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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/10/2014

Embraer apresenta cargueiro militar KC-390 produzido para a FAB ...




Apresentação da aeronave será nesta terça-feira em Gavião Peixoto (SP). Contrato de R$ 7,2 bilhões prevê aquisição de 28 aeronaves em 10 anos ...



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A Embraer lança nesta terça-feira (21) o cargueiro militar KC-390. A apresentação será feita em Gavião Peixoto (SP), onde o modelo está sendo produzido. O acordo entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a fabricante brasileira de aviões prevê a aquisição de 28 aeronaves ao longo de dez anos - a primeira entrega está programada para 2016 ...




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Embraer apresenta cargueiro militar KC-390 produzido para a FAB

Apresentação da aeronave será nesta terça-feira em Gavião Peixoto (SP). Contrato de R$ 7,2 bilhões prevê aquisição de 28 aeronaves em 10 anos.

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A Embraer lança nesta terça-feira (21) o cargueiro militar KC-390. A apresentação será feita em Gavião Peixoto (SP), onde o modelo está sendo produzido. O acordo entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a fabricante brasileira de aviões prevê a aquisição de 28 aeronaves ao longo de dez anos - a primeira entrega está programada para 2016.
A aeronave serve para missões de transporte de militares e de carga e poderá pousar em pistas em áreas densas como a Amazônia ou remotas como a Antártica. O avião pode fazer o lançamento de paraquedistas e de carga, missões humanitárias, combate a incêndios, além de realizar buscas e até reabastecer outras aeronaves em voo.
"A Embraer fez o estudo de mercado para essa classe de transporte militar iniciado em 2005 e concluído em 2006, onde constatamos que havia um mercado interessante para um avião desse porte. Então acabamos respondendo a um pedido de demanda da FAB, com isso, sendo contratados pela Força Aérea para um desenvolvimento da aeronave em 2009", disse Paulo Gastão Silva, diretor do programa KC-390.
O contrato para produção em série prevê investimento de R$ 7,2 bilhões. O protótipo está na fase de montagem estrutural e mais de 1,5 mil trabalhadores estão diretamente envolvidos no projeto, além de mais de 50 empresas brasileiras que participaram do desenvolvimento do cargueiro.
Exportação
A Embraer tem negociações para a venda do KC-390 no exterior. "Nós estamos fazendo um avião que olha para o mercado como um todo. Nós já temos algumas declarações com intenções de compra do avião, são cinco países que já nos definiram, sendo Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca, e também estamos fazendo a promoção de marketing do avião no mundo todo", disse Silva.

AGÊNCIA SENADO


Cinquenta medidas provisórias de 2001 ainda estão válidas


Guilherme Oliveira

A Emenda Constitucional 32, promulgada em 2001, foi o primeiro instrumento que trouxe mudanças substanciais à forma de tramitação de medidas provisórias (MPs) no Congresso Nacional. Originada no Senado e fruto de um amplo debate, a emenda estabeleceu os atuais prazos, etapas e regras do processo de apreciação de MPs.
A emenda também teve outro efeito, necessário e curioso: ela congelou no tempo todas as medidas provisórias que vigoravam na época de sua promulgação, dando-lhes validade perpétua. Desse grupo, 50 ainda vigoram em 2014, 13 anos depois de sua edição — e, formalmente, ainda estão tramitando no Congresso.
Eternização
Enquanto as medidas provisórias posteriores à Emenda 32 devem seguir as regras que a nova norma estabeleceu, aquelas anteriores não poderiam ser afetadas. A solução que o Congresso Nacional encontrou foi acrescentar um dispositivo — o artigo 2º da emenda — preservando as MPs editadas até a data da promulgação, até que o próprio Congresso se dispusesse a decidir em definitivo sobre elas.
Segundo o texto, essas MPs continuam em vigor até serem explicitamente revogadas por outra norma ou até que o Congresso Nacional delibere em definitivo a respeito. Essa deliberação teria que seguir os procedimentos antigos de apreciação de medidas provisórias, anteriores à Emenda 32.
Pelas regras anteriores, a validade de uma medida provisória era de 30 dias. Ou seja, todas as MPs editadas ou reeditadas no mês anterior à promulgação da EC 32 —– que ocorreu em 11 de setembro de 2001 — foram alcançadas pela "eternização".
A revogação por outras medidas legais derrubou dez dessas medidas provisórias ao longo dos anos. Restam ainda 50, que continuam a produzir efeitos com força de lei (mesmo sem nunca terem passado por deliberação do Congresso) e não têm prazo de validade.
Situação atual
André Sak, diretor da Secretaria Legislativa do Congresso Nacional, explica que as MPs continuam sendo tratadas como qualquer outra matéria em tramitação. — Temos que publicá-las em toda Ordem do Dia. Recentemente, fizemos um mutirão e preparamos encaminhamento de votação para todas elas, para agilizar o trabalho numa eventual retomada da tramitação - relata.
As MPs não estão sob responsabilidade da Câmara ou do Senado porque, segundo as regras de tramitação anteriores à EC 32, as medidas provisórias deviam ser analisadas em sessão do Congresso Nacional.
Outro aspecto curioso é que as comissões mistas para análise prévia de algumas dessas MPs precisam continuar existindo enquanto elas estiverem em tramitação. Esses órgãos, constituídos há mais de uma década, ainda estão formados de modo protocolar e seria necessário que voltassem a promover reuniões para debater ou deliberar alguma das medidas. — É claro que essa regra é inaplicável. As bancadas mudaram, há partidos que não existem mais e alguns parlamentares nem estão mais vivos - ressalta Sak.
O diretor relata que é muito raro haver alguma iniciativa para movimentar essas medidas provisórias. Geralmente, quem a toma são membros da sociedade civil, por meio de parlamentares.
Em maio deste ano, por exemplo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu representantes das Forças Armadas, que solicitaram retomada das discussões sobre a MP 2.215/2001, que reestrutura a remuneração dos militares. Válida até hoje, a medida aguarda a votação dos parlamentares.
Segurança jurídica
Para o consultor legislativo do Senado Fernando Trindade, especialista em processo legislativo, não há nenhuma insegurança jurídica em relação às MPs sem prazo de validade. — Como medidas provisórias, elas têm força de lei. A emenda constitucional garante a elas a validade de duração indefinida, que quase todas as leis têm. Insegurança zero - disse.
O fato de essas normas não terem passado por nenhum dos trâmites previstos para as demais medidas provisórias, seja antes ou depois da EC 32, não significa que elas sejam mais instáveis do que qualquer outra MP ou lei, na visão de Trindade. — Na prática, elas já se transformaram em lei, mesmo sem o processo formal. A transformação formal, na verdade, está aqui [na emenda constitucional], quando diz que continuam em vigor. Não é só força de lei. Na minha avaliação, é também estabilidade de lei.

