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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 05/05/2017 / Satélite brasileiro é lançado com sucesso na Guiana Francesa


Satélite brasileiro é lançado com sucesso na Guiana Francesa ...  

Primeiro satélite integralmente controlado pelo governo brasileiro, o SGDC deverá expandir a internet de banda larga em todo o território nacional e garantir soberania dos dados militares ...  

Fábio de Castro / Pablo Pereira ...  

SÃO PAULO - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), primeiro satélite integralmente controlado pelo governo brasileiro, foi lançado na tarde desta quinta-feira, 4, às 18h50 (horário de Brasília), da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, o SGDC é o primeiro satélite que poderá ser utilizado para fins civis e militares no Brasil.

O principal objetivo do satélite é a ampliação da capacidade de telecomunicações do País, expandindo a cobertura de serviços de internet banda larga a todo o território brasileiro - com foco nas áreas de difícil acesso.

O SGDC também fornecerá um meio seguro para a transferência de informações militares e deverá ser utilizado para ajudar as Forças Armadas em operações nas fronteiras, segundo o governo. Atualmente, a Defesa nacional aluga o sinal de satélites privados de empresas estrangeiras. Assim que o SGDC estiver em operação, as comunicações dos órgãos públicos de defesa migrarão para o novo satélite.

O satélite é estacionário, isto é, ele gira na mesma velocidade da Terra e, portanto, fica permanentemente "estacionado" sobre um determinado ponto do planeta. Com 7,1 metros de altura, o equipamento pesa 5,7 toneladas. Quando abrir as duas abas laterais, os painéis de captação de energia solar, terá a extensão de 37 metros. Sua vida útil prevista é de 18 anos.

Inicialmente previsto para o dia 21 de março, o lançamento foi adiado para o dia seguinte por causa de uma greve geral na Guiana Francesa. Houve ainda um segundo adiamento para o dia 23 e, então, um terceiro adiamento sem data prevista para retomada da operação.

O lançamento, feito pelo foguete Ariane 5, da empresa francesa Arianespace, levou o SGDC até uma altitude de 1.138 quilômetros, em pouco mais de 28 minutos. Nesse momento, o satélite foi desacoplado e agora seguirá viagem por mais 10 dias, navegando em trajetória circular, até entrar em sua órbita definitiva, a 35.926 quilômetros da superfície da Terra. Uma vez na posição geoestacionária, o SGDC entrará na fase de testes, que terá duração de aproximadamente dois meses.

O desenvolvimento do satélite foi conduzido pela empresa francesa Thales Alenia Space, por meio de um contrato com a Visiona - uma joint venture formada pela Embraer e pela estatal Telebras. A parceria envolve ainda o MCTIC e o Ministério da Defesa (MD).

A responsabilidade pela operação e pelo monitoramento do satélite é da Força Aérea Brasileira (FAB), a do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P), uma nova organização militar sediada em Brasília, onde está instalada a antena que captará os dados.

A antena, de 42 toneladas, tem 18 metros de altura e 13 de diâmetro. O equipamento funcionará 24 horas por dia, com o suporte de uma centena de técnicos e especialistas, que irão se revezar em três turnos.

O equipamento espacial é parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado pelo governo brasileiro em 2010 com o objetivo de popularizar a internet no País. Em 2013, na gestão Dilma Rousseff, o satélite brasileiro recebeu um investimento inicial de R$ 2,1 bilhões.

O valor atualizado do investimento chega agora a R$ 2,784 bilhões, dos quais o Brasil já pagou R$ 2,060 bilhões. O restante, cerca de R$ 724 milhões, deve ser pago até 2019.

Em março, segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o governo informava que o País já havia desembolsado, somente na gestão de Michel Temer, R$ 495 milhões com o projeto.

O SGDC vai oferecer 57 transponders de banda ka, de uso comercial, e 5 canais de banda X, para uso militar. Com o equipamento no espaço, a Telebras terá capacidade para transmissão de até 57 Gbps (Gigabites por segundo), atendendo a demandas de comunicação e internet rápida em rincões como comunidades da Amazônia ao sertão nordestino e pampa gaúcho.

Segundo a Telebrás, a banda ka cobrirá toda a superfície do território brasileiro, proporcionando acesso à internet e facilitando programas de comunicações entre órgãos do governo como os Ministérios da Saúde e da Educação. Já a banda X, terá cobertura mais ampla, abrangendo toda a América do Sul com comunicação criptografada.

Novo projeto terá tecnologia de ponta para controle de atitude e órbita do satélite
A empresa brasileira Visiona Tecnologia Espacial planeja a construção e lançamento de um novo satélite nos próximos dois anos. O projeto já tem a previsão de investimento, cerca de US$ 8 milhões, e a ideia é construir um equipamento aproveitando a transferência de tecnologia no projeto SGDC, feito na França pela Thales Alenia Space. Engenheiros da Visiona já dominam uma nova tecnologia, um software de controle de atitude e órbita, ou seja, um programa que ajusta as câmeras do satélite apontando-as para o alvo desejado da Terra.

“O software é um avanço que conseguimos com o programa de transferência de tecnologia do SGDC”, contou o presidente da Visiona, Eduardo Bonini. O software soluciona o vazio existente na construção dos satélites, que é o controle de navegação do equipamento que está no espaço pelas equipes da Terra. No processo da construção do SGDC, engenheiros brasileiros participantes acumularam conhecimento para a montagem do projeto de controle de atitude e órbita, o que torna o aparelho que está no espaço uma câmera que obedece aos comandos de solo.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Governo ainda não sabe quantos homens da Força Nacional vão ao Rio

O secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santo Cruz, afirmou que nº pode chegar a 350; na véspera, ministro havia anunciado 100

Constança Rezende

RIO - O secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, general Carlos Alberto Santos Cruz, disse nesta quinta-feira, 4, que ainda não sabe quantos homens da Força Nacional de Segurança (FNS) irão para o Rio, nem quando chegarão, para reforçar o policiamento. Na véspera, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, havia anunciado o envio do reforço de apenas 100 integrantes da FNS, e especialistas consideraram o número insuficiente.
Após encontro na manhã desta quinta-feira com o secretário estadual de Segurança do Rio, Roberto Sá, no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova, porém, o militar disse que o efetivo pode chegar até a 350 policiais.
"É notória e conhecida a dificuldade que existe na segurança pública e o interesse e a vontade do governo federal expressa pelo próprio presidente da República (Michel Temer) de dar apoio necessário ao Rio", disse o general. "O que vai ser feito ainda está sendo discutido com a Secretaria de Segurança. Existem medidas que são da área de estruturação e outras da área operação. Essa reestruturação de apoio não passa apenas por esse limite de 100, 150 ou 200 (policiais). Nós vamos oferecer o apoio que seja possível para nós."
Cruz acrescentou que o limite de policiais disponíveis seria de 300 a 350.
Em entrevista após o encontro, Sá defendeu medidas mais enérgicas para a segurança do Rio e pediu ao governo federal a ajuda de R$ 8 milhões por mês para levar mais 1.300 policiais em 17 áreas o Estado.
"Apenas R$ 8 milhões por mês conseguiriam resgatar um policiamento mais eficiente", disse o secretário estadual. "Com esses R$ 8 milhões eu consigo, com recursos próprios, restabelecer um nível de segurança. Mas eu também não sei se é possível, mas é uma grandeza (valor) para que o secretário nacional tenha conhecimento e, junto com o presidente da República, possa analisar se é melhor aportar esse recurso ou mandar esse contingente."
O representante do governo federal disse que estudaria a pedido. 

