhões por dia para abastecer a frota. Nos últimos cinco dias, recebemos 10. Hoje, chegaram mais 10, mas, como o volume estava zerado, vai demorar um pouco e estamos trabalhando em medida de retenção. Se a frota fosse restabelecida totalmente, levaria cerca de três ou quatro dias para normalizar as operações”, diz.

Quem teve a passagem cancelada passou horas no saguão do aeroporto de Brasília e, para pedir a remarcação, sofreu com a falta de informação. O químico Jorge Gusmão, 46 anos, teve o voo para Recife cancelado. Ele chegou às 6h no aeroporto acompanhado do filho João, 11. Até as 11h ainda aguardava um posicionamento da Latam. De mudança para a cidade nordestina, os dois estavam na esperança de conseguir um voo no mesmo dia. Gusmão reclama que a empresa pediu que a remarcação fosse feita via telefone ou internet, mas as linhas estavam congestionadas.

“Estamos com a mudança no caminhão e o que dava para trazer por aqui veio com a gente. Passei mais de 40 minutos no telefone e na Internet tentando remarcar, mas não consegui. O jeito é aguardar aqui mesmo”, lamenta. Ele é a favor das manifestações, mas ressalta que a população não pode ser prejudicada. “Precisam de ao menos uma trégua. A reivindicação é justa, mas está ficando abusiva e atrapalhando a vida dos brasileiros com o desabastecimento”, afirma.

Sem taxas
Em nota, as companhias informaram que os passageiros poderão alterar os voos sem a cobrança de taxa de remarcação e das diferenças tarifárias da passagem para nova data, sem multas, de acordo com a disponibilidade.

Além do Aeroporto JK, a Infraero divulgou uma lista de 14 aeroportos administrados pela pasta e que ainda estão em falta de combustível e operam com restrições: Carajás (PA), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas (TO), Goiânia (GO), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Vitória (ES), Petrolina (PE) e Joinville (SC).

A Latam teve 50 voo cancelados pelo país, 21 em Brasília. A empresa transportou em uma aeronave Boeing 777, entre Guarulhos e o Distrito Federal, 40 toneladas adicionais de combustível e, no retorno, levou 385 passageiros para Guarulhos (SP). Na Gol, sete voos foram cancelados. Pela Avianca, outros sete aviões que sairiam de Brasília permaneceram no aeroporto. No restante do país, 20 voos não decolaram e mais nove cancelamentos estão previstos para domingo. A Azul não teve nenhum voo cancelado em Brasília, mas, pelo país, foram 17. A lista segue sendo atualizada.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Governo edita decreto que autoriza militares a requisitarem veículos particulares

Com isso, Forças Armadas e servidores podem usar carros privados para transportar carga

Talita Fernandes/ Laís Alegretti Publicada Em 26/05 - 17h01

O governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União deste sábado (26) um decreto que autoriza a requisição de veículos particulares necessários ao transporte rodoviário de cargas consideradas essenciais nas ações de desobstrução de vias públicas.
A medida, chamada de requisição, amplia o poder dos militares e servidores públicos nas rodovias. Ela já havia sido anunciada como uma das possibilidades de ação do governo para tentar garantir normalidade no abastecimento de produtos no país, afetado com a paralisação dos caminhoneiros que já se estende pelo sexto dia.
O decreto que instituiu a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), publicado nesta sexta-feira (25), já permitia, por exemplo, que um militar dirigisse um caminhão com a cessão do dono. O documento publicado neste sábado dá um passo além e permite que o servidor público requisite o veículo.
O governo já fez um mapeamento para levantar a disponibilidade de motoristas que podem ser convocados para conduzir caminhões. Até o momento, foram encontradas 240 pessoas aptas.
A condução pode ser feita por servidores de qualquer órgão da administração pública e pelos militares das Forças Armadas, desde que tenham habilitação específica.
O texto, que entra em vigor neste sábado, é assinado pelo presidente Michel Temer e pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Joaquim Silva e Luna (Defesa).

Latam envia Boeing com combustível para abastecer aeronaves em Brasília

Medida vai garantir o transporte de 385 passageiros e cargas aéreas

Talita Fernandes / Laís Alegretti Publicada Em 26/05 - 18h45

A companhia aérea Latam enviou um Boeing 777 de Guarulhos para Brasília com 40 toneladas de combustível para abastecer outras aeronaves da empresa. A medida vai garantir, de acordo com a companhia, o transporte de 385 passageiros e cargas aéreas.
Há ao menos 13 aeroportos sem combustível, segundo a Infraero, devido às paralisações de caminhoneiros pelo país.
"A companhia trabalha para minimizar os impactos da restrição de abastecimento de combustível em decorrência da greve dos caminhoneiros, e lamenta os inconvenientes que esta situação, alheia à sua vontade, possa causar", informou a Latam.
Até as 18h30, o Aeroporto de Brasília registrou 57 voos cancelados, considerando todas as companhias aéreas. Seis caminhões com combustível chegaram ao terminal até a tarde deste sábado, escoltados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Isso foi suficiente, de acordo com a Inframerica, apenas para deixar o nível de combustível em 6,5% da capacidade.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Distribuição de diesel é prioridade

Além de editar decreto para atuação do Exército, governo estuda se apropriar de caminhões; liminar do STF permite ‘uso de força’, se imprescindível

Julia Lindner, Tânia Monteiro E Eduardo Rodrigues Publicado Em 26/05 - 04h00

Diante da situação de desabastecimento em diversos pontos do País com a paralisação dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer editou ontem um decreto para autorizar a atuação do Exército em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para todo o território nacional até o dia 4 de junho. 
As operações de GLO são realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República e ocorrem nos casos em que há esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em situações graves de perturbação da ordem. A GLO é regulada pela Constituição Federal e concede aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade.
Mesmo após acordo feito entre o governo e caminhoneiros, na quinta-feira, a avaliação é que a diminuição dos bloqueios nas estradas será lenta e deve continuar nos próximos dias. Dados da Polícia Rodoviária Federal concluíram que o País chegou a ter até 938 interrupções parciais em estradas na última semana. Dessas, 419 foram liberadas desde o acordo, e restaram 519.
Na manga, o governo também tem uma opção considerada mais grave, que seria editar outro decreto para permitir a requisição de bens. Neste caso, se for necessário, o poder federal poderia se apropriar do caminhão com a justificativa de assegurar o abastecimento de itens básicos para a população. Depois, devolveria o veículo.
O foco da ação de requisição de bens, de acordo com o governo, são empresas que se negaram a disponibilizar motoristas a levar cargas, mesmo com a escolta garantida pela Polícia Rodoviária Federal. O ministro da Casa Civil Eliseu Padilha ressaltou que é preciso “haver um fato que faça o decreto de requisição de bens ser necessário”. Padilha ressaltou que, a negociação com os caminhoneiros está encerrada e agora o foco é o cumprimento do acordo.
Atuação. Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o ministro do Gabinete da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, foi apresentado nesta sexta-feira, 25, como coordenador do plano de segurança do governo para tentar acabar com a greve dos caminhoneiros, que chega ao sexto dia neste sábado.
Além de ministros, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também participam da sala de situação, que manterá reuniões constantes durante o final de semana.
Na primeira reunião do grupo, sexta pela manhã, foi o presidente Michel Temer quem sugeriu a ideia do uso das forças militares para resolver a paralisação. Sua participação foi inesperada e, segundo fontes, ele chegou já com a decisão tomada.
Entre as prioridades de atendimento do governo na noite desta sexta estavam seis aeroportos – Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Congonhas (SP), Recife e Goiânia – e 11 pontos de distribuição, como as refinarias de Paulínea (SP), Duque de Caxias (RJ), Canoas (RS) e Manaus, portos de Suape (PE) e Santos (SP), além de hidrelétricas em Rondônia e Roraima.
Todo o trabalho inicialmente feito pelo Exército foi de escolta, para garantir que o combustível que estava parado fosse transportado, sem risco. A ideia de atuação das Forças Armadas para desobstrução de rodovias, que inicialmente foi aventada, acabou relegada a segundo plano porque o governo entendeu que ao garantir o transporte do combustível a partir das refinarias e portos, com escolta, esvaziaria o movimento com a normalização dos setores críticos pouco a pouco e foi considera desnecessária, neste momento.
Justiça. A ofensiva do governo contra os manifestantes se estendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e teve decisão favorável do ministro Alexandre de Moraes, que concedeu uma liminar para proibir o bloqueio em rodovias e autorizar o uso de força da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar e da Força Nacional caso isso seja “imprescindível”. Na ação, proposta pela Advocacia-Geral da União, o magistrado também autorizou a cobrança de multas para quem descumprir as ordens.
As multas que o ministro autorizou são de R$ 100 mil por hora “às entidades responsáveis, por atos que culminem na indevida ocupação e interdição das vias públicas, inclusive acostamentos” e de R$ 10 mil por dia para cada manifestante “que se recuse a retirar o veículo que esteja obstruindo a via pública ou proprietário do veículo que esteja obstruindo a via pública”, por descumprimento das ordens da liminar.

