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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/05/2018 / Seis aeroportos administrados pela Infraero não têm mais combustível



Seis aeroportos administrados pela Infraero não têm mais combustível ...  


Em outros cinco, querosene durará apenas por mais doze horas ...  


Geralda Doca ...  


Um relatório da Infraero sobre a situação dos aeroportos, divulgado na tarde desta quinta-feira, mostra que o combustível (querosene de aviação) já acabou em seis aeroportos administrados pela estatal: Carajás (PA), São José dos Campos (SP,) Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas (TO) e Juazeiro do Norte (CE). Em outros cinco, o combustível só é suficiente por mais doze horas (Recife, Goiânia, Maceió, Londrina e Navegantes).

Segundo o balanço, a reserva do produto garante as operações do aeroporto de Vitória por um período de até dezoito horas. Nos 29 restantes, a situação é um pouco mais tranquila e o combustível é suficiente por mais de dezoito horas. Estão nesta lista Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).

Em relação aos aeroportos concedidos, a situação é mais crítica em Brasília e em Confins (Belo Horizonte). Nos demais, o quadro está sob controle, segundo autoridades do setor aéreo.

Diante do problema, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aconselha os passageiros a só se deslocarem para o aeroporto depois de confirmar com a companhia a situação do seu voo.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Temer anuncia acordo em evento e diz esperar que greve esteja resolvida até sexta-feira

Presidente foi aplaudido por empresários e industriais ao falar sobre redução de impostos

Carolina Linhares Publicado Em 24/05/18 - 23h54

Foi durante uma solenidade da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), na noite desta quinta (24), que o presidente Michel Temer (MDB) anunciou um acordo para dar fim à greve de quatro dias de caminhoneiros que provocou uma crise de abastecimento no país. 
Enquanto Temer assistia ao evento em comemoração ao Dia da Indústria, em Belo Horizonte, o governo e um grupo de caminhoneiros chegaram a um acordo para suspender por 15 dias as paralisações nas estradas.
"Antes de fazer as saudações de praxe, quero fazer uns brevíssimos comentários: o primeiro deles talvez seja dar uma boa notícia que eu acabo de receber", disse o presidente ao iniciar seu pronunciamento e anunciar o acordo. 
"O chefe da Casa Civil está anunciando o pré-acordo feito com todas as categorias, será levado a Assembleia geral, eu espero que até amanhã está questão esteja solucionada."
Segundo Temer, as principais fontes do acordo foram as reduções do PIS/Cofins e da Cide sobre os combustíveis. Ainda em sua fala para empresários e industriais, Temer informou que convidou os secretários estaduais da Fazenda para discutir nesta sexta (25) também a redução do ICMS, imposto estadual.
"A incidência maior do tributo é um tributo de natureza estadual, é o ICMS, e nós queremos que amanhã nós também possamos retirar uma parcela do ICMS", disse Temer, sendo interrompido por aplausos da plateia.
A fala gerou um clima de constrangimento com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que havia acabado de discursar cobrando medidas de Temer para solucionar a crise, como a revisão da política de preços da Petrobras.
Em seu discurso e também em pronunciamento à imprensa, Temer exaltou as negociações do governo. "Eu sai hoje depois de fazer várias reuniões com a Petrobras, com o Ministério da Fazenda e Planejamento e todos os demais, passei pelo Rio, mas quando saí de lá, o acordo já estava avançado."
Em seu discurso e também em pronunciamento à imprensa, Temer exaltou as negociações do governo e disse que os caminhoneiros prestam um serviço inestimável ao país.
"Eu sai hoje depois de fazer várias reuniões com a Petrobras, com o Ministério da Fazenda e Planejamento e todos os demais, passei pelo Rio, mas quando saí de lá, o acordo já estava avançado."
"Confesso que eu saio daqui animado. Vou ainda a Brasília seguramente tentar encerrar essas negociações últimas para quem sabe amanhã nós possamos todos comemorar mais uma vez a vitória do diálogo", completou Temer.
O presidente afirmou ainda que não foram poucas as vezes que disseram a ele que as Forças Armadas deveriam ser acionadas. "Isso durou dois, três dias e nós não fizemos isso. Se fosse necessário, nós faríamos porque a autoridade haverá de estar sempre presente nos atos de governo."

