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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/05/2015 / O Brasil decola para a guerra

O Brasil decola para a guerra ...




A indústria nacional de defesa renasce diante do reaparelhamento das Forças Armadas e empresas como Embraer, Avibras e Helibras investem e conquistam clientes num mercado que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano ...



“O Brasil é um país pacífico”. A frase, estampada na primeira página do Livro Branco de Defesa, documento que reúne as estratégias das Forças Armadas brasileiras, é de uma verdade inconteste. Atualmente, 65 nações estão em pleno conflito bélico, em seus próprios territórios ou em terras estrangeiras. O Brasil não é uma delas. O País vive em harmonia com seus vizinhos e, desde a Segunda Guerra Mundial terminada há exatos 70 anos, não envia tropas para combater além das nossas fronteiras - salvo em missões de paz, como no Haiti. Isso não impede, no entanto, que a indústria nacional esteja presente, de forma efetiva, em diversas zonas de guerra. Ao contrário, o armamento made ín Brazil tem conquistado cada vez mais espaço no trilionário mercado global de defesa, após importantes vitórias de empresas como Embraer, Avibras, Helibras, Imbel e Condor, entre outras ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Candidatos da Unesp sonham com outras estaduais e até com a FAB

Vestibulandos chegaram com antecedência no local de prova em Campinas. Estudante de 15 anos quer FAB; cobradora de pedágio planeja vida melhor.

A luta por uma vida melhor, de entrar para um curso renomado e até trilhar o caminho para o sonho de voar estão entre os objetivos de alguns dos candidatos que fazem, neste domingo (17), a prova da primeira fase do vestibular de inverno da Unesp, em Campinas. Os portões fecharam às 14h e dois não puderam entrar por falta de documentos originais.
O estudante Gabriel Telles, de 18 anos, presta engenharia de produção, mas não esconde que o sonho é entrar para o renomado curso de economia na Unicamp, USP ou na própria Unesp.  O objetivo, ao final, é entrar para uma das três estaduais. "Hoje a prova é mais objetiva e difício que a do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]", falou Telles antes de entrar para a sala no campus Swift da Unip. Campinas tem 2.045 vestibulandos nesta edição.
Vida melhor
A funcionário de pedágio em Nova Odessa (SP) Janaína Domingues Ferreira, de 23 anos, tenta uma vaga para engenharia agronômica, campus de Registro (SP). Ela chega a trabalhar 12 horas por dia e se prepara para a prova desde 2014, quando também prestou Fuvest. "Vejo no ensino superior a chance de uma profissão e de uma vida melhor", analisou. Se não der certo, vai tentar de novo no fim do ano.
Sonho de voar
A adolescente Thayná de Sousa Castro Flores, de 15 anos, veio de Ribeirão Preto com a família no sábado e tem objetivo claro: ser piloto da Força Aérea Brasiliera (FAB). Por enquanto, presta engenharia ambiental na Unesp, como treineira. E é nesta condição que pretende fazer o concurso da FAB, quando tiver idade exigida pelo regulamento. "A vontade (de ser piloto) é maior que o medo (de voar)", brincou a estudante.
Perto de Campinas
Michael dos Santos, de 20 anos, já é universitário do curso de matemática na Universidade Estadual de Londrina (UEL), que está em greve. Ele planeja cursar agronomia no campus da Unesp em Registro, para ficar mais perto de Campinas, onde considera que o mercado de trabalho é mais promissor. Em 2015, ele chegou a passar em cinco universidades, incluindo a UNB. “Acredito que a prova será mais fácil que os vestibulares da Fuvest e Unicamp”, frisou.
Calendário
O resultado da primeira fase será divulgado dia 2, enquanto que a segunda fase, com provas dissertativas, será aplicada em 13 e 14 de junho. A lista geral de classificação será conhecida em 16 de julho, e a primeira chamada de aprovados será em 22 de julho.
Concorrência
Neste ano, a Unesp recebeu 16.630 inscrições de estudantes e oferece 360 vagas em cursos nos campi de Bauru, Dracena, Ilha Solteira, Registro e Sorocaba. A prova será aplicada nestas cidades, e também em Franca, Guaratinguetá, São José do Rio Preto e São Paulo.
Há oportunidades para engenharia de produção (Bauru); zootecnia (Dracena); agronomia, engenharia civil, engenharia elétrica e engenharia mecânica (Ilha Solteira); agronomia (Registro); engenharia ambiental e engenharia de controle e automação (Sorocaba).
O curso de engenharia civil em Ilha Solteira é o mais disputado nesta edição. Segundo a Vunesp, há 48,4 candidatos por vaga. O segundo mais concorrido é engenharia de produção (em Bauru), com 42,3 candidatos por vaga; e em terceiro, zootecnia (Dracena), com 35,8 por oportunidade oferecida pela universidade estadual.
A Unesp garante mínimo de 25% das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo ensino médio em escola pública. No vestibular realizado em 2014, a proporção de matriculados egressos de escolas públicas foi de 40,7%.