Decreto autoriza requisição de veículos particulares durante greve dos caminhoneiros

Presidente Michel Temer assinou documento ontem; ministério da Defesa vai determinar quem será o condutor dos veículos, entre servidores da administração pública e militares

Fernando Nakagawa E Julia Lindner Publicado Em 26/05 - 17h26

O presidente Michel Temer assinou neste sábado um decreto que autoriza o poder público a requisitar `veículos particulares necessários ao transporte rodoviário de cargas consideradas essenciais`, afetado pela greve dos caminhoneiros. Publicado em edição extra do Diário Oficial, o decreto diz que a requisição pode ser feita por `autoridades envolvidas nas ações de desobstrução de vias públicas` prevista em decreto 9.382 assinado na sexta-feira, 25 
O texto diz que caberá ao Ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, determinar os condutores desses veículos `desde que possuam a habilitação específica exigida pela legislação de trânsito`. Poderão ser requisitados a conduzir servidores de qualquer órgão ou entidade da administração pública e militares das Forças Armadas. O decreto entra em vigor neste sábado.
Apesar de ministros terem dito nas entrevistas de sexta-feira que esse decreto era um instrumento que estava na gaveta, para ser usado em último caso, Temer decidiu assiná-lo. Foi mais um passo de endurecimento na queda de braço do governo com o caminhoneiros, que não cumpriram o acordo de desobstruir as estradas e liberar as bases de distribuição para a saída de caminhões de combustíveis.
A decisão foi tomada depois da reunião de Temer com os ministros, que consideram importante abrir caminho para entrar em todas as refinarias e viabilizar a distribuição de combustível, com militares dirigindo os caminhões.
Paralelamente ao desenho da estratégia da logística da operação, as três Forças já começaram a trabalhar na seleção de motoristas que vão operar os caminhões das refinarias - desde cedo o Ministério da Defesa já trabalhava com essaa possibilidade. Os motoristas precisam ter habilitação dos tipos C e D, especiais para conduzir este tipo de caminhões.
O foco das ações em que a requisição de veículos será realizada são os 11 pontos de distribuição de combustíveis, refinarias e portos. A refinaria de Duque de Caxias, no Rio, já foi desobstruída e a operação em Paulínia, em São Paulo, começou no início da tarde deste sábado. As demais ainda estão sem acesso e são a prioridade de atuação das Forças Armadas. São elas Araucária (PR), Suape (PE), Betim (MG), Canoas (RS), Manaus (AM), Brasília (DF), e São Caetano, São José dos Campos e Barueri, em São Paulo. Para todas elas serão deslocados militares do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica para que viabilizem que a desobstrução das vias.
Um próximo passo que já está no radar e será adotado com a subida em mais um tom na guerra contra o setor é a desobstrução pela força nas estradas. O governo está disposto a agir nesse sentido, embora sempre se saiba que há um risco de confronto, o que é motivo de apreensão pelas Forças Armadas. Apesar do temor, os militares concordam e reconhecem que o momento é crítico e as desobstruções não estão acontecendo na velocidade que se esperava.
A desobstrução de estradas é uma operação considerada “muito delicada”. O Exército alega não ter equipamentos totalmente adequados para isso em todas as regiões do País, com dificuldade maior no Nordeste. A maior parte dos equipamentos que poderiam ser usados está no Sudeste e Cento-Oeste. Para as Forças Armadas, um embate com os caminhoneiros seria um desgaste muito grande, que os militares querem evitar a qualquer custo.

Forças Armadas desbloqueiam refinarias e escoltam carga de combustível

Militares foram deslocados para 11 bases de distribuição consideradas essenciais para garantir a volta do abastecimento em todo o País

Tânia Monteiro, José Maria Tomazela E Fernando Nak Publicado Em 26/05 - 21h49

Em um dia, as Forças Armadas passaram a atuar nas 11 bases de distribuição consideradas essenciais pelo governo para garantir a volta do abastecimento de combustível em todo o País, depois que postos fecharam por falta do que vender. Para todos esses locais, foram deslocados militares do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica para que viabilizassem a desobstrução das vias. 
As refinarias de Duque de Caixas, no Rio, e Paulínia, no interior de São Paulo, foram as primeiras a serem ocupadas. Em seguida, na tarde desta sexta-feira, 26, o governo conseguiu também assumir o controle de outros pontos considerados importantes em Araucária (PR), Suape (PE), Betim (MG), Canoas (RS), Manaus (AM), Brasília (DF), e São Caetano, São José dos Campos e Barueri, em São Paulo.
O primeiro comboio de caminhões-tanque com combustível para aviões que deixou a Refinaria de Paulínia escoltado pelas tropas do Exército chegou por volta das 19 horas desta sexta-feira, ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos confirmou a entrada do comboio no terminal. Não havia informação sobre a quantidade de combustível levada ao aeroporto.
Esse abastecimento garante a normalidade dos voos até a noite de domingo, segundo a assessoria do aeroporto. Sete voos foram cancelados neste sábado (quatro previstos para sair e outros três para chegar a Viracopos) no terminal, que estava sofrendo com a falta de combustível provocada pela greve dos caminhoneiros.
Ônibus. Com escolta da Polícia Militar, caminhões-tanque estão deixando desde o fim da tarde deste sábado o terminal de petróleo da Petrobrás, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para abastecer empresas de ônibus da região. Os caminhoneiros continuavam na entrada do terminal, mas já tinham conhecimento do acordo firmado pelo governador Márcio França (PSB) e se preparavam para retirar os caminhões do entorno.
Havia expectativa de que o abastecimento nos postos fosse retomado ainda durante a noite. A prefeitura de Ribeirão Preto, no entanto, mantinha a suspensão do transporte coletivo neste domingo. Um acordo entre a Polícia Militar, o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e a Associação Valeparaibana de Empresas de Transportes de Passageiros está permitindo a saída de caminhões com combustível da Base de Abastecimento da Petrobrás em São José dos Campos, interior de São Paulo, para abastecer empresas de transporte coletivo. O acordo foi intermediado pela prefeitura de São José.
Os caminhões estão sendo escoltados pela Polícia Militar e por soldados da 12ª. Brigada de Infantaria Leve do Exército, sediada em Caçapava. Foi definida uma quota mínima de 54 mil litros de diesel para São José dos Campos e de 15 mil litros para Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba. O acordo prevê também o envio de combustível para a cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. No início da noite deste sábado, havia ainda concentração de caminhoneiros nas rodovias Dutra, Carvalho Pinto e D.Pedro I, na região.
Aeroportos. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a situação de desabastecimento dos aeroportos estava a caminho da normalização na noite deste sábado. Segundo ele, o terminal de Brasília recebeu dez caminhões de querosene de aviação. Cada um tem capacidade de 60 mil litros. A concessionária Inframerica, que administra o terminal, afirmou que o uso de combustíveis continua racionalizado.
`A situação ainda é crítica, pois quantidade de combustível não é suficiente para suprir a demanda. Com este novo reabastecimento no aeroporto as reservas subiram para 12,5%`, diz a nota. A administração continuou com a orientação de que só pousarão em Brasília aeronaves com capacidade para decolar sem a necessidade de abastecimento na capital federal. Ontem, segundo balanço das 20 horas, foram registrados 57 cancelamentos e 27 atrasos no terminal.
Jungmann afirmou neste sábado faltava apenas normalizar a situação do aeroporto de Recife.