Satélite brasileiro é lançado com sucesso na Guiana Francesa

Primeiro satélite integralmente controlado pelo governo brasileiro, o SGDC deverá expandir a internet de banda larga em todo o território nacional e garantir soberania dos dados militares

Fábio De Castro E Pablo Pereira

SÃO PAULO - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), primeiro satélite integralmente controlado pelo governo brasileiro, foi lançado na tarde desta quinta-feira, 4, às 18h50 (horário de Brasília), da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, o SGDC é o primeiro satélite que poderá ser utilizado para fins civis e militares no Brasil.
O principal objetivo do satélite é a ampliação da capacidade de telecomunicações do País, expandindo a cobertura de serviços de internet banda larga a todo o território brasileiro - com foco nas áreas de difícil acesso. 
O SGDC também fornecerá um meio seguro para a transferência de informações militares e deverá ser utilizado para ajudar as Forças Armadas em operações nas fronteiras, segundo o governo. Atualmente, a Defesa nacional aluga o sinal de satélites privados de empresas estrangeiras. Assim que o SGDC estiver em operação, as comunicações dos órgãos públicos de defesa migrarão para o novo satélite.
O satélite é estacionário, isto é, ele gira na mesma velocidade da Terra e, portanto, fica permanentemente "estacionado" sobre um determinado ponto do planeta. Com 7,1 metros de altura, o equipamento pesa 5,7 toneladas. Quando abrir as duas abas laterais, os painéis de captação de energia solar, terá a extensão de 37 metros. Sua vida útil prevista é de 18 anos.
Inicialmente previsto para o dia 21 de março, o lançamento foi adiado para o dia seguinte por causa de uma greve geral na Guiana Francesa. Houve ainda um segundo adiamento para o dia 23 e, então, um terceiro adiamento sem data prevista para retomada da operação.
O lançamento, feito pelo foguete Ariane 5, da empresa francesa Arianespace, levou o SGDC até uma altitude de 1.138 quilômetros, em pouco mais de 28 minutos. Nesse momento, o satélite foi desacoplado e agora seguirá viagem por mais 10 dias, navegando em trajetória circular, até entrar em sua órbita definitiva, a 35.926 quilômetros da superfície da Terra. Uma vez na posição geoestacionária, o SGDC entrará na fase de testes, que terá duração de aproximadamente dois meses.
O desenvolvimento do satélite foi conduzido pela empresa francesa Thales Alenia Space, por meio de um contrato com a Visiona - uma joint venture formada pela Embraer e pela estatal Telebras. A parceria envolve ainda o MCTIC e o Ministério da Defesa (MD).
A responsabilidade pela operação e pelo monitoramento do satélite é da Força Aérea Brasileira (FAB), a do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P), uma nova organização militar sediada em Brasília, onde está instalada a antena que captará os dados.
A antena, de 42 toneladas, tem 18 metros de altura e 13 de diâmetro. O equipamento funcionará 24 horas por dia, com o suporte de uma centena de técnicos e especialistas, que irão se revezar em três turnos.
O equipamento espacial é parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado pelo governo brasileiro em 2010 com o objetivo de popularizar a internet no País. Em 2013, na gestão Dilma Rousseff, o satélite brasileiro recebeu um investimento inicial de R$ 2,1 bilhões.
O valor atualizado do investimento chega agora a R$ 2,784 bilhões, dos quais o Brasil já pagou R$ 2,060 bilhões. O restante, cerca de R$ 724 milhões, deve ser pago até 2019.
Em março, segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o governo informava que o País já havia desembolsado, somente na gestão de Michel Temer, R$ 495 milhões com o projeto.
O SGDC vai oferecer 57 transponders de banda ka, de uso comercial, e 5 canais de banda X, para uso militar. Com o equipamento no espaço, a Telebras terá capacidade para transmissão de até 57 Gbps (Gigabites por segundo), atendendo a demandas de comunicação e internet rápida em rincões como comunidades da Amazônia ao sertão nordestino e pampa gaúcho.
Segundo a Telebrás, a banda ka cobrirá toda a superfície do território brasileiro, proporcionando acesso à internet e facilitando programas de comunicações entre órgãos do governo como os Ministérios da Saúde e da Educação. Já a banda X, terá cobertura mais ampla, abrangendo toda a América do Sul com comunicação criptografada.
Novo projeto terá tecnologia de ponta para controle de atitude e órbita do satélite
A empresa brasileira Visiona Tecnologia Espacial planeja a construção e lançamento de um novo satélite nos próximos dois anos. O projeto já tem a previsão de investimento, cerca de US$ 8 milhões, e a ideia é construir um equipamento aproveitando a transferência de tecnologia no projeto SGDC, feito na França pela Thales Alenia Space. Engenheiros da Visiona já dominam uma nova tecnologia, um software de controle de atitude e órbita, ou seja, um programa que ajusta as câmeras do satélite apontando-as para o alvo desejado da Terra.
“O software é um avanço que conseguimos com o programa de transferência de tecnologia do SGDC”, contou o presidente da Visiona, Eduardo Bonini. O software soluciona o vazio existente na construção dos satélites, que é o controle de navegação do equipamento que está no espaço pelas equipes da Terra. No processo da construção do SGDC, engenheiros brasileiros participantes acumularam conhecimento para a montagem do projeto de controle de atitude e órbita, o que torna o aparelho que está no espaço uma câmera que obedece aos comandos de solo.

Análise: Para especialista, SGDC é o marco mais importante do programa espacial brasileiro

"Além de todos os benefícios que esse tipo de satélite vai proporcionar ao Brasil, é importante que esse investimento também gere conhecimento", destaca

O lançamento do SGDC-1 (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas 1) pode ser considerado um dos marcos mais importantes do programa espacial brasileiro. Esse satélite além de aumentar a oferta de banda larga para as regiões remotas brasileiras vai proporcionar uma segurança estratégica nas comunicações militares e do governo. O satélite foi projetado pela empresa francesa Thales Alenia Space com participação da brasileira Visiona Tecnologia Espacial que é uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras voltada para a integração de sistemas espaciais. Num projeto de R$ 1,3 bilhão (em 2012, hoje já em R$ 2,8 bilhões, segundo a Telebras) inclui o lançamento pela Ariane na Guiana Francesa e a tão importante transferência de tecnologia para as empresas brasileiras e institutos de pesquisa como o Inpe.
Além de todos os benefícios que esse tipo de satélite vai proporcionar ao Brasil, é importante que esse investimento também gere conhecimento para que se possa aplicar nos projetos aeroespaciais brasileiros. O Brasil já possui um grande conhecimento no projeto e construção de satélites e adquirir conhecimentos através dos contratos de transferência de tecnologia será fundamental para o seu desenvolvimento. Importante também é a entrada definitiva da Embraer, através da Visiona, em projetos espaciais ampliando seu portfólio tecnológico. Vale lembrar como é imprescindível para um país dominar seu espaço aéreo e ainda mais importante seu espaço. 
Fernando Martini Catalano, Professor Titular, chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP/São Carlos

TV GLOBO - JORNAL NACIONAL


Satélite brasileiro é lançado em centro espacial na Guiana Francesa

É o primeiro satélite controlado inteiramente pelo governo brasileiro. Satélite deve ampliar cobertura da internet de banda larga no país.

Foi lançado nesta quinta-feira (4) o primeiro satélite controlado inteiramente pelo governo brasileiro. O Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas foi lançado do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, levado pelo foguete Ariane Cinco.
Com quase seis toneladas, ele foi construído por uma empresa francesa em parceria com o Brasil e custou R$ 2,8 bilhões. É o maior investimento do programa espacial brasileiro nesta década. O equipamento foi entregue em dezembro de 2016, em Cannes, na França.
O presidente Michel Temer e os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, acompanharam o lançamento de uma sala do Comando Militar da Aeronáutica, em Brasília.
O satélite ficará a uma distância de 36 mil quilômetros da Terra. É o primeiro a ser operado e controlado pelo governo brasileiro. Quando estiver em operação, vai cobrir todo o território nacional e o Oceano Atlântico.
O satélite deve reforçar a segurança nacional, atuando na vigilância das fronteiras e do espaço aéreo já a partir de junho. A expectativa do governo brasileiro é de que o satélite amplie a cobertura da internet de banda larga no país, sobretudo nas áreas de difícil acesso, o que deve ocorrer a partir de setembro.
“Vai permitir a nossa soberania, nossa independência e, evidentemente, para o governo as suas comunicações estratégicas estarão blindadas de qualquer tipo de tentativa de obter informações que são essenciais para os brasileiros e brasileiras”, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

