NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/03/2018 / Acordo entre Embraer e Boeing será usado na negociação do aço
Acordo entre Embraer e Boeing será usado na negociação do aço ...
Brasil vai acenar com suspensão da operação caso EUA não exclua país da sobretaxa ...
Eliane Oliveira ...
BRASÍLIA - O acordo entre Embraer e Boeing poderá ser usado como barganha nas duas pontas da negociação em torno da sobretaxa de 25% ao aço importado imposta pelos Estados Unidos. A expectativa de técnicos do governo brasileiro e representantes do setor privado ouvidos pelo GLOBO é que, de um lado, o Brasil acenará com a não permissão da operação entre as duas fabricantes de aeronaves caso os produtos siderúrgicos não sejam excluídos da medida protecionista. De outro, as autoridades americanas vão exigir que a negociação entre as duas companhias ocorra de forma mais rápida e simplificada.
Antes do impasse em torno do aço e do alumínio (cujas importações também serão sobretaxadas para os EUA, só que em 10%), a previsão era que o acordo entre Embraer e Boeing poderia ser finalizado ainda este mês. Porém, como o Departamento de Comércio americano, até esta terça-feira, ainda estava fechado para receber pedidos de exceção de países que alegam que serão prejudicados com a sobretaxa, é possível que a associação entre as duas companhias demore um pouco mais. As empresas, portanto, ficariam dependendo de um desfecho em outra área nas relações bilaterais para fecharem o negócio.
Pressão sobre etanol
Uma fonte explicou que, dentro desse grande arranjo de interesses da aviação, a Embraer tem concorrência direta com a canadense Bombardier. Por causa da forte competição, Brasil e Canadá brigaram várias vezes pelos mercados de aeronaves na Organização Mundial do Comércio (OMC). No entanto, recentemente, a Bombardier se associou à Airbus, o que levou Embraer e Boeing a buscarem o mesmo, em uma contraposição de forças.
A lista de itens que poderiam ser negociados entre Brasil e EUA tem por objetivo evitar dois problemas: uma perda anual de US$ 2,6 bilhões com aços semiacabados que são exportados ao mercado americano e, no mercado doméstico, um surto de importações de siderúrgicos, causado por um excedente de mais de 700 milhões de toneladas que precisarão ser desovadas.
Conforme O GLOBO antecipou na segunda-feira, além da operação entre Embraer e Boeing, o Brasil será pressionado a ceder no etanol. Em setembro do ano passado, a Câmara do Comércio Exterior (Camex) aprovou a criação de uma cota de importação de 600 milhões de litros de etanol ao ano livre de tarifa. A importação acima desse volume passou a ser tributada com uma alíquota de 20%. A medida terá duração de 24 meses. A ideia é proteger os produtores do Nordeste, uma vez que as usinas estavam importando álcool de milho proveniente dos EUA. Foi detectado um aumento de 320% nas importações.
- Os EUA vão requerer que o governo volte atrás ou aumente essa cota - especulou um técnico da área de comércio exterior.
Por outro lado, o Brasil é o maior importador de carvão metalúrgico dos EUA. Uma forma de pressão seria passar a comprar o produto de outros fornecedores, como Austrália e Polônia. As compras de carvão americano somaram US$ 1 bilhão no ano passado.
Dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) mostram que o Brasil exportou, no ano passado, cerca de US$ 8 bilhões de produtos siderúrgicos para o mundo todo. Os EUA ficaram com US$ 2,6 bilhões e lideraram o ranking de importadores de aço brasileiro. Foram seguidos por Argentina, Alemanha, Turquia e México.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
A estrutura corrompida na segurança
Revelações da Operação Pão Nosso são mais um argumento incontestável a favor da intervenção na segurança do estado
Editorial Publicada Em 13/03 - 17h04
As revelações da Operação Pão Nosso — desdobramento da Lava-Jato no Rio —, deflagrada hoje pela manhã, são mais um argumento incontestável a favor da intervenção na segurança do estado. Elas expõem uma estrutura completamente corrompida em órgãos fundamentais da área. Instituições que, ironicamente, deveriam ter como missão o combate à criminalidade.
Um dos principais alvos da ação é o delegado Marcelo Luiz Santos Martins, que chefiava o Departamento Geral de Polícia Especializada. Ele é acusado de prestar consultorias fictícias a empresas envolvidas no esquema de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral e pelo ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. O pai do delegado, Carlos Mateus Martins, também é investigado.