Avião apreendido no interior do Ceará carregava 361,7 kg de cocaína, diz PF

Operação foi realizada pela PF em parceria com a Polícia Militar. Cessna foi interceptado por um caça da FAB e obrigado a pousar, diz PM.

A Polícia Federal concluiu, neste domingo (17), a pesagem da droga que estava em uma aeronave modelo Cessna apreendida na tarde deste sábado (16), na zona rural do município de Pedra Branca, no Centro Sul do Ceará. A pesagem foi feita na sede da PF, em Fortaleza. A aeronave transportava 361,7 kg de cocaína.
De acordo com a Polícia Militar, a aeronave já estava sendo monitorada pelo Serviço de Inteligência da Polícia Federal, foi interceptada por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e obrigada a pousar. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos de tráfico fugiram quando perceberam a operação e estão sendo procurados.
Segundo caso no ano
Este foi o segundo caso de avião carregado de drogas apreendido no Ceará em 2015. Em abril deste ano, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas que recebiam drogas de um avião carregado nas cidades de Canindé e em Boa Viagem. Além de a droga e do GPS, foram encontradas uma pistola, celulares, um mapa de navegação da Bolívia e do Paraguai e um plano de voo. Os entorpecentes estavam divididos em sete malas.
Antes de pousar em Canindé, o avião parou em outra cidade cearense, Boa Viagem, onde fez uma entrega de parte da droga a uma pessoa, que foi presa com uma mala de 30 kg de entorpecente. A partir dessa prisão, o avião e os possíveis locais de pouso foram monitorados. Uma hora e meia depois que aeronave pousou em Canindé para abastecer, o piloto foi preso por meio de denúncias de moradores de que havia uma pessoa à procura de combustível nos postos da cidade com roupa de piloto. O piloto da aeronave caminhava com uma mochila com  R$ 6.300.
Rota internacional do tráfico
O avião apreendido com 350 quilos de drogas na zona rural de Canindé, a 120 km de Fortaleza, fazia parte de uma rota internacional de tráfico de entorpecentes, de acordo com as investigações da polícia. Segundo o tenente-coronel Assis Azevedo, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, o aparelho GPS encontrado na aeronave rastreou localizações entre outros países, como Bolívia, Argentina e Colômbia. “Pelos voos, tipo e quantidade de droga apreendida deve se tratar de uma rota internacional”, afirmou.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Concursos públicos oferecem vagas em todo país


Simone Kafruni

As Forças Armadas oferecem 1.426 oportunidades. Na Aeronáutica é possível fazer as inscrições até sexta-feira para concorrer a 34 vagas de níveis médios e superior em diversos cargos. Os salários são de R$ 3.202,77 e R$ 5.818,11, conforme escolaridade exigida. Até 5 de junho, estará aberto o prazo de registro no processo seletivo que oferece 96 vagas para cursos de formação de oficiais aviadores, intendentes ou de infantaria. A formação exigida é de nível médio. Os salários não foram informados. Para admissão ao curso de formação de cadetes, com 180 vagas abertas, as inscrições vão até 11 de junho.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