REDE TV


"Eu me recuso às medidas populistas", diz Michel Temer sobre baixa popularidade


Em entrevista exclusiva ao "RedeTV News Entrevista", que foi ao ar nesta quinta-feira (4), no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da República Michel Temer debateu a respeito de assuntos polêmicos que estão marcando sua gestão, como as reformas Trabalhista e da Previdência, além das denúncias da Operação Lava Jato e da baixa popularidade de seu governo.
Com a participação dos jornalistas Boris Casoy, Amanda Klein, Mariana Godoy e Reinaldo Azevedo, confira trechos da entrevista do presidente Michel Temer
Pesquisas recentes que apontam insatisfação com o governo
Temer: "Essas medidas que estou tomando são medidas que visam o futuro. Vocês sabem que eu faço uma distinção muito grande entre a medida populista e a medida popular. A populista é aquela que ganha aplausos amanhã e causa um prejuízo enorme depois de amanhã, como aconteceu ao longo dos últimos tempos. A medida popular é aquela que demanda um reconhecimento ao longo do tempo, então o que eu estou praticando são medidas populares, eu me recuso às medidas populistas. E veja bem, eu poderia perfeitamente pensar "olha, vou ter dois anos e oito meses de governo". Eu poderia perfeitamente vir para cá, desfrutar das mordomias da Presidência da República, viajar por todo o mundo como representante do País e deixar que o próximo governo resolva as coisas. Ocorre que o próximo governo, se eu não colocar o país nos trilhos, não vai resolver os problemas do país".
Críticas à reforma Trabalhista
Temer: "Eu vejo tantos mal-entendidos, tantas divulgações, não vou chamar de mentirosas, mas vou chamar de não verdadeiras. Fala-se, por exemplo, que a reforma trabalhista retirou direitos dos trabalhadores e eu penso: "Que pena! Ninguém lê a Constituição brasileira." Se as pessoas lessem o artigo 7º da Constituição Federal, elas verificariam duas coisas: primeiro que há cerca de 34 ou 35 incisos que dizem respeito aos direitos dos trabalhadores, não é a lei quem dá o direito, quem dá o direito é a Constituição. Entre esses direitos, é curioso, ninguém notou isso, há um dispositivo, que é precisamente o inciso XXVI, do artigo 7, que diz assim: "reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho". Você sabe que essa reforma que nós mandamos, a modernização trabalhista, basicamente tem como ideia a prevalência do acordado sobre o legislado e as pessoas dizem "ah, isso vai prejudicar o trabalhador!". Veja bem, quando você tem previsão constitucional do acordo coletivo, o acordo coletivo não vai reproduzir os 34 itens, garantir 13º, férias, garantir auxílio doença, não é isso que ele vai fazer, ele vai, sim, manifestar a vontade do sindicato dos empregados e do sindicato dos empregadores, para dizer ‘vamos ajustar desta e daquela maneira". Então, essa reforma que eu mandei apenas regulamenta esse dispositivo constitucional e não tira nenhum direito, os direitos estão assegurados na Constituição Federal".
Possível falta de debate com os trabalhadores sobre a reforma
Temer: "O projeto que nasceu do governo naquele momento é fruto do acordo entre empregadores e empregados, tanto que eu lancei solenemente esse projeto aqui no Palácio do Planalto, quando falaram sete ou oito sindicalistas e sete ou oito federações de indústrias, serviços, todos de acordo".
Sobre o PT se colocar como núcleo de resistência às reformas
Temer: "É uma luta política. As pessoas não estão discutindo tecnicamente, porque se discutissem tecnicamente perderiam. Bastaria salientar o que estou salientando rapidamente aqui para verificar que, na verdade, a modernização do trabalho visa exatamente a combater o desemprego, mas a luta é política, a luta é de oposição aos que estão no poder. (...) A presidente Dilma, no passado, disse que era fundamental uma reforma trabalhista. Até em alguns momentos esboçou uma tentativa, mas não conseguiu levá-la adiante".
A questão dos trabalhadores terceirizados na reforma
Temer: "Me falaram tanto dessa coisa da terceirização que eu resolvi, porque a regra aqui é a seguinte: quando há um projeto de lei aprovado, vai para os ministérios e eles propõem sanção ou veto deste ou daquele artigo. No caso do terceirizado, falava-se tanto disso que eu resolvi pegar por conta própria e eu mesmo examinar o que seria vetável ou não vetável. Vocês sabem que eu imaginava que era um projeto complicadíssimo, mas é de uma singeleza, em primeiro lugar porque ele trata na verdade do trabalho temporário, nos últimos artigos é que vai tratar dos terceirizados, (…) garantindo todos os direitos que, como eu disse, estão na Constituição, então não tem prejuízo nenhum para ninguém".
Impasse com Renan Calheiros no Senado, que é líder de seu próprio partido (PMDB)
Temer: "O Renan é o seguinte: primeiro minhas homenagens ao trabalho dele, mas, em segundo lugar, eu quero registrar que o Renan, eu tenho dito isso com muita freqüência, é de idas e vindas. Ele já foi muitas vezes e voltou. Eu estou esperando que ele volte. (…) Eu não descreio disso, não, eu acho que é possível que ele volte, tanto que eu mantenho as melhores relações com todos que o cercam, ele já esteve aqui comigo conversando".
Renan Calheiros na liderança do partido
Temer: "Aí é uma questão da bancada, quem escolhe o líder é a bancada. (…) Eu convidei os senadores para almoçar, jantar aqui comigo, dois ou três de cada vez, e eu vejo que eles não estão tranquilos em relação à conduta do ex-presidente e do senador Renan, porque contrariam aquilo, na verdade os senadores dizem "poxa, mas o governo é nosso, o governo é do PMDB"".
Urgência da reforma da Previdência
Temer: "Se nós não fizermos a reforma da Previdência agora, daqui a quatro ou cinco anos será inevitável uma nova reforma e, desta feita, com sacrifício para os aposentados e para os servidores públicos.(...) Eu vejo muita gente defendendo os pobres nessa reforma da Previdência, parece até que quem está fazendo a campanha contra são os mais vulneráveis, mas não é verdade! Quem está fazendo campanha são aqueles que ganham 20, 15, 16, mil que tinham cinco anos a menos para se aposentar. Nós estamos equiparando o serviço público com a Previdência Geral, nós estamos equiparando com a classe política, para que todos tenham as mesmas condições. Então, quem faz as campanhas dos chamados pobres na verdade está fazendo a campanha dos poderosos, porque são esses que têm a capacidade de mobilização e de agitação".
Preocupação com a popularidade do governo
Temer: "O que será pior é se a economia não melhorar. Se a economia não melhorar, as pessoas vão dizer "o que é que esse governo está fazendo?", "o que esse parlamento está fazendo?"; se a economia melhorar, como está começando a melhorar, você pode ver, é interessante, muitas vezes nos jornais há uma crítica de natureza política, mas, quando vai para economia, o otimismo está voltando. (…) Eu tenho certeza que no ano que vem os 71% [dos brasileiros contra a reforma da Previdência, segundo pesquisa Datafolha] diminuem".
Cronograma para aprovação da reforma da Previdência
Temer: "Eu lido cada dia com sua agonia. Hoje o interesse é ter 19 votos na Comissão da reforma da Previdência. Com 19 votos está vencida a primeira etapa, daí vamos começar a segunda etapa, que é de convencimento. (…) Isso eu não sei [se já possuem todos os votos necessários], mas posso dizer o seguinte: faz menos de um ano que estou no governo e nós não perdemos uma votação no Congresso Nacional".
Sobre garantir que a reforma será aprovada
Temer: "Não, eu farei o possível para passar. Estarei muito obediente às decisões da Câmara e do Senado, mas eu percebo que as pessoas querem colaborar".
Prazo para a reforma Tributária
Temer: "Eu estou há menos de um ano no governo, veja as reformas que nós já fizemos (…). Quanto à reforma tributária, o que eu pretendo fazer é, logo depois de encerrar esse primeiro ciclo, vamos para duas reformas: uma simplificação tributária, não será exatamente uma reforma, uma simplificação, que significa uma desburocratização dos meios de pagamento dos tributos (…). Segundo ponto, como o Congresso hoje quer muito fazer uma reforma política, creio que esta é fundamental para o país, vamos caminhar para a reforma política. Eu naturalmente vou auxiliar o Congresso, porque essa é uma tarefa do Congresso".
Posição a respeito das doações de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais
Temer: "Eu pessoalmente sempre fui a favor da contribuição de pessoa jurídica a candidatos, desde que fosse para um candidato. Se eu, pessoa física, contribuo para sua candidatura, é porque eu acredito em você, é um exercício da cidadania. Eu não posso contribuir para 30 pessoas. O que aconteceu no Brasil foi que ao longo do tempo as pessoas jurídicas contribuíram indistintamente, ou seja, não exerciam a cidadania".
Lista fechada nas próximas eleições
Temer: "Eu acho que o melhor seria optar pelo voto majoritário, mas eu compreendo perfeitamente e cheguei até a conversar muito sobre isso, eu compreendo os que postulam pela lista fechada, porque se você vai ter financiamento público, só pode ser para o partido".
Necessidades do Brasil neste momento
Temer: "Que o Judiciário cumpra o seu papel, como vem cumprindo, desde a primeira instância até o STF, que não haja divergências de natureza política dentro do Judiciário. O que deve haver é aquilo que a Constituição delega ao Judiciário, é que ele decida em face do fato concreto. (…) Espero que o Judiciário faça isso, que o Executivo execute, que é o meu caso, governe, e que o Legislativo legisle. Se nós tivermos adequadamente o exercício dessas funções nós teremos tranquilidade institucional no país".
Governando em meio à Operação Lava Jato
Temer: "É facílimo governar nessas condições, pelas decisões que eu tomei. Eu fiz um corte determinado que é pautado pela ordem jurídica, porque as pessoas pensam que quando um delator fala de alguém, pronto, vamos parar o país, porque o delator falou de fulano. Eu dito o seguinte: o delator é alguém que fala de outrem e, quando ele fala de outrem, você precisa fazer uma apuração. (...) O que se divulgou muito é uma cultura "ajurídica": se eu falei de fulano, pronto, fulano está condenado. Isso não pode ocorrer. O que eu fiz? Eu disse o seguinte: "para que ninguém venha me cobrar quando alguém falar de outrem, eu quero estabelecer a seguinte linha de corte: quando houver a denúncia eu peço para o ministro se afastar provisoriamente. Se depois a denúncia for recebida, daí sim ele é réu, começa o processo, eu o afasto definitivamente. Não tenho problema nenhum quanto a isso, tenho pessoas competentíssimas que me ajudam no governo e me dão todo o respaldo administrativo".
Sobre já ter recebido propostas de caixa dois
Temer: "No caso do partido, fui muitos anos presidente do meu partido, mas as contribuições vinham pela via oficial, eram registradas e depois prestava-se contas. (…) Nunca houve isso [oferta de caixa dois]".
Sobre uma reunião com a Odebrecht ter sido agendada por ele mesmo
Temer: "Lamento dizer que o Eduardo Cunha se equivocou mentirosamente. (…) Aconteceu essa reunião, eu declarei publicamente que aconteceu essa reunião em 2010. Eu tinha um escritório político lá em São Paulo e um cidadão me disse: "fulano da empresa tal quer colaborar com o partido, mas quer apertar suas mãos". Isso era mais do que natural, eu era na época até presidente do partido, presidente da Câmara dos Deputados e já candidato a vice-presidente (…) Fiquei 15 minutos, falamos generalidades e o fato é que essa empresa colaborou oficialmente com o partido".
Preocupações do Planalto com a possível delação de Eduardo Cunha
Temer: "Nenhuma, eu quero que ele seja muito feliz, que ele se defenda o quanto possa. Desejo muitas felicidades a ele e ele terá meios e modos de se defender, não sei quais são, mas eu espero que ele seja feliz judicial e pessoalmente".
Sobre as últimas eleições em diversas partes do mundo refletirem um possível movimento contra a política tradicional
Temer: "Existe [esse movimento contra a política tradicional], equivocadamente, porque o que é administrar a União, o Estado ou o Município? É cuidar da Pólis. Cuidar da Pólis significa fazer política. Aliás, a própria expressão "partido político" é a ideia de uma parcela da opinião pública que pensa de uma determinada maneira e quer chegar ao poder para governar a Pólis, então não tem essa história de você dizer ‘não sou político, não’. Não adianta querer dizer, porque no instante que ele entra para administrar a Pólis, político será. Conceitualmente é isso. O que existe é uma rebelião contra o político que está no poder, isso eu admito. Existe a movimentação global no sentido de buscar alguém que não seja daqueles que exercem há muito tempo a atividade política".
João Doria como possível candidato do PSDB à Presidência em 2018
Temer: "Fica difícil dizer o que vai acontecer no ano que vem no PSDB, o que eu tenho visto é o Doria, com muita lealdade, dizer: ‘não, o meu candidato é o Geraldo Alckmin". É difícil fazer uma análise hoje".
Aposentadoria em 2018
Temer: "Aposentar nunca, jamais. Eu não tenho nenhuma intenção de continuar na atividade política, acho que já cumpri meu papel. Já fui secretário várias vezes, presidente da Câmara dos deputados três vezes - e me orgulho muito disso - , vice-presidente, presidente da República. Eu já fiz o meu papel na cena política nacional. Acho que o espaço para outros que venham é muito útil, essa é a ideia que tenho hoje. Eu só espero que as reformas deem certo e que não haja necessidade de pedir para eu continuar, só isso (risos)".