Outra figura proeminente da área de segurança do Rio que terá de acertar as contas com a Justiça é o ex-secretário estadual de Administração Penitenciária Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, coronel PM. Ele é suspeito de integrar um esquema de propinas na compra de quentinhas para os mais de 50 mil presos fluminenses. Segundo o Ministério Público Federal, o seu patrimônio aumentou dez vezes no período em que chefiou a Seap. Ainda de acordo com as investigações, Cesar tinha participação em três empresas, uma delas em sociedade com o delegado Marcelo Martins e seu pai, Carlos Martins. O que revela as muitas e promissoras conexões da área de segurança.
À medida que o fio da corrupção vai sendo puxado, outros malfeitos praticados por gestores da área de segurança poderão vir à tona. Não é por outra razão que, desde o início da intervenção, uma das prioridades anunciadas pelo general Braga Netto é combater a corrupção nas polícias. E não poderia mesmo ser de outra forma. Para que se avance, é preciso atacar os desvios na área de segurança. Também não se deve esquecer a prometida força-tarefa, pedida pelo então ministro da Defesa, Raul Jungmann, composta pelo Ministério Público Federal, Justiça e Polícia Federal, para dar celeridade aos processos e trabalhar junto com a inteligência das Forças Armadas. Sem isso, para usar uma expressão repetida com frequência pela polícia, será enxugar gelo.
Temer quer acabar com a intervenção no Rio em setembro
Presidente espera que o estado ´entre nos eixo´ para permitir a votação da reforma da Previdência
Luiza Souto E Rodrigo Taves Publicada Em 14/03
O presidente Michel Temer disse ontem que pretende acabar com a intervenção federal na segurança pública do Rio em setembro, quando espera que a Câmara dos Deputados dê início à avaliação da reforma da Previdência. Ele comentou o assunto durante um evento na Associação Comercial de São Paulo, em que foi questionado sobre a suspensão da pauta no Congresso. Pela previsão original, que consta em decreto, a intervenção só seria encerrada no último dia do ano.
— Não é improvável, e espero que seja assim, que até setembro, mais ou menos, as coisas estejam entrando nos eixos no Rio de Janeiro e eu possa fazer cessar a intervenção. Se fizer cessar a intervenção, eu tenho uma parte de setembro, outubro, novembro e dezembro para aprovar a reforma da Previdência. Porque hoje já há uma consciência de que ela (a reforma )é indispensável. E se isso não for possível (a
votação), certamente no ano que vem ela será feita — afirmou Temer.
Na avaliação do presidente, a situação no Rio “ganhou um vulto de falta de institucionalidade”, e “as organizações criminosas ficaram cada vez mais organizadas”. Ainda segundo Temer, a intervenção pode causar impacto em todo o país:
— Se formos duros com o que está acontecendo no Rio, acabaremos resolvendo o problema dos outros estados de forma exemplar.
JUNGMANN: DINHEIRO VAI DEMORAR
Também ontem, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o governo precisa de mais tempo para decidir qual será o orçamento da intervenção federal. Ele afirmou que a área econômica do Planalto ainda estuda um remanejamento de verbas:
— Hoje, com o teto de gastos, para colocar dinheiro novo num canto, você precisa tirar de outro, e isso demora — disse o ministro, completando: — Recursos virão a tempo e, espero eu, na quantidade necessária para que possamos avançar no Rio e em todo o Brasil.
Na semana passada, Jungmann se encontrou com o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, justamente para tomar conhecimento das necessidades financeiras da área de segurança do estado. Mesmo sem uma decisão sobre o orçamento, o ministro afirmou que “o básico já foi feito”: trocar o comando das polícias Civil e Militar e indicar que não haverá tolerância com a corrupção.
— Isso, para mim, é muito mais importante que recursos — frisou Jungmann, acrescentando que planeja pedir doações de empresários para projetos de segurança pública.
