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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/01/2018 / Negociação Boeing-Embraer preocupa muito, diz fabricante de caça da FAB



Negociação Boeing-Embraer preocupa muito, diz fabricante de caça da FAB ...  


Igor Gielow ...  


A empresa sueca Saab, fabricante do novo caça da FAB, disse ao governo brasileiro estar "muito preocupada" com a negociação entre Boeing e Embraer – empresa que participará da produção do seu avião no Brasil.

O contrato pode ser revisto se a Saab entender que segredos industriais seus podem cair na mão da concorrente americana.

Conforme a Folha adiantou na terça (23), uma comitiva de executivos suecos encabeçada pelo presidente da Saab, Hakan Buskhe, transmitiu a preocupação ao ministro Raul Jungmann (Defesa) e a autoridades que monitoram as conversas.

Buskhe evitou falar explicitamente em risco ao contrato de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 15,7 bilhões) na reunião, mas o recado ficou implícito aos presentes.

"Essa discussão criou uma preocupação muito grande na Suécia, pois a Saab é tão estratégica para o país quanto a Embraer é para o Brasil", disse Buskhe a jornalistas ao fim do encontro.

Segundo Jungmann, um comitê composto pela Defesa, pela FAB e pelo Ministério da Fazenda irá informar os suecos de quaisquer implicações ao programa do caça Gripen e usará seu poder de veto sobre negócios da Embraer para assegurar que "todas as salvaguardas sejam respeitadas, se houver acordo".

O presidente da Saab se disse satisfeito com as conversas. "Queremos continuar essa parceria de qualquer forma. Nunca fizemos uma transferência tecnológica tão completa quanto a oferecida no Brasil", afirmou Buskhe.

Dos 36 caças Gripen comprados pelo Brasil em acordo de 2013 e operacionalizado em 2015, 23 serão feitos parcialmente ou integralmente no Brasil. A FAB escolheu a Embraer como principal beneficiada da absorção de tecnologias do caça supersônico, que podem no futuro ser aplicadas a aviões civis.

A preocupação dos suecos é óbvia. A Boeing é sua rival no mercado de caças, tanto que o F-18 da americana foi preterido na disputa com o Gripen e ambos os aparelhos estão em diversas concorrências mundo afora.

Embora boa parte do Gripen seja composta por peças americanas, todo o seu "cérebro" eletrônico e sistemas de fusão de dados essenciais para garantir seu desempenho são produtos suecos – e a Saab quer proteger seus segredos industriais.

A primeira proposta da Boeing, extraoficial pois não foi formalizada junto ao Conselho de Administração da Embraer, previa a compra de 100% do controle acionário da empresa brasileira, que vale aproximadamente US$ 6 bilhões.

O governo brasileiro negou a possibilidade, acenando com o uso de sua "golden share" – uma ação especial herdada do processo de privatização da Embraer em 1994.

Uma segunda alternativa apresentada sugeria a cisão da divisão comercial da Embraer, seu principal interesse, e a área de defesa, que hoje responde por cerca de 20% do lucro líquido da brasileira.

O governo novamente disse não. O problema é que a fonte da inovação tecnológica da área civil da Embraer é o setor militar. Ele recebe investimento público em pesquisa e desenvolvimento sem as restrições que a divisão civil tem sob regras da Organização Mundial do Comércio.

Além disso, a Boeing apresentou como exemplos de salvaguarda de soberania nacional de terceiros sua operação na Austrália e no Reino Unido. "São coisas incomparáveis. Lá há linhas de manutenção e suprimento, aqui a Embraer é peça central da indústria", disse Flavio Basilio, secretário de Produtos de Defesa brasileiro.

Além disso, ressaltou, a área militar não pode ficar sob gestão americana porque a legislação dos EUA determina amplo controle sobre esse tipo de produção. "Novos desenvolvimentos não poderiam ser feitos no Brasil sem autorização do Congresso americano", diz.

Tanto ele quanto Jungmann e o representante da Fazenda, Mansueto Almeida, disseram que o Brasil não é contra a parceria Boeing-Embraer, mas que ainda esperam novas propostas para avaliar que negócio poderá ser feito.

A Embraer precisa da Boeing para ampliar a sua penetração de vendas. Os americanos querem a brasileira porque ela tem pronta uma família nova de jatos regionais que eles não produzem, e a concorrente europeia Airbus acaba de adquirir uma linha desse tipo da canadense Bombardier.

Além disso, os brasileiros têm uma geração nova e eficaz de engenheiros, algo que falta hoje à Boeing – empresa gigantesca, que vale quase US$ 200 bilhões.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL CORREIO DO ESTADO (MS)


Comandante diz que FAB está sendo reestruturada


Publicado Em 24/01 - 23h00

Mudanças estruturais marcaram a Aeronáutica do Brasil em 2017. O Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), faz um balanço sobre as principais operações realizadas em 2017 e conta sobre os planos para o ano que está começando.
Diálogo: Quais são os principais aspectos que norteiam a reestruturação em curso na FAB, iniciada em 2016 sob o seu comando?
Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato: A reestruturação que planejamos está de acordo com o que existe de mais moderno do ponto de vista dos recursos de tecnologia da informação, de simulação e também dos processos de administração de gestão e governança.
Nós entendemos que, com a concentração das unidades aéreas e redução do tamanho das nossas bases, nós teremos um ganho operacional acompanhado da diminuição de custos.
Quanto ao efetivo da FAB, também estamos reduzindo a quantidade de pessoal de carreira e passando a absorver mais pessoal temporário, aproveitando profissionais do mercado como engenheiros, médicos e comunicadores, além do pessoal de nível técnico.
Essas mudanças não correspondem à demissão de pessoas. Nós simplesmente estamos deixando de ingressar gente nova na FAB, substituindo-as pelos profissionais temporários. Estimamos que, ao longo de 20 anos, teremos a redução de 20.000 a 25.000 pessoas em nosso efetivo.
Diálogo: Quais foram as mudanças definidas como prioritárias e que já começaram a ser feitas?
Ten Brig Ar Rossato: A reestruturação foi definida para ser desenvolvida ao longo de 25 anos, até 2041, quando a FAB completará 100 anos. O decreto presidencial que regulamenta as mudanças nas organizações da força foi assinado em junho de 2017, mas antes disso muitas etapas tinham sido começadas e algumas já foram concluídas. Por exemplo, já desativamos e transferimos unidades, que estão operando normalmente.
Sobre as prioridades, uma das questões que identificamos como necessárias tem a ver com a cultura do nosso pessoal dentro da FAB. Se mudamos a estrutura, temos que mudar nossa cabeça também. Por isso, estamos melhorando a capacitação dos nossos oficiais e dos nossos capitães.
Ampliamos também a duração do curso de Estado-Maior e estamos disponibilizando oportunidades para os nossos militares em universidades no Brasil e no exterior. Nós temos que fazer a cabeça de todos os nossos oficiais e graduados para se adequarem aos novos tempos, às novas tecnologias, aos novos processos de administração, como qualquer empresa faz no mercado.
Diálogo: Em 2017, o senhor visitou a 12ª Força Área dos Estados Unidos (na Base Davis-Monthan, Arizona). Além de outros temas, o diálogo com oficiais dessa organização militar tratou sobre os processos de gestão implementados ali. O que a FAB tem a aprender com a Força Aérea norte-americana em relação a esse assunto?
Ten Brig Ar Rossato: Quando estive lá, participamos de uma apresentação deles sobre a forma de atuação da força e percebemos a semelhança com o que estávamos fazendo aqui na FAB. Mas eles já trabalham há muitos anos com essa estrutura que estamos construindo agora.
Na ocasião, ficou claro como os militares de cada setor dominam as informações sobre a sua área de atuação. Na FAB, nós queremos que também seja assim, que o nosso oficial, quando atingir o nível de capitão ou major, defina sua cadeira e domine os conhecimentos referentes à área que escolher, seja de logística, de controle do espaço aéreo, da área operacional ou administrativa.
Diálogo: Em meados de 2017, a FAB realizou o Exercício Multinacional Amazonas I, missão que envolveu de forma inédita três países vizinhos de uma só vez. Quais são as perspectivas de intercâmbio com as forças aéreas da América do Sul?
Ten Brig Ar Rossato: Nós já temos acordos de transferência de controle do espaço aéreo com o Uruguai, a Argentina, o Paraguai, a Bolívia, e a Colômbia. Isso existe há mais de 15 anos.
O Amazonas I foi o primeiro a envolver três países, mas fazemos esse tipo de treinamento regularmente entre o Brasil e outra nação. Nosso próximo passo é fazer com que essa transferência do controle do tráfego aéreo seja automática e não restrita apenas a exercícios, quer dizer, que se torne uma prática entre as forças aéreas.
Diálogo: Entre as realizações da FAB que marcaram 2017 está ainda a Operação Ostium, uma das maiores iniciativas de defesa já implementadas nas fronteiras do Brasil. Como o senhor avalia o desenvolvimento dessa operação?
Ten Brig Ar Rossato: A Força Aérea Brasileira tem na defesa do espaço aéreo a sua principal missão constitucional. Esse monitoramento, incluindo as áreas de fronteira, é realizado 24 horas por dia há mais de 40 anos. Com a Operação Ostium, iniciada em março de 2017, tivemos um reforço das ações de patrulhamento na área de fronteira, coibindo a prática de ilícitos por meio aéreo.
Os números da Ostium nos permitem ter uma avaliação muito positiva. Por meio desta operação, foi possível reduzir cerca de 80 por cento dos tráfegos aéreos desconhecidos na região de fronteira. De março a agosto, por exemplo, foram realizadas mais de 150 interceptações.
Além das apreensões que foram divulgadas na mídia, é importante destacar o trabalho de inteligência, como o mapeamento de rotas aéreas e o entrosamento com os demais órgãos de segurança. O combate a ilícitos na fronteira requer um esforço conjunto.
Diálogo: O que a FAB planeja e espera do ano de 2018?
Ten Brig Ar Rossato: Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a restruturação da Força Aérea Brasileira não é recente. Vem sendo pensada há alguns anos e começou a ser colocada em prática em 2016. Entre os principais objetivos dessas mudanças, que buscam garantir a perenidade e a evolução da FAB, estão a reorganização administrativa e operacional da força.
Buscamos a melhoria contínua dos processos e o aumento da efetividade dos recursos disponibilizados para a força, sejam humanos ou materiais, em sua atividade-fim. Neste ano [2017], ficou mais evidente devido às transferências de alguns esquadrões aéreos, a segmentação das áreas de treinamento e de operação. Ainda teremos algumas mudanças que devem ocorrer até o primeiro trimestre de 2018, como novas transferências de esquadrões aéreos.
Os objetivos serão alcançados gradativamente e as adaptações terão continuidade, já que o processo de reestruturação é algo dinâmico e estamos buscando correções ao longo de sua implantação. Nossa grande meta é que a instituição chegue mais preparada em 2041, quando completar cem anos.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Negociação Boeing-Embraer preocupa muito, diz fabricante de caça da FAB