O Brasil decola para a guerra

A indústria nacional de defesa renasce diante do reaparelhamento das Forças Armadas e empresas como Embraer, Avibras e Helibras investem e conquistam clientes num mercado que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano

“O Brasil é um país pacífico”. A frase, estampada na primeira página do Livro Branco de Defesa, documento que reúne as estratégias das Forças Armadas brasileiras, é de uma verdade inconteste. Atualmente, 65 nações estão em pleno conflito bélico, em seus próprios territórios ou em terras estrangeiras. O Brasil não é uma delas. O País vive em harmonia com seus vizinhos e, desde a Segunda Guerra Mundial terminada há exatos 70 anos, não envia tropas para combater além das nossas fronteiras - salvo em missões de paz, como no Haiti. Isso não impede, no entanto, que a indústria nacional esteja presente, de forma efetiva, em diversas zonas de guerra. Ao contrário, o armamento made ín Brazil tem conquistado cada vez mais espaço no trilionário mercado global de defesa, após importantes vitórias de empresas como Embraer, Avibras, Helibras, Imbel e Condor, entre outras.

Pouca gente sabe, mas o avião EMB-314 Super Tucano, fabricado pela Embraer no município de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, possui mais de 30 mil horas de combate. A aeronave destacou-se na famosa operação Fêníx, conduzida pela força aérea da Colômbia, nas proximidades da fronteira com o Equador, que resultou na morte de Luis Edgar Devia Silva, codinome Raúl Reyes, o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em 2008. Nessa operação, o “pequeno notável” brasileiro combateu ao lado de jatos A37-Dragonfly, fabricado pela americana Cessna e operados pela CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. O desempenho do Super Tucano chamou a atenção dos americanos. Tanto que, em 2013, a Embraer venceu uma licitação para fornecer aeronaves leves de reconhecimento para a maior potência militar o mundo. As primeiras unidades foram entregues em setembro do ano passado e devem ser usadas em missões de combate e treinamento. “Não sei se há, na história, outro caso de um fabricante estrangeiro que vendeu aviões para a força aérea dos EUA”, afirma Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança. “Em sua categoria, não existe nada mais moderno do que o Super Tucano.”

Vender equipamentos militares aos americanos não é algo corriqueiro para indústria nenhuma no mundo. Os Estados Unidos possuem, de longe, o maior orçamento militar do planeta. Para se ter uma ideia do tamanho da conta, o mercado global de armamentos movimenta, por ano, algo em torno de US$ 1,5 tri1hão. As forças armadas comandadas pelo presidente Barack Obama respondem por metade disso, ou cerca de US$ 750 bilhões. “Se você somar os orçamentos das 10 maiores marinhas do mundo, por exemplo, dará mais ou menos o que gasta a marinha dos Estados Unidos”, afirma Sergio Jardim, diretor da Clarion Events, empresa americana de eventos responsável pela realização da Laad, feira internacional de defesa e segurança, que aconteceu em abril passado, no Rio de Janeiro. Praticamente 100% desse dinheiro vai para a indústria local de defesa, formada por gigantes como Lockheed Martin, Boeing e Northrop Grummam. Entrar nesse seleto clube de fornecedores é um feito e tanto do Brasil e reforça o crescimento da unidade de defesa da Embraer. Na empresa, de São José dos Campos (SP), essa divisão já representa 20% das receitas. Segundo Schneider, o turboélice está causando furor entre os pilotos americanos. Em tempos de veículos aéreos não tripulados, ele traz de volta aos soldados a emoção do combate real. 

O avanço dos armamentos brasileiros no exteríor tem como pano de fundo os diversos projetos em curso para reequipar as Forças Armadas do País. Entre eles, estão o Prosub, que vai desenvolver o primeiro submarino nuclear; o Sisgaaz, sistema de monitoramento das águas territoriais; o Sisfron, de supervísão das fronteiras; a compra dos caças Gripen, da sueca Saab; e a renovação da frota de blindados do Exército. A expectativa é de alcançar investimentos públicos superiores a R$ 190 bilhões, até 2028. O ponto de partida para essa nova fase da indústria bélica foi a aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, condensada no “livro branco”, em 2008. “Os investimentos das Forças Armadas ressuscitaram a indústria nacional de defesa”, afirma Sami Hassuani, presidente da Avibras, fabricante de armamentos pesados. “Até porque, para exportar, é precíso, primeiro, vender para o governo. Ninguém compra uma arma que não é utilizada no país de origem do fornecedor.”

