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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/03/2015

Quem vigia os drones? ...




A expressão "o céu é o limite" soa antiquada em 2015, enquanto o mundo fica cada vez mais fascinado com a rápida ascensão tecnológica dos drones. Mesmo sem a regulamentação para a utilização deles no Brasil, não é difícil encontrar quem já tenha um desses aparelhos, à venda em lojas e sites nacionais e internacionais - só é ilegal colocá-los para voar, não comprá-los. E esse é um ponto essencial da história dos drones: a complexidade de se compreender que algo com aspecto de brinquedo possa ser uma arma ou um instrumento de repressão. É também uma questão de localização geográfica: se você estiver nos Estados Unidos ou Israel, é possível que os associe prontamente à guerra; no Brasil, a divertidas imagens aéreas antes só captadas por equipamento profissional e helicópteros ...



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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Malásia promete continuar busca por avião desaparecido em voo MH370

Declaração sucede relatório internacional que não oferece novas pistas. Aeronave sumiu dos radares em 8 de março de 2014.

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse neste domingo (8) que o governo continuava comprometido com a busca do avião que desapareceu há um ano no voo MH370 sem deixar vestígios. A declaração foi dada após um relatório de investigadores internacionais não ter oferecido nenhuma pista nova sobre o destino da aeronave.
Um relatório de 584 páginas sobre o desaparecimento do Boeing 777-200ER forneceu detalhes sobre como radares tinham rastreado o avião saindo do curso por questões relativas à bateria do gravador de dados do voo.
No entanto, o relatório não identificou uma causa definitiva para o desaparecimento, acrescentando que não havia nada suspeito nos históricos médico, pessoal e financeiro de pilotos e tripulantes.
O MH370 desapareceu das telas de radares pouco depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, no início do dia 8 de março do ano passado, tornando-se um dos maiores mistérios da história da aviação.
Os investigadores acreditam que o avião, transportando 227 passageiros e 12 tripulantes, voou milhares de quilômetros fora de seu curso antes de eventualmente cair no oceano da Austrália.
A busca pelo avião ao longo de uma extensa área no mar de 60 mil quilômetros quadrados a cerca de 1,6 mil quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth não encontrou nada até agora.
A busca na área, que especialistas acreditam que responde pelo local mais provável do avião, provavelmente será concluída até maio.
"O desaparecimento do MH370 não tem precedentes, assim como sua busca – de longe, a mais complexa e tecnicamente desafiadora na história da aviação", disse Najib em um comunicado.
"Juntamente com nossos parceiros internacionais, nós seguimos a pouca evidência que existe. A Malásia continua comprometida com a busca e esperançosa de que o MH370 será encontrado", completou.

REVISTA ÉPOCA


Crise? Que crise?


Felipe Patury

O governo pedirá que o senado autorize a União a contrair um empréstimo de US$ 5.4 bilhões em bancos suecos para pagar a compra de 36 caças Gripen para a FAB.
Terá de mudar muito o humor do presidente do Senado , Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolveu ao planalto a MP que acabava com a desoneração da folha de pagamentos.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Embraer bate recorde global


Natália Flack E Luiz Gustavo Pacete

A Embraer Aviação Executiva bateu recorde na entrega de jatos executivos, em 2014. Foram entregues 73 aeronaves do modelo Phenom 300, ante as 60 de 2013. Em cinco anos de operação, a frota já conta com 250 aviões e alcançou 57% de mercado. "O portfólio da companhia é amplo e o dólar vai continuar favorecendo suas receitas", diz Luiz Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos. No ano, os papéis sobem 5%.

Palavra do analista:
Segundo Luiz Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, a apreciação do dólar frente o real deve impulsionar os resultados da Embraer, dado que mais de 90% de suas receitas são denominadas em moeda americana.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Cidades afetadas pela cheia no Acre recebem 7 toneladas de medicamentos