JORNAL O GLOBO


PF investiga empresários ligados a greve e pede prisões

Governo está convencido de que empresas estão por trás de paralisação

A cri­se de abas­te­ci­men­to em to­do o país se agra­vou on­tem com mais um dia de gre­ve de ca­mi­nho­nei­ros, que man­ti­ve­ram mais de 500 pon­tos de blo­queio nas es­tra­das. “Te­mos com­pro­va­do que es­ta pa­ra­li­sa­ção te­ve des­de o seu iní­cio a pro­mo­ção e o apoio cri­mi­no­so de pro­pri­e­tá­ri­os de em­pre­sas trans­por­ta­do­ras e dis­tri­bui­do­ras”, dis­se o mi­nis­tro da Se­gu­ran­ça Pú­bli­ca, Raul Jung­mann. A Po­lí­cia Fe­de­ral abriu 37 inqué­ri­tos pa­ra in­ves­ti­gar em­pre­sá­ri­os. No Rio, o BRT fi­cou com­ple­ta­men­te pa­ra­do em boa par­te do dia, por fal­ta de com­bus­tí­vel, o que tam­bém afe­tou li­nhas re­gu­la­res de ôni­bus. O pre­fei­to Mar­ce­lo Cri­vel­la afir­mou que es­co­las mu­ni­ci­pais só têm es­to­que pa­ra mais um dia de me­ren­da e po­de de­cre­tar pon­to fa­cul­ta­ti­vo na se­gun­da-fei­ra. A gre­ve expôs a ex­ces­si­va de­pen­dên­cia do trans­por­te ro­do­viá­rio no país, que não con­se­gue avan­çar em al­ter­na­ti­vas mais ade­qua­das a seu ter­ri­tó­rio de di­men­sões con­ti­nen­tais, co­mo fer­ro­vi­as e hi­dro­vi­as.
“Te­mos con­vic­ção de que exis­te o lo­cau­te. Os em­pre­sá­ri­os sus­pei­tos se­rão in­ti­ma­dos. Se­gun­do a PF, já exis­tem pe­di­dos de pri­são” Car­los Ma­run Mi­nis­tro da Se­cre­ta­ria de Go­ver­no
Seis di­as após o iní­cio dos pro­tes­tos dos ca­mi­nho­nei­ros, as es­tra­das do país con­ti­nu­a­vam com mais de 500 pon­tos de blo­queio na noi­te de on­tem, mes­mo de­pois da de­ci­são do go­ver­no de con­vo­car as For­ças Ar­ma­das pa­ra li­be­rar ro­do­vi­as. O go­ver­no de­ci­diu en­du­re­cer ain­da mais e lan­çou mão on­tem de mais ins­tru­men­tos, co­mo mul­ta de R$ 100 mil por ho­ra aos do­nos de trans­por­ta­do­ras que não re­to­ma­rem os tra­ba­lhos e até pe­di­dos de pri­são à Jus­ti­ça pe­la Po­lí­cia Fe­de­ral, que in­ves­ti­ga, em 37 inqué­ri­tos aber­tos em 25 es­ta­dos, a par­ti­ci­pa­ção de em­pre­sá­ri­os no mo­vi­men­to. O pre­si­den­te Mi­chel Te­mer ain­da as­si­nou um de­cre­to per­mi­tin­do que ser­vi­do­res pú­bli­cos e mi­li­ta­res se­jam ha­bi­li­ta­dos pa­ra de­sobs­truir ro­do­vi­as. Mas na­da dis­so foi ca­paz de en­cer­rar o mo­vi­men­to.
— Te­mos man­da­tos de pri­são. Não se sa­be se já ocor­re­ram — dis­se o mi­nis­tro da Se­gu­ran­ça, Raul Jung­mann. — O país não se­rá re­fém des­te egoís­mo. Que­ro di­zer que te­mos com­pro­va­do que es­ta pa­ra­li­sa­ção te­ve des­de o seu iní­cio a pro­mo­ção e o apoio cri­mi­no­so de pro­pri­e­tá­ri­os de em­pre­sas trans­por­ta­do­ras e dis­tri­bui­do­ras. Po­dem ter cer­te­za: irão pa­gar por is­so.
Os pro­tes­tos con­ti­nu­a­ram, ape­sar de o go­ver­no ter ce­di­do em vá­ri­as fren­tes na se­ma­na pas­sa­da: a Pe­tro­bras re­du­ziu o pre­ço do di­e­sel por 15 di­as e, em se­gui­da, a Ca­sa Ci­vil cos­tu­rou um acor­do com no­ve en­ti­da­des em­pre­sa­ri­ais e re­pre­sen­tan­tes dos mo­to­ris­tas pa­ra ob­ter uma tré­gua, que não foi se­gui­da nas es­tra­das. On­tem, Te­mer pu­bli­cou em edi­ção ex­tra do Diá­rio Ofi­ci­al da União o de­cre­to que au­to­ri­za a re­qui­si­ção de veí­cu­los par­ti­cu­la­res ne­ces­sá­ri­os ao trans­por­te ro­do­viá­rio de car­gas con­si­de­ra­das es­sen­ci­ais. An­te­on­tem, ele já ha­via edi­ta­do um de­cre­to de Ga­ran­tia da Lei e da Or­dem em to­do o ter­ri­tó­rio na­ci­o­nal até o dia 4 de ju­nho, pa­ra per­mi­tir o em­pre­go das For­ças Ar­ma­das.
No fim do dia, o go­ver­no fe­de­ral di­vul­gou um ba­lan­ço com 566 pon­tos de blo­queio par­ci­ais em es­tra­das fe­de­rais no país, nú­me­ro mai­or do que os 519 re­gis­tra­dos no fim de sex­ta-fei­ra. Se­gun­do o go­ver­no, a va­ri­a­ção se de­ve ao fa­to de os ca­mi­nho­nei­ros es­tão mu­dan­do os pon­tos de blo­queio e que a mai­o­ria é par­ci­al. Ain­da as­sim, foi pre­ci­so o uso da for­ça em seis. Mes­mo sem obs­truir to­tal­men­te as pis­tas, os pro­tes­tos di­fi­cul­tam o trans­por­te de car­gas, com pos­tos de ga­so­li­na sem com­bus­tí­veis, ae­ro­por­tos de­sa­bas­te­ci­dos e su­per­mer­ca­dos sem ali­men­tos. Se­gun­do o go­ver­no, o sis­te­ma de trans­plan­tes foi afe­ta­do, com per­das de ór­gãos.
MUL­TA DE R$ 100 MIL POR HO­RA
O go­ver­no diz já te­rem si­do emi­ti­dos mais de 400 au­tos de in­fra­ção, com mul­tas que so­mam mais de R$ 2 mi­lhões. De­pois de três ho­ras de reu­nião pe­la ma­nhã do ga­bi­ne­te de cri­se mon­ta­do no Pla­nal­to, que con­tou com a pre­sen­ça do pre­si­den­te Mi­chel Te­mer, o mi­nis­tro da Se­cre­ta­ria de Go­ver­no, Car­los Ma­run, dis­se que o go­ver­no es­tá con­ven­ci­do de que há um lo­cau­te, ca­rac­te­ri­za­do pe­la par­ti­ci­pa­ção de em­pre­sá­ri­os na gre­ve pa­ra de­fen­der seus in­te­res­ses.