A Avibras, de São José dos Campos (SP), vendeu recentemente duas baterias do seu sistema de lançamento de mísseis Astros, utilizado pelo Exército, para a Indonésía. O contrato, estimado em mais de R$ 500 milhões, compreende 36 veículos blindados com lançadores de foguetes, suprimentos, munições e softwares. O negócio reinsere a Avibras no cenário de defesa internacional. Fundada em 1961, a fabricante fornecia armamentos para o Iraque, de Saddam Hussein, na década de 1980. Na época, o líder iraquiano, condenado à morte e enforcado em 2006, ainda Vivia em paz com as grandes potências ocidentais. O fundador da companhia brasileira, João Verdi de Carvalho, falecido em 2008 em um acidente de helicóptero, era figura recorrente nos jantares promovidos pelo ditador. Nos anos 1990, Carvalho, assim como todo o Ocidente, mudou de lado e passou a armar o exército da Arábia Saudita e seus aliados, além de freqüentar os luxuosos palácios da família real saudita. A intrincada diplomacia criou um fato inusitado, mas não muito incomum no setor de armamentos. Na Guerra do Kuait, em 1991, o Astros foi utilizado pelos dois lados do conflito. “A indústria de defesa segue a diplomacia do País”, afirma Hassuani. “Sem o governo, não fazemos nada.”
Na década de1990,a infraestrutura das Forças Armadas foi praticamente sucateada. Tanques de guerra velhos, satélites obsoletos, aviões ultrapassados e até falta de munição fizeram parte do dia-a-dia dos militares, muito em função do ressentimento dos primeiros governos civis após 21 anos de ditadura militar (1964 -1985). “Foi uma década perdida”, afirmou à DINHEIRO um coronel do Exército, que não quis ter seu nome revelado. A definição da estratégia de defesa era uma demanda antiga dos militares. O assunto começou a ser discutido no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o plano foi aprovado no seu segundo mandato. Em 2010, as premissas foram revistas e atualizadas, estabelecendo as bases para os investimentos. “A definição da estratégia de defesa, não só possibilitou o reaparelhamento das Forças Armadas, mas também deixou claro qual é o papel dos militares, que é defender o território brasileiro contra possíveis ameaças”, afirma o Almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). “Somos um país pacífico,mas que sabe se defender.”
A partir de 2010, o setor bélico deu um salto no Brasil Existem, atualmente, mais de 400 empresas de defesa nacionais. A maioria é formada por pequenos negócios, focados no desenvolvimento de tecnologias complexas, que operam como satélites em torno dos grandes fornecedores. “Essa indústria tem uma característica muito impactante para a economia: a capacidade de desenvolver tecnologias específicas para o seu negócio, mas que transbordam para outros setores”, afirma Schneider, da Embraer. “Hoje, a maior parte das grandes inovações tecnológicas do mundo vem da área militar.” Um belo exemplo de como funciona essa cadeia pode ser encontrado no desenvolvimento do KC-390, o avião cargueiro que está sendo desenvolvido pela fabricante de jatos, que já teve 28 unidades compradas pelo governo brasileiro e cuja aquisição vem sendo cogitada por outros países, entre eles Portugal. Além da Embraer, outros 50 fornecedores participam diretamente do projeto. “A nossa pregação da paz não nos faz descuidar da profissionalização e da atualização das nossas Forças Armadas”, afirmou, em discurso na Laad, o ministro da Defesa, Jaques Wagner. “Por isso, dentro de cada uma das Forças, os projetos estratégicos compõem um quadro de investimentos em que a indústria de defesa transborda para a indústria nacional como um todo.”
O atual cenário geopolítico global também está ajudando a indústria nacional de defesa. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, subsiste a ilusão de que os maiores conflitos armados entre as nações ficaram para trás. A Europa acaba de comemorar sete décadas de paz, no maior período da história sem o enfrentamento direto de potências como Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Rússia - os conflitos que aconteceram nesse período foram localizados, como os na Bósnia e na Chechênia. A questão é que essa aparente tranqüilidade na relação entre os países contrasta com uma crescente atividade terrorista, diversos conflitos Iocais e embates entre governos, facções criminosas e grupos separatistas. Dados reunidos pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos e pelo Conselho para Relações Internacionais, entidades internacionais que realizam estudos sobre zonas de guerra, mostram que, hoje, existem 65 países envolvidos em combates, em seus próprios territórios ou não. Quase a totalidade desses conflitos é caracterizada como “assimétricos”, jargão militar para designar zonas de guerra que opõem exércitos estabelecidos e grupos guerrilheiros ou terroristas na verdade, só há um conflito em curso, atualmente, que pode ser caracterizado como uma guerra tradicionalmente Rússia e Ucrânia. São os casos, por exemplo, das guerras contra o grupo extremista Estado Islâmico, na Síria e no Iraque, e seu aliado Boko Haram, na Somália. “Esse é o pior tipo de conflito, pois você não sabe quem é o inimigo”, afirrna o almirante Pierantoni. Há, atualmente, mais de 600 grupos classificados como terroristas, separatistas ou guerrilheiros. 