Luly Zonta

Os municípios atingidos pela cheia no Acre receberão mais de sete toneladas de medicamentos e insumos enviados pelo governo federal. O material, que começou a chegar ao Estado na última sexta-feira (6), foi dividido em 30 kits, de 250 kg cada um.
A previsão do Ministério da Saúde é que até o fim desta semana todas as unidades sejam entregues pela força-tarefa do Exército que têm atuado em parceria com o Estado.
O kit é composto por 30 medicamentos, incluindo antibióticos e anti-inflamatórios e 18 insumos estratégicos (ataduras, seringas) para o atendimento, por um período de três meses, de até 500 pessoas desabrigadas e desalojadas.
"Estamos fazendo um novo envio para reposição dos medicamentos. Só neste ano já foram enviados ao Acre 41 kits", afirma Daniela Buosi, coordenadora de Vigilância e Saúde Ambiental do Ministério da Saúde.
Ela explica que a logística é complexa e que cada emergência requer um plano de contingência. No caso do Acre, a nova remessa está indo de avião até Rio Branco. De lá, será encaminhada aos demais municípios afetados.
"Enviamos um mínimo de dois kits por voo, de acordo com a carga máxima de cada aeronave. Afinal, cada kit pesa 250 kg".
Segundo a coordenadora, a medida não é um ato isolado, integra o sistema de gestão de emergência previsto na Portaria 2363 do Ministério da Saúde que instituiu repasses do Fundo Nacional de Saúde a Estados e municípios em estado de calamidade pública. Além do aporte material, equipes de apoio também são escolhidas ou enviadas para as localidades.
FAXINA
Uma operação de limpeza será iniciada nesta segunda-feira (9) em Rio Branco, onde as águas do rio Acre permanecem em constante vazante.
Os trabalhos terão início às 6h e a jornada só se encerra às 22h. Cerca de 570 homens divididos em 30 equipes estarão envolvidos nos trabalhos de retiradas de entulhos, desobstrução de esgotos e lavagem das ruas de bairros que já apresentaram vazante (Bahia Nova, Bahia Velha, Carandá, parte do Aeroporto Velho, Habitasa, parte da Cadeia Velha e Cidade Nova).
O serviço de higienização envolverá 270 máquinas, entre caçambas, pá carregadeiras, caminhões pipas, retroescavadeiras e outros.
"Na medida em que rio for baixando, iremos avançando com a operação nos demais bairros, como a Seis de Agosto, Taquari, Triangulo Velho e Novo. Estamos orientando as famílias que estão em abrigos públicos para que aguardem o nível das águas baixar. Para que somente após a limpeza das áreas afetadas, elas retornem às suas residências", afirmou o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, em nota.
Na manhã deste domingo (8), o nível do manancial marcava 16,85 metros, segundo boletim da Defesa Civil. Para que os moradores voltem aos seus lares, essa marca precisa atingir pelo menos 14 metros.


PORTAL UOL


Quem vigia os drones?