— Em fun­ção da li­mi­nar con­ce­di­da pe­lo Su­pre­mo Tri­bu­nal Fe­de­ral, o go­ver­no co­me­ça a apli­car mul­tas no va­lor de R$ 100 mil por ho­ra pa­ra os do­nos de trans­por­ta­do­ras que não vol­ta­rem ao tra­ba­lho. Te­mos a con­vic­ção de que exis­te o lo­cau­te. Os em­pre­sá­ri­os sus­pei­tos se­rão in­ti­ma­dos — dis­se Ma­run, que de­ve ir a São Pau­lo ho­je reu­nir-se com o go­ver­na­dor Már­cio Fran­ça.
O mi­nis­tro da De­fe­sa, ge­ne­ral Sil­va e Lu­na se reu­niu se­pa­ra­da­men­te com os co­man­dan­tes das três For­ças (Ma­ri­nha, Exér­ci­to e Ae­ro­náu­ti­ca) e o che­fe do EMCFA (Es­ta­do Mai­or das For­ças Ar­ma­das), al­mi­ran­te Ade­mir So­bri­nho. O co­man­dan­te do Exér­ci­to, ge­ne­ral Vil­las Bo­as, dis­se por meio das re­des so­ci­ais que o “fo­co é a so­lu­ção da cri­se sem con­fli­tos”.
DI­E­SEL SU­BIU NA BOM­BA
Em São Pau­lo, o go­ver­na­dor Már­cio Fran­ça (PSB) anun­ci­ou mais uma sé­rie de be­ne­fí­ci­os na ten­ta­ti­va de con­ven­cer os ca­mi­nho­nei­ros a aban­do­nar o mo­vi­men­to. En­tre as me­di­das pa­ra re­du­zir cus­tos do trans­por­te es­tá a isen­ção da co­bran­ça de pe­dá­gio so­bre ei­xo sus­pen­so a par­tir de ter­ça-fei­ra nas ro­do­vi­as pau­lis­tas, per­dão de mul­tas e des­con­tos no IPVA dos veí­cu­los. As con­ces­si­o­ná­ri­as se­ri­am res­sar­ci­das pe­lo go­ver­no. Fran­ça, que é can­di­da­to à re­e­lei­ção, dis­se ter ne­go­ci­a­do com um gru­po de ca­mi­nho­nei­ros, ape­sar de ad­mi­tir que é di­fí­cil iden­ti­fi­car as li­de­ran­ças da ca­te­go­ria, em gran­de par­te autô­no­mos que se mo­bi­li­zam por meio do WhatsApp. Em tro­ca dos be­ne­fí­ci­os, eles li­be­ra­ri­am vi­as im­por­tan­tes do es­ta­do, co­mo a Ro­do­via Ré­gis Bit­ten­court, ain­da on­tem.
Em São Pau­lo, o go­ver­na­dor Már­cio Fran­ça (PSB) anun­ci­ou mais uma sé­rie de be­ne­fí­ci­os na ten­ta­ti­va de con­ven­cer os ca­mi­nho­nei­ros a aban­do­nar o mo­vi­men­to. En­tre as me­di­das pa­ra re­du­zir cus­tos do trans­por­te es­tá a isen­ção da co­bran­ça de pe­dá­gio so­bre ei­xo sus­pen­so a par­tir de ter­ça-fei­ra nas ro­do­vi­as pau­lis­tas, per­dão de mul­tas e des­con­tos no IPVA dos veí­cu­los. As con­ces­si­o­ná­ri­as se­ri­am res­sar­ci­das pe­lo go­ver­no. Fran­ça, que é can­di­da­to à re­e­lei­ção, dis­se ter ne­go­ci­a­do com um gru­po de ca­mi­nho­nei­ros, ape­sar de ad­mi­tir que é di­fí­cil iden­ti­fi­car as li­de­ran­ças da ca­te­go­ria, em gran­de par­te autô­no­mos que se mo­bi­li­zam por meio do WhatsApp. Em tro­ca dos be­ne­fí­ci­os, eles li­be­ra­ri­am vi­as im­por­tan­tes do es­ta­do, co­mo a Ro­do­via Ré­gis Bit­ten­court, ain­da on­tem.
Em ou­tro ace­no à ca­te­go­ria, o go­ver­na­dor dis­se que o Pro­con fa­rá a fis­ca­li­za­ção pa­ra ga­ran­tir que o des­con­to de 10% no di­e­sel (equi­va­len­te a 41 cen­ta­vos) anun­ci­a­do pe­lo go­ver­no che­gue lo­go às bom­bas. O óleo di­e­sel su­biu nos pos­tos, em mé­dia, 5,36% na úl­ti­ma se­ma­na, mes­mo após a Pe­tro­bras ter re­du­zi­do os pre­ços em 10% nas re­fi­na­ri­as no úl­ti­mo dia 25. Se­gun­do da­dos da pes­qui­sa mais re­cen­te da Agên­cia Na­ci­o­nal do Pe­tró­leo, en­tre 20 a 26 de maio, o pre­ço pas­sou pa­ra R$ 3,788: qua­se R$ 0,20 a mais que na se­ma­na an­te­ri­or.
Du­ran­te o dia, o go­ver­no fe­de­ral ado­tou co­mo es­tra­té­gia pri­o­ri­zar a de­sobs­tru­ção de vi­as pró­xi­mas a re­fi­na­ri­as pa­ra per­mi­tir a saí­da de ca­mi­nhões de com­bus­tí­veis com es­col­tas ar­ma­das. En­tre as pri­o­ri­da­des es­ta­va o re­a­bas­te­ci­men­to dos ae­ro­por­tos com que­ro­se­ne de avi­a­ção.
Du­ran­te o dia, o go­ver­no fe­de­ral ado­tou co­mo es­tra­té­gia pri­o­ri­zar a de­sobs­tru­ção de vi­as pró­xi­mas a re­fi­na­ri­as pa­ra per­mi­tir a saí­da de ca­mi­nhões de com­bus­tí­veis com es­col­tas ar­ma­das. En­tre as pri­o­ri­da­des es­ta­va o re­a­bas­te­ci­men­to dos ae­ro­por­tos com que­ro­se­ne de avi­a­ção.
Des­de o iní­cio da ma­nhã, ho­mens do Exér­ci­to já es­ta­vam na Re­fi­na­ria de Pau­lí­nia, no in­te­ri­or de São Pau­lo, pa­ra vi­a­bi­li­zar a saí­da de ca­mi­nhões-tan­que pa­ra o Ae­ro­por­to de Vi­ra­co­pos, em Cam­pi­nas. Na Re­fi­na­ria de Du­que de Ca­xi­as, ca­mi­nhões-tan­que saí­ram com a es­col­ta da Po­lí­cia Mi­li­tar. No fim da tar­de, hou­ve ten­são en­tre os ma­ni­fes­tan­tes em fren­te à re­fi­na­ria e mi­li­ta­res em fren­te à Re­duc, mas não hou­ve con­fron­to. Em São Pau­lo, o ba­ta­lhão de cho­que da Po­lí­cia Mi­li­tar in­ci­ou ne­go­ci­a­ção com ca­mi­nho­nei­ros con­cen­tra­dos no Ro­do­a­nel, na ca­pi­tal pau­lis­ta.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Ação emergencial em 15 aeroportos