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Temer se recusa a falar de reforma da Previdência e encerra entrevista


Bruno Peres E Rafael Bitencourt

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer não quis responder a perguntas feitas por jornalistas sobre a reforma da Previdência e encerrou uma entrevista coletiva sem dar declarações, depois de ser questionado a respeito da tramitação da proposta na Câmara.
Diante da insistência de jornalistas com o questionamento sobre como deverá ficar a situação de agentes penitenciários na reforma da Previdência, Temer não respondeu e encerrou a entrevista.
O pemedebista estava acompanhado dos ministros Raul Jungmann (Defesa) e Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).
Após Temer não responder a nenhuma pergunta, Kassab disse que a entrevista era para falar sobre o lançamento do satélite geoestacionário de defesa e comunicação estratégica, tema do evento que eles participaram antes da entrevista, em Brasília.
Ao discursar na cerimônia de lançamento do satélite geoestacionário, Temer afirmou que essa iniciativa vai democratizar o fenômeno digital no país.

Primeiro satélite controlado pelo Brasil é lançado com sucesso


Folhapress

SÃO PAULO - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi lançado com sucesso de Kourou, na Guiana Francesa, nesta quinta-feira (4).
A janela de lançamento se abriu às 17h31, mas um problema com a telemetria de solo interrompeu a contagem regressiva do foguete Ariane 5 a 7 minutos da decolagem. A dificuldade foi resolvida e o voo se iniciou às 18h50, realizando com sucesso a inserção numa órbita de transferência geoestacionária tanto o satélite brasileiro como o KoreaSat-7, carga secundária do voo.
O SGDC será apenas uma das muitas espaçonaves que hoje pairam sobre o território nacional e fornecem conexões via satélite para os mais variados fins, como telefonia, televisão e internet.
Mas será a primeira a ser operada e controlada pelo governo brasileiro -numa parceria entre o Ministério da Defesa e a Telebrás.
De acordo com o governo brasileiro, o novo satélite é indispensável para a preservação da soberania nacional, permitindo comunicações seguras das Forças Armadas e a implementação do Plano Nacional de Banda Larga, que pretende levar internet rápida, pelo espaço, a locais do país onde a infraestrutura de telecomunicações por solo é deficitária.
"O Brasil vai estar no controle", diz Petrônio Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB (Agência Espacial Brasileira).
Discutido desde 2011, o contrato para a construção do SGDC foi assinado em novembro de 2013, dois meses depois que documentos revelaram que contas de e-mail de diversos membros do governo brasileiro, inclusive da ex-presidente Dilma Rousseff, foram alvo de espionagem pela NSA, agência de segurança nacional dos EUA.
No mesmo lugar
Os satélites geoestacionários são assim chamados porque se localizam num anel ao redor do equador terrestre, a cerca de 36 mil km de altitude. Nessa posição, têm a propriedade especial de evoluir em torno da Terra no mesmo ritmo da rotação do próprio planeta -com isso, é como se estivessem o tempo todo sobre o mesmo ponto do globo.
Por essa razão, a órbita geoestacionária é a preferencial para satélites de telecomunicações, pois podem atender ininterruptamente uma grande região territorial.
As tecnologias envolvidas num desses artefatos espaciais de última geração, contudo, não são dominadas pelo Brasil. Por isso, o governo decidiu criar uma empresa integradora nacional -a Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer- e contratar, por meio dela, a construção do satélite no exterior.
A vencedora da licitação foi a empresa franco-italiana Thales Alenia, que se comprometeu a realizar transferência de tecnologias envolvidas na construção do SGDC e construiu o satélite com a colaboração de dezenas de engenheiros brasileiros.
O lançamento foi feito pelo foguete Ariane 5, da empresa francesa Arianespace, que opera seus voos a partir da Guiana Francesa. Com 5,7 toneladas, o SGDC será a carga principal, e um segundo satélite, o KoreaSat-7, da Coreia do Sul, voará como carga útil secundária.
E AGORA?
O satélite transmitirá em duas bandas: a X (entre 8 e 12 gigahertz) e a Ka (26 a 40 gigahertz). A primeira será usada exclusivamente para uso da Defesa e a segunda será parcialmente dedicada à implementação, pela Telebrás, do Plano Nacional de Banda Larga. A capacidade excedente será licitada para uso por outras empresas interessadas.
A iniciativa pode dar algum retorno imediato ao governo, que investiu R$ 2,7 bilhões no projeto, entre satélite, lançamento e investimentos na infraestrutura de solo para suas operações.
Contudo, ao chegar à sua conclusão, o projeto deixa um enorme vazio para o futuro. Originalmente, a ideia era que o SGDC fosse o primeiro de uma constelação de três satélites geoestacionários de telecomunicações, incorporando gradualmente tecnologia nacional.
Mas o segundo satélite da série está apenas em fase de conceito, e sem essas especificações e um contrato firmado, a Visiona -empresa criada para integrar esse e os futuros satélites- basicamente fica sem o que fazer.
A reportagem apurou que a situação tira o sono dos diretores da empresa, que não terão recursos para manter toda a mão de obra qualificada que se dedicou à construção do SGDC. Seria preciso, para evitar que o investimento na criação da integradora fosse perdido, ter um outro projeto de grande monta para ela.
"Temos essa preocupação e estamos trabalhando nisso, é tudo que posso dizer", afirma Noronha de Souza.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Até fim de maio, podemos apresentar projeto da reforma para militares, diz Temer