Paulo Terron

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A expressão "o céu é o limite" soa antiquada em 2015, enquanto o mundo fica cada vez mais fascinado com a rápida ascensão tecnológica dos drones. Mesmo sem a regulamentação para a utilização deles no Brasil, não é difícil encontrar quem já tenha um desses aparelhos, à venda em lojas e sites nacionais e internacionais - só é ilegal colocá-los para voar, não comprá-los. E esse é um ponto essencial da história dos drones: a complexidade de se compreender que algo com aspecto de brinquedo possa ser uma arma ou um instrumento de repressão. É também uma questão de localização geográfica: se você estiver nos Estados Unidos ou Israel, é possível que os associe prontamente à guerra; no Brasil, a divertidas imagens aéreas antes só captadas por equipamento profissional e helicópteros.
Esses veículos aéreos não tripulados (conhecidos pela sigla Vant no Brasil) têm conquistado cada vez mais espaço - e em áreas completamente distintas. Talvez seja a possibilidade de se fazer imagens aéreas, algo antes reservado apenas aos grandes estúdios de cinema ou redes de televisão. Mas a origem desses aparelhos, a mesma que permitiu e impulsionou o rápido desenvolvimento tecnológico deles, e sua utilização futura ainda são obscuras e questionáveis.
Uma piada curta expõe bem a complexidade do uso de drones em batalhas, algo feito com intensidade pelos Estados Unidos desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. "O Jonas Brothers estão aqui, em algum lugar, a Sasha e a Malia são fãs deles", disse o presidente Barrack Obama em um evento da Casa Branca, em 2010, referindo-se à paixão das filhas pelo grupo pop. "Mas, rapazes, não venham com ideias. Tenho duas palavras: drones Predator - vocês nunca os verão se aproximando." Quem passou pelo terror de ver drones militares em ação não viu graça na fala de Obama. O presidente foi duramente criticado pela falta de consideração com as vítimas - muitas delas civis - dos drones norte-americanos usados em países como Afeganistão e Paquistão. Neste ano, a temática voltou para assombrá-lo. Quando um Vant caiu no jardim da residência oficial do presidente em janeiro, os protocolos de segurança foram acionados imediatamente. Ironicamente, apenas as filhas de Obama estavam na Casa Branca no momento do incidente (o drone era de um funcionário do Serviço Secreto e a queda foi acidental).
O governo dos Estados Unidos, portanto, já está ciente dos possíveis perigos dos drones. E ele não está só: entidades de direitos humanos apontam um número de vítimas civis impressionantemente maior nas áreas em que drones são usados como arma de ataque, além de criticar duramente o uso deles em vigilância mesmo fora de zonas de conflito. Talvez por isso o processo de regulamentação do uso comercial dessas máquinas ainda seja um desafio, tanto para o Brasil quanto para os norte-americanos. Não será fácil entender os limites de um aparelho que pode ser de utilidade pública, às vezes um brinquedo, de uma arma.
CAMPEÃO DA GUERRA
O MQ-9 Reaper está entre os modelos mais modernos usados para ataques militares
EMPURRÃO DO TERROR
"Tinham couraças como couraças de ferro, e o som das suas asas era como o barulho de muitos cavalos e carruagens correndo para a batalha." O versículo 9 do capítulo 9 do livro de Apocalipse, na "Bíblia", é apontado por muitos como uma previsão de uma grande guerra de drones que, junto a outros acontecimentos, levaria ao fim do mundo. Mais realista é observar como uma batalha menos visível, a "guerra ao terror", impulsionou essa tecnologia ao longo dos anos, tornando a passagem bíblica algo real para alguns países.
Os drones como os conhecemos hoje são um produto direto dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Foi depois deles que o exército norte-americano voltou a investir nesse tipo de tecnologia para poder atuar à distância em diversos países, principalmente no Iraque, Afeganistão, Paquistão e Síria. Enquanto os norte-americanos haviam se desinteressado pelos drones, a tecnologia continuou a ser desenvolvida por Israel nos anos 70 e 80 - mas não da mesma forma que ela evoluiu depois da queda das Torres Gêmeas. "O Pentágono encomendava essas máquinas mais rápido do que as empresas conseguiam produzi-las", relata a ativista Medea Benjamin no livro "Drone Warfare: Killing by Remote Control" ("Guerra de Drones: Matando por Controle Remoto", em tradução livre). "Em 2000, o Pentágono tinha menos de 50 drones aéreos; 10 anos depois, tinha quase 7500."
Hoje, a partir de centrais de controle em solo ianque, pilotos e operadores comandam frotas de vigilância e ataque devastadoras. Henry Kissinger, secretário de Estado dos governos de Richard Nixon e Gerald Ford, polemizou no ano passado ao comparar conflitos antigos com recentes. Em entrevista à rede de rádio NPR, ele tentou relativizar a muito criticada ação dos EUA no Camboja, nos anos 60 e 70, quando ele fazia parte do governo. "Acredito que o princípio seja essencialmente o mesmo. Você ataca locais onde acredita que as pessoas que estão te matando operem. Você faz da forma mais limitada possível. E aposto que se alguém fizesse uma verificação honesta, haverá menos vítimas civis no Camboja do que há vítimas de ataques de drones norte-americanos." O número de civis mortos no Camboja não é conhecido, mas estudiosos acreditam que possa estar entre 4 e 50 mil pessoas. Não é uma quantidade que possa ser considerada baixa, seja qual for.
Os críticos ao uso de veículos aéreos não tripulados alegam que a ausência física de um piloto faz com que os militares arrisquem mais - sendo que o principal risco é para a vida alheia. "Vemos silhuetas, sombras de pessoas", contou o ex-operador de drones militares norte-americanos Brandon Bryant à BBC. "E nós matamos aquelas sombras", completa. Bryant diz ter participado de ações que mataram mais de 1600 pessoas ao longo de cinco anos. O fato de os Estados Unidos não liberarem informações precisas sobre o programa de Vants militares só piora a situação, já que não deixa claro à sociedade como possíveis erros poderiam ser punidos. Porque, na verdade, segundo ex-militares, eles não são.