Mortes: Biógrafo de Santos Dumont, era apaixonado por aviões

Jornalista e escritor, também publicou a história do brigadeiro Salgado Filho

Flávia Faria Publicado Em 25/05/2018 - 0h

Cosme Degenar Drumond não tinha mais do que oito anos quando o pai o levou pela primeira vez para ver um avião.
Ficou maravilhado com o ronco dos motores e com o movimento dos trabalhadores no pavilhão onde se consertavam as aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira).
Degenar nasceu na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro. O pai, mecânico de aviões da FAB, costumava levá-lo para o trabalho.
Certa vez, conheceu um piloto do antigo Correio Aéreo Nacional, de quem ganhou uma touca de aviador e os bons votos de que seguisse ele mesmo carreira na aviação. Guardou o souvenir por vários anos, mas preferiu não seguir o conselho.
Por influência do pai, que queria que o filho "ganhasse responsabilidade" e entrasse para as Forças Armadas, Degenar serviu na Aeronáutica. Apesar disso, não quis fazer carreira militar.
Tornou-se, alguns anos depois, funcionário do antigo Ministério da Aeronáutica. No órgão, integrou a equipe que fundou o Museu Aeroespacial.
Foi nessa época que começou a pesquisar a história da aviação. Não raro viajava pelo país para recolher histórias, documentos e peças para o acervo do museu.
Percebeu, com o tempo, que o sonho de menino de ser jornalista começava a falar mais alto. Foi quando começou a trabalhar na imprensa, principalmente em revistas especializadas no setor aéreo.
Curioso, pesquisou a fundo a história da aviação nacional e de seus personagens. Lançou diversos livros sobre o tema, entre eles uma biografia de Santos Dumont e outra do brigadeiro Salgado Filho.
Morreu no dia 16, aos 70 anos, no Recife. Deixa os filhos, Andréa, André e Vinicius, e os netos, Thaís, Felipe e Guilherme.

JORNAL O GLOBO


Seis aeroportos administrados pela Infraero não têm mais combustível

Em outros cinco, querosene durará apenas por mais doze horas

Geralda Doca Publicado Em 24/05/18 - 19h57

Um relatório da Infraero sobre a situação dos aeroportos, divulgado na tarde desta quinta-feira, mostra que o combustível (querosene de aviação) já acabou em seis aeroportos administrados pela estatal: Carajás (PA), São José dos Campos (SP,) Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas (TO) e Juazeiro do Norte (CE). Em outros cinco, o combustível só é suficiente por mais doze horas (Recife, Goiânia, Maceió, Londrina e Navegantes).
Segundo o balanço, a reserva do produto garante as operações do aeroporto de Vitória por um período de até dezoito horas. Nos 29 restantes, a situação é pouco mais tranquila e o combustível é suficiente por mais de dezoito horas. Estão nesta lista Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
Em relação aos aeroportos concedidos, a situação é mais crítica em Brasília e em Confins (Belo Horizonte). Nos demais, o quadro está sob controle, segundo autoridades do setor aéreo.
Diante do problema, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aconselha os passageiros a só se deslocarem para o aeroporto depois de confirmar com a companhia a situação do seu voo.

PORTAL G-1


Jungmann diz que uso da Força Nacional em atos de caminhoneiros só ocorrerá quando capacidade das polícias se esgotar

Ministro da Segurança disse que PRF fez escolta para caminhões-tanque abastecerem aeroportos. Exército diz que ainda não foi intimado da decisão, mas que faz planejamento.