Daniel Weterman

São Paulo, 05 - O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (4) em entrevista à RedeTV! que o governo enviará até o final de maio, "provavelmente", uma proposta de reforma da Previdência para os militares. A definição foi feita em reunião com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, na terça-feira (2), afirmou.
Na entrevista gravada na terça, antes da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, e veiculada na noite desta quinta-feira, o presidente afirmou que fará o possível para aprovar a proposta que está na Casa, mas que estará obediente às decisões da Câmara e do Senado. Ele disse ainda que o governo colocou "um pouco de açúcar" no texto ao fazer ajustes, mas que o remédio precisaria ser amargo e sem açúcar.
"Remédio amargo é aquele que cura, para o fígado, o estômago. Chá de boldo, e não botar açúcar. Até estamos dando um pouco de açúcar", disse o peemedebista, ao falar da proposta.
Para que o texto seja aprovado, o presidente afirmou que o Planalto vai intensificar o trabalho de falar ao povo "a verdade" sobre a reforma e assim convencer os deputados até aprovarem o texto. "Se o povo fica convencido, facilita o voto do deputado. É um trabalho que vamos fazer a partir de agora", disse. O presidente evitou falar quantos votos o governo tem dos 308 necessários para aprovar o texto no plenário da Câmara, mas destacou que "até hoje, não perdemos uma votação."
Ele disse que as pessoas se negam a acreditar que a reforma do governo "está muito adequada". E ainda apontou que quem está fazendo campanhas contra a proposta é quem ganha mais. "Se não for feita, uma reforma da Previdência será inevitável em quatro ou cindo anos", afirmou.
Ele destacou as concessões feitas, como para trabalhadores rurais e mulheres - estas tiveram a idade mínima reduzida de 65 para 62 anos. "Foram ajustamentos que não são levados a conhecimento público, as pessoas se negam a achar que, enfim, a reforma está muito adequada", declarou Temer.
O presidente disse ainda que levantamentos feitos entre deputados e a sociedade sobre a reforma da Previdência não estão acompanhados da pergunta correta. "Se você me perguntar: você é a favor ou contra a reforma da Previdência? Eu vou dizer: Sou contra", disse Temer, para quem a pergunta deveria ser no sentido de mostrar o resultado de uma eventual frustração na reformulação da Previdência. "Se for feita amanhã e não houver nada, não vai ter 10% de investimento [no orçamento]. Se vier depois de amanhã, não vai ter como pagar aposentadorias e salários", disse Temer. O presidente falou ainda que há uma imagem que ele veio para destruir a Previdência.
Comentando a oposição de alguns membros da Igreja Católica contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência, Temer disse que as informações não chegaram aos bispos corretamente. Ele disse que já acertou com a Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) a elaboração de um documento esclarecendo a reforma para ser enviado aos bispos e ao Papa Francisco.

JORNAL DO COMMERCIO (PE)


Confira o lançamento do Satélite Geoestacionário Brasileiro

Projeto é aposta para levar a banda larga para todo o País e garantir a melhoria na comunicação

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas do Brasil (SGDC) foi lançado ao espaço nesta quinta (4). Com 5,8 toneladas e cinco metros de altura, o SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. A expectativa do governo é que o equipamento melhore a difusão da banda larga em todo o País. O lançamento do Satélite Geoestacionário aconteceu no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, e foi acompanhado no Brasil pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na sede do VI Comando Aéreo Regional, em Brasília.
A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.
Depois do lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de dez dias para chegar à sua posição final.
Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.
Do espaço, o satélite vai se comunicar com uma antena de 18 metros de altura, 13 metros de diâmetro e 42 toneladas, localizada em Brasília (DF). Uma segunda antena, em um centro de controle secundário, ficará no Rio de Janeiro (RJ).
Por meio da banda Ka, o SGDC terá capacidade para tramitar 54 gigabits por segundo, sendo considerado pelo Governo Federal como prioritário para expandir o acesso à banda larga em regiões remotas do país. Ao mesmo tempo, por meio da banda X, o satélite será utilizado para transmissões militares.
O projeto, uma parceria entre os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação, é um investimento da ordem inicial de R$ 1,7 bilhão. Ao todo, cerca de 30 profissionais brasileiros, oriundos da Agência Espacial Brasileira, Telebras, Visiona, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério da Defesa, acompanharam o processo de preparação para o lançamento.
 Transporte 
Para o transporte do satélite, está sendo utilizado o Ariane 5 ECA, veículo lançador de origem francesa. Ele tem capacidade para levar cargas com mais de 10 toneladas para a órbita geoestacionária – como é o caso do satélite brasileiro – ou superior a 20 toneladas em órbitas mais baixas. Geralmente, a bordo dele estão sempre dois satélites de telecomunicações. Nessa missão, o Ariane 5 levará também o sul-coreano Koreasat-7 como companheiro de voo do SGDC.
O lançamento do foguete francês Ariane 5, para transporte do satélite brasileiro, já havia sido adiado por duas vezes por conta de greves. 

PORTAL G-1


Brasil lança satélite que permitirá acesso à banda larga em áreas remotas

Satélite de controle brasileiro será usado para oferta de internet banda larga e pelo Ministério da Defesa; investimento foi de R$ 2,78 bilhões. Satélite será integralmente controlado pelo Brasil.

Por Laís Lis E Gustavo Aguiar, G1, Brasília


O governo brasileiro lançou, por volta das 18h50 desta quinta-feira (4), o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O satélite será usado para as comunicações, principalmente para oferta de banda larga em áreas remotas, e será integralmente controlado pelo Brasil. 
O lançamento ocorreu na base de Kourou, na Guiana Francesa. O satélite foi enviado dentro do foguete Ariane 5, que também lançou ao espaço outro satélite, o KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat.
Com o satélite o Brasil deixará de alugar satélite de empresas privadas. O lançamento do satélite estava inicialmente prevista para o dia 21 de março, mas foi adiado por causa da greve geral na Guiana Francesa.
Segundo o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o satélite terá uso civil e militar e exigiu R$ 2,784 bilhões em investimentos. A vida útil do satélite é de 18 anos.
Além de ampliar a capacidade de telecomunicações e a cobertura de serviços de internet banda larga no Brasil, com foco em áreas de difícil acesso, o SGDC fornecerá um meio seguro para transferência de informações civis e militares que envolvam a segurança nacional.
Atualmente o governo aluga o sinal de satélites privados. O projeto do satélite é resultado de uma parceria entre a Telebras e o Ministério da Defesa.
O uso militar do satélite na chamada banda X começará na metade do mês de junho, mas o uso para oferta de banda larga só deve começar a partir de setembro.
 Transferência de tecnologia
 O satélite foi comprado da França, mas o acordo envolveu a transferência de tecnologia, com o envio de 50 profissionais brasileiros para as instalações onde foi construído o satélite.
Serão esses os profissionais responsáveis por operar o equipamento. Toda a operação será feita a partir do 6º Comando Aéreo Regional (VI Comar) da Aeronáutica, em Brasília, e da Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro.
 A empresas responsável pelo projeto é a Visiona, uma joint-venture entre Embraer e Telebras criada para estimular o setor espacial do país.
 "Estacionado"
 O satélite geoestacionário gira na mesma velocidade da Terra e fica "estacionado" sobre um mesmo ponto do planeta. Pesando 5,8 toneladas e com 5 metros de altura, ele vai ficar posicionado a 36 mil quilômetros da Terra e cobrirá todo o território brasileiro, além do oceano Atlântico. A previsão de vida útil do satélite é de 18 anos.
A construção do satélite foi feita em Cannes e Toulouse, na França, pela empresa aeroespacial Thales Alenia Space, e durou 2 anos. O projeto foi supervisionado pela Visiona Tecnologia Espacial, parceria entre Embraer e Telebras.
De acordo com o Ministério da Defesa, o processo envolveu transferência de tecnologia e intercâmbios entre profissionais brasileiros dessas empresas e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
 Alcântara
 Segundo informações das Forças Armadas, a escolha da Guiana Francesa para o lançamento deve-se a sua posição geográfica., por estar mais próximo da linha do Equador.
O Brasil tem a base de Alcântara, que fica em uma posição ainda mais vantajosa, mas a base não tem capacidade para lançamentos de foguetes do tamanho do que foi usado para o lançamento do satélite.