AQUELE QUE TUDO VÊ
Claro que nem só de ataque bélico sobrevive a função de um drone contemporâneo. Popular e barato, ele é personagem cada vez mais constante em diversas áreas. E, naturalmente, passou a ser um requisitado instrumento de segurança - ainda que de modo experimental. Nos Estados Unidos, a polícia de algumas cidades ainda tentam adotar o uso de veículos aéreos não tripulados. Em Seattle, por exemplo, a ideia foi tão mal recebida pela população (alegando uma invasão desnecessária da privacidade do cidadão) que os aparelhos foram devolvidos ao fabricante antes mesmo de ganharem os céus. Dependendo do modelo e seus acessórios, um aparelho desses pode vigiar uma pessoa com visão noturna, detecção de calor, identificação de placas de veículos e tudo isso com uma grande possibilidade de não ser visto. É uma linha extremamente tênue entre vigilância e espionagem.
No Brasil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda está em processo de regulamentar a utilização comercial dos aparelhos. Por enquanto, qualquer uso que não seja militar requer uma autorização do órgão. Em ambiente urbano, o 32º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em Macaé, já usou um drone em operações contra o tráfico de drogas (em e-mail, a assessoria de imprensa da PM-RJ negou que atualmente possua esse tipo de aparelho, mas se recusou a dar mais detalhes). A PM de Lavras, em Minas Gerais, também contou com apoio de um Vant em uma operação que localizou uma plantação de maconha no quintal de uma residência. Consultada pelo TAB, a Anac confirmou que a PM precisa de autorização para esse uso. "São consideradas militares apenas as integrantes das Forças Armadas e aquelas requisitadas na forma da lei para missões militares. As aeronaves de Polícia Militar são consideradas civis, conforme prevê o art. nº 107 do Código Brasileiro de Aeronáutica", disse a agência por meio de comunicado.
Já a FAB (Força Aérea Brasileira) - que não precisa de autorização da Anac - tem investido no uso de Vants para vigilância. Desde abril de 2011 a unidade aérea 1°/12° Grupo de Aviação já usou drones nas Operações Ágata (na fronteira do Brasil, de 2011 a 2014), nas ações de segurança durante a Rio+20 (em junho de 2012), Copa das Confederações (julho de 2013) e na Copa do Mundo (junho e julho de 2014). A base fica em Santa Maria (RS), onde estão quatro Vants de fabricação israelense Hermes 450 e um Hermes 900. Segundo a FAB, eles "são equipados com sistemas eletro-ópticos capazes de localizar e acompanhar alvos tanto de dia quanto de noite, e assim podem cumprir missões de busca, controle aéreo avançado, reconhecimento, Garantia da Lei da Ordem, dentre outras". Nos próximos anos, há planos para que novas unidades como a de Santa Maria sejam criadas nas regiões Centro-Oeste e Norte.
A utilização mais ampla dessa tecnologia - sem que ela seja regulamentada - abriria as portas para um universo de incertezas, como questiona Jorge Machado, professor de Gestão de Políticas Públicas da USP (Universidade de São Paulo). "Será que as imagens de uma pessoa que está participando de uma manifestação - ou andando na rua - podem ser usadas contra ela? E se elas estão sendo filmadas e fotografadas sem saber? É um problema muito sério", afirma. "Creio que precisaríamos de legislação que protegesse mais o cidadão de uma invasão de privacidade da qual ele não tem o mínimo conhecimento - e contra a qual ele não tem nem como reagir. A solução é essa: legislar, não demonizar o drone. Assim como é feito com a internet", completa.
Por enquanto, a situação é complexa. Pense na seguinte cena: você está em casa em um domingo ensolarado, vendo TV, e um drone surge na sua janela com a câmera virada para você. O que fazer para punir o responsável por essa invasão da sua privacidade? Não muito. É possível se queixar à Anac, que vai analisar se aquele voo foi irregular - mas só se houver uma suspeita de que há algo de errado e, mais que isso, você tenha indícios da possível infração (imagens do aparelho em ação, por exemplo). O órgão considera as denúncias essenciais, mas como a quantidade delas é grande, não tem como investigar as que não venham com informações concretas. E isso tudo seria apenas relativo a um possível voo irregular, não à invasão da sua privacidade.