Igor Gielow Publicado Em 25/01 - 15h25

A empresa sueca Saab, fabricante do novo caça da FAB, disse ao governo brasileiro estar "muito preocupada" com a negociação entre Boeing e Embraer –empresa que participará da produção do seu avião no Brasil.
O contrato pode ser revisto se a Saab entender que segredos industriais seus podem cair na mão da concorrente americana.
Conforme a Folha adiantou na terça (23), uma comitiva de executivos suecos encabeçada pelo presidente da Saab, Hakan Buskhe, transmitiu a preocupação ao ministro Raul Jungmann (Defesa) e a autoridades que monitoram as conversas.
Buskhe evitou falar explicitamente em risco ao contrato de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 15,7 bilhões) na reunião, mas o recado ficou implícito aos presentes.
"Essa discussão criou uma preocupação muito grande na Suécia, pois a Saab é tão estratégica para o país quanto a Embraer é para o Brasil", disse Buskhe a jornalistas ao fim do encontro.
Segundo Jungmann, um comitê composto pela Defesa, pela FAB e pelo Ministério da Fazenda irá informar os suecos de quaisquer implicações ao programa do caça Gripen e usará seu poder de veto sobre negócios da Embraer para assegurar que "todas as salvaguardas sejam respeitadas, se houver acordo".
O presidente da Saab se disse satisfeito com as conversas. "Queremos continuar essa parceria de qualquer forma. Nunca fizemos uma transferência tecnológica tão completa quanto a oferecida no Brasil", afirmou Buskhe.
Dos 36 caças Gripen comprados pelo Brasil em acordo de 2013 e operacionalizado em 2015, 23 serão feitos parcialmente ou integralmente no Brasil. A FAB escolheu a Embraer como principal beneficiada da absorção de tecnologias do caça supersônico, que podem no futuro ser aplicadas a aviões civis.
A preocupação dos suecos é óbvia. A Boeing é sua rival no mercado de caças, tanto que o F-18 da americana foi preterido na disputa com o Gripen e ambos os aparelhos estão em diversas concorrências mundo afora.
Embora boa parte do Gripen seja composta por peças americanas, todo o seu "cérebro" eletrônico e sistemas de fusão de dados essenciais para garantir seu desempenho são produtos suecos – e a Saab quer proteger seus segredos industriais.
A primeira proposta da Boeing, extraoficial pois não foi formalizada junto ao Conselho de Administração da Embraer, previa a compra de 100% do controle acionário da empresa brasileira, que vale aproximadamente US$ 6 bilhões.
O governo brasileiro negou a possibilidade, acenando com o uso de sua "golden share" – uma ação especial herdada do processo de privatização da Embraer em 1994.
Uma segunda alternativa apresentada sugeria a cisão da divisão comercial da Embraer, seu principal interesse, e a área de defesa, que hoje responde por cerca de 20% do lucro líquido da brasileira.
O governo novamente disse não. O problema é que a fonte da inovação tecnológica da área civil da Embraer é o setor militar. Ele recebe investimento público em pesquisa e desenvolvimento sem as restrições que divisão civil tem sob regras da Organização Mundial do Comércio.
Além disso, a Boeing apresentou como exemplos de salvaguarda de soberania nacional de terceiros sua operação na Austrália e no Reino Unido. "São coisas incomparáveis. Lá há linhas de manutenção e suprimento, aqui a Embraer é peça central da indústria", disse Flavio Basilio, secretário de Produtos de Defesa brasileiro.
Além disso, ressaltou, a área militar não pode ficar sob gestão americana porque a legislação dos EUA determina amplo controle sobre esse tipo de produção. "Novos desenvolvimentos não poderiam ser feitos no Brasil sem autorização do Congresso americano", diz.
Tanto ele quanto Jungmann e o representante da Fazenda, Mansueto Almeida, disseram que o Brasil não é contra a parceria Boeing-Embraer, mas que ainda esperam novas propostas para avaliar que negócio poderá ser feito.
A Embraer precisa da Boeing para ampliar a sua penetração de vendas. Os americanos querem a brasileira porque ela tem pronta uma família nova de jatos regionais que eles não produzem, e a concorrente europeia Airbus acaba de adquirir uma linha desse tipo da canadense Bombardier.
Além disso, os brasileiros têm uma geração nova e eficaz de engenheiros, algo que falta hoje à Boeing –empresa gigantesca, que vale quase US$ 200 bilhões.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Forças Armadas anunciam combate a roubo de cargas no RJ pelo mar

Trabalho já é realizado por terra; a ampliação faz parte do Plano Rio 2018, que se estenderá ao longo do ano, quando as tropas federais atuarão no Estado, por determinação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem

Tânia Monteiro, O Estado De S.paulo Publicado Em 25/01 - 14h51

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que, depois das operações que estão sendo realizadas desde a madrugada desta quinta-feira, 25, nas rodovias federais do Rio de Janeiro, para combater o tráfico de drogas e armas, além do roubo de cargas, o governo federal irá realizar ainda outros operações integradas só que no mar, com a mesma finalidade.
Jungmann não antecipou, no entanto, quando e onde elas serão realizadas, mas advertiu que todo o trabalho está visando, não só os traficantes e ladrões de cargas, mas também os receptadores. Hoje, mais de 3 mil homens das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estão trabalhando nesta operação, ao lado da Polícia Rodoviária Federal. A intensificação foi necessária, segundo o ministro, porque o roubo de cargas que havia reduzido em 10%, de 2016 para 2017, voltou a subir com os bandidos mudando o "modus operandi" para driblar o trabalho das polícias.
O ministro informou que este trabalho já faz parte do Plano Rio 2018, que se estenderá ao longo do ano, quando as tropas federais estarão atuando no Estado, por determinação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que irá vigorar até 31 de dezembro. "Vamos agir sempre de surpresa e não haverá prazo para término, enquanto estiver a GLO funcionando. Esta será uma ação permanente", declarou Jungmann, após lembrar que o Rio é uma grande rota de acesso de armas e drogas, a maior parte delas chega por meio terrestre, daí a necessidade de reforço ao trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF), detectando "caravanas de bandidos" e bloqueando-as. Segundo Jungmann, há "bondes de criminosos" nas estradas do Rio de Janeiro. "São caravanas de bandidos que vão assaltar, roubar cargas e trazer armas, munições e drogas que precisamos combater", prosseguiu o ministro.
Ao falar sobre os receptadores, Jungmann fez questão de mandar um alerta a eles: "Aqui mandamos um recado muito claro, estamos focados nesses que fazem parte dessa cadeia, mas que também estão ligados a setores comerciais e empresariais, sem falar de outros interesses mais, no Rio de Janeiro. Fica aqui esse alerta. Estamos fazendo levantamento e vamos agir", advertiu o ministro, lembrando que os receptadores se beneficiam desse tipo de comércio, seja para vender, seja para consumir.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, por sua vez, informou que as tropas "vão sair e voltar inúmeras vezes, buscando criar incerteza sobre quando e onde atuarão, com diferenciado efetivo e, em muitos casos, atuando junto com as forças estaduais, no combate às quadrilhas especializadas em roubos, a identificação e prisão delas, tarefa esta que é da polícia judiciária". Ele reiterou que as organizações criminosas mudaram local e modo de atuação", daí a necessidade de diversificar as ações e ampliá-las.
Por causa das seguidas operações no Rio de Janeiro, o diretor-geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno, citou que 380 policiais estão reforçando a equipe do Rio, que é composta de outros 745. "Eles permanecerão lá, de forma continuada, durante todo o ano", afirmou. O trabalho desta quinta-feira está focado principalmente na Rodovia Dutra, que liga Rio a São Paulo, mas também está sendo realizada nas BRs 101 e 040, além do Arco Metropolitano.
Carnaval.
Para o carnaval no Rio, não há previsão de atuação das Forças Armadas nas ruas, para ajudar no policiamento. A informação é do chefe de Estado Maior das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho. De acordo com ele, a exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro no Revéillon, outro grande evento da cidade, o governo federal acredita que as tropas da Polícia Militar do Estado tem todas as condições de dar a devida segurança à população, durante Carnaval.
"Toda esta operação não tem nada a ver com carnaval", disse ele, ao avisar que "não está previsto reforço de homens" das Forças Armadas para esse período. Consideramos que o governo do Rio tem "todas as condições" de oferecer segurança à população, como foi realizado no fim do ano.

Governo foi procurado por suecos da Saab para explicar negócio entre Embraer e Boeing

Jungmann se comprometeu em comunicar possível venda para suecos; segundo Fazenda, ainda não houve proposta efetiva da Boeing pela Embraer

Fernando Nakagawa Publicada Em 25/01 - 15h56

BRASÍLIA - Qualquer avanço nas negociações para a aproximação da Embraer com a norte-americana Boeing terá de ser comunicado à sueca Saab, empresa que fornecerá caças para a Força Aérea Brasileira. O acerto foi firmado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente mundial da Saab, Håkan Buskhe, nesta quinta-feira, 25. 
O executivo sueco veio ao Brasil buscar detalhes sobre o potencial negócio já que a Saab transferirá tecnologia à Embraer no processo de fabricação dos caças Gripen comprados pela FAB.
"Não há impedimento (para negócio Embraer/Boeing), mas queremos saber o que está sendo discutido", disse Buskhe. "Apenas acho que nós precisamos de alguns esclarecimentos sobre as discussões que tivemos antes do Natal", completou.
Reunião.
A reunião em Brasília foi solicitada pela Saab que tem demonstrado preocupação com eventual negócio Embraer-Boeing, já que a brasileira terá acesso à tecnologia dos caças Saab - empresa concorrente da Boeing no mercado de defesa e que participou da concorrência bilionária da FAB vencida pelos suecos.
Após reunião realizada na manhã desta quinta-feira na sede do Ministério da Defesa, o executivo da Saab reafirmou a intenção de manter a parceria com a Embraer na produção dos caças, mas ressaltou que a transferência de tecnologia para o Brasil é um tema que precisa ser analisado com cuidado.
"Eu não tenho a intenção de deixar a cooperação com o Brasil. Mas, logicamente, quando vem uma terceira parte, temos de entender qual é a estrutura e o impacto na nossa tecnologia", disse.
“Maior projeto da Suécia”.
Em entrevista ao lado do ministro Jungmann, o executivo citou que a transferência de tecnologia da Saab para a Embraer na produção dos caças é a maior já feita pela empresa.
"Nós nunca fizemos uma transferência de tecnologia tão grande e o Gripen é o maior projeto industrial da Suécia hoje e da história", disse.
Diante dessa importância, o executivo afirmou que qualquer movimento que envolva ações consideradas "estratégicas" em termos tecnológicos da Saab também precisam passar pelo crivo de Estocolmo.
"O governo obviamente tem uma opinião sobre o assunto porque, assim como a Embraer é para o Brasil, a Saab é estratégica para a Suécia", disse.
Embaixador ao lado.
Buskhe lembrou que, no passado, a negociação de uma divisão ligada a submarinos teve de ser revertida porque o governo sueco entendera ser uma questão estratégica. O embaixador da Suécia no Brasil acompanhou o encontro.
Ao deixar a reunião, o executivo disse que o encontro com os brasileiros teve "atmosfera positiva" e elogiou a parceria com a FAB. "Estamos convencidos de que vamos continuar com a nossa profunda relação (com a Embraer). Nós conhecemos muito bem um ao outro e temos diálogo muito forte", disse. "Queremos aumentar a nossa cooperação".
Nada oficial.
Ainda nesta quinta, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou que, apesar das conversas em andamento, não foi feita nenhuma proposta oficial da Boeing para um negócio com a Embraer.
Ele ressaltou, ainda, que eventual negócio trata de duas empresas privadas e o governo tem apenas a golden share, “bilhete dourado” que dá ao governo federal direito a voto e preferência no recebimento de dividendos, além de garantir poder de veto em decisões estratégicas da companhia.
"Não tem nenhum fato relevante, mas tem conversa de duas empresas líderes que já têm algumas parcerias. Não foi levada nenhuma proposta ao Conselho de Administração. O que há são estudos", disse Mansueto. "Qualquer que seja o resultado desse processo, estamos falando de empresas muito boas", completou.
Expectativa.
O ministro de Defesa, Raul Jungmann, disse esperar que a Boeing ainda apresente uma proposta formal para o negócio à empresa brasileira ajustada ao posicionamento do governo brasileiro, que já demonstrou ser contrário à venda integral da empresa e à cisão da Embraer Defesa da área comercial e venda apenas da unidade que fabrica jatos comerciais.