PORTAL BBC


Exército dos EUA participará de exercício militar inédito na Amazônia a convite do Brasil


Ricardo Senra Da Bbc Brasil Em Washington

Tropas americanas foram convidadas pelo Exército brasileiro a participar de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia em novembro deste ano.
Segundo o Exército, a Operação América Unida terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de base multinacional formada por tropas dos três países da fronteira e dos Estados Unidos.
Descrita pelas Forças Armadas como uma experiência inédita no Brasil, a base internacional temporária abrigará itens de logística como munição, aparato de disparos e transporte e equipamentos de comunicação, além das tropas. O Exército afirma que também convidou "observadores militares de outras nações amigas e diversas agências e órgãos governamentais".
A operação é parte do AmazonLog, exercício militar criado pelo Exército brasileiro a partir de um atividade feita em 2015 pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Hungria, da qual o Brasil participou como observador.
À BBC Brasil o Exército brasileiro negou que a atividade sirva como embrião para uma possível base multinacional na Amazônia, como aconteceu após o exercício da Otan citado como base para a atividade.
"Não. Ao contrário da Otan, a qual é uma aliança militar, o trabalho brasileiro com as Forças Armadas dos países amigos se dá na base da cooperação", responderam porta-vozes do Exército.
"Com uma atividade como essa, busca-se desenvolver conhecimentos, compartilhar experiências e desenvolver confiança mútua", afirmou a corporação.
Apesar do ineditismo do comando multinacional na região amazônica, esse não é o primeiro exercício mútuo entre as Forças Armadas de Brasil e EUA no país. No ano passado, por exemplo, as Marinhas das duas nações fizeram uma atividade preparatória para a Olimpíada no Rio de Janeiro, envolvendo treinamentos com foco antiterrorismo.
Em 2015, um porta-aviões americano passou pela costa do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro para treinamento da Força Aérea Brasileira (FAB).
Entre as metas da operação prevista para novembro, segundo o Exército brasileiro, estão o aumento da "capacidade de pronta resposta multinacional, sobretudo nos campos da logística humanitária e apoio ao enfrentamento de ilícitos transnacionais".

"Reaproximação"
A operação vem no esteio de uma série de novos acordos militares pelas Forças Armadas de Brasil e Estados Unidos e visitas de autoridades americanas a instalações brasileiras com o objetivo de "reaproximar" e "estreitar" as relações militares entre os dois países.
Em março, o comandante do Exército Sul dos Estados Unidos, major-general Clarence K. K. Chinn, foi condecorado em Brasília com a medalha da Ordem do Mérito Militar. O comandante americano visitou as instalações do Comando Militar da Amazônia, onde a atividade conjunta será realizada em novembro.
De acordo com a Defesa dos Estados Unidos, o Exército Sul é responsável por realizar operações multinacionais com 31 países nas Américas do Sul e Central.

Um dia antes de o Exército americano inaugurar um centro de tecnologia em São Paulo para "desenvolver parcerias com o Brasil em projetos de pesquisa com foco em inovação", em 24 de março, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa dos EUA assinaram o Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e Desenvolvimento, ou MIEA (Master Information Exchange Agreement), na sigla em inglês.
Na ocasião, o secretário Flávio Basilio, da Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (Seprod) afirmou que o documento funciona como "base para se estabelecer qualquer tipo de cooperação bilateral com os Estados Unidos".
Acordos de intercâmbio como esse não precisam de aprovação do Congresso Nacional. "É mais um passo no sentido de nos reaproximar dos americanos, possibilitando parcerias importantes na área tecnológica que representarão um incentivo importante para a nossa Base Industrial de Defesa e para o País como um todo", disse o secretário.
Em 3 de abril, o Ministério da Defesa anunciou em evento na embaixada americana que o Brasil e os Estados Unidos desenvolverão "um projeto de defesa" em conjunto.
O ministério não respondeu aos pedidos de entrevista da BBC Brasil para comentar os acordos fechados com os Estados Unidos e os detalhes sobre o projeto bilateral.
Já a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse que o país "está satisfeito de ter sido convidado junto a outras nações parceiras regionais para participar" do exercício na Amazônia e que "busca expandir e aprofundar parcerias de defesa com o Brasil".
"Durante o último ano, nós finalizamos uma série de compromissos-chave relacionados a Defesa (entre EUA e Brasil)", afirmaram porta-vozes da embaixada americana. "Olhando para o futuro, outros acordos estão em discussão, incluindo suporte logístico, testagem e avaliação em ciência e tecnologia e trocas científicas."
Em outubro, haverá um novo encontro sobre a indústria de Defesa dos dois países, em Washington. O Exército brasileiro também trabalha para organizar a ida de um batalhão de infantaria do Brasil para treinamento uma brigada do Exército americano em Fort Polk, na Lousiana, no segundo semestre de 2020.

Tríplice fronteira
A base da atividade será a cidade de Tabatinga (AM), que faz fronteira com Letícia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru).
A BBC Brasil visitou a região no início desse ano - na ocasião, militares e policiais federais disseram que não são capazes de evitar a realização de atividades ilícitas como tráfico de armas e drogas pelos imensos rios da região.
Mas apesar de citar crimes transfronteiriços nos documentos do Amazonlog, o Exército afirmou que o foco da atividade é de preparação para situações humanitárias.
Questionada pela reportagem sobre como as Forças Armadas dos EUA poderiam apoiar o Brasil em áreas como violência e tráfico de drogas, armas e pessoas, a embaixada americana afirmou que "o Brasil é um parceiro confiável e respeitável", que as forças armadas dos dois países "têm áreas de conhecimento e experiência que compartilham rotineiramente umas com as outras" e que "a maioria das atividades bilaterais de cooperação em defesa entre nossas forças armadas são trocas entre especialistas".
"É um exercício inédito no âmbito da América do Sul. É a primeira vez que vamos montar uma base logística internacional", diz o general Theofilo Gaspar de Oliveira, responsável pelo Comando Logístico da Força, em Brasília, e um dos organizadores do AmazonLog.
"Um dos objetivos é fazer uma fiscalização maior na região e criar uma doutrina de emprego para combater os crimes transfronteiriços, que afetam aquela região na famosa guerra de fronteira que hoje alimenta a nossa guerra urbana existente nos grandes centros", afirma o general, em vídeo promocional do evento.

Análise
Para o cientista político João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, "a aproximação do Exército brasileiro ao dos Estados Unidos sinalizaria uma mudança de postura entre os dois países, que agora têm novos presidentes".
"Esta maior aproximação seria uma ruptura do que vem acontecendo desde 1989, que é um afastamento dos EUA pelo Exército do Brasil", diz Martins Filho.
"No fim da Guerra Fria, o Brasil se deparou com um país (EUA) que era aliado estratégico e que de repente começou a agir de forma totalmente independente, como superpotência única. Isso provocou uma reação de hiperdefesa da Amazônia e de afastamento."
Ele cita o acordo para a construção de submarinos com a França em 2011 e a compra de caças suecos em 2013 como exemplos desse afastamento e diz que, por ora, os anúncios entre as Forças Armadas brasileiras e americanas não devem ser "superestimados".
"Do discurso para a prática há sempre um intervalo", diz.

Fundador e líder do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Unesp e coordenador de Segurança Internacional, Defesa e Estratégia da Associação Brasileira de Relações Internacionais, o filósofo Héctor Luis Saint Pierre "diverge gentilmente" do colega.
Saint Pierre cita a atenção dos Estados Unidos sobre a situação política na Venezuela - Donald Trump citou o país em conversas com Michel Temer e com os presidentes da Argentina, Peru e Colômbia.
"Há um respeito na América do Sul pela escola militar brasileira. Então, o Brasil é um parceiro estratégico para a formação doutrinária dos militares do continente. Se os EUA têm a simpatia do Exército do Brasil, é mais fácil espalhar sua mensagem entre os militares sul-americanos", diz.
"Uma alternativa a ser pensada seria uma intenção dos EUA de quebrar a expectativa de uma parceria sul-americana neste momento político", diz. "A Venezuela é uma problema quase de honra para os Estados Unidos."