"Por enquanto não existe uma legislação específica sobre isso, mas o Código Civil tem um dispositivo que protegeria a pessoa de ter a intimidade violada. Ela poderia submeter isso ao judiciário", explica a advogada Tais Borja Gasparian, mestre pela Faculdade de Direito da USP e especialista em direito civil. "É o artigo 21 do Código Civil, que fala que a vida privada da pessoa é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a essa norma." Então, se você souber que sendo filmado, pode entrar com uma medida judicial com base nesse dispositivo e requerendo não ser mais. "E aí o juiz vai decidir, tentar saber quem está fazendo isso, se existe motivo, se é para a segurança nacional", completa a advogada.
Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e professor de Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da UERJ, acredita que o Brasil ainda está atrasado na área relativa à privacidade do cidadão - e não só em relação aos drones de vigilância. "Vale lembrar que o Brasil não tem até hoje uma lei de proteção de dados pessoais", diz. "Ou seja, informações das pessoas, como sua localização, seu comportamento na internet, seus traços faciais, sua biometria, os dados do seu DNA, nada disso encontra proteção legal específica no Brasil. Só para ter uma base de comparação, outros países têm leis para proteger essas questões há mais de 20 anos. Mesmo vizinhos latino-americanos, como a Argentina ou a Colômbia, já possuem suas leis sobre o tema. Com isso a situação fica completamente desregulada no que diz respeito à privacidade." Ele aponta para uma esperança futura, entretanto: a consulta pública de um anteprojeto de lei para a proteção de dados pessoais "Este é o primeiro passo no longo caminho de formulação de uma lei semelhante no Brasil. Até isso acontecer, a situação muito provavelmente continuará como está", afirma.
MEDO PARA TODOS
Se o caminho para a regulamentação ainda não é claro nem para os Estados Unidos, pelo menos um ponto em relação aos drones é: se você pode utilizá-los contra alguém, alguém pode utilizá-los contra você. O caso do Vant no jardim da Casa Branca foi só uma explicitação de algo que já preocupa o governo Obama há tempos: mesmo os veículos aéreos não tripulados mais básicos, vendidos em lojas, podem ser adaptados para ataques terroristas. Segundo a revista "Wired", os EUA realizaram uma série de testes - incluindo um no qual um comboio de tanques militares guerreou com o equivalente a US$ 5 mil em drones. Quem ganhou? Os "brinquedos". Em um mundo onde o principal inimigo dos norte-americanos, o Estado Islâmico, prospera com o uso eficiente de equipamento variado, o perigo está à espreita - rebeldes sírios estão importando Vants comuns para serem usados em ataques, segundo o governo Obama. Pode ser um exemplo extremo, mas ele é adaptável a diferentes realidades. Drones já foram flagrados entregando drogas e telefones celulares em cadeias de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil.
Esses "desvios de conduta" dos Vants disparam um alarme de alerta nas fábricas há algum tempo. Diversos modelos comerciais têm um firmware que os impede de voar em áreas de aeroportos, e uma atualização recente da marca DJI - fabricante do popular Phantom - também impôs restrições de um raio de 25 quilômetros ao redor da Casa Branca. É só um paliativo: nada impede que os firmwares - as programações do sistema do aparelho - sejam modificados ou refeitos pelos usuários mais experientes, mas demonstra boa vontade da empresa em relação à segurança de um país traumatizado pelo 11 de setembro. Sim, os mesmos ataques terroristas que impulsionaram a tecnologia dos drones. E tudo o que vinha sendo usado contra o inimigo pode se tornar uma vantagem para ele: o controle de forma remota, a dificuldade em se identificar que está fazendo o ataque, a ousadia da falta de riscos. Repete-se também uma tradição histórica de - sempre de forma indireta - os norte-americanos fornecerem armamentos aos próprios inimigos. Se na época da guerra entre Irã e Iraque o apoio ao segundo o fortaleceu para que mais tarde ele se virasse contra os EUA, no período atual - em que o inimigo é abstrato e sem uma nação definida -, o armamento é "fornecido" por meio de uma tecnologia surgida para a guerra, adaptada para o entretenimento, e que pode ser reformatada, mesmo que com improvisos, para voltar à origem bélica.