BONANÇA
Graças a esses conflitos, a indústria bélica vive um momento de bonança. “Havia uma expectativa, há alguns anos, de crescimento nos investimentos em defesa e segurança”, afirma Marwan Lahoud, diretor-geral para a área internacional da francesa Airbus, uma das maiores empresas de defesa do mundo. Segundo Lahoud, que também preside o Conselho das Indústrias de Defesa Francesa (CIDEF). O Brasil entrou no mapa estratégico do setor tanto pelas oportunidades de venda, quanto pela possibilidade de se fazer parcerias com a indústria nacional A Airbus controla, no País, a fabricante de helicópteros Helibras. Em 2008, Lula e o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinaram um contrato para a compra de 50 helicópteros Super Cougar, ou EC-725, da Airbus, preparados para o transporte tático de tropas. A produção das aeronaves começou na França, mas vai prosseguir no Brasil, nas instalações da Helibras. As primeiras unidades foram entregues no ano passado. O valor do contrato é estimado em 6,2 bilhões. Trata-se de um modelo de negócio idêntico ao adotado na compra, por cerca de US$ 5,4 bilhões, dos novos caças da Força Aérea Brasileira, do modelo Gripen, fabricados pela sueca Saab, cujas últimas unidades a serem entregues serão montadas pela Embraer, em São José dos Campos. Além da renovação dos equipamentos, o Brasil terá acesso a conteúdos tecnológicos que vão ajudar a desenvolver a indústria nacional. A Helibras, no caso, é a única fabricante de helicópteros da América Latina. Ainda que tenha capital estrangeiro, é uma empresa nacional.
Não são apenas as empresas de alta tecnologia que se aproveitam do atual cenário. A fabricante de armas leves e munições Imbel, empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa, já obtém metade de sua receita por meio de exportações. Nesse campo, concorre com a gaúcha Taurus, cujos revólveres têm grande aceitação nos Estados Unidos. Há também um mercado crescente para equipamentos não letais, utilizados por forças policiais. Esse setor é puxado pelo grande número de revoltas populares que vêm acontecendo, nos últimos anos, insufladas, principalmente, pela velocidade das comunicações nas redes sociais. Em 2010, por exemplo, uma onda de manifestações deu origem ao movimento denominado Primavera Árabe, que resultou na queda de três chefes de Estado, Zine El Abidine Ben A1i, da Tunísia, Hosni Mubarak, do Egito, e Muammar AL Gaddañ, da Líbia. A agitação popular atingiu também a Argélia, o Bahrein, a Jordânia, o Iêmen, entre outros. Nesses conflitos, a indústria bélica brasileira também esteve presente. A carioca Condor, fabricante de armas não letais, como bombas de gás lacrimogêneo e armas de choque, é uma das principais fornecedoras desse tipo de armamento no mundo. A empresa, que produz mais de 1 milhão de artefatos por ano, inclusive, esteve no centro de uma polêmica. Em 2012, ativistas pró-democracia no Bahrein denunciaram que uma de suas bombas, usadas pela polícia do país, foi responsável pela morte de um bebê. O Itamaraty chegou a anunciar que iria abrir uma investigação para averiguar possíveis violações das regras de exportação, mas arquivou o caso um ano depois, sem encontrar irregularidades. Fotos das bombas com a inscrição made in Brazil correram as redes sociais.