Apesar do acordo entre governo federal e caminhoneiros, os manifestantes resistem a interromper as paralisações. Mesmo o ministro do gabinete da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, garantindo que a situação começa a se normalizar, pelo menos 15 aeroportos do país estão com os serviços prejudicados, principalmente o de Brasília. No 6º dia de protestos, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek cancelou 58 voos e outros 21 registraram atraso.
O terminal passou a manhã de ontem sem receber combustível. À tarde, 10 veículos escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegaram com cerca de 240 mil litros de Querosene de Aviação (QAV) para ajudar no abastecimento de parte da frota. A quantidade ainda é insuficiente e, como medida contingencial, o aeroporto permite apenas o pouso de aeronaves com combustível capaz de realizar um novo trajeto completo, uma vez que não tem sido possível reabastecê-las no JK. A recomendação das empresas aéreas é de que os passageiros verifiquem a situação dos voos antes de irem ao aeroporto.
Os terminais ainda não têm previsão para normalização. Em Brasília, o diretor de Operações da Inframerica, Ruan Djedjeian, afirma que a situação dependerá do fluxo de caminhões que forem liberados. “Normalmente temos 20 caminhões por dia para abastecer a frota. Nos últimos cinco dias, recebemos 10. Hoje, chegaram mais 10, mas, como o volume estava zerado, vai demorar um pouco e estamos trabalhando em medida de retenção. Se a frota fosse restabelecida totalmente, levaria cerca de três ou quatro dias para normalizar as operações”, diz.
Quem teve a passagem cancelada passou horas no saguão do aeroporto de Brasília e, para pedir a remarcação, sofreu com a falta de informação. O químico Jorge Gusmão, 46 anos, teve o voo para Recife cancelado. Ele chegou às 6h no aeroporto acompanhado do filho João, 11. Até as 11h ainda aguardava um posicionamento da Latam. De mudança para a cidade nordestina, os dois estavam na esperança de conseguir um voo no mesmo dia. Gusmão reclama que a empresa pediu que a remarcação fosse feita via telefone ou internet, mas as linhas estavam congestionadas.
“Estamos com a mudança no caminhão e o que dava para trazer por aqui veio com a gente. Passei mais de 40 minutos no telefone e na Internet tentando remarcar, mas não consegui. O jeito é aguardar aqui mesmo”, lamenta. Ele é a favor das manifestações, mas ressalta que a população não pode ser prejudicada. “Precisam de ao menos uma trégua. A reivindicação é justa, mas está ficando abusiva e atrapalhando a vida dos brasileiros com o desabastecimento”, afirma.
Sem taxas
Em nota, as companhias informaram que os passageiros poderão alterar os voos sem a cobrança de taxa de remarcação e das diferenças tarifárias da passagem para nova data, sem multas, de acordo com a disponibilidade.
Além do Aeroporto JK, a Infraero divulgou uma lista de 14 aeroportos administrados pela pasta e que ainda estão em falta de combustível e operam com restrições: Carajás (PA), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas (TO), Goiânia (GO), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Vitória (ES), Petrolina (PE) e Joinville (SC).
A Latam teve 50 voo cancelados pelo país, 21 em Brasília. A empresa transportou em uma aeronave Boeing 777, entre Guarulhos e o Distrito Federal, 40 toneladas adicionais de combustível e, no retorno, levou 385 passageiros para Guarulhos (SP). Na Gol, sete voos foram cancelados. Pela Avianca, outros sete aviões que sairiam de Brasília permaneceram no aeroporto. No restante do país, 20 voos não decolaram e mais nove cancelamentos estão previstos para domingo. A Azul não teve nenhum voo cancelado em Brasília, mas, pelo país, foram 17. A lista segue sendo atualizada.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Sindicato de caminhoneiros pede fim de bloqueios após ordem de envio de tropas

Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), alegou ´razões de segurança´ mas defende continuidade dos protestos

Publicado Em 26/05 - 07h58

O principal sindicato à frente da greve de caminhoneiros que já dura cinco dias pediu a seus representados que suspendam os bloqueios de rodovias, depois que o governo anunciou a mobilização de tropas para pôr fim ao movimento.
O presidente Michel Temer ordenou nesta sexta-feira (25) que a Polícia e as Forças Armadas atuem contra os caminhoneiros que ignoraram um acordo assinado na véspera para suspender os bloqueios, que estão causando desabastecimento de alimentos e combustível em todo o país.
´Muitos caminhoneiros estão fazendo sua parte, mas infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas, impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a população e fazer o seu trabalho´, disse Temer.
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica vão se mobilizar em uma ação ´rápida, integrada e enérgica´ e buscarão, antes de tudo, liberar a circulação em áreas ´críticas´, como refinarias, portos e aeroportos, detalhou posteriormente o ministro da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna.
Diante da ameaça do governo, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), um dos principais sindicatos que havia rejeitado o acordo com o governo, pediu a suspensão dos bloqueios ´por razões de segurança´, embora sem cessar os protestos.
´Já mostramos a nossa força ao governo, que nos intitulou como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições´, afirmou em um comunicado a Abcam, que fala da adesão de 700 mil caminhoneiros autônomos.
O ministro da Segurança Pública, Raúl Jungmann, garantiu na entrevista coletiva desta tarde que 45% dos bloqueios já haviam sido liberados, mas reconheceu que ainda restavam mais de 500 em todo o país, os mesmos apontado pela Abcam.
À espera de ver se os caminhoneiros acatam o pedido do sindicato, efetivos da Marinha foram enviados ao porto de Santos, enquanto a Força Aérea estava em contato com uma dezena de aeroportos que ficaram sem gasolina e o governo assegurou que autorizará, ´caso seja necessário´, a revista de caminhões pelas Forças Armadas.
O governo informou que o apoio das Forças Armadas está autorizado, a princípio, até o dia 4 de junho.
Jungmann disse que cerca de vinte empresários estão sendo investigados por crimes relacionados aos protestos.
País paralisado
A crise, a menos de cinco meses das eleições presidenciais, começou pela revolta dos caminhoneiros contra os sucessivos aumentos do diesel.
Esses aumentos são resultados da política de preços adotada pela Petrobras desde 2016 de alinhar os valores do combustível aos do mercado internacional, como estratégia para recompor suas finanças e sua imagem depois do seu envolvimento em escândalos de corrupção.
O acordo alcançado na quinta-feira previa a suspensão por 15 dias da paralisação, em contraposição ao corte do imposto sobre o diesel e da criação de um sistema de subsídios para prolongar a redução de 10% do preço do diesel na saída das refinarias. O acordo anunciado pela Petrobras inicialmente foi limitado a quinze dias.
´Hoje em dia, você pega um frete de 1.000 reais para ir a São Paulo, gasta 400 reais de diesel e 400 reais de pedágio. Sobram 200 reais. Como você vai comer? O que vai sobrar para a sua família?´, disse à AFP Luciano Constant, caminhoneiro autônomo de 43 anos que participava de um bloqueio nessa localidade.
Em cinco dias, o país ficou à beira de um colapso.
A greve obrigou o cancelamento de voos no aeroporto de Brasília, paralisou totalmente as cadeias de montagem de automóveis, reduziu a atividade de grandes frigoríficos e provocou uma alta dos preços de combustíveis e alimentos.
A Prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência, medida que lhe permitirá, entre outros pontos, revistar ou apreender bens privados, como o combustível armazenado em um posto.
A crise questiona a capacidade de articulação política do governo até sua passagem de poder, em janeiro, e de dar um apoio eficaz a seu candidato, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Novamente as Forças Armadas
Temer já recorreu em várias ocasiões às Forças Armadas para enfrentar algumas das crises que marcaram seus dois anos de mandato.
O presidente convocou as Forças Armadas para várias ´operações de garantia da lei e da ordem´ em estados que vivem graves crises de segurança, e decretou em 2017 a intervenção militar na área de segurança do Rio de Janeiro.
´A proposta do governo de convocar as Forças Armadas como instrumento de repressão é querer apagar fogo com gasolina: vai instigar o conflito e dificultar uma solução equilibrada´, afirmaram em comunicado conjunto as principais centrais sindicar do país, que se ofereceram para fazer uma mediação e encontrar uma solução.
A Anistia Internacional considerou ´inadmissível´ o uso das tropas, lembrando que esse não é o seu papel e que a liberdade de manifestação é um direito humano.