Cíntia Acayaba E Tahiane Stochero Publicado Em 24/05/18 - 11h33

O ministro da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (24) em São Paulo que o uso da Força Nacional para desbloquear rodovias interditadas por caminhoneiros em greve contra a alta do diesel, só será feito quando a “capacidade das polícias se esgotar”.
Segundo o ministro, a Força Nacional não foi requisitada por nenhum estado até agora.
“A eventual utilização dar-se-a apenas em último caso, em que se esgote a capacidade das polícias estaduais e federais”, disse.
“Isso não aconteceu até o momento. Não estamos tendo choques [nas rodovias], mas bloqueios. Permanecemos à disposição. Há um gabinete de crise do governo federal. Espero que hoje se chegue a um acordo e se suspenda essa situação que nos preocupa muito”, completou, durante evento sobre segurança pública promovido pelo Banco Mundial e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Jungmann disse que estavam acompanhando as informações sobre a greve desde o início da semana, mas que a “amplitude” da greve, “ampliou a preocupação e a necessidade de se superar o impasse”.
De acordo com o ministro, até agora , houve solicitação para que a Polícia Rodoviária Federal faça escolta dos caminhões-tanque “para minimizar a criticidade do abastecimento nos aeroportos”.
Planejamento do Exército
O Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, começou o planejamento para uma possível ação de desbloqueio das rodovias do Estado devido à greve dos caminhões, que completa nesta quinta-feira (24) quatro dias. Os caminhoneiros protestam contra o preço do diesel e defendem a redução dos tributos que incidem sobre os combustíveis.
O comandante do Exército em São Paulo, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, deu uma ordem para "alerta e planejamento", para caso o Comando Militar do Sudeste receba ordem do comandante do Exército em Brasília, general Eduardo Villas Boas, para cumprir a decisão.
"Não temos tropas em prontidão, apenas alerta para acompanhamento da questão e planejamento. Não podemos agir sem ordem do comando do Exército", diz o general.
Segundo o Exército, o Comando, em Brasília, ainda não foi intimado de nenhuma decisão judicial que determina o emprego do Exército na contenção dos caminhões e, caso isso ocorra, a Advocacia-Geral da União (AGU) será notificada para verificar se a ordem será cumprida.
Uma liminar concedida pela Justiça de São Paulo para a concessionária CCR NovaDutra, responsável pela rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, determinou a liberação da via, sobe pena de multa de R$ 300 mil em caso de descumprimento.
A decisão, da juíza Patrícia Cotrim Valério, titular da 1ª Vara Estadual de Santa Isabel, encaminhou ofício para a Polícia Rodoviária Federal e o Comando da 2ª Região Militar do Exército Brasileiro, para que possam atuar no cumprimento da decisão de liberar a rodovia.
"Temos condições de sermos empregados, e temos conhecimento de todos os pontos de bloqueio. Caso haja uma decisão, será com interconexão interagências, todos trabalhando juntos, porque a PRF tem expertise nesta área", assinala o oficial. "Decisão judicial não se discute, se cumpre", diz o general.
Ramos salienta que qualquer atuação do Exército dependerá de ordem de Brasília. Segundo o Exército, o Comando não foi notificado da decisão e que, se se confirmar a decisão, a AGU irá esclarecer se a ordem pode ou não ser cumprida.
Veja a íntegra da nota do Exército
"O Exército Brasileiro ainda não foi formalmente intimado desta decisão. Contudo, caso essa decisão se confirme, a Advocacia-Geral da União será consultada, a fim de se verificar até que ponto o Juiz pode envolver o Exército nessa situação.
Essa consulta é importante porque a decisão de emprego das Forças Armadas é de responsabilidade exclusiva do Presidente República. Assim, caberá a AGU, como órgão de assessoramento do Poder Executivo, esclarecer se a ordem judicial pode ou não ser cumprida, independentemente de determinação do Presidente da República nesse sentido."
21 Estados e DF
Nesta quinta-feira, os protestos dos caminhoneiros continuam em 21 estados e no Distrito Federal, provocando falta de combustíveis em diversas cidades do país.
No Rio de Janeiro, tem falta de combustível e redução na frota de ônibus, assim como em São Paulo, onde a frota deve ser reduzida a 40% ao longo do dia devido ao racionamento de combustível.
Sistema único de segurança
Durante o evento “Prevenção da violência e segurança pública: desafios, boas práticas e caminhos para uma gestão mais eficiente”, o ministro Raul Jungmann defendeu o sistema único de segurança pública no Brasil.
Segundo Jungmann, a Constituição não prevê a responsabilização do governo central com a segurança, o que também não garante recursos para a área, como ocorre na Saúde e na Previdência.
“A Segurança Pública não tem nada, não tem piso para recursos, atribuições definidas para o governo central e isso faz com que os presidentes evitem entrar no assunto porque não tem atribuição. Dos R$ 81 bilhões, R$ 77 bilhões são dos estados, R$9 bilhões da União e R$ 5 bilhões dos municípios”, disse.
Jungmann também afirmou que é preciso unir os sistemas das polícias, judiciário e prisional. “São independentes. Como é possível funcionar esse sistema? O encarceramento prisional cresce 7% ao ano”, disse.
Uma medida provisória esta sendo feita, segundo o ministro, para garantir recursos das loterias da Caixa Econômica Federal para a segurança. Além disso, estão criando o Instituto Nacional de Segurança Pública, uma divisão dentro do Ipea, para montagem de banco de dados nacionais.