Polêmicas como essa fazem parte do cotidiano das empresas que atuam no setor de defesa. Não é raro crises diplomáticas interferirem nos negõ- cios. AAvibras, por exemplo, sofreu momentos de tensão, recentemente, quando a presidente Dilma Rousseff mandou chamar de volta o embaixador do Brasil na Indonésia, após a execução do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, condenado por tráfico de drogas. O contrato dos indonésios com a fabricante brasileira chegou a ser utilizado como forma de pressionar a presidente a voltar atrás em sua decisã0. Segundo Hassuani, no entanto, em nenhum momento a empresa recebeu ameaças de ter a venda cancelada. No final do ano passado, um conflito de agendas quase se transformou em uma crise diplomática. A confusão se deu depois que o vice-premiê russo, Dmitry Rogozín, que fazia uma visita oficial ao Brasil tentou ser recebido pela Embraer, em São José dos Campos. Na única data disponível para o russo, os executivos da Embraer com patente suficiente para recebê-lo estavam fora do País. Sem tempo hábil para fazer mudanças na agenda, a empresa cancelou o compromisso. Rogozin, um inimigo declarado dos Estados Unidos, disse ter achado estranha a atitude e chamou a Embraer de “empresa americana”. Os ânimos se acalmaram após uma calorosa recepção feita pelo Vice-presidente Michel Temer, em Brasília. Os russos, assim como os americanos, são parceiros comerciais do País e, nos negócios da paz e da guerra, estão de olho no crescimento da indústria bélica brasileira.
 ENTREVISTA
Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança, conversou com a Dinheiro sobre o renascimento da Indústria, a relação com o governo e a ética no setor de Defesa.
A indústria nacional de defesa está renascendo? 
Sim. Nosso setor está renascendo e com boas bases. Ele está estruturada com projetos específicos, em cada uma das forças, e isso está sendo trabalhado como um projeto de longo praza Essa indústria tem uma característica muito impactante para a economia a capacidade de desenvolver tecnologias específica para o seu negocia mas que “transbordam"para outros setores. A maior parte das grandes inovações tecnológicas do mundo, hoje, vem da área militar.
A Embraer afirmou, recentemente, que há atrasos no pagamento de alguns projetos miIitares. Como está a relação com o governo? 
O governo tem sido um excepcional parceiro. O renascimento da indústria de defesa é fruto de uma política bem desenhada. Não seria justo fazer uma reclamação. Exista sim atualmente, uma conversa sobre orçamento Mas tenho certeza de que os principais projetos estratégicos serão mantidos. E saúdo o trabalho do ministro da Defesa, Jaques Wagner, que tem sido um grande ¡ncent¡va- dor da indústria nacional. 
Na indústria de defesa, é preciso escolher de que Iado a empresa vai ficar? 
O meu lado é o do governo brasileiro. Esse é o meu alinhamento incondicional. Depois, construo o processo de definição de produtos de acordo com a demanda. 
Quando a Embraer faz uma venda, o senhor pensa no uso que será  feito do avião? Afinal esta- mos falando de equipamentos usados em combates. 
Sou absolutamente a favor do desarmamento Mas todo mundo junta ao mesmo tempo.  A Embraer tem uma regra: não faz armamentos que explodam. Independentemente disso, sabemos que nosso avião é uma plataforma para o uso desses artefatos. Gostaria que ninguém usasse armas. Só não acho justo deixar o Brasil sem essa indústria e sem a capacidade de ter soberania no processo de buscar soluções para seus problemas.