Acordo entre Embraer e Boeing será usado na negociação do aço
Brasil vai acenar com suspensão da operação caso EUA não exclua país da sobretaxa
Por Eliane Oliveira Publicada Em 14/03 - 04h30
BRASÍLIA - O acordo entre Embraer e Boeing poderá ser usado como barganha nas duas pontas da negociação em torno da sobretaxa de 25% ao aço importado imposta pelos Estados Unidos. A expectativa de técnicos do governo brasileiro e representantes do setor privado ouvidos pelo GLOBO é que, de um lado, o Brasil acenará com a não permissão da operação entre as duas fabricantes de aeronaves caso os produtos siderúrgicos não sejam excluídos da medida protecionista. De outro, as autoridades americanas vão exigir que a negociação entre as duas companhias ocorra de forma mais rápida e simplificada.
Antes do impasse em torno do aço e do alumínio (cujas importações também serão sobretaxadas para os EUA, só que em 10%), a previsão era que o acordo entre Embraer e Boeing poderia ser finalizado ainda este mês. Porém, como o Departamento de Comércio americano, até esta terça-feira, ainda estava fechado para receber pedidos de exceção de países que alegam que serão prejudicados com a sobretaxa, é possível que a associação entre as duas companhias demore um pouco mais. As empresas, portanto, ficariam dependendo de um desfecho em outra área nas relações bilaterais para fecharem o negócio.
Pressão sobre etanol
Uma fonte explicou que, dentro desse grande arranjo de interesses da aviação, a Embraer tem concorrência direta com a canadense Bombardier. Por causa da forte competição, Brasil e Canadá brigaram várias vezes pelos mercados de aeronaves na Organização Mundial do Comércio (OMC). No entanto, recentemente, a Bombardier se associou à Airbus, o que levou Embraer e Boeing a buscarem o mesmo, em uma contraposição de forças.
A lista de itens que poderiam ser negociados entre Brasil e EUA tem por objetivo evitar dois problemas: uma perda anual de US$ 2,6 bilhões com aços semiacabados que são exportados ao mercado americano e, no mercado doméstico, um surto de importações de siderúrgicos, causado por um excedente de mais de 700 milhões de toneladas que precisarão ser desovadas.
Conforme O GLOBO antecipou na segunda-feira, além da operação entre Embraer e Boeing, o Brasil será pressionado a ceder no etanol. Em setembro do ano passado, a Câmara do Comércio Exterior (Camex) aprovou a criação de uma cota de importação de 600 milhões de litros de etanol ao ano livre de tarifa. A importação acima desse volume passou a ser tributada com uma alíquota de 20%. A medida terá duração de 24 meses. A ideia é proteger os produtores do Nordeste, uma vez que as usinas estavam importando álcool de milho proveniente dos EUA. Foi detectado um aumento de 320% nas importações.
- Os EUA vão requerer que o governo volte atrás ou aumente essa cota - especulou um técnico da área de comércio exterior.
Por outro lado, o Brasil é o maior importador de carvão metalúrgico dos EUA. Uma forma de pressão seria passar a comprar o produto de outros fornecedores, como Austrália e Polônia. As compras de carvão americano somaram US$ 1 bilhão no ano passado.
Dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) mostram que o Brasil exportou, no ano passado, cerca de US$ 8 bilhões de produtos siderúrgicos para o mundo todo. Os EUA ficaram com US$ 2,6 bilhões e lideraram o ranking de importadores de aço brasileiro. Foram seguidos por Argentina, Alemanha, Turquia e México.
Ministério recebe R$ 190 milhões para controlar situação social em Roraima
Até o mês passado, 40 mil venezuelanos haviam entrado no estado, a maioria se instalando na capital, Boa Vista
Renato Souza Publicada Em 13/03 - 06h00
O governo federal oficializou ontem o repasse de R$ 190 milhões para o Ministério da Defesa. Por meio de uma medida provisória, publicada no Diário Oficial da União (DOU), a pasta recebeu os recursos que devem ser aplicados para conter a situação de emergência social que atinge o estado de Roraima. O dinheiro será usado para reforçar o atendimento social e apoiar operações realizadas pelas Forças Armadas, que trabalham no controle da fronteira e vão investir na construção de abrigos. Até o mês passado, já foi contabilizada a entrada de 40 mil venezuelanos, sendo que a maioria se instalou na capital, Boa Vista.
Atualmente, homens das Forças Armadas coordenam os trabalhos de assistência social e controle da entrada de imigrantes em Roraima. A porta de acesso para o Brasil fica na cidade de Pacaraima-RR. Militares estão realizando uma espécie de triagem nas divisas do município. A intenção é saber em quais condições os venezuelanos chegam ao Brasil. Após serem cadastrados, eles podem ser enviados para outros estados e receber assistência social.