Por Embraer, Boeing sinaliza concessões

Executivos da fabricante americana circularam ontem por Brasília e Rio para tentar acelerar operação; entre sinalizações estão a garantia de autonomia da Embraer em projeto de caças com a Saab e a criação de um polo de produção de componentes no País

Eliane Cantanhêde E Fernando Nakagawa Publicado Em 26/01

Boeing sinalizou que Embraer teria autonomia em projeto de caças, transformação do País em polo de produção e manutenção do poder de veto do governo.
O governo brasileiro recebeu três sinalizações da Boeing no processo de negociação com a Embraer: garantia da autonomia à parceria entre Saab e Embraer na produção dos caças Gripen; transformação do Brasil em um novo polo de produção de componentes dos aviões Boeing fora dos Estados Unidos; e manutenção, como exigem as autoridades brasileiras, do poder de veto do governo na empresa de São José dos Campos (SP).
Os esclarecimentos tentam captar o apoio do governo e diminuir preventivamente a resistência que poderá surgir nos setores políticos, na opinião pública e eventualmente no Judiciário, num momento em que o Palácio do Planalto e área econômica já enfrentam batalhas pela reforma da Previdência e pela pulverização das ações da Eletrobrás – que o governo se recusa a chamar de privatização.
A intenção da Boeing é acelerar conversas, principalmente nos ministérios da Defesa e da Fazenda e no BNDES, para evitar que as negociações se estendam até o início oficial da campanha eleitoral. A empresa americana não quer virar alvo dos palanques, para não reavivar o imbróglio do FX-2, programa de renovação dos caças da FAB vencido pela sueca Saab em detrimento da Boeing e da francesa Dassault.
Ontem, a presidente da Boeing para a América Latina, Donna Hrinak, ex-embaixadora dos EUA no Brasil, circulou por Brasília, enquanto quatro representantes da empresa faziam reuniões no BNDES, no Rio, para esclarecer que serão protegidos interesses do Brasil em temas como a transferência de tecnologia na parceria SaabEmbraer para produção dos caça Gripen no Brasil, alvo de questionamento dos parceiros suecos (leia mais abaixo).
A mensagem é que a Boeing concorda com a blindagem do projeto Gripen, que permaneceria autônomo mesmo com eventual negócio entre as duas empresas. Um dos argumentos para a autonomia do projeto Gripen é que Boeing e Saab têm parceria desde 2013, nos EUA, no desenvolvimento e fabricação do T-X – avião para treinos militares – e que o projeto não gerou conflito entre as empresas.
A empresa também sinalizou que aceita manter o poder de veto do governo brasileiro – por meio da chamada golden share – sobre o futuro dos negócios da empresa brasileira. Não está totalmente claro em que termos, já que o desenho do negócio entre Embraer e Boeing ainda está no início e nem chegou à cúpula política do governo.
Peças.
Para angariar apoio às negociações, houve indicação de que, se a transação for fechada, o Brasil poderá ser o quarto polo de produção de componentes da Boeing, ao lado de Austrália, Canadá e Reino Unido. A inclusão do Brasil abriria horizontes para a indústria aeroespacial brasileira, que atualmente passa pela conclusão de três ciclos: desenvolvimento do KC390 na área de defesa, lançamento da segunda família de jatos de médio porte E-Jets e maturidade da linha de jatos executivos Legacy.
Os americanos defendem que engenheiros e técnicos que trabalham nesses projetos ganhariam poderiam atuar em projetos da Boeing – que, segundo fontes, tem enfrentado envelhecimento do corpo técnico.
Procurada, a Boeing não respondeu até o fechamento da edição. A Embraer não se pronunciou. A Saab não comentou as negociações, mas a assessoria frisou que a empresa não tem intenção de cancelar qualquer cooperação com o Brasil.

PORTAL UOL


Jungmann diz a Saab que venda da Embraer não está em negociação, diz Defesa


Marta Nogueira Publicado Em 25/01 - 19h54

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira ao presidente da empresa sueca Saab, Hakan Buskhe, que a transferência do controle Embraer para a Boeing não está na mesa de negociações, informou o ministério em uma nota à imprensa.
A Saab é parceira no desenvolvimento do caça Gripen NG com a Embraer.
O ministério destacou que, no encontro com Buskhe, Jungmann também afirmou que está descartada a cisão da Embraer Defesa ou da Embraer Comercial ou alienação de uma delas.
O governo detém golden share na Embraer que garante poder de veto em decisões estratégicas da companhia.
"Nós temos a preocupação e compromisso contratual de manter o controle e o sigilo na transferência de tecnologia desenvolvida pela Saab e conjuntamente (com a Embraer)", disse o ministro, na nota enviada pela Defesa.
Em dezembro, Boeing e Embraer anunciaram que estavam negociando uma combinação de negócios.
A Defesa também informou nesta quinta-feira que Jungmann solicitou que representantes da Força Aérea e dos Ministérios da Defesa e da Fazenda mantivessem os executivos da Saab informados de qualquer avanço nas negociações entre a Embraer e a Boeing.
"Acontecendo qualquer avanço nas tratativas entre Embraer e Boeing e se alguma decisão vier a ser tomada, a Saab será informada previamente. Se isso vier a acontecer, a parceria Embraer-Boeing, evidentemente que temos de construir salvaguardas que passarão pelo crivo da Saab", disse o ministro.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


SES leva ao espaço hoje seu primeiro satélite brasileiro


Ivone Santana Publicada Em 25/01 - 05h00

O satélite artificial de comunicação SES-14 inicia hoje uma jornada ao espaço, a partir da Guiana Francesa, de onde será lançado pela Arianespace. A viagem até atingir sua posição orbital 47,5 graus Oeste vai durar cerca de quatro meses. Depois, por dois meses será submetido a testes até receber liberação para uso comercial. Será o primeiro satélite da SES, com sede em Luxemburgo, a operar com bandeira brasileira. A SES tem 20 satélites que cobrem a América Latina e sete autorizados para o Brasil, mas de bandeira estrangeira.
A SES adquiriu da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a posição orbital 48 graus, num leilão em 2014, por R$ 33 milhões, autorizada depois a mover para 47,5 graus. A fabricação do SES-14 até a aprovação dos testes no espaço ficaram sob responsabilidade da Airbus.
A SES não revela o investimento no projeto, mas informa que um satélite de igual porte custa entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões. Um satélite convencional tem capacidade de transmitir dados a 2 gigabits por segundo (Gbps) de velocidade, enquanto o SES-14 terá 6 Gbps só sobre o Brasil, compara Jurandir Pitsch, vice-presidente de vendas e desenvolvimento de mercado para a América Latina e Caribe da SES Video. O SES-14 vai cobrir os EUA, a América do Sul, parte do Atlântico Norte e do Norte da África.
A empresa possui uma frota com 55 satélites geoestacionários (GEO) - se movem junto com a Terra - e 12 de órbita terrestre média (MEO, na sigla em inglês), que estão sempre se movendo em relação ao planeta.
O SES-14 vai operar nas bandas C, Ku e Ka. Permitirá à companhia expandir sua cobertura de vídeo por cabo na América Latina e aumentar a oferta de banda larga aos aviões e embarcações marítimas. É a SES que distribui o sinal de TV paga da Oi até a casa do assinante, diz Pitsch. A empresa tem também em sua carteira as programadoras de conteúdo e donos de canais, como Disney, Viacom e Eurovision, que recebem o sinal do satélite e distribuem para as operadoras de TV e de serviços móveis.
O SES-14 vai substituir o NSS-806, projetado para cumprir 12 anos de trabalho. "É um guerreiro, já está em operação há quase 20 anos", brinca Pitsch. Antes de ser aposentado, o satélite terá todos os clientes transferidos para o SES-14. Depois, será movido para a órbita cemitério ou a um ponto em que não atrapalhe os satélites ativos.
Para a comunicação dos clientes com o SES-14 foi criado um novo ecossistema. A SES investiu de US$ 12 milhões a US$ 15 milhões na compra e distribuição de 2 mil antenas para 350 cabeceiras (pontos) de rede em mercados como o Brasil, a Argentina e o México. "Foram três anos criando esse ecossistema para suportar a operação", diz o executivo. "Meu cliente queria colocar mais canais [no satélite], 4K (ultradefinição) e alta definição, mas o satélite anterior já estava com a carga bem alta. E sem antena, eles [clientes] não têm visibilidade do satélite."
A empresa está montando um centro de operações em Hortolândia (SP), de onde vai administrar os satélites. A receita da SES de janeiro a setembro foi de € 1 bilhão.
A SES vem renovando sua frota há cinco anos. Foram investidos bilhões de euros nos últimos dois anos para suportar lançamentos entre 2017 e 2021, diz Pitsch. No dia 30 de janeiro lança o SES-16, no Cabo Canaveral, pela Spacex, e ainda no primeiro trimestre levará quatro satélites da frota MEO num único foguete lançador.
A Arianespace levará no mesmo foguete um satélite da Yahsat, concorrente da SES que também comprou órbita brasileira. No espaço, cada artefato seguirá sua trajetória. A SES está dando carona para a Nasa, que enviará uma carga com a missão de observar o espaço mais próximo da Terra.