PORTAL G-1


Greve de caminhoneiros chega ao 6º dia

Paralisação segue dois dias após o governo e os representantes da categoria anunciarem proposta para suspender a greve por 15 dias; Governo publicou decreto que autoriza uso das Forças Armadas para liberar rodovias.

Publicado Em 26/05 - 09h59

Neste sábado (26), caminhoneiros chegaram ao sexto dia de manifestações contra a disparada do preço do diesel – que faz parte da política de preços da Petrobras desde julho de 2017.
As manifestações continuam mesmo após o governo e os representantes da categoria anunciarem uma proposta para suspender a greve por 15 dias. Reunião aconteceu na quinta-feira (24).
Na sexta-feira (25), o governo publicou um Decreto de Garantia da Lei e da Ordem que autoriza uso das Forças Armadas para liberar rodovias. Válido até 4 de junho, o decreto inclui:
remoção ou a condução de veículos que estiverem obstruindo a via pública;
escolta de veículos que prestem serviços essenciais ou transportem produtos considerados essenciais;
garantia de acesso a locais de produção ou distribuição de produtos considerados essenciais;
medidas de proteção para infraestrutura considerada crítica
O Ministério da Defesa informou que, entre sexta e sábado, foram liberados pela Polícia Rodoviária Federal com apoio das Forças Armadas 132 pontos que estavam bloqueados nas rodovias pelo país. Até sexta, eram 519 pontos com bloqueios.
Aeroportos
De acordo com a Infraero, 11 aeroportos que sob a responsabilidade da empresa estão sem combustível no momento.
São eles:
Carajás
São José dos Campos
Uberlândia
Ilhéus
Palmas
Goiânia
Campina Grande
Juazeiro do Norte
Recife
Maceió
Vitória
Já os aeroportos de Navegantes, Cuiabá, Aracaju e Petrolina estão com possibilidade de esgotamento de combustível. A Infraero aguarda a chegada de carretas de combustível para todos esses aeroportos. A empresa ressalta que os aeroportos não estão fechados e podem receber pousos e decolagem, mas a aeronave que pousar pode não conseguir abastecer.
Nove voos que pousariam no Aeroporto de Brasília e 31 que sairiam de lá foram cancelados neste sábado (26). As reservas de combustível se esgotaram na sexta-feira (25).
O Aeroporto Internacional de Viracopos recebeu quatro carretas de combustível no final da noite de sexta-feira (25), o que representa autonomia para até o meio dia deste sábado (26).
Há previsão de que outras carretas abasteçam o local, o que pode aumentar a capacidade por mais oito horas.
Estado de Emergência
Na sexta-feira (25), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou estado de emergência por causa do abastecimento prejudicado pelos protestos de caminhoneiros. Com o decreto, a cidade pode apreender combustível estocado de postos privados, por exemplo, e fazer compras sem licitação. Também permite realizar gastos sem depender de empenho orçamentário.
O prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto decretou estado de emergência visando garantir a manutenção dos serviços essenciais no município, entre eles:
Atendimento médico de urgência e emergência por meio do Samu;
Funcionamento da maternindade Moura Tapajóz;
Transporte coletivo;
Coleta de lixo;
Infraestrutura;
Defesa Civil;
Guarda Municipal.
Além disso, foi criado um Gabinete de Crise, que vai atuar na adoção de medidas administrativas e judiciais para manter os serviços públicos essenciais.
O governo de Pernambuco também decretou situação de emergência para manter funcionando os serviços essenciais à população no estado. O decreto foi anunciado no Diário Oficial de Pernambuco deste sábado (26) e visa viabilizar a distribuição de combustíveis, alimentos e insumos a entidades públicas e a segmentos da sociedade civil. “Tudo o que estiver dificultando o cumprimento das decisões judiciais, o abastecimento dos postos de gasolina, o abastecimento de mercadorias, será facilitado com ações que constam nesse decreto”, afirmou o governador Paulo Câmara.
Além do decreto, o governador enviou um ofício ao general do Exército, Artur da Costa Moura, pedindo o uso dos parques de tancagem das Forças Armadas no Grande Recife e no interior do estado para receber e distribuir combustível.
Abaixo, o G1 lista consequências e detalha os impactos em cada setor e nas regiões do país:
  • Rio Grande do Norte enfrenta desabastecimento de alimentos, combustíveis e gás de cozinha
  • Em Natal, pelo menos 40% dos postos acusa falta de pelo menos um tipo de combustível. Além disso, a frota de ônibus foi reduzida para evitar um colapso no sistema de transporte público.
  • No Rio, o BRT está com a operação suspensa por tempo indeterminado. Há também redução em frota de ônibus; a Rio Ônibus não divulgou quantos ônibus nas ruas, mas vê risco de paralisação total
  • A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) pede para que população economize água. Concessionária diz que ´permanecerá agindo para que suas atividades de produção continuem sem interrupção´.
  • Ainda no Rio, nenhum posto de gasolina recebeu combustível na madrugada; Ceasa tem 95% dos legumes em falta
  • Em São Paulo, as Rodovias Anchieta e Régis Bittencourt têm manifestação de caminhoneiros.
  • Os motoristas seguem com dificuldades para encontrar postos com combustíveis à venda
  • A SPTrans informou que a frota de ônibus deve operar no fim de semana com 40% da capacidade
  • Todos os postos da Baixada Santista e Vale do Ribeira estão sem estoque de gasolina e etanol, segundo o Sindicombustíveis Resan.
  • No Distrito federal, cerca de 35 caminhões foram escoltados para serem recarregados no Setor de Inflamáveis – os donos de postos de combustíveis estão indo ao local a partir da garantia que o governador Rodrigo Rollemberg deu nesta sexta-feira de que ´todos que forem, vão abastecer e sairão com escolta´.
  • A empresas de transporte público no DF funcionam com a tabela horária de domingo – ou seja, 40% da frota está nas ruas. No domingo, o sistema vai operar ´de acordo com a demanda´. O Metrô não terá alterações no horário de funcionamento no fim de semana. Informações da Secretaria de Mobilidade.
  • Em Campinas, Policiais militares do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) fizeram a escola de oito caminhões na saída de uma distribuidora de combustíveis em Paulínia (SP), na noite desta sexta-feira (25). De acordo com o tenente-coronel Marci Elber, o combustível será utilizado em veículos que prestam serviços essenciais em Campinas (SP).
  • No Paraná, por volta das 7h, havia 86 pontos de manifestações nas estradas federais, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
  • Durante a madrugada, a PRF fez uma escolta de quatro caminhões-tanque com combustível para aviação. O comboio saiu de Araucária até o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Os dois municípios ficam na Região Metropolitana de Curitiba.
  • Em Minas Gerais, são mais de 60 pontos interditados em dez rodovias federais na manhã deste sábado (26).
  • As cirurgias eletivas foram suspensas em Minas Gerais, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). ´A prioridade, no momento, é a urgência e emergência´, disse a nota. As ambulâncias estão circulando com restrição, mas nenhum problema de atendimento foi identificado.