AGÊNCIA BRASIL


Pilotos sobrevivem à queda de aeronave da FAB no Rio


Vitor Abdala Publicado Em 24/05/18 - 09h36

Os dois pilotos do caça F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB) que caiu hoje (24) no Rio de Janeiro sobreviveram, segundo a Aeronáutica. Eles foram socorridos e encaminhados para uma unidade de saúde da FAB, onde estão recebendo cuidados médicos.
A aeronave sofreu uma pane e caiu por volta das 7h40, logo depois de decolar da Ala 12 da Base Aérea de Santa Cruz. Segundo a Aeronáutica, os pilotos conseguiram ejetar da aeronave antes da queda.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o avião caiu nas proximidades da Rodovia Rio-Santos (BR-101), próximo à Cidade das Crianças, mas não chegou a atingir a rodovia.
Investigação
Equipes de investigação da Força Aérea Brasileira (FAB) estão no local onde caiu o caça F-5 Tiger, em Santa Cruz, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a Aeronáutica, os peritos buscam informações que levem à identificação da causa do acidente.
O avião teve uma pane por volta das 7h40, logo depois de decolar da Ala 12 da Base Aérea de Santa Cruz. Os dois pilotos que estavam na aeronave conseguiram ejetar antes da queda e sobreviveram ao acidente.
O tráfego na Rodovia Rio-Santos foi interrompido para que um helicóptero resgatasse os sobreviventes.
A tripulação fazia um voo local de treinamento e detectou uma falha que os obrigou a ejetar do avião, que pertence ao 1º Grupo de Aviação de Caça. A aeronave foi direcionada a uma região desabitada e, segundo a FAB, não causou danos pessoais ou materiais no solo.

PORTAL TERRA


Grupos pró-intervenção militar tentam influenciar rumo de greve dos caminhoneiros

"Intervenção militar" era a segunda pesquisa mais feita por brasileiros no Google nesta quinta; "Se o caminhoneiro X, Y ou Z acredita que a intervenção é o melhor caminho, a gente aceita", diz porta-voz dos grevistas