De acordo com o texto da MP, os recursos devem ser aplicados na “assistência emergencial e acolhimento humanitário de pessoas advindas da República Bolivariana da Venezuela”. As Forças Armadas montaram um hospital de campanha em Pacaraima e agora recebem o reforço financeiro para a construção de abrigos, compra de produtos de higiene pessoal e para ampliar o número de postos de triagem na fronteira com o país vizinho.
Os militares também são responsáveis pelo apoio logístico de transporte para interiorização dos imigrantes. Atendendo a um apelo da prefeitura de Boa Vista e do governo estadual, o Ministério da Defesa vai levar os que já foram cadastrados para outras unidades da Federação. A maioria deve seguir para São Paulo. O objetivo é que eles sejam alocados em vagas no mercado de trabalho e saiam da situação de rua, que geralmente vivem em Roraima.
O controle de fronteira está sendo reforçado desde que a Colômbia decidiu proibir a entrada de venezuelanos. Cerca de 30 mil pessoas cruzavam a fronteira entre as duas nações na cidade de Cúcuta por dia. Com a decisão do governo colombiano, o temor das autoridades é que essa massa de refugiados se dirija ao Brasil. Por conta de tratados internacionais, o Brasil não avalia a hipótese de fechar a fronteira.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que a verba será usada também por outras agências federais, que atuam em meio à crise na região. “A medida possibilitará o apoio à ação do governo federal com o atendimento de ações emergenciais por meio do emprego das Forças Armadas e demais órgãos federais, estaduais e municipais, além de outras agências, no apoio logístico e de pessoal, para minimizar a grave situação de vulnerabilidade decorrente do fluxo migratório provocado pela crise humanitária.”
Ainda de acordo com a pasta, ao longo das ações, a situação será monitorada e a destinação do montante pode sofrer alterações. “Os recursos serão utilizados por demanda à medida que forem evoluindo as ações. O emprego dos recursos tem como foco imediato a aquisição de artigos de higiene pessoal, alimentação especial para crianças e melhorias de centros de destinos já existentes, para proporcionar condições mais dignas aos imigrantes.”
Senado aprova acordo de cooperação entre Brasil e EUA para uso do espaço
Publicada Em 13/03 - 18h53
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (13) o texto do acordo de cooperação assinado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para o uso pacífico do espaço exterior (PDS 245/2017). O acordo, assinado em 2011, já havia sido aprovado no último dia primeiro pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e segue agora para promulgação.
A relatora do projeto, senadora Ana Amélia (PP-RS), lembrou que o primeiro acordo assinado entre os dois países com esse objetivo, em 1996, expirou em janeiro. A formalização do novo acordo, disse ela, é necessária para que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) lancem, em parceria com a agência espacial norte-americana (Nasa), um satélite de monitoramento do clima. O veículo deverá auxiliar o Brasil na exploração marítima de petróleo, na agricultura de precisão e na navegação aérea.
Polêmica
A aprovação do acordo, no entanto, não veio sem polêmica. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) manifestou voto contrário, ao lembrar que na semana passada o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou as taxas de importação de aço e alumínio, causando prejuízos ao Brasil. O senador destacou que não é contrário ao mérito, mas pediu a retirada de pauta do projeto como “um sinal” de que o Senado e o Brasil estão reagindo a um ato abusivo por parte do presidente americano. Ele disse que já apresentou um projeto para sustar todos os acordos internacionais que envolvam os Estados Unidos.
- É uma forma de fazer pressão contra uma posição abusiva dos Estados Unidos – afirmou o senador.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) apoiou a retirada de pauta e pediu “reciprocidade” nos acordos com outros países. Na visão da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), não é possível desvincular o acordo das medidas protecionistas americanas. Ela fez questão de esclarecer que não é contrária ao conteúdo, mas pediu que a votação fosse adiada.
Ana Amélia disse reconhecer que os argumentos da oposição “são legítimos” e que a atitude de Trump é “intempestiva”. Ela apontou, no entanto, que o maior beneficiado do acordo é o Brasil. Segundo a senadora, a segurança da aviação e a qualidade da comunicação móvel estão entre as áreas que poderão conseguir avanços com o acordo. Para Ana Amélia, o melhor ambiente para uma pressão é o comercial.