Caminhões carregados de combustível aguardam em pátios de distribuidoras de Campo Grande, MS


G1ms Com Informações De Ricardo Mello, Campo G Publicada Em26/05 16h39

Na distribuidora que atende a Petrobrás em Campo Grande, quatro caminhões aguardam no pátio. "Os quatro estão carregados esperando para sair" disse um funcionário. Na noite de sexta-feira (25) um caminhão com 30 mil litros saiu da distribuidora da Shell na capital para abastecer a empresa responsável pelo transporte público na capital. Esta quantidade garante o transporte coletivo até terça-feira (29) porque a frota foi reduzida em 30%.
Na tarde desde sábado (26) dois caminhões serão escoltados por forças de segurança, saindo das distribuidoras para abastecer postos das duas bandeiras, BR e Shell. Em frente às distribuidora da Shell tem caminhões de carregados de óleo diesel desde terça-feira esperando para entrar e não podem descarregar porque, como o combustível não tem saído, não tem espaço nos tanques.
Pedidos de escolta
As distribuidoras da capitaA PRF tem até o momento 7 pedidos de escolta de cargas contendo materiais hospitalares e perecíveis. Até o momento, 55 municípios de Mato Grosso do Sul estão sem combustíveis.
Na madrugada de sábado (26) um caminhão contendo 30 mil litros foi escoltado para abastecer o aeroporto e a Base Aérea.

Militares do Exército no Vale concentram ações na Revap em São José

Forças Armadas foram acionadas na sexta-feira para desobstruir estradas em protesto de caminhoneiros.

Publicado Em 26/05 - 19h25

Militares do Exército no Vale do Paraíba concentram neste sábado (26) as ações na Refinaria Henrique Lage (Revap) em São José dos Campos (SP).
Os militares estão mobilizados desde sexta-feira após o governo federal acionar as Forças Armadas para desobstruir estradas com protestos de caminhoneiros contra o preço do diesel. A medida foi adotada após caminhoneiros negarem trégua proposta pelo governo.
Neste sábado, os militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve, que engloba os batalhões do Exército na região, atuam na escolta de comboios de caminhões para a retirada da produção de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) armazenada na Revap desde o início da paralisação.
Também foram feitas escoltas de caminhões carregados de nitrogênio líquido para abastecer a refinaria, o que garante o funcionamento seguro da unidade.
Os militares também realizaram o transporte de combustível para abastecimento das unidades da Polícia Militar em diversas cidades na região.
As equipes também realizaram reconhecimentos aéreos de pontos com manifestações na Dutra, Carvalho Pinto, Dom Pedro I e Anhanguera. Em nota, o Exército afirmou ainda que "as tropas da Brigada Aeromóvel serão empregadas de forma rápida, enérgica e integrada, em reforço às ações federais e estaduais".
Os objetivos das ações do Exército são distribuição de combustível nos pontos críticos, escolta de comboios, proteção de infraestruturas críticas e desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais.
Forças Armadas
O presidente Michel Temer acionou nesta sexta-feira (25) as forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhonheiros em greve. Segundo a assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O governo informou que já entrou em contato com governadores, para que as polícias militares também sejam utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.
Em razão da paralisação, faltam alimentos em supermercados e combustível em postos de gasolina. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
Segundo o governo, as rodovias devem ser totalmente liberadas. Com isso, caminhoneiros manifestantes não poderão ficar nem no acostamento. Os militares vão poder entrar em caminhões, se for o caso, para retirá-los da via.
Os caminhões poderão ser apreendidos e os motoristas, presos.
Manifestação no Vale
Os caminhoneiros mantêm pelo sexto dia o protesto contra o aumento do diesel em rodovias no trecho do Vale do Paraíba. O protesto causa reflexos em diversos setores, serviços públicos, como transporte público e educação, e desabastecimento de combustíveis e alimentos.
Os caminhões seguem às margens da Dutra em pelo menos nove pontos nas cidades de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba e Lorena. Também há mobilização na Tamoios e Oswaldo Cruz, segundo a Polícia Rodoviária Estadual.
Os protestos causam reflexos em diversos setores e serviços. Há desabastecimento de combustível, o que provocou filas em postos e alterações no transporte público. Alimentos também estão em falta nos supermercados e feiras.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Defesa participa de ações de desbloqueio e escolta em diversas regiões do País


Assessoria De Comunicação Publicada Em 26/05 - 20h58

Dentro do esforço do governo federal em minimizar os efeitos do desabastecimento causado pela greve dos caminhoneiros, militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participaram, ao longo deste sábado (26), de diversas ações de desbloqueio de pontos obstruídos e de escolta de comboios que levavam combustível para locais estratégicos, como aeroportos.
Todas as ações foram realizadas em apoio aos órgãos de Segurança Pública federais e estaduais, de acordo com as necessidades de cada região do País, como em Campinas (SP), onde militares das Forças Armadas ajudaram a escoltar caminhões que levavam combustível.
Foram utilizados meios aéreos, terrestres e navais para prestar todo o apoio necessário.
Na sede do Ministério da Defesa, em Brasília, foi montado um Comando Conjunto Interagências, composto pelos órgãos dos eixos de Defesa (Forças Armadas), Segurança Pública (Polícias Federal e Rodoviária Federal) e Inteligência (Gabinete de Segurança Institucional e Agência Brasileira de Inteligência), além de órgãos do governo envolvidos no esforço, tais como os Ministérios da Saúde, da Educação, de Minas e Energia, entre outros.
Ao longo do dia, esse Comando realizou diversas reuniões de acompanhamento, com o objetivo de definir as estratégias em nível nacional, para que cada estado ou região possa implementar as ações na prática, apontando os locais onde será necessário o apoio de militares das Forças Armadas.
A avaliação das autoridades envolvidas é de que as ações surtiram efeito, e já é possível se observar sinais de melhora, numa tendência de que, amanhã, a redução de pontos obstruídos seja ainda maior.

OUTRAS MÍDIAS


LAGES DIÁRIO - Voos por instrumentos são liberados no aeroporto de Lages

A medida tem efeito imediato, e qualquer avião já pode operar com auxílio dos equipamentos.

Ascom Pml Publicado Em 26/05

Uma notícia aguardada há mais de dois meses acaba de chegar a Lages. Na tarde desta sexta-feira, dia 25, o prefeito Antonio Ceron recebeu um telefonema do coronel aviador Marcos Kentaro Adachi, comandante do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), da Força Aérea Brasileira, confirmando a liberação do aeroporto da cidade para voos por instrumento. A medida tem efeito imediato, e qualquer avião já pode operar com o auxílio dos equipamentos.
A liberação da Aeronáutica é resultado de uma reunião realizada no último dia 7, no gabinete do prefeito, quando foram elencadas as 36 não conformidades que impediam os voos por instrumento e causavam grande transtorno aos usuários dos voos.
Na ocasião, o prefeito determinou à Infracea, empresa responsável pela administração do aeroporto, que providenciasse todas as correções com a máxima urgência. Nesta semana, os militares do Cindacta vistoriaram o aeroporto. E após grande expectativa, a boa notícia veio na tarde desta sexta-feira.