A história aponta com clareza: sem uma regulamentação, corre-se o risco de uma tecnologia crescer descontroladamente, o que já ocorreu antes. "Veja só a história da internet, que é bastante interessante: ela começou como uma rede militar e depois acabou, gradualmente, sendo apropriada pela academia e depois pela sociedade. Ela foi desmilitarizada", relembra o professor Machado. "Nos últimos anos, observamos a "remilitarização" e também um grande sistema de vigilância que foi criado em cima dela. É um grande dilema. Os drones são uma tecnologia que, em grande parte, foi desenvolvida por interesse militar, e agora tem um uso civil cada vez maior. Pode ser que venhamos a ter uma batalha dos drones, com civis usando-os para seguir políticos ou terroristas fazendo ataques com eles", completa. Mais do que nunca, vale pensar com cuidado no que você vai dar de presente de Natal para seus filhos.

Apesar das vitórias, ainda há quem deprecie papel da FEB na 2ª Guerra


Luiz Eduardo Rocha Paiva

Na 2ª Guerra Mundial, quando o Brasil combatia junto aos aliados contra o Eixo nazifascista, fevereiro, março e abril de 1945 marcaram a sucessão de relevantes vitórias da FEB (Força Expedicionária Brasileira) sobre a Wehrmacht (forças armadas da Alemanha).
Em 1942, o Brasil rompera relações diplomáticas com os países do Eixo, após o ataque japonês aos EUA em Pearl Harbor, cumprindo acordo de mútua solidariedade assumido pelos países americanos na Conferência de Havana, em 1940. A reação nazista foi o torpedeamento de navios mercantes brasileiros, matando mais de 2.500 irmãos.
O Brasil não estava preparado para ir à guerra, mas a dignidade nacional exigia tal resposta, pois não bastaria ceder bases militares aos aliados para lavar a honra da pátria. O envio da FEB ao front e seus feitos em campos de batalha italianos mostraram o valor de nossa gente e projetaram globalmente o país.
Há quem deprecie as vitórias da FEB por não terem sido decisivas na derrota do Eixo. Ora, ela era apenas uma das 69 divisões combatentes, considerando apenas as dos EUA na Europa, e atuava em um teatro de operações (TO) secundário. Seus objetivos foram compatíveis aos de uma divisão de infantaria a pé, sem blindados, e eram importantes para o IV Corpo de Exército (IV CEx) dos EUA, ao qual se subordinava.
O nível da FEB, como de qualquer divisão, era tático, e não estratégico. É louvável o Brasil de 1943 ter mobilizado, em um ano, 25 mil combatentes para enfrentar a poderosa Wehrmacht. Hoje, uma força de paz de mil militares para o Haiti, onde a ameaça é de gangues armadas apenas de fuzil, é preparada em seis meses.
A FEB venceu ingentes desafios até se tornar um eficaz instrumento de combate. Os EUA só entregaram o equipamento e armamento na Itália, pois eram necessários às forças aliadas em operações e era uma incógnita o envio de tropas brasileiras ao front.
Ela entrou em combate com preparação incompleta, substituindo duas divisões aliadas veteranas. Os reveses sofridos pelo exército dos EUA – quando empregado em condições semelhantes na Tunísia em 1943 – indicavam que isso teria um custo para a FEB.
A respeito da infeliz experiência norte-americana, o General Eisenhower escreveu: foi a inexperiência, particularmente dos comandantes / As divisões americanas não foram beneficiadas com os programas de treinamento intensivo / permaneceram separadas de seu armamento e de grande parte de seu equipamento durante um longo período / Os comandantes e as tropas evidenciaram os efeitos dessa anomalia / embora não lhes faltasse a coragem e o caráter sua eficiência inicial não se compara com a demonstrada / depois de um ano de treinamento.
As batalhas
A FEB atuou em um TO montanhoso, que permite a defesa com forças reduzidas, ainda mais de um inimigo aguerrido, bem equipado e experiente, considerado o exército mais profissional do mundo. Após os êxitos iniciais na aproximação dos montes Apeninos, foi empregada contra a poderosa Linha Gótica para conquistar o Monte Castelo. O fracasso anterior da ofensiva anglo-americana contra Bolonha indicava a necessidade de uma parada tática, e o início do inverno aconselhava esperar o fim da estação para retomar as operações de movimento.
O comando americano avaliou mal o valor defensivo do terreno e o poder de combate exigido para derrotar o inimigo e os efeitos das condições climáticas. O efetivo empregado nos quatros ataques a Monte Castelo, em novembro e dezembro de 1944, era insuficiente – como alertava o general Mascarenhas de Morais, comandante da FEB –, fato agravado quando um contra-ataque alemão desalojou a tropa americana que protegeria nosso flanco esquerdo.
Atacar, recuar em ordem e permanecer na frente sem ser substituída foi um mérito da FEB. Aliás, no front ocidental, poucas divisões aliadas superaram os 239 dias ininterruptos da FEB em contato com o inimigo. É claro que os reveses em Monte Castelo, os dois primeiros sob comando americano, também se deveram à nossa inexperiência e preparação incompleta.
Tais deficiências foram superadas em dezembro de 1944 e janeiro de 1945 nos confrontos entre pequenas frações no front, e não em campos de instrução à retaguarda. A conquista do Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945 despertou a confiança na FEB, consolidada nas vitórias de Castelnuovo, Montese e Fornovo, onde ela aprisionou a 148ª Divisão Alemã, primeira força de tal magnitude a se render na Itália.
A grande batalha da FEB foi a da Linha Gótica, rompida de fevereiro a abril de 1945. Batalhas duram semanas ou meses, e muitos desconhecem que são uma sucessão de combates, não apenas um, com avanços, interrupções temporárias e, às vezes, recuos.
Monte Castelo, um dos pontos fortes no limite avançado da Linha Gótica, foi um dos duros combates para rompê-la. Por ser apenas uma divisão, a essência da história da FEB teria de ser o combate de pequenas frações, subunidades e unidades. Soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães e comandantes de unidades venceram o maior desafio do guerreiro – enfrentar o fogo inimigo com equilíbrio emocional, competência e coragem.
É preciso conhecer doutrina, tática e história militar para avaliar o desempenho da FEB sem cair na servidão intelectual de aceitar, sem questionar, opiniões colhidas em fontes de metrópoles culturais. As do lado aliado, eventualmente dissimulam erros de seus comandos e, do lado ariano, relatórios costumam omitir os feitos de forças mestiças nos reveses sofridos.
A FEB mostrou a importância do culto aos valores cívicos. O amor à pátria, o sentimento do dever e a camaradagem, forjados nos riscos comuns, uniram e fortaleceram os pracinhas, impondo-se às diferenças e preconceitos de cor, credo, classe social e ideologia. Infelizmente, esta história é desconhecida dos brasileiros, confirmando as palavras do Padre Antônio Vieira (1608-1697): se servistes à pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma.