Por sua vez, o senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que a medida americana é “protecionista” e “deplorável”. Ele disse, porém, que a retirada de pauta do projeto seria uma “punição” ao Brasil. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) registrou que o acordo é importante pela transferência de tecnologia para o Brasil e classificou a sugestão de Lindbergh com uma “reação infantil”. Levado a votação, o projeto foi aprovado.
Objetivos
De acordo com o texto aprovado, o objetivo do novo acordo é ultrapassar os níveis alcançados pelo primeiro, estabelecendo uma estreita cooperação entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Nasa. Visa observar e monitorar o planeta, além do estabelecer sistemas de exploração.
Esses programas poderão ser implementados por meio de naves espaciais e plataformas de pesquisa espacial; instrumentos científicos a bordo de naves espaciais e plataformas; voos e campanhas de foguete de sondagem e balões científicos; além de comunicações espaciais, incluindo antenas de monitoramento e aquisição de dados. A cooperação também poderá se dar pela instalação de pesquisas terrestres e intercâmbio de dados científicos.
Fica ainda garantida a liberação alfandegária gratuita e a isenção de todos os tributos aduaneiros, taxas e impostos aplicáveis sobre a importação ou exportação de bens necessários à implementação do acordo.
Ministro da Defesa tem sua primeira reunião de trabalho com o Comando Militar do Leste (CML)
Publicada Em 13/03 - 09h50
Acompanhado de militares das três Forças Singulares, o ministro da Defesa interino, general Joaquim Silva e Luna, participou, nesta segunda-feira, da primeira reunião de trabalho com o comandante Militar do Leste, e responsável pela Intervenção Federal na Segurança do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto.
Na ocasião, Braga Netto falou sobre os desafios do CML para este ano e detalhou ao ministro o planejamento e os objetivos da intervenção federal, bem como a estrutura do gabinete que o apoia nessa missão, prevista para durar até o fim do ano.
Participaram do encontro o general Richard Nunes, nomeado por Braga Netto como secretário de Segurança do Estado, e o chefe de gabinete da intervenção, general Mauro Sinott.
O ministro Silva e Luna foi recebido com honras militares já na chegada ao CML e, após reunião com o general Braga Netto, visitou a sala de Comando e Controle, composta por militares das três Forças Singulares, e por profissionais da Força Nacional de Segurança, e de órgãos como as Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, além da Abin (Agencia Brasileira de Inteligência).
A exemplo do que já havia feito ao assumir o comando da Pasta, o ministro da Defesa voltou a assegurar o aumento no apoio das Forças Armadas ao Rio de Janeiro, caso o general Braga Netto avalie tal necessidade. "O Ministério da Defesa tem acompanhado o planejamento das ações, e está à disposição do CML, podendo autorizar, inclusive, o incremento de tropas no estado do Rio, caso isso seja apontado como uma necessidade", disse.
O ministro Silva e Luna também visitou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde está situado o gabinete da intervenção.
Intervenção federal no Rio traz resultados positivos
Decretada em 16 de fevereiro pelo presidente Michel Temer, medida prevê o comando da área de segurança pública ao interventor general Walter Braga Netto
Publicada Em 13/03 – 08h21
Após 24 dias em vigor, a intervenção federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro já produz resultados positivos. Para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, houve a volta do sentimento de segurança no estado, além da "situação de descalabro" ter sido encerrada.
"A intervenção mostra que teve sim razão de ser e já mostra resultados positivos", disse Marun, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, "vitórias pontuais" nesse período, como a apreensão de armas e munições, reforçam que a "sensação de autoridade voltou ao Rio de Janeiro".
Marun concedeu entrevista coletiva após reunião do presidente da República, Michel Temer, com vice-líderes da base aliada no Congresso Nacional. O motivo: estreitar a relação com os parlamentares. "Nosso governo é um governo de muitas realizações", disse.
RÁDIO CULTURA FOZ (PR) - Fundador da Embraer irá palestrar em Foz do Iguaçu
Dante Quadra Publicada Em 13/03
A negociação para venda da Embraer à companhia americana Boing começaram em dezembro do ano passado. A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e a única fabricante brasileira do setor. No atual ciclo econômico onde essa venda está em pauta, o mercado aeroespacial aguarda ansioso para a definição de como será o acordo, onde, a proposta de parceria da Boeing com a Embraer deve ser ampla e envolver a aviação comercial, militar e engenharia.