Jungman: Eventual acordo entre Embraer e Boeing terá que proteger Saab


Por Fabio Graner | Valor 25/01/2018 às 15h01

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que, se uma eventual parceria entre Boeing e Embraer vier a ser efetivada, "terão que ser feitas salvaguardas" para proteger a tecnologia que a Saab está transferindo para o Brasil, por meio dos caças Gripen, fabricado pela empresa sueca.

Jungmann destacou que é interesse do Brasil manter a parceria de transferência de tecnologia com a Saab e garantiu que os ministérios da Defesa e da Fazenda prestarão aos suecos todos os esclarecimentos que eles julgarem necessário. Ele se comprometeu ainda a informar previamente à companhia sueca sobre qualquer eventual avanço nas tratativas envolvendo a Boeing e a Embraer.

O ministro ressaltou, contudo, que depois das propostas de compra total e parcial (somente da parte comercial) da Embraer pela Boeing, não houve novas propostas. O governo brasileiro aceita algum tipo de parceria entre as duas empresas, desde que não haja qualquer risco de perda de independência da Embraer.

O presidente da Saab, Hakan Buskhe, por sua vez, disse que o projeto envolvendo o fornecimento do Gripen e a transferência de tecnologia desse produto para o Brasil é o maior da história sueca. Ele ressaltou que a empresa não só está satisfeita como gostaria de ampliar a parceria com o Brasil e a Embraer. O execuivo mencionou genericamente que não há necessariamente um "impedimento" para algum tipo de negócio entre elas.

Segundo ele, o encontro serviu para esclarecer as questões relativas às discussões entre Boeing e Embraer. Buskhe ressaltou que, dadas as explicações do governo brasileiro, ele ficou convencido que, "aconteça o que acontecer", a parceria entre Brasil e Suécia e Saab e Embraer continuará.

Ele lembrou que tanto a Saab como a Embraer são empresas estratégicas para seus países e que cabe ao governo opinar sobre questões como uma possível associação com a Boeing. A reunião terminou por volta das 13h30 e também contou com o embaixador sueco no Brasil, Per-Arne Hjemborn.

Jungmann disse que a reunião foi produtiva e que o governo deixou claro que não haverá transferência de controle acionário da Embraer para a Boeing e nem uma cisão entre a parte militar e comercial da brasileira.

Governo brasileiro garante preservar o acordo com Saab


Fabio Graner Publicado Em 26/01

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse ontem para os representes da fabricante sueca de aviões Saab que, se uma eventual parceria entre Boeing e Embraer vier a ser efetivada, "terão que ser feitas salvaguardas" para proteger a tecnologia que a Saab está transferindo para o Brasil, por meio dos caças Gripen.
Os suecos, que estavam acompanhados do embaixador do país no Brasil, Per-Arne Hjelborn, se reuniram com Jungmann e outros integrantes do ministério e do governo para pedir esclarecimentos sobre as negociações em curso entre a Embraer e a Boeing, concorrente americana da Saab no segmento de caças.
O tema, como admitiu o próprio presidente da companhia sueca,, causa "grande preocupação", mas com o encontro de ontem ele tentou se mostrar satisfeito e convencido que "aconteça o que acontecer" a parceria entre Brasil e Suécia e Saab e Embraer continuará. "Não tenho interesse em encerrar parceria com o Brasil, mas sim de aumentar a cooperação", disse.
Uma fonte informou que possíveis flancos para novas parcerias entre Suécia e Brasil podem se dar na indústria naval e na área de "optrônica", que envolve fibras óticas.
Buskhe ressaltou o fato de que a Saab é uma empresa tão estratégia para a Suécia quanto a Embraer para o Brasil. Por isso, em qualquer discussão que as afete os governos devem ser chamados a opinar. Ele lembrou ainda um episódio de ação na área naval no qual um contrato envolvendo um submarino teve que ser revogado porque o governo sueco considerou ser questão de soberania nacional e segurança.
Ele ressaltou que a empresa não só está satisfeita como gostaria de ampliar a parceria com o Brasil e a Embraer, que é o maior projeto da história da Suécia nessa área. Sobre as negociações da Boeing com a brasileira, Busckhe mencionou genericamente que não há necessariamente um "impedimento" para algum tipo de negócio entre elas.
A hipótese de compra da Embraer já foi descartada pelo governo brasileiro. A mensagem foi reforçada ontem por Jungmann, que deixou claro que não haverá transferência de controle acionário da Embraer para a Boeing e nem uma cisão entre a parte militar e comercial da brasileira.
Ele destacou que é interesse do Brasil manter a parceria de transferência de tecnologia com a Saab, garantiu que os ministérios da Defesa e da Fazenda prestarão aos suecos todos os esclarecimentos que eles julgarem necessário. E se comprometeu ainda a informar previamente à companhia sobre qualquer eventual avanço nas tratativas entre Boeing e Embraer.
O ministro ressaltou, contudo, que depois das propostas iniciais da Boeing, ainda não houve novas iniciativas por parte dos americanos. O governo brasileiro aceita algum tipo de parceria entre as duas empresas, desde que não haja qualquer risco de perda de independência da Embraer.
O secretário de acompanhamento fiscal, energia e loterias do ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, que também participou da reunião com a Saab, ressaltou que as conversas entre as companhias brasileira e americana são entre duas empresas privadas. Ele fez questão de destacar que não chegou nenhuma proposta oficial da americana ao conselho da companhia brasileira, um tom mais ameno que evidencia uma preocupação com regras de comunicação com o mercado financeiro.
Segundo ele, o que há no atual estágio são "estudos" e "troca de informações" e ressaltou que a Embraer "está muito bem e é uma empresa líder em seu segmento". Mansueto lembrou que o governo acompanha a discussão por deter uma "golden share", ação de classe especial que dá direito a veto em questões estratégicas.
A presença de Mansueto na reunião teve por objetivo também dar um sinal claro aos suecos e ao mercado de que o posicionamento sobre os limites para um negócio entre Boeing e Embraer são de governo e não só da área militar, comentou uma fonte oficial. Na entrevista, contudo, Mansueto foi o que mostrou maior cautela, ao destacar que as discussões são entre empresas privadas reduzindo o patamar do debate ao trocar o termo proposta por estudos e conversas.

PORTAL G-1


Jungmann afirma que ação das Forças Armadas e PRF em rodovias do RJ sera "permanente"

Ministro da Defesa também afirmou que ação será sempre "surpresa". Militares participaram de operação nesta quinta (25) de combate ao tráfico de drogas, armas e contra o roubo de cargas.