PORTAL BRASIL


Tenente Vitória é a primeira mulher a comandar um helicóptero de ataque da FAB

Aos 23 anos, a militar conduz uma máquina de guerra capaz de disparar mísseis e foguetes

A Tenente Aviadora Vitória Bernal Cavalcanti entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do País a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque. Na última sexta-feira (6), ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho.
“É uma grande honra e responsabilidade ser a primeira mulher a pilotar um helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira. Espero que isso sirva de inspiração para todas as mulheres, mostrando que, por meio do esforço e da dedicação, nós podemos alcançar qualquer objetivo”, ressaltou Vitória.
Formada pela Academia da Força Aérea (AFA) em 2013, a Tenente Vitória, hoje aos 23 anos, é natural de São Paulo (SP). Ela é a primeira aviadora do Esquadrão Poti, equipado com os helicópteros de ataque AH-2. A aeronave, armada com um canhão de 23mm e capaz de lançar mísseis e foguetes, é blindada e pesa 12 toneladas.
"Ainda terei muitos estudos e treinamentos pela frente para cumprir todas as ações da FAB atribuídas ao Esquadrão Poti, que são defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado”, destacou a tenente.
Após pilotar aviões T-25 e T-27 na AFA, a Tenente Vitória passou um ano em Natal (RN), no comando de helicópteros H-50 Esquilo. Transferida em 2015 para Porto Velho, seu primeiro desafio foi o curso teórico da aeronave AH-2 Sabre. Agora, ela treina para atuar como Piloto Operador de Sistemas de Armas (POSA), responsável por acionar o armamento do AH-2.

Força Área conta com 10 mil mulheres em diversos cargos

Presença feminina na FAB tem aumentado nos últimos anos em funções como pilotos de combate e comandante de organização militar