PORTAL VEJA.COM


RADAR ONLINE


Lauro Jardim

Forças Armadas novamente?

O Serviço de Inteligência dos Fuzileiros Navais está mapeando o Morro do Chapadão, na Zona Norte do Rio de Janeiro colhendo informações sobre os traficantes que atuam na região, a mais violenta da cidade.
Depois da experiência traumática na favela da Maré - que encerra em 30 de junho sem ter expulsado traficantes e apreendido poucas armas – as Forças Armadas garantiram que não participariam de outra missão de ocupação de favelas.
Mas o secretário de segurança José Mariano Beltrame já anunciou que UPPs serão instaladas ali. Como não há efetivo da PM, a tarefa pode cair na mão dos militares novamente. Na Maré, a operação de um ano e dois meses custará, no total, cerca de 540 milhões de reais. O resultado não foi dos mais auspiciosos: 25 militares baleados e um morto. Mais: no início do ano, no período de uma semana apenas, ocorreram 80 confrontos entre bandidos e Exército.
REVISTA CARTA CAPITAL


Funcionalismo/O Itamaraty protesta

Diplomatas suspendem greve, mas a crise no ministério continua

Turma de punhos de renda também sabe cruzar os braços.Funcionários do Itamaraty, diplomatas à frente, entraram em greve na terça-feira 12. Entre queixas salariais e a respeito da escala de plantões, sua principal motivação era o atraso no pagamento de auxílio-moradia, uma constante no governo Dilma Rousseff. A paralisação foi comemorada por certos grevistas com orgulhosas fotos de On Strike no Facebook. Na véspera da greve, o secretário-geral do Minístério das Relações Exteriores, Sergio Danese, recebeu líderes do Sinditamaraty, o sindicato da diplomacia. Garantiu que, após negociações com a equipe econômica, só havia um mês de atraso no auxílio-moradia e a promessa da proibição deste tipo de retenção a partír de 2016. Danese avisou: caso os funcionários parassem, haveria corte de ponto. A pressão funcionou. Na quinta-feira 14, uma assembleia decidiu suspender a greve. A votação foi apertada (193 a favor,189 contra a suspensão).


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Corte deve ficar perto de R$ 70 bi, e governo já procura receita extra


Valdo Cruz

Em reunião neste domingo (17) no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma ouviu de sua equipe econômica que "não há muito espaço para o corte do Orçamento ficar abaixo" de R$ 70 bilhões. O valor, segundo assessores, seria "muito próximo do necessário" para garantir o cumprimento da meta de superavit primário (receitas menos despesas) neste ano.
Um corte na casa de R$ 70 bilhões representaria fazer o governo voltar ao patamar de gastos de 2013, como tem defendido Joaquim Levy. A decisão final será da presidente Dilma e pode ser discutida nesta segunda (18) por ela em reunião com líderes aliados, comandada pelo vice-presidente Michel Temer. A petista é pressionada pela ala mais política do governo a cortar cerca de R$ 60 bilhões, para evitar uma paralisia do governo federal.
Já a equipe econômica preferia um corte de R$ 80 bilhões, por causa das mudanças que o Congresso está fazendo no pacote fiscal, que já reduziu em cerca de R$ 4 bilhões a economia prevista. Para atingir a meta, Dilma tem em vista ao menos mais quatro fontes de recursos, que tenta viabilizar ainda neste ano. São elas a venda de ações do setor de seguridade da Caixa, aumento de impostos, leilão de concessões de exploração de petróleo e da folha de pagamento dos servidores.
A reunião deste domingo, com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda), durou cerca de quatro horas.
RECEITAS
Segundo a Folha apurou, com a venda de ações da Caixa Seguridade o governo quer arrecadar ao Tesouro valor próximo ao obtido com a BB Seguridade –cerca de R$ 6 bilhões. A única dúvida é se a operação conseguirá ser montada para gerar recursos ainda neste ano.
No caso da concessão de petróleo fora do pré-sal, estima arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões em 2015. Com o aumento de tributos, só a elevação da alíquota da CSLL de bancos de 15% para 17% pode render mais R$ 1,5 bilhão. Já o leilão da folha dos servidores não tem previsão fechada.
A equipe econômica acredita que os cortes, que devem ser anunciados até o final desta semana, e o aumento de receitas levarão à meta de economia deste ano, de R$ 66,3 bilhões para todo o setor público, sendo R$ 55,3 bilhões apenas do governo. A meta do setor público equivale, hoje, a 1,1% do PIB. O mercado avalia que, se o governo chegar a 0,8% do PIB, já será um bom caminho.
A equipe econômica também já começa a se preparar para umanova onda de pressão política a partir do meio do ano, quando a queda da atividade econômica estará em ponto mais crítico.