Também nesse cenário promissor, o setor da engenharia está crescendo e se transformando no país e, com a proposta inovadora de continuar fomentando esse segmento também na região da tríplice fronteira, a faculdade Uniamérica estreia o curso de Engenharia Aeroespacial, trazendo profissionais da NASA e da Força Aérea Brasileira na grade de professores.
Com a missão de potencializar o setor na região, no dia 15 de março às 9h, a faculdade convida toda comunidade para uma palestra com o coronel Ozires Silva, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, mestre em Ciências Aeronáuticas pelo California Institute of Technology e fundador da Embraer.
O bate-papo abordará temas, como: oportunidades, empreendedorismo e inovação, o futuro das áreas de tecnologia e engenharias, o setor aeronáutico e aeroespacial no Brasil e as perspectivas de futuro para os estudantes das engenharias.
Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site: http://uniamerica.br/eventos
Discutindo também pontos de relevância para profissionais de outras áreas e futuros acadêmicos, Ozires vem para Foz trazendo toda uma bagagem de conhecimento de quando presidiu a Petrobrás, Varig e foi presidente da Embraer, abraçando o lançamento do curso de Engenharia Aeroespacial da Uniamérica e, dando o ponta pé inicial para uma jornada de sucesso dos futuros engenheiros do país.
Discutindo também pontos de relevância para profissionais de outras áreas e futuros acadêmicos, Ozires vem para Foz trazendo toda uma bagagem de conhecimento de quando presidiu a Petrobrás, Varig e foi presidente da Embraer, abraçando o lançamento do curso de Engenharia Aeroespacial da Uniamérica e, dando o ponta pé inicial para uma jornada de sucesso dos futuros engenheiros do país.
PORTAL TELETIME - Parceria entre Telebras e Viasat repercute no maior evento global de satélites
Por Rubens Glasberg, De Washington Publicada Em 13/03 - 17h13
O acordo entre a Viasat e a Telebras para a exploração do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) foi pauta do painel de abertura da Satellite 2018, principal evento global da indústria de satélites, que acontece esta semana em Washington. No painel, estavam os CEOs de algumas das principais empresas de satélites do mundo, como SES, Intelsat, Eutelsat e Telesat, além da própria Viasat. Mark Dankberg, chairman e CEO da Viasat, foi questionado por um consultor na plateia sobre a parceria com a Telebras, que chegou a qualificar como uma "invasão". Dankberg respondeu que de maneira alguma se trata de uma invasão e que a Viasat trabalha normalmente com governos no sentido de colaborar com projetos civis e militares. Segundo ele, a operação da Viasat no Brasil começa já em abril, com serviços em banda Ka.
O assunto, contudo, permaneceu no debate, e o presidente mundial da canadense Telesat, Daniel Goldberg ressaltou que esse tipo de parceria (entre a Viasat e o governo brasileiro) precisa "ser transparente". Mais tarde, na coletiva da Hughes, Vinod Shukla, responsável pela área internacional da empresa, também foi questionado por analistas sobre a disputa com a Viasat no território brasileiro. Ele disse que a empresa pretende conversar com a Telebras. A Hughes declarou ter no Brasil 85 mil assinantes do seu serviço HughesNet, oferecido por banda Ka.
Além das manifestações e provocações públicas sobre a entrada da Viasat no mercado brasileiro, houve também muita conversa de corredor sobre o tema. O que se percebe, entre as operadoras de satélite, é uma boa dose de desconfiança sobre o acordo, já que não houve nenhuma carta convite aos demais players do mercado propondo as mesmas condições que supostamente foram oferecidas à empresa norte-americana. E também se questiona a ausência de informação, até aqui, sobre os termos do acordo (o próprio Sindisat formalizou o pedido de informações junto à Telebras). Questiona-se, por exemplo, o fato de o fato relevante anunciar a chegada dos equipamentos para apenas dois dias depois do anúncio da celebração do acordo, o que demonstraria que a parceria estava sendo operacionalizada há mais tempo. Acredita-se que não deve haver, num primeiro momento, nenhuma judicialização do acordo com a Viasat, mas não se descarta o uso da Justiça para que informações sobre a parceria possam ser obtidas, considerando que a Telebras é uma empresa pública.
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