No começo, elas eram exceções. Mas agora, a presença de mulheres na Força Aérea Brasileira já é uma realidade em praticamente todos os setores: das cabines de aeronaves de combate até o comando de uma organização militar.
Desde 2003, houve um aumento de 277% da participação feminina. Hoje, são 10.160 mulheres na FAB, o equivalente a 14,55% do efetivo de militares.
Dos Terceiros-Sargentos formados na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) nos últimos sete anos, 5.739 são homens e 3.057 mulheres.
E cada vez mais jovens se interessam pela carreira, como Williany Cássia Oliveira da Silva, de 17 anos. Ela mora em Guaratinguetá (SP), onde está localizada a EEAR, e, de tanto ver jovens de todo o Brasil iniciarem a carreira militar, decidiu seguir o mesmo caminho.
“Acho interessante e me empolgo quando falam sobre a rotina dentro da escola. Sei que nós, mulheres, podemos mostrar toda a capacidade que temos para exercer as mesmas profissões e as mesmas funções que um sexo masculino dentro do militarismo", ressalta Silva.
Neste ano, a presença feminina na FAB teve mais um marco: em janeiro, pela primeira vez, uma mulher passou a comandar uma organização militar da instituição. A Coronel Médica Carla Lyrio Martins assumiu a Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes, sediada no Rio de Janeiro.
História
As pioneiras na FAB ingressaram em 1982, quando foram criados os quadros femininos de oficiais e de graduadas. A entrada de mulheres na Academia da Força Aérea (AFA) no Quadro de Oficiais Intendentes foi autorizada em 1995. Oito anos depois, em 2003, a AFA recebeu as primeiras mulheres para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores.
Já na Escola de Especialistas de Aeronáutica, a primeira vez que elas puderam ingressar foi em 2002. Aos poucos, elas foram conquistando espaço dentro da instituição.
Em 2003, a então Cadete Gisele Cristina Coelho de Oliveira foi a primeira piloto militar a voar sozinha em uma aeronave da FAB. Já em 2009, pela primeira vez, uma dupla feminina comandou uma missão: as tenentes Joyce de Souza Conceição e Adriana Gonçalves, do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, decolaram de Manaus (AM) em um C-98 Caravan em direção a Parintins (AM).
No futuro, toda a Força Aérea Brasileira poderá ser comandada por uma mulher. Isso porque a FAB já tem mulheres no quadro de Oficiais-Aviadores desde 2006, quando foi formada a primeira turma.
Hoje, elas são 40 Oficiais e Aspirantes-a-Oficial e podem voar em todos os tipos de aeronaves, como caças, helicópteros e aviões de transporte. Outras oito cadetes-aviadoras estão em treinamento na AFA. As pioneiras atingiram, em 2014, o posto de Capitão.
Ingresso
As mulheres podem ingressar na Força Aérea por meio das escolas de formação de sargentos e oficiais. Todos os exames de seleção, independentemente da escolaridade exigida, obedecem as seguintes etapas: prova teórica, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, inspeção de saúde e, em alguns concursos, prova de títulos e prova prática.
Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) - Guaratinguetá (SP)
Para ingressar no Curso de Formação de Sargentos é preciso ter concluído o ensino médio e não ter completado 24 anos até a data da matrícula e início do curso.
As mulheres podem cursar a EEAR nas especialidades de Eletricidade, Eletrônica, Equipamentos de Voo, Meteorologia, Suprimento, Administração, Informações Aeronáuticas, Cartografia, Desenho, Enfermagem e Eletricidade.
O curso tem duração de dois anos e forma militares de carreira. Ao receber o diploma, a aluna passa para a graduação de Terceiro-Sargento especialista podendo, por meio de seleções internas, se tornar oficial.
Academia da Força Aérea (AFA) - Pirassununga (SP)
A candidata ao Curso de Formação de Oficiais Aviadores e Intendentes precisa ter concluído o ensino médio e não possuir menos de 17 anos na data da matrícula nem completar 21 anos até 31 de dezembro.
Os cursos têm duração de quatro anos e, ao formar-se, a cadete é diplomada Aspirante-a-Oficial da Força Aérea Brasileira e poderá chegar a oficial-general.
Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) - Belo Horizonte (MG)
Para ingressar, a candidata precisa ser formada em instituições de ensino superior reconhecidas pelo MEC, ter registro no respectivo conselho regional e possuir, no máximo, de 32 a 35 anos, dependendo da especialidade.
O curso tem duração máxima de 17 semanas e, ao concluí-lo, a estagiária é nomeada Primeiro-Tenente e segue carreira como oficial da FAB. Há oportunidades para médicas, engenheiras e advogadas, entre outras.

OUTRAS MÍDIAS


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França - Drone avistado a sobrevoar instalações militares em Paris

Um drone foi avistado no sábado à noite a sobrevoar as instalações militares de Seine-Port, na região de Paris, que albergam um centro de comunicações da Marinha francesa, revelou hoje o canal de televisão iTélé .
A aeronave foi avistada pelas 21:30 locais (20:30 em Lisboa) no espaço aéreo da base na qual está instalado o Centro de Transmissões da Marinha de Sainte Assisse (CTM), segundo a agência Efe.
 Há várias antenas de telecomunicações na zona, algumas das quais com mais de 200 metros de altura, encarregues de estabelecer a comunicação com os submarinos franceses em missão.
São já vários os sobrevoos de drones avistados nas instalações militares francesas nos últimos meses. Em janeiro foi avistado um drone no porto de Brest, onde estão atracados os submarinos nucleares franceses.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, afirmou no passado dia 03 que desde 15 de outubro foram detetados "60 sobrevoos" de drones em áreas proibidas, nomeadamente, em centrais nucleares, bases militares e zonas urbanas, como Paris.



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