Por Guilherme Mazui, G1, Brasília Publicado Em 25/01 - 13h30

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (25) que será “permanente”, mas com atuação “de surpresa” a ação das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas principais rodovias federais do Rio de Janeiro.
Uma operação conjunta teve início na manhã desta quinta, por volta das 5h. De acordo com o ministro, três mil militares participam da operação, que combate o tráfico de drogas e armas e o roubo de cargas.
“Nós vamos agir sempre de surpresa, inopinadamente, mas que não há prazo para término, ou seja, enquanto durar essa operação de garantia da lei e da ordem no Rio de Janeiro, ou seja, enquanto também ao tempo deste governo, essa será uma ação permanente, em conjunto”, afirmou o ministro.
Jungmann concedeu entrevista coletiva em Brasília para explicar a operação, que montou pontos de bloqueio, controle e fiscalização nas rodovias do Rio. Também participaram da entrevista o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, e o diretor-geral substituto da PRF, Marcelo Moreno.
Na oportunidade, não foram divulgados números sobre a ação desta quinta. As autoridades informaram que a operação tem foco na BR-101, BR-040, Dutra (BR-116) e no Arco Metropolitano.
A atuação nas rodovias integra as ações da fase Rio do Plano Nacional de Segurança, em curso desde o ano passado. No caso das estradas, o governo trabalha com a ideia de reforçar a fiscalização em corredores que dão acesso ao Rio. O controle se inicia em estados que fazem fronteiras com países vizinhos, seguem nos estados de divisa com o Rio e avançam agora dentro do estado.
“Estamos fechando o cerco nas rodovias federais do Rio de Janeiro”, disse Jungmann, que ainda informou a intenção de levar a ação para rotas marítimas.
Roubo de carga
Um dos objetivos das autoridades federais é contribuir para redução dos roubos de carga no Rio. O estado registra atualmente média de 23 casos por dia, praticamente um por hora. Nos 12 primeiros dias do ano, foram 281 casos do crime. Desde 2013, as ocorrências não param de subir. Em 2017, até novembro, foram mais de 9,4 mil roubos – um aumento de 10,5%.
Na entrevista, Jungmann mandou um "recado muito claro" aos receptadores de cargas roubadas, que, conforme o ministro, estão na "mira" das ações do Plano Nacional de Segurança.
"Nós estamos também focados nesses [receptadores] que fazem parte dessa cadeia, que não é apenas do transporte, que não é apenas do roubo de carga, mas que também estão ligados direta e indiretamente a setores, inclusive, comerciais e empresariais, sem falar de outros interesses mais, no Rio de Janeiro", declarou.

Jungmann afirma que vai proteger tecnologia da empresa sueca Saab caso Embraer e Boeing fechem parceria

Ministro da Defesa se reuniu com o presidente da empresa que vendeu caças ao Brasil e garantiu que tecnologia acertada na compra não será repassada à Boeing caso ela feche parceria com a Embraer.

Por Guilherme Mazui, G1, Brasília

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (25) que, caso Embraer e Boeing fechem um acordo, será preciso construir um “conjunto de salvaguardas” para preservar a tecnologia transferida pela empresa sueca Saab ao Brasil, no contrato dos caças Gripen.
Jungmann teve reunião nesta quinta, na sede do Ministério da Defesa, com o presidente da Saab, Hakan Buskhe, o embaixador da Suécia, Per-Arne Hjelmborn, e o comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Nivaldo Rossato.
Após o encontro, Jungmann e Hakan conversaram com jornalistas. O executivo sueco explicou que veio ao Brasil para esclarecer o andamento da negociação entre Embraer e Boeing, anunciadas oficialmente pelas próprias fabricantes de aeronaves em dezembro de 2017.
A Saab é concorrente da Boeing no setor de aeronaves militares. Inclusive, o caça americano F-18, da Boeing, foi analisado pelo governo brasileiro, que optou em 2013 pelo modelo sueco, o Gripen. O contrato fechado prevê a entrega de 36 aviões ao Brasil até 2014 e a transferência da tecnologia, cuja principal beneficiária é a Embraer.
Aos jornalistas, Jungmann explicou que, caso saia um acordo entre Embraer e Boeing, serão discutidas formas de preservar a tecnologia que a Saab passará ao Brasil.
“Se isso vier a acontecer [acordo Boeing-Embraer], evidentemente que teremos que construir um conjunto de salvaguardas, e essas salvaguardas terão de passar pelo crivo, ser objeto de uma discussão com a própria Saab”, disse o ministro. “Não é aceitável que uma tecnologia desenvolvida por uma parceria da Embraer passe para outra e vice-versa, da Boeing para Saab, também não teria sentido na hipótese de isso vir a acontecer”, completou.
O ministro informou que designou representantes da FAB e dos ministérios da Fazenda e Defesa para manter o diálogo com a Saab e esclarecer dúvidas da empresa sueca em relação as negociações entre Embraer e Boeing.
"Temos a preocupação e temos compromisso contratual de manter o controle e o siglo da transferência de tecnologia desenvolvida pela Saab, desenvolvida conjuntamente. Temos essa preocupação e vamos manter isso", disse.
Hakan declarou na entrevista que Saab não pretende romper a parceria com o governo brasileiro. A ideia da companhia sueca é “aumentar a cooperação” com o Brasil. Ele se se disse "confiante" depois da reunião com Jungmann. "Não há interesse em encerrar a parceria com Brasil", afirmou o executivo.
Boeing e Embraer
Também presente na reunião, o secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loterias do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, explicou que, até o momento, não chegou ao conselho da Embraer nenhuma proposta formal da Boeing.
Já o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basílio, detalhou que, por ora, a Boeing "sugeriu” dois modelos de negócios com a Embraer, sendo que ambos foram rechaçados. Uma opção era a compra do controle total da Embraer, enquanto no outro a Boeing assumiria a área de aviação comercial da empresa brasileira.
Em dezembro, o presidente Michel Temer declarou que não cogita "transferir o controle" da Embraer para outra empresa. Ele, ponderou, que uma parceria seria "bem-vinda".
O governo pode barrar eventual mudança acionária na Embraer porque é detentor da chamada "golden share", ação de classe especial que garante poder de veto em decisões estratégicas.

Imagem ampliada mostra que parte do Globocop pode ter se soltado da aeronave na queda

Investigadores analisam o vídeo para identificar o que aconteceu. Duas pessoas morreram e uma ficou ferida no acidente.

Publicado Em 25/01 - 14h15

Imagem ampliada da câmera instalada em um semáforo da Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que registraram o momento da queda do Globocop, mostra o que parece ser uma parte se desprendendo da aeronave. Investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II) analisa o vídeo para saber o que aconteceu. Duas pessoas morreram e outra ficou gravemente ferida no acidente.
Segundo o Seripa II, é precoce fazer afirmações sem uma análise detalhada. Para a Helisae, que prestava serviço para a TV Globo há 15 anos e era a proprietária do Globocop, as imagens aproximadas da queda da aeronave ainda não podem ser consideradas relevantes para a investigação do acidente.
O gerente da empresa, Roberto Quirino, afirmou que o vídeo feito será anexado ao material recolhido e às informações coletadas pelas autoridades. “Tudo será avaliado e, por isso, precisamos coletar o máximo de dados. As imagens não mudam nada para a gente neste momento”, disse.
Buscas suspensas
Segundo o gerente da empresa, as buscas por destroços no mar feitas por mergulhadores contratados estão suspensas por tempo indeterminado. "Temos a questão da segurança de quem mergulha, por ser uma área de ataque de tubarão. Agora, todo o material coletado está sendo avaliado para ver se é realmente preciso voltar ao local", afirmou.
Todos os destroços recolhidos foram levados para a Base Aérea da Aeronáutica, na Zona Sul da capital pernambucana, onde passam por análise.
Nesta quinta-feira (25), a Aeronáutica voltou a pedir que qualquer item encontrado, que se relacione ao helicóptero, seja entregue no posto policial mais próximo ou na sede do Seripa II, que fica na Avenida Armindo Moura, número 500, em Boa Viagem. Outras informações podem ser repassadas pelo telefone (81) 2129-7277.
Investigação
As polícias Civil e Federal abriram inquéritos para investigar o caso. Segundo o delegado da Polícia Federal Dário Sá Leitão, responsável pela investigação, a fuselagem vai ser periciada com calma para se chegar à conclusão dos motivos do acidente.
A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (25), que as investigações ficaram a cargo da Polícia Federal. A PF apontou que, até o momento, não recebeu nada oficial, portanto, não poderia repassar novas informações.
Vítimas
Das três pessoas que estavam na aeronave no momento do acidente, duas morreram. Uma delas, o piloto, Daniel Galvão, tinha 36 anos, era casado e não tinha filhos. Segundo o pai do piloto, Geraldo Galvão, Daniel era apaixonado pela aviação. Ele foi sepultado sob comoção na quarta-feira (24).
A outra vítima fatal do acidente é a 1º sargento da Aeronáutica Lia Maria Abreu de Souza, de 34 anos. Com 17 anos de atuação, ela já trabalhou em São Paulo e no Acre antes do Recife. Segundo a Aeronáutica, ela fazia parte do efetivo do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III). Ela foi convidada pela Helisae, empresa dona da aeronave, para participar do voo na noite da segunda (22).
A terceira vítima da queda da aeronave, o operador de sistemas Miguel Brendo Pontes, de 21 anos, segue internada em estado gravíssimo no Hospital da Restauração (HR), na área central da capital, segundo o boletim de saúde, divulgado nesta quinta-feira (25). Após uma tomografia do crânio e da cervical, ficou constatado que não havia lesões cirúrgicas. Ele permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e respira com a ajuda de aparelhos.
Globocop
Dono da empresa, o comandante Wagner Monteiro informou, em entrevista na terça (23), que a aeronave havia passado pela inspeção anual de manutenção no dia 16 de janeiro. Segundo ele, o helicóptero era mantido pelos padrões técnicos exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e outros órgãos responsáveis.
Segundo informações da Infraero, o Globocop decolou do hangar, localizado ao lado do Aeroporto Internacional do Recife, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana, às 5h50 (horário local) desta terça (23). A aeronave decolou com destino ao litoral.

JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO


Polícia Federal assume investigação da queda do Globocop

Depois de ter aberto um inquérito pela Delegacia de Boa Viagem, Polícia Civil de Pernambuco deixará o caso

Publicado Em 25/01 - 12h58

ImagemAs investigações policiais sobre o acidente com o Globocop, que caiu na última terça-feira, no mar de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, serão conduzidas, a partir de agora, apenas pela Polícia Federal (PF). Apesar de um inquérito policial ter sido aberto pela Delegacia de Boa Viagem, a Polícia Civil deixará o caso. De acordo com a delegada Beatriz Leite, que esteve no local do acidente e estava à frente da investigação, tudo o que ela colheu até o momento será encaminhado para a PF. A delegada iria ouvir nesta quinta-feira alguns moradores da comunidade que ajudaram no resgate das vítimas. Duas pessoas morreram na queda da aeronave e uma segue internada em estado grave.
“Até a segunda-feira irei repassar todas as informações que temos para o delegado da Polícia Federal. Estou finalizando o relatório do que apuramos até agora e manderemos também as imagens que recebemos do momento dos resgate das vítimas”, destacou a delegada. Em nota, a PF afirma que ainda não tem uma data definida para informar quais serão as medidas adotadas para a investigação. A PF diz ainda que “somente em ocasições específicas e que sejam de interesse público irá se pronunciar sobre o caso”.
O delegado responsável pelo inquérito é Dário Sá Leitão. No dia do acidente, ele esteve no local e conversou com equipes do Corpo de Bombeiros do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes em Pernambuco (Seripa II). Uma das primeiras providências da PF, no entanto, deverá ser a colhida de depoimentos dos moradores que retiram as vítimas do mar ou aqueles que presenciaram o sobrevoo ou a queda do helicóptero. No acidente morreram o piloto Daniel Cavalcanti Filgueira Galvão, 36 anos, e a 1ª sargento do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III) Lia Maria Abreu de Souza, 34. O operador de sistemas Miguel Brendo Ponte Simões, 21, segue internado na UTI do Hospital da Restauração (HR).
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informa que todas as peças, partes e demais itens dos destroços de aeronave são importantes para a investigação. “O Seripa II está mapeando os destroços da aeronave, que, por sua vez, ainda estão sendo retirados do local do acidente. A equipe de investigadores solicita que qualquer item encontrado, que se relacione ao helicóptero acidentado seja entregue no posto policial mais próximo ou na sede do Seripa II, na Avenida Armindo Moura, 500, em Boa Viagem.” Outras informações podem ser repassadas pelo telefone: 81 2129-7277.

PORTAL DEFESANET


Jungmann - SAAB ouve que a venda da EMBRAER não está em negociação

Jungmann esclarece que a venda da EMBRAER não está em negociação

Publicado Em 26/01 - 00h05

Brasília, 25/01/2018 - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse na quinta-feira (25JAN2018) que a transferência do controle da EMBRAER para a BOEING não está na mesa de negociações. A afirmação foi tema de uma reunião com representantes da empresa sueca SAAB, que é parceira no desenvolvimento do caça nacional Gripen NG com a EMBRAER.
Durante o encontro com o presidente da SAAB, Hakan Buskhe, o ministro Jungmann destacou que também está descartada a cisão da EMBRAER Defesa ou da EMBRAER Comercial ou alienação de uma delas. "Nós temos a preocupação e compromisso contratual de manter o controle e o sigilo na transferência de tecnologia desenvolvida pela SAAB e conjuntamente (com a EMBRAER).
Jungmann solicitou que representantes da Força Aérea, dos Ministérios da Defesa e da Fazenda, mantivessem os executivos da SAAB informados de qualquer avanço nas negociações entre a EMBRAER e a BOEING. "Acontecendo qualquer avanço nas tratativas entre EMBRAER e BOEING e se alguma decisão vier a ser tomada, a SAAB será informada previamente. Se isso vier a acontecer, a parceria EMBRAER-BOEING, evidentemente que temos de construir salvaguardas que passarão pelo crivo da SAAB, destacou o ministro.
Ainda participaram da reunião o embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn, o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Nivaldo Luiz Rossato, o secretário de Produtos de Defesa do MD, Flávio Basilio, o diretor de Economia e Finanças da Aeronáutica, Major-Brigadeiro-do-Ar Heraldo Luiz Rodrigues (representante da FAB no Conselho da EMBRAER), o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.
Participaram pela SAAB: Hakan Bushke (Presidente e CEO), Mikael Franzén (diretor de negócios Gripen no Brasil) e Bengt Janer.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Saab quer saber sobre discussões entre Embraer e Boeing


Publicado Em 25/01 - 15h17

Qualquer avanço nas negociações para a aproximação da Embraer com a norte-americana Boeing terá de ser comunicado à sueca Saab, empresa que fornecerá caças para a Força Aérea Brasileira. O acerto foi firmado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente mundial da Saab, Håkan Buskhe. O executivo sueco veio ao Brasil buscar detalhes sobre o potencial negócio já que a Saab transferirá tecnologia à Embraer no processo de fabricação dos caças Gripen comprados pela FAB.
“Não há impedimento (para negócio Embraer/Boeing), mas queremos saber o que está sendo discutido”, disse Buskhe. “Apenas acho que nós precisamos de alguns esclarecimentos sobre as discussões que tivemos antes do Natal”, completou.
A reunião em Brasília foi solicitada pela Saab que tem demonstrado preocupação com eventual negócio Embraer-Boeing, já que a brasileira terá acesso à tecnologia dos caças Saab – empresa concorrente da Boeing no mercado de defesa e que participou da concorrência bilionária da FAB vencida pelos suecos.
Após reunião realizada nesta manhã na sede do Ministério da Defesa, o executivo da Saab reafirmou a intenção de manter a parceria com a Embraer na produção dos caças, mas ressaltou que a transferência de tecnologia para o Brasil é um tema que precisa ser analisado com cuidado. “Eu não tenho a intenção de deixar a cooperação com o Brasil. Mas, logicamente, quando vem uma terceira parte, temos de entender qual é a estrutura e o impacto na nossa tecnologia”, disse.
Em entrevista ao lado do ministro Jungmann, o executivo citou que a transferência de tecnologia da Saab para a Embraer na produção dos caças é a maior já feita pela empresa. “Nós nunca fizemos uma transferência de tecnologia tão grande e o Gripen é o maior projeto industrial da Suécia hoje e da história”, disse.
Diante dessa importância, o executivo afirmou que qualquer movimento que envolva ações consideradas “estratégicas” em termos tecnológicos da Saab também precisam passar pelo crivo de Estocolmo. “O governo obviamente tem uma opinião sobre o assunto porque, assim como a Embraer é para o Brasil, a Saab é estratégica para a Suécia”, disse.
Buskhe lembrou que, no passado, a negociação de uma divisão ligada a submarinos teve de ser revertida porque o governo sueco entendera ser uma questão estratégica. O embaixador da Suécia no Brasil acompanhou o encontro.
Ao deixar a reunião, o executivo disse que o encontro com os brasileiros teve “atmosfera positiva” e elogiou a parceria com a FAB. “Estamos convencidos de que vamos continuar com a nossa profunda relação (com a Embraer). Nós conhecemos muito bem um ao outro e temos diálogo muito forte”, disse. “Queremos aumentar a nossa cooperação.”