Acidente com aeronave militar mata fuzileiro dos EUA e fere 21 no Havaí


Um marine (fuzileiro naval) americano morreu e outros 21 ficaram feridos após um "pouso forçado" de uma aeronave militar no Havaí na manhã deste domingo (17), segundo o Corpo de Marines de Estados Unidos.
A aeronave, um Osprey –que pode pousar e decolar como um helicóptero– teria pegado fogo após o impacto. "Os marines estavam desempenhando um treinamento de rotina neste momento", disse o capitão Brian Block, do Corpo de Marines, em nota. Segundo ele, os feridos foram levados a hospitais locais para receber tratamento.
O grupo tinha saído de San Diego (Califórnia) no último dia 10 para uma missão de sete meses em regiões do chamado Comando Central e do Pacífico.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


FAB intercepta avião com 361,7 kg de cocaína no Ceará


Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram um Cessna que transportava 361,7 quilos de cocaína em Boa Viagem, a 220 quilômetros de Fortaleza (CE), no sábado, 16. Quando a Polícia Federal chegou no local, os bandidos já haviam fugido. Esta foi a terceira apreensão de aviões com drogas em pouco mais de um mês no estado.
O pouso do Cessna foi feito em Santa Cruz, a 30 quilômetros da sede de Boa Viagem, por determinação de aviões da FAB. Testemunhas informaram à PF que os tripulantes fugiram em duas caminhonetes assim que pousaram.
Outros casos
Em 11 de abril um avião que vinha do Paraguai caiu na fronteira do Ceará com o Piauí com 250 quilos de cocaína. Em 14 de abril outro avião de médio porte foi interceptado em Canindé, a 120 quilômetros de Fortaleza, com 400 quilos de cocaína. Nesta apreensão além da droga foram presas cinco pessoas.

AGÊNCIA BRASIL


Dilma reúne ministros para avaliar cortes no Orçamento


Pedro Peduzzi

A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se hoje (17), no Palácio da Alvorada, com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Eles chegaram no Alvorada por volta das 15h30. A reunião terminou por volta das 19h. Os ministros e assessores da Presidência deixaram o Palácio da Alvorada sem falar com a imprensa. O objetivo da reunião foi avaliar os cortes no Orçamento para o cumprimento do ajuste fiscal anunciado pelo governo.
O Executivo tem até o fim desta semana para anunciar o valor do contingenciamento orçamentário e onde serão efetuados os cortes que possibilitarão cumprir o ajuste fiscal pretendido. Com esse esforço, o governo pretende criar condições para que, a partir de 2016, o país volte a crescer.
A expectativa é que esse corte no Orçamento da União oscile entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões. Por regra, o contingenciamento precisa ser anunciado no prazo de 30 dias contados a partir da sanção presidencial ao Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional. O bloqueio das verbas valerá até o final do ano.
Os cortes deverão ser anunciados nesta semana. Enquanto não forem publicados, vale o decreto que limita os gastos discricionários (não obrigatórios) entre janeiro e abril aos montantes gastos nos mesmos meses de 2014.



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