PODER 360 - Telebras não sabe como pagaria prejuízo com contrato de satélite


Publicada Em 25/05

A disputa judicial em torno do satélite de telecomunicações SGDC pode resultar em 1 prejuízo de R$ 100 milhões para a Telebras. O valor, referente à multas contratuais, é 3 vezes maior que a receita operacional da empresa brasileira no 1º trimestre deste ano (R$ 30,5 milhões).
Em entrevista ao Poder360, o presidente da Telebras Jarbas Valente, afirmou que ainda não sabe como arcaria com o prejuízo. “Vamos ter que ver como pagar”.
A situação é ainda mais indefinida quando se trata da negociação com a Viasat caso o STF (Supremo Tribunal Federal) suspenda, definitivamente, o contrato para comercialização de banda-larga. “Não vamos nem imaginar isso”, respondeu Valente questionado sobre possíveis pendências financeiras com a empresa norte-americana.
A parceria, fechada em fevereiro deste ano, está travada desde março, após a Via Direta, também interessada no satélite, questionar a negociação na Justiça do Amazonas. O impasse põe em risco 1 investimento de R$ 2,8 bilhões do governo federal.
Poder360 – Por que é necessário contratar uma segunda empresa para comercialização do satélite, que pertence ao governo federal?
Jarbas Valente – Em 2010 o governo decidiu reativar a Telebras para cobrir o vácuo de atendimento à sociedade, sobretudo em serviços de banda larga. Havia dificuldade de massificar o uso, principalmente, no interior do país. A Telebras tem que ceder infraestrutura de rede de fibra ou de satélite para que as empresas privadas possam atender o mercado de pessoas físicas e jurídicas privadas. Em áreas que não têm empresas privadas atuando, a Telebras pode chegar diretamente, sem necessidade de alugar a infraestrutura para uma operadora.
Quem controla o satélite?
O satélite é composto por 2 bandas. A banda X, operada e controlada, exclusivamente, pelo Ministério da Defesa, e tem a banda Ka, controlada, gerida e operada pela Telebras. Parte da banda Ka tem que ser alocada para atender necessidades do governo federal. O que sobrar, a Telebras pode alugar para uma empresa privada que possa levar o serviço de banda larga. Percebemos que o governo só precisaria de 42% da capacidade, o restante é para atendimento do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), em qualquer lugar do país. Então dividimos essa capacidade em 2 lotes: o primeiro com 35%, e o segundo com 23%. Realizamos 1 chamamento público que ficou em consulta por 8 meses, recebemos todos os tipos de perguntas e sugestões, mas em 31 de outubro nenhuma empresa apresentou proposta.
Quais eram os critérios para as empresas que quisessem participar do chamamento?
A empresa que viesse a alugar essa capacidade do lote 1 teria que disponibilizar equipamentos para a Telebras atender o governo federal. Nós teríamos controle da operação, mas usaríamos os equipamentos e pagaríamos por isso. Logicamente, isso seria abatido do valor que a empresa paga. O lote 2 ficou livre. Mas, a mesma operadora poderia adquirir os 2 lotes simultaneamente, caso tivesse competência para a exploração. No chamamento público ficava claro que não se tratava de um processo licitatório, não era uma licitação. O TCU (Tribunal de Contas da União) julgou e disse que não era 1 processo licitatório, mas sim 1 processo exclusivamente baseado nas Lei das estatais. Tínhamos que criar 1 padrão, algo que todo mundo pudesse, de alguma forma atender. Claro, cada empresa queria fazer de 1 jeito, pagar de uma determinada forma, atender determinadas áreas, mas como não veio ninguém, fomos para 2ª etapa, que também está prevista em lei.
O acordo estabelecido com a Viasat oferece as mesmas condições que estavam no chamamento público? Houve alguma modificação?
Quando comprova que é inviável fazer o processo aberto, pode fazer o processo fechado. Nos dois tinham premissas básicas estabelecidas pelo conselho de administração da Telebras, de acordo com o plano de negócio. O único item que o conselho alterou foi em relação ao prazo, fruto de demandas das próprias empresas, que queriam que o contrato fosse por 10 anos. As demais cláusulas ficam livres para serem negociadas diretamente com o interessado. Conversamos com 8 empresas, todas de capital estrangeiro. Para as que fizeram propostas, nós fizemos atas de reunião e em sequência assinamos 1 documento de confidencialidade, para garantir sigilo de tudo que a empresa informou do ponto de vista comercial. Ficamos uns 3 meses discutindo.
Porque fecharam com a Viasat? É uma empresa sem sede no Brasil, que nunca tinha operado no país…
Foi a única que atendeu todas as premissas determinada pela Telebras, incluindo a rentabilidade e viabilidade da Telebras.
Qual o papel da ViaSat pelo contrato atual?
Mesmo papel que qualquer empresa que ganhasse o chamamento dos 2 lotes. Ceder parte dos equipamentos para a Telebras e levar banda larga para qualquer área do Brasil, independente de rentável ou não. A operação é da Telebras, a empresa que comanda, por exemplo, qualquer ativação ou desligamento de assinantes. A participação básica da Viasat, é de atendimento aos clientes privados, pessoa física e jurídica e cessão, instalação e manutenção dos equipamentos para a Telebras atender o governo.
O contrato foi questionado na Justiça pela Via Direta. A empresa, de Manaus, alega que chegou a negociar o uso do satélite com a Telebras. Vocês estavam negociando?
Não temos nada com a Via Direta. A modelagem do negócio não permitia uma empresa pequena para atuar em uma região do país, são lotes nacionais. Abrimos para representantes de fabricante testarem equipamentos no satélite para caso a empresa que ganhasse o chamamento público viesse a fazer parcerias, mas por livre conta deles. Teve empresas que fizeram. Eles se propuseram, mas não fizeram teste.
Então qual interesse da empresa em questionar o contrato na Justiça?
Nao tenho a minima ideia. Eles representam uma empresa americana, a iDirect. Não há produção desse tipo de equipamento no Brasil. Das grandes empresas que estão colocando inverdades na mídia, o interesse é comercial mesmo. Porque nós estamos trazendo competição para área delas, com menores preços. Além disso vamos atender áreas que ninguém atende.
A Telebras enviou uma cópia do contrato com tarjas pretas em informações e termos do contrato. Por que o conteúdo do contrato não é revelado?
O sigilo é, basicamente, porque está em lei. Ambas empresas estão na bolsa de valores. Tem parte do contrato que é extremamente comercial. Como vou concorrer no mercado se todo mundo sabe qual meu modelo de negócio? Mas, se a justiça determinar, a Telebras entrega. Nosso questionamento é: por que entregamos e vazou no dia seguinte, se tem o sigilo de justiça e de lei? Se abrirmos nossos valores, todos nossos concorrentes vão saber todos os dados comerciais.
Vocês tiveram que enviar o documento novamente à Justiça?
Não nos opusemos a entregar. Pedimos que mantivessem o segredo e para entregarmos em pasta reservada a justiça. Se a justiça quiser, a Telebras está de portas abertas para uma inspeção judicial.
O senhor disse que o prejuízo é de R$ 800 mil por dia que o satélite não é usado. Quem está pagando essa conta?
Quem investiu no satélite, o governo federal. O governo não só investiu no satélite, mas na composição de toda infraestrutura para que possamos operar. Temos 5 estações no Brasil, entre centros de comunicação e controle. O governo está perdendo R$ 800 mil a cada dia que passa sem o satélite funcionar.
O processo está na última instância de recurso. Caso confirmem a suspensão, qual será a consequência?
Tem várias. Parte do contrato da Telebras com o Ministério das Comunicações já foi adiantado. Teremos que devolver esse dinheiro e as multas contratuais. Em torno de R$ 100 milhões.
Esse dinheiro vai sair do caixa da Telebras?
A Telebras vai ter que pagar. Nós vamos ver como pagar.
Criaria alguma pendência com a Viasat?
Não vamos nem imaginar essa hipótese.
Por que a Justiça está relutante com a negociação?
Não diria que é relutância. A questão é técnica e complexa, usamos uma lei nova, pouco usada. É natural que gere dúvidas.
O objetivo era instalar 8.000 mil postos neste ano. Com essa pendência na justiça como ficam os planos?
O MCTIC assinou termo de adesão com 4 mil prefeituras, para levar internet para pessoas que jamais vão ter, se não for via satélite. São mais de 50 mil povoados brasileiros que tem, no mínimo, 50 casas. A internet até funciona na cidade, mas não chega no campo. Assim que pudermos operar, vamos cumprir o cronograma. Temos competência para entregar mais. No Internet para Todos podemos entregar, no mínimo, 20 mil postos.



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