Bbc Brasil.com Publicado Em 24/05

Oi, galera. Sou caminhoneiro, estamos juntos aí na greve e estamos fazendo adesivos para colar nos nossos carros, nos dos colegas e nos de todo mundo que apoiar essa greve. Intervenção militar já. Se a gente não tirar eses corruptos do poder, a gente não vai para frente, não."
No vídeo, que se espalha por grupos de caminhoneiros no WhatsApp, o homem manda o recado em frente a uma impressora industrial que mostra centenas de adesivos prontos para serem colados nos vidros dos veículos.
Em outro vídeo caseiro gravado em São Paulo, em meio a uma sequência de caminhões que bloqueavam uma rodovia, um motorista grita: "Representando o caminhoneiro brasileiro, o transportador de carga. Aqui tem brio, aqui tem sangue. (Estamos) parando São Paulo, parando o Brasil e indo para Brasilia destituir os três poderes corruptos. Intervenção militar já. O povo está cansado de sustentar estes corruptos. Aqui é patriota."
Chegando ao quarto dia, com reflexos em abastecimento e transportes de pelo menos 15 estados, mais o Distrito Federal, a greve organizada por caminhoneiros extrapolou sua pauta inicial, concentrada na exigência da redução nos preços dos combustíveis, e vem ganhando pleitos difusos - incluindo o discurso anti-corrupção, que inclui vozes em apoio à intervenção militar, vindo tanto de dentro quanto de fora do grupo.
A BBC Brasil entrou em cinco grupos fechados criados em redes sociais por caminhoneiros para difundir informações sobre a greve. Em todos eles, frases de apoio a militares começaram a ganhar força nos últimos dias.
"As reações à greve dos caminhoneiros, amplamente apoiada pela população, demonstram que o brasileiro está sem paciência alguma com as "autoridades". As condições são ideais para uma verdadeira revolução que refunde o Brasil. Mas onde está a liderança desse processo? Escrevam no para-brisa dos caminhões e carros. Intervenção militar!", diz uma das mais replicadas.
Em tradicionais grupos militaristas do Facebook, como um chamado "Eu apoio o general Mourão", uma transmissão ao vivo feita em Minas Gerais, na última quarta-feira, mostra um caminhão coberto por uma faixa verde amarela com a frase "Intervenção Já". "Nós vamos derrubar este governo do crime", diz um dos narradores.
Outro, gravado no Rio Grande do Sul, mostra uma faixa de 60 metros aberta em frente a uma sequência de caminhões estacionados. Eles também pediam o fim do atual sistema democrático no Brasil.
"Liberdade de expressão"
Junto às manifestações políticas radicais e militaristas, grupos ligados aos grevistas também expõem uma escalada de violência nos acampamentos em beiras de estrada.
Em um dos vídeos que circulam nos aplicativos de mensagem, visto pela reportagem no grupo "Família Estradeira", um homem que se apresenta como de Leopoldina (MG) mostra uma pessoa sendo linchada com chutes na cabeça e na barriga após supostamente tentar roubar carga dos caminhões aglomerados em um posto de gasolina.
Um dos motoristas tenta intervir: "Cem homens batendo em um só. Isso é judiar", mas é interrompido. "Ele caiu no chão só, não bagunce o nosso coreto", responde outro.
A BBC Brasil conversou com porta-vozes da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) sobre os discursos pró-intervenção militar em grupos e acampamentos ligados à greve.
"Acredito que a intervenção militar seja uma bandeira levantada por alguns caminhoneiros porque essa pode ser a alternativa que eles veem para sanar esses constantes casos de corrupção no país. Mas não posso dizer que a Abcam apoia a intervenção", avalia Carolina Rangel, porta-voz da associação.
"Se o caminhoneiro X, Y ou Z acredita que a intervenção é o melhor caminho, a gente aceita. A gente não tolhe o direito de manifestação política de ninguém, é liberdade de expressão."
Rangel afirma que é "consenso entre as lideranças da Abcam uma insatisfação em relação ao governo, não só este como o anterior".
"Não temos ligação com nenhum partido político, nem com o MST, nem os pró-Lula, nem os Fora Temer. Não temos nenhuma ligação ou envolvimento político dessa natureza. A nossa insatisfação reflete a da população como um todo. Apesar de grande parte dos brasileiros não abastecerem seus carros com diesel, que é o nosso pleito específico, todo mundo está sendo onerado com o aumento dos combustiveis e com a inflação em geral", diz a porta-voz à BBC Brasil.
Na manhã desta quinta-feira, "intervenção militar" era a segunda pesquisa mais feita por brasileiros no Google.
Publicações sobre o tema feitas por páginas militaristas chegavam a mais de 20 mil compartilhamentos no Facebook.
Uma delas mostrava um sindicalista ligado a CUT (Central Única dos Trabalhadores) sendo expulso de um acampamento de caminhoneiros em Brasília, enquanto era chamado de oportunista.
"É até bom saber que os caminhoneiros que estão na ponta estão levando a politica da Abcam de não ter vínculo com partido politico, ou com a CUT, ou o movimento dos sem-terra. Não levantamos nenhuma bandeira, a não ser a do transportador autônomo, que é reduzir impostos e preço do combustível", disse a porta-voz da associação.
Em um dos grupos no Facebook - o "Caminhões Top (Só Elite)" -, um motorista publicou um brasão do Exército e convocou os colegas.
"Temos uma grande chance em nossas mãos de aproveitar esta greve para pedir intervenção militar, nova constituinte, e novas eleições sem os comunistas, e junto com esta intervenção a caçada a todos estes ladrões que estão no governo (...) O exército entraria em ação em uma semana, vejam, podemos estar a uma semana do fim desta roubalheira toda, está em nossas mãos, quem apoia compartilha e curte."
A reação de apoio impressiona: " A situação que o Brasil está hoje era para o exército já ter tomado de conta dos poderes", dizia um. "A nossa bandeira jamais será vermelha."
De outro lado, alguns dos usuários tentavam demover os militaristas: "Militar no poder nunca mais", "Eles são só come e dorme, não vão resolver nada, não se iludam", reagiram alguns - logo classificados como comunistas e com palavrões pelos demais.
Na página "Adeptos da INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL DAS FFAA", criada há pelo menos 2 anos para apoiar militares, a greve dos caminhoneiros se transformou no principal assunto desde o início da semana.
"Os caminhoneiros podem mudar o rumo do país. Eles são a nossa voz, a voz dos intervencionistas", diz um dos membros.
Governo em alerta
A força da mobilização dos caminhoneiros em quase todo o país pareceu surpreender ao próprio governo federal.
Após declararem que os efeitos da greve não seriam tão profundos, ministros como Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Valter Casimiro (Transportes) receberam organizações ligadas à categoria.
Antes do encontro, o próprio presidente Michel Temer discutiu o assunto com Padilha e com o ministro da Fazenda, Eduardo La Guardia, além do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e os instruiu a pedir uma trégua de três dias aos caminhoneiros para que pudesse ser encontrada uma solução.
Os comentários de Temer repercutiram mal nos grupos de caminhoneiros. "Não tem trégua. Ladrão!".
Não há uma organização que possa ser apontada como líder da paralisação.
A proposta de greve começou a circular de forma espontânea em redes sociais e grupos de Facebook e WhatsApp de caminhoneiros, como os acessados pela reportagem.
Além da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), uma das principais entidades envolvidas é a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que congrega a maioria dos sindicatos de motoristas autônomos, e a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam).
O movimento acabou engrossado pelos caminhoneiros de frota também - isto é, por aqueles que são contratados, com carteira assinada, por transportadoras.
"Começou com os autônomos. Mas como a situação está ruim para todos, as empresas (e os motoristas contratados por elas) também aderiram. E aí surgem várias associações, várias pessoas querendo representar. Tem também alguns que são pré-candidatos (às eleições de 2018)", diz o caminhoneiro Ivar Schmidt, um dos principais líderes dos protestos de caminhoneiros de 2015, que afirma não estar à frente das movimentações atuais.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL AEROFLAP - Gripen NG será exposto no Greenk Tech Show, em São Paulo