O especialista também cita o crescimento da China como produtor de equipamentos militares e armamento.
"Há uma grave preocupação nos EUA com o incremento do comércio da China com a América Latina também em termos de armamento. Os EUA gastaram US$ 650 bilhões com Defesa - a China gastou menos de 10% disso, mas ainda assim já esta produzindo porta-aviões com bom nível tecnológico. Se os Estados Unidos conseguem se aproximar o Brasil para sua zona de influência, eles estancam este prejuízo", afirma.
Para o professor, a aproximação americana também poderia ser motivada por interesses econômicos.
"Tenho notado oficiais defendendo a tese de que não precisamos de autonomia tecnológica nas Forças Armadas se podemos contar com parcerias com países como os Estados Unidos. Normalmente se imagina que um oficial militar, do país que for, seja um nacionalista. Mas essa é uma perspectiva liberal nas Forças Armadas que vem ganhando força."
O professor explica: "Hoje a questão estratégica está subordinada ao negócio. A indústria do armamento é a que mais floresce no mundo. Não é preciso uma guerra: a ameaça de guerra já é suficiente para mover este tipo de negócio. Muitas atividades militares, inclusive, são muito mais guiadas pelos negócios militares do que por uma lógica política", afirma.

PORTAL DEFESANET


FAB se prepara para atuar em missões de paz em 2018

Votação no Congresso é uma das últimas etapas de aprovação do País para ajudar nações amigas

Cynthia Fernandes

Participar de missões humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU) com o emprego de aeronaves militares pode ser uma das novidades da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2018.
Para atender aos pré-requisitos exigidos, uma comitiva da ONU fez vistorias em três esquadrões aéreos e uma unidade logística da Aeronáutica, localizados em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio de Janeiro (RJ) na última semana.
O objetivo foi avaliar as condições de emprego dos meios disponibilizados. As visitas de assessoramento e aconselhamento fazem parte de um sistema da instituição que avalia as condições de emprego dos países voluntários, chamado United Nations Peacekeeping Capability Readiness System (UNPCRS).
Ao todo, o sistema possui quatro níveis. O Brasil estava no nível 1 quando colocou à disposição os meios aéreos e se candidatou a participar de operações de paz.
A vistoria in loco e a aprovação podem elevar o País ao nível 3, quando a operacionalidade é aprovada pela ONU dentro de todos os requisitos necessários (nível 2) e se dá início às assinaturas de contratos entre Brasil e ONU (nível 3).
A última etapa é a prontidão para o emprego em, no máximo, 90 dias. Cinco aeronaves da FAB foram colocadas à disposição para atuarem em missões de paz: o cargueiro C-105 Amazonas, dois helicópteros H-60L Black Hawk e dois caças A-29 Super Tucano.
Durante a semana, a comitiva esteve em Manaus (AM), conhecendo os esquadrões Arara (1º/9º GAV), que emprega o C-105 Amazonas; Harpia (7º/8º GAV), que utiliza o H-60L Black Hawk; além de Porto Velho (RO), conhecendo o emprego dos caças A-29 Super-Tucano do Grifo (2º/3º GAV).
Embora os esquadrões da Região Norte tenham sido apresentados à comitiva da ONU, todos os esquadrões que possuem o modelo apresentado pela FAB concorrem à oportunidade de participar de uma missão humanitária. Segundo o Tenente-Coronel Cláudio Faria, Comandante do Esquadrão Onça (1º/15º GAV), que também emprega o C-105 Amazonas, pode haver seleção de pilotos e tripulantes de esquadrões diferentes.
“O objetivo é somar as habilidades individuais de cada esquadrão em benefício de um grupo maior a ser montado. Por exemplo, no caso dos (helicópteros) Black Hawk, há dois esquadrões em condições semelhantes em que os pilotos e tripulantes podem ser unidos formando um grupo”, explica.
Doze países em situação de conflito fazem parte da lista da ONU, como Chipre, Líbano, República Centro Africana e Congo. No entanto, quatro países tiveram baixa aceitação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do MD, por questões logísticas e de risco, como Sudão do Sul e Mali.
Logística e comunicações
Para dar apoio às aeronaves que podem ser empregadas em missões de paz, é indispensável uma infraestrutura básica de suporte logístico e comunicações.
Na última sexta-feira (28/04), o Esquadrão Profeta (1º/1º GCC), localizado no Rio de Janeiro (RJ), também foi vistoriado pela comitiva da ONU. A unidade de apoio de comunicação e estrutura está disponibilizando à ONU barracas operacionais iluminadas e climatizadas, computadores, comunicação via rádio e satélite, geradores de energia, rede elétrica, entre outros.
A mesma infraestrutura já foi utilizada em operações e no apoio a vítimas de desastres naturais no País e até no exterior, como na enchente de Mariana (MG) em 2015 e terremoto no Haiti em 2010.
Segundo o Comandante da unidade, Major Daniel Lames, o objetivo é que toda a infraestrutura seja utilizada para ajudar nações amigas. “A nossa expectativa é que consigamos uma inserção num ambiente de emprego real, de modo a prestar o melhor suporte às unidades aéreas”, acrescenta.
Aprovação
Da vistoria até a aprovação final é um processo longo que está sendo acompanhado passo a passo pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). Após a visita e o sinal da verde da ONU, o próximo passo é uma consulta informal da ONU ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) sobre o interesse do Brasil em empregar seus meios aéreos em um país específico.
A partir daí, são feitas reuniões entre MRE, Ministério Defesa (MD) e FAB e, caso seja de interesse o emprego na missão ofertada, os custos são enviados ao Ministério do Planejamento e ao Congresso Nacional para se verificar a disponibilidade de recursos financeiros.
Com a resposta positiva, todo o trâmite se repete dentro de um processo formal e documentado, finalizando na votação da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Segundo Major Dailo Gonçalves de Aquino Júnior, chefe da comitiva da FAB, a impressão deixada pela equipe da ONU dá indícios de que os recursos do Brasil devem ser utilizados para outras nações.
“Eles demonstraram satisfação e surpresa com as capacidades apresentadas para emprego em missões de paz. Informalmente, eles afirmaram estar satisfeitos em encontrar aeronaves, equipamentos e serviços em excelente estado de manutenção e uma equipe motivada e treinada para cumprir uma possível missão”, acrescenta.

PORTAL VEJA.COM


Satélite brasileiro quer levar banda larga a áreas remotas

O satélite lançado nesta quinta deverá levar banda larga a 100% do território nacional, de acordo com o governo, e proteger comunicações estratégicas

O primeiro satélite geoestacionário brasileiro voltado à defesa e comunicações estratégicas foi lançado nesta quinta-feira, da Guiana Francesa. O satélite deverá, entre outras funções, levar banda larga a 100% do território nacional, de acordo com o governo.
O nome geoestacionário quer dizer que o satélite gira sobre um ponto do equador com um período igual ao de rotação da Terra e, por isso, parece estar parado.
Para o presidente Michel Temer, a banda larga poderá chegar a qualquer ponto do Brasil. “Vamos democratizar o fenômeno digital do nosso país, já que a banda larga vai atingir todos os recantos do Brasil. Ou seja, quem tiver no Amazonas, ou em outro canto, poderá ter acesso à banda larga, portanto. É um grande momento para o nosso governo e para o povo brasileiro”, disse o presidente.
A partir de agora, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.
O lançamento, feito do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, foi acompanhado no Brasil pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na sede do VI Comando Aéreo Regional, em Brasília.
“Apenas no Ministério da Educação, em um convênio já celebrado com a Telebras, são 7 mil pontos mapeados de equipamentos públicos municipais, estaduais ou da União que serão em alguns meses dotados de equipamentos que permitirão o acesso à banda larga, fazendo com que a educação seja de melhor qualidade”, afirmou o ministro Kassab.
Segundo ele, graças à transferência de tecnologia adotada na construção do satélite geoestacionário, em algumas décadas, o país terá soberania para produzir seus próprios satélites.
Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o país passa a ter independência na área. “As comunicações estratégicas do governo estarão blindadas de qualquer tentativa de obter essas informações que são essenciais para os brasileiros e brasileiras”.
Satélite
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do satélite é de 18 anos.
O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. O equipamento foi adquirido pela Telebras e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas.
O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga, especialmente em áreas remotas. 

JORNAL TRIBUNA DO NORTE (RN)


Senadores reúnem-se com ministro da Defesa e sugerem unificação no combate à violência - Tribuna do Norte


Os senadores Roberto Muniz (PP-BA), Raimundo Lira (PMDB-PB), Elmano Ferrer (PMDB-PI) e Garibaldi Filho (PMDB-RN) reuniram-se com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para buscar soluções que permitam um combate eficaz da violência que tem se alastrado por todo o Brasil. Os parlamentares pediram uma unificação das ações de segurança pública desenvolvidas pela União, estados e municípios. O ministro sugeriu que o Congresso Nacional colaborasse ainda mais nas políticas de combate à violência.
“Fizemos um relato ao ministro sobre a situação do estado ao qual representamos. Também pedimos pressa na execução das ações previstas no Plano Nacional de Segurança Pública. Vamos discutir, no Senado, a possibilidade de criar uma comissão especial que trate exclusivamente de segurança. Infelizmente, a situação é de impotência total dos estados, que não conseguem cumprir sua tarefa de combater a violência”, comentou o senador Garibaldi Filho.