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL FOLHA DIRIGIDA (RJ) - Concurso Aeronáutica CFS 2018: veja como é o teste físico


Publicado Em 25/01 - 18h12

O concurso Aeronáutica para o Curso de Formação de Sargento (CFS) 2018 selecionará para 227 vagas. As oportunidades são para candidatos de ambos os sexos, que tenham o nível médio, e a previsão é que os aprovados iniciem no primeiro semestre de 2019.
No entanto, até a sonhada aprovação, os candidatos deverão passar por diferentes etapas, incluindo o Teste de Avaliação de Condicionamento Físico (TACF). A fase costuma ser temida por alguns concurseiros, em função de seu grau de exigência.

De acordo com especialistas, uma preparação adequada é fundamental para se sair bem em teste físicos. Para isso, é necessário que o candidato conheça todas as etapas pelas quais vai passar. Confira os detalhes sobre o teste.

De acordo com o edital do concurso o teste de avaliação do condicionamento físico avaliará a resistência e o vigor físico, por meio de exercícios, definidos e fixados em Instruções do Comando da Aeronáutica de modo a comprovar não existir incapacitação para o Serviço Militar nem para as atividades previstas no curso.

Os índices mínimos de aprovação no TACF são conforme tabela a seguir:
Imagem
Os exames serão realizados nas cidades de Belém, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Canoas, Brasília e Manaus.
Condições para o exame
Segundo as regras da instituição, para a realização do teste físico o candidato deverá estar aquecido, antes de iniciar o teste. O aquecimento é livre, realizado pelo próprio candidato.

O candidato TACF será realizado em um único dia, e deverá ter um intervalo mínimo de três minutos entre um teste e outro. Não é permitida a pausa para descanso em nenhum dos testes.

Se o candidato parar para descansar o teste será interrompido, sendo considerado o número de repetições executadas antes da pausa. No teste de corrida, a pausa será considerada como a não realização do mesmo, sendo atribuída a referência de "Não Apto".
Dicas para preparação!
Os testes físico estão marcados para o período 23 e 26 de outubro, mas os candidatos devem se preparar o quanto antes. O preparador físico Elon Junior, que tem anos de experiência na orientação de concurseiros para esse tipo de exame, lista algumas dicas para você ser aprovado no teste de aptidão física.

PORTAL TUDO RONDÔNIA - 77 anos da FAB nos céus do Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) completou, no último dia 20 de janeiro do corrente ano, 77 anos de fundação.

Baltazar Saraiva Publicado Em 25/01 - 16h46

A Força Aérea Brasileira (FAB) completou, no último dia 20 de janeiro do corrente ano, 77 anos de fundação. Sua criação deu-se com o então Ministério da Aeronáutica - atual Comando da Aeronáutica (COMAER)-, tendo como função controlar, defender e manter a integridade territorial do nosso país, tanto em terra como no ar.
A estrutura de controle do nosso espaço aéreo começou a ser institucionalizada em 1931, com a criação do Departamento de Aviação Civil (DAC), então subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas, que permaneceu até a criação do Ministério da Aeronáutica, que passou a atuar nas frentes militar e civil.
Em 10 de junho de 1999 foi criado o Ministério da Defesa, que mesmo sendo uma instituição civil, tem como principal função a direção superior das Forças Armadas do nosso país, composta pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica militar.
Esse ministério, além das três forças armadas, possui vários órgãos que lhes são subordinados, a exemplo do Estado-Maior de Defesa, da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais (SPEAL), a Secretaria de Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM), Secretaria de Organização Institucional (SEORI) e a Secretaria de Estudos e de Cooperação (SEC). Integra ainda a estrutura desse Ministério, na qualidade de órgão subordinado, a Escola Superior de Guerra (ESG), centro de estudos de alto nível sobre defesa nacional.
A data natalícia de nossa querida Força Aérea foi comemorada em todo o Brasil, com destaque para o Gabinete do Comando da Aeronáutica (GABAER), que realizou uma cerimônia alusiva aos 77 anos da FAB, presidida pelo Major-Brigadeiro do Ar. Marcelo Kanitz Damasceno, em Brasília.
Para se conhecer a malha aérea brasileira não se pode prescindir de uma leitura sobre a vida do patrono de nossa Força Aérea - Brigadeiro do Ar Eduardo Gomes-, um dos fundadores do antigo Correio Aéreo Nacional (CAN), que uniu o país pelas asas da FAB.
Eduardo Gomes, também conhecido como o Marechal do Ar, foi duas vezes Ministro da Aeronáutica e candidato a presidência da República. Segundo o folclórico pátrio, um dos episódios mais interessantes da vida desse notável brasileiro foi a criação do docinho “brigadeiro”, um dos doces preferidos das crianças do nosso Brasil.
O doce foi criado na primeira candidatura do militar para presidente por admiradoras que, além de servir para angariar fundos para a sua campanha, a venda era acompanhada de um panfleto que dizia: “vote no brigadeiro, além de bonito é solteiro”.
Aqui na Bahia as comemorações estiveram sob o comando do coronel aviador José Henrique Kaipper, que está à frente dos destinos da FAB em nosso território. Essa organização é responsável pela campanha antissubmarina do Atlântico Sul, uma unidade aérea de patrulha que opera na Ala 14, o chamado Esquadrão Orungan (1º/7º GAV). O 1º/7º Grupo de Aviação (Esquadrão Orungan) realizou a passagem de comando e despedida da Ala 14, em Salvador (BA). Este Esquadrão será transferido para a Ala 12, no Rio de Janeiro (RJ).
A bordo da aeronave P-3 Orion os militares realizam a vigilância e a proteção de áreas marítimas e dos recursos naturais da Amazônia Legal e, de modo especial, da região pré-sal. Além disso, a aeronave apoia as atividades de busca e salvamento no Atlântico Sul sob responsabilidade do Brasil.
Muitos foram os momentos marcantes de nossa Força Aérea, como a participação na Segunda Guerra Mundial e a integração de algumas regiões do País, bem como a criação do berço da aviação nacional e as operações de resgates.
Em todos esses anos, desde a sua fundação, a FAB combateu na Segunda Guerra Mundial, desenvolveu novas tecnologias, integrou o País, foi reconhecida como responsável por um dos melhores controles de tráfego aéreo do mundo, modernizou suas aeronaves e equipamentos e atuou junto à população civil.
No ano do seu aniversário não podemos esquecer o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, datas que rememoramos, também, a memória do Pai da Aviação e patrono da Aeronáutica Brasileira, Alberto Santos Dumont, que assombrou o mundo ao voar num aparelho mais pesado que o ar.
As demais informações relativas à história da Força Aérea, encontram-se na página especial, criada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), além do videoclipe que sintetiza a responsabilidade e atuação da instituição nos 77 anos desde a criação do Ministério da Aeronáutica.
Para continuarmos sendo referência para todo o povo brasileiro, não podemos esquecer que nossa querida Força Aérea enverga na mente e na alma do nosso povo os valores morais que integram o profissionalismo do seu pessoal, catalizador de uma Força moderna e sólida em seus princípios.
Aos seus soldados, praças e oficiais, prestamos nossas homenagens na data do natalício dessa força militar, a quem rendemos nossos mais sinceros agradecimentos, além de registrar que, em seu conjunto, são as asas que protegem o Brasil.



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