Paola Carvalho Publicado Em 24/05/2018

O Gripen NG, futuro caça da Força Aérea Brasileira (FAB), é atração na Greenk Tech Show, maior festival de tecnologia e sustentabilidade do Brasil. Uma réplica em tamanho real da aeronave estará exposta na feira de sexta a domingo (25 a 27) no Anhembi, em São Paulo (SP).
A réplica é feita de fibra de vidro, madeira e metal. O painel pode ser ligado e permite visualizar algumas das funcionalidades da aeronave multitarefa. Além disso, os protótipos dos armamentos que podem ser utilizados no Gripen, como o míssil A-Darter, também estarão expostos.
Os participantes da feira poderão ter uma experiência de realidade virtual com os óculos que simulam um voo com caças Gripen lado a lado e também poderão experimentar o videogame do Gripen, com quatro jogadores ao mesmo tempo.
Além de saber mais detalhes sobre a aeronave que equipará a FAB, e até entrar na cabine do caça, os interessados poderão conversar com os militares para saber como ingressar na Força Aérea, formas de capacitação de novos profissionais e curiosidades sobre o dia a dia dos homens e mulheres que contribuem para a defesa do espaço aéreo brasileiro.
O público estimado é de oito mil pessoas por dia. "Ao longo desses três dias, nós vamos fazer diversas promoções por meio das nossas redes sociais e o público vai concorrer a diversos brindes, kits personalizados da FAB. A ideia é interagir com o público e mostrar as formas de ingresso e um pouco do nosso dia a dia", ressaltou o Chefe da Subdivisão de Relações Públicas do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, Tenente-Coronel Denys Martins de Oliveira.
Novo Caça
Com 14,1 metros de comprimento e 8,6 metros de largura, o Gripen NG atinge mais de duas vezes a velocidade do som. Os 36 caças serão entregues à Força Aérea Brasileira entre 2021 e 2024. Todos ficarão sediados na Ala 2, em Anápolis (GO), podendo operar a partir de pistas de pouso espalhadas em todo o país.
Serviço
Evento: Greenk Tech Show
Local: Anhembi, São Paulo (SP)
Quando: 25 a 27 de maio
Fonte: Agência Força Aérea



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