OUTRAS MÍDIAS


NASA Spaceflight


 Ariane 5 returns to action with SGDC and Koreasat-7 launch

Arianespace returned to action on Thursday with the long-awaited launch of its Ariane 5 rocket – following a delay caused by a local “social movement”. Ariane 5 lofted the SGDC and Koreasat-7 satellites from the European Spaceport in Kourou, deep into the launch window at 21:50 GMT. A late fuel load and a telementry based issue caused the launch to move later into the evening.
Ariane 5 Launch: This mission was originally set to launch in March, before a local “social movement” – effectively a local strike, as much as locals refuse to allow such a description – halted all operations at the Kourou facility.
The “social movement” resulted in roadblocks and caused a delay to the rollout of the Ariane 5 for her original launch date target.
The original hope was for discussions between local officials to quickly resolve the protest. However, this dragged on for weeks.
The CSG-centric strike was led by the ENDEL workers, protesting in relation to the yearly collective accord negotiations. These were joined by the transporters union UGTR, protesting against their foreseen reduced role in the spaceport with Ariane 6.
Eventually, the French government got involved with the discussions, aiming to resolve the dispute and return CSG back to action. The protest leader than admitted it was not in the best interests to continue with the roadblocks. Eventually, an agreement was reached and the spaceport returned back into pre-launch operations.
“All open. Full operations restart Monday. We express to our dear customers our apologies and we thank them for their support and patience,” noted Arianespace CEO Stéphane Israël.
With the spaceport back in action, the delayed dual satellite launch could take place, while the rest of the near-term manifest lines up for a quick return to a regular launch cadence.
This mission, designated Flight VA236 in Arianespace s launcher family numbering system, was the seventh all-Thales Alenia Space mission, as both satellites were built by this manufacturer. This was the fourth launch of the year for Arianespace, the second for the Ariane 5 which will now have to play catch up on its 2017 manifest.
The mission s total payload lift performance was 10,289 kg. – with the spacecraft heading to a geostationary transfer orbit. SGDC is the mission s upper passenger and has a liftoff mass estimated at 5,735 kg., with KOREASAT-7 installed as the lower passenger with a mass at liftoff of approximately 3,680 kg.
The nominal duration of Flight VA236 from liftoff to separation of the satellites was 36 minutes, 46 seconds.
SGDC is the first Brazilian government satellite, as well as the initial spacecraft to be launched by Arianespace for Visiona Tecnologia Espacial S.A. – the SGDC prime contractor, responsible for the program management, overall system integration and end-to-end communication.
This dual-use (civil and military) relay platform will enable the implementation of a secure satellite communications system for the Brazilian government and armed forces, while also reducing the digital divide in Brazil.
The SGDC spacecraft will be operated and controlled by Telebras, a Brazilian telecommunication company managed by the Ministry of Science, Technology, Innovation and Communication.
Based on the Spacebus 4000C4 platform, the SGDC platform carries 57 transponders in Ka- and X-band. It will have a liftoff mass estimated at 5,735 kg., and is to be positioned at an orbital slot of 75 deg. West.
The KOREASAT-7 passenger on Flight VA236 is designed to provide improved throughput and wider coverage over Korea, Philippines, Indochina, India, and Indonesia.
Equipped with Ku-band and Ka-band transponders, it will have a liftoff mass of approximately 3,680 kg. and is built on an upgraded Spacebus 4000B2 platform. The satellite s added steerable Ka-band capacity is designed to support further demand in relay services.
Once in its orbital slot of 116 deg. East, KOREASAT-7 will be operated by KT SAT – a wholly-owned subsidiary of KT Corp., which is the largest telecom/media service provider in South Korea and the country s sole satellite service provider.
KOREASAT-7 was the third KOREASAT satellite to be launched by Arianespace for ktsat, following KOREASAT-3 and KOREASAT-6, launched in September 1999 and December 2010, respectively.

Arianespace orbits telecom satellites for Brazil and South Korea


Arianespace has successfully launched two telecommunications satellites: SGDC for Visiona Tecnologia Espacial S.A, on behalf of the Brazilian operator Telebras S.A. and the Brazilian government; and KOREASAT-7 for South Korean operator ktsat.
The launch took place on Tuesday, May 4 at 6:50 pm (local time) from the Guiana Space Center, Europe s Spaceport in Kourou, French Guiana.
Today s launch was the fourth of the year for Arianespace and the second in 2017 with the Ariane 5 heavy launcher, which also recorded its 78th successful mission in a row. In addition, it was the seventh Arianespace mission that carried two satellites built by Thales Alenia Space.
SGDC, the Geostationary Defence and Strategic Communications Satellite, is the first satellite for the Brazilian operator Telebras S.A. to be orbited by Arianespace, within the scope of a turnkey contract with the company Visiona Tecnologia Espacial S.A.
SGDC is a Brazilian government program, designed to meet three main objectives:
Reduce the country s digital divide by supplying high-quality internet services across all of Brazil, within the scope of a national broadband plan.
Provide independent and secure strategic communications services for the Brazilian armed forces and government.
Provide the Brazilian space industry with key technologies so that it can play a growing role in the country s future space programs.
A major player in Brazil since 1985, Arianespace has successfully launched all 11 Brazilian telecom satellites for legacy operator Embratel, as well as Star One, a wholly-owned Embratel subsidiary.
With this latest mission, Arianespace has now launched three satellites providing coverage of Brazil during the past six months:
+ Star One D1 (December 2016)
+ SKY Brasil 1 (February 2017)
+ SGDC (March 2017)
Arianespace: a launch for ktsat and benchmark partner to the South Korean space program
KOREASAT-7 is the third satellite to be launched by Arianespace for South Korean operator ktsat, a subsidiary of KT Corp, the largest telecommunications/media service provider in the country. It follows the launches of KOREASAT-3 in 1999 and KOREASAT-6 in 2010.
KOREASAT-7 will provide a wide range of video and data transmission applications, including internet access, direct-to-home (DTH) TV broadcasting, government communications and connectivity to VSAT (Very Small Aperture Terminal) networks, to extend services to isolated areas.
Starting with the launch of the first ever South Korean satellites - KITSAT-1A in 1992 and KITSAT-2 in 1993 - Arianespace has become a major partner to the country s space program. Including this latest Flight VA236 mission, more than half of South Korea s geostationary satellites have been launched by Arianespace. The company s order book includes two more satellites for the Korean Aerospace Research Institute (KARI): GEO-KOMPSAT-2A, planned for 2018, and GEO-KOMPSAT-2B, planned for 2019.
Arianespace has launched 6 satellites for South Korea since 1992:
+ KITSAT 1A (1992)
+ KITSAT 2 (1993)
+ KOREASAT-3 (1999)
+ COMS-1 (2010)
+ KOREASAT-6 (2010)
+ KOREASAT-7 (May 4, 2017)
7th Arianespace flight carrying two Thales Alenia Space-built satellites on the same launcher
Today s mission was the seventh Arianespace dual-launch carrying two satellites built by Thales Alenia Space. SGDC and KOREASAT-7 were built in Thales Alenia Space s plants in Cannes and Toulouse (France), using the Spacebus 4000C4 and 4000B2 platforms, respectively. These platforms are perfectly adapted to Arianespace s launcher family.
Arianespace and Thales Alenia Space have developed a very solid and fruitful relationship since the launch of Meteosat-F2 on June 19, 1981. SGDC and KOREASAT-7 are the 147th and 148th Thales Alenia Space satellites to be launched by Arianespace.
Eight more Thales Alenia Space satellites are to be launched by Arianespace in the coming years.
Shortly after the announcement of the orbital injection of the two satellites, Stephane Israel, CEO of Arianespace, said: "With this second successful launch of the year by Ariane 5, and the 78th successful mission in a row by our heavy launcher, Arianespace proudly gives our Brazilian and South Korean customers the benefits of our excellent launch services. We are honored by the confidence expressed today by Visiona Tecnologia Espacial, which chose us for its first satellite on behalf of the operator Telebras and the Brazilian government; as well as that of the South Korean operator ktsat, for whom we have launched three satellites since 1999.
"Congratulations to all our partners for this 92nd launch of an Ariane 5: Thales Alenia Space, which built both satellites launched on the same Ariane for the seventh time since 1991; our primary shareholder, Airbus Safran Launchers, and the entire European launcher industry for the reliability and availability of this heavy launcher; ESA, which provides essential support for the Ariane program; CNES/CSG, our ground segment companies and all staff at the space center, who continue to work alongside us as we go from success to success. And, of course, I would like to congratulate everybody at Arianespace for this successful launch, the fourth of the year."



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