JORNAL O VALE (SJC)


Embraer vai apresentar hoje primeiro protótipo do KC-390

Solenidade de apresentação do cargueiro militar projetado para a FAB será realizado na unidade de Gavião Peixoto

A Embraer Defesa e Segurança apresenta hoje oficialmente o primeiro protótipo do cargueiro militar KC-390, o maior avião projetado e produzido pela empresa, sob encomenda da FAB (Força Aérea Brasileira).
A solenidade será na unidade de Gavião Peixoto, região de Araraquara, que concentra os projetos da companhia para a área de defesa. Na solenidade de hoje, denominada de roll out, a Embraer apenas mostrará o novo avião. A empresa informou que o primeiro voo do KC-390 está previsto para acontecer até o final deste ano, mas ainda sem data marcada. Há expectativa de que o jato voe ainda em novembro, mas sem nenhuma confirmação oficial.
Investimentos
O projeto do KC-390 foi lançado em 2009 e o investimento é de US$ 2 bilhões. A maior parte dos recursos é da FAB. Em maio deste ano, a FAB formalizou a compra de 28 unidades do jato, em um contrato no valor de R$ 7,2 bilhões.
O novo cargueiro irá substituir os turboélices Hércules C-130, que são de origem norte-americana. O KC-390 foi projetado para operar em condições adversas, como pousar e decolar de pistas não pavimentadas. Ele pode desenvolver diversos tipos de missões, como de reabastecimento em voo e em operações humanitárias, além de transporte de tropa e equipamentos militares.
A Embraer Defesa e Segurança estima que o mercado potencial para as aeronaves no segmento do KC-390 é de 720 unidades nos próximos 20 anos. A companhia trabalha com a expectativa de conquistar até 20% desse mercado.
Empregos
Até o momento, o programa do KC-390 já gerou aproximadamente 1.500 empregos diretos e outros 7.500 indiretos. A previsão da empresa é de iniciar a produção seriada da aeronave no próximo ano. As primeiras entregas estão previstas para 2016.
Para desenvolver o projeto, a Embraer firmou parceria com diversos países. Entre eles, Argentina, Portugal e República Tcheca, que também pode comprar a aeronave. Por enquanto, a empresa não informa o valor de venda do jato, por questões estratégicas da companhia. O programa é visto como um grande desafio tecnológico para a Embraer.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Tratado de armas proposto pela ONU fica parado pela burocracia

Brasil, quarto maior exportador de artefatos leves, é considerado pouco transparente na divulgação de informações

Renata Mariz

Um dos primeiros países a assinar o Tratado sobre o Comércio de Armas, passo inicial para aderir à proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) cujo objetivo é diminuir a violência bélica no mundo, o Brasil corre o risco de ficar entre os últimos na ratificação do texto. Essa segunda etapa, que é aprovar internamente o acordo para dele fazer parte, caminha a passos lentos na burocracia do governo. Enquanto 53 nações já concluíram a adesão, o tratado tramita na Casa Civil — depois de ter passado pelo crivo do Itamaraty e dos ministérios da Justiça e da Defesa. Cabe agora ao Executivo mandar o texto para o Congresso, onde a análise de matérias está longe do ritmo desejado pela sociedade.
O tratado determina, entre outras questões, que o país tenha listas públicas de armas e munições comercializadas, além da realização de uma análise prévia minuciosa sobre a nação do comprador — para verificar se está em guerra, se há conflito interno ou se tem capacidade de fazer a guarda do material adquirido. As empresas resistem em abrir dados, alegando cláusulas de confidencialidade e motivos de ordem estratégica do ponto de vista comercial. Informações oficiais mostram que os volumes transacionados pela indústria armamentista brasileira são crescentes desde 2011, quando somaram US$ 292,9 milhões. Ano passado foi de US$ 355,8 milhões.
Quarto maior exportador de armas leves do mundo, o Brasil poderia aproveitar o tratado para rever as normas internas, na avaliação de Marcello Baird, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz. Ele critica o fato de determinados artefatos, os de calibre curto, não serem submetidos a qualquer análise de risco por parte do Itamaraty, como ocorre com artigos pesados classificados pelo Ministério da Defesa. “Essas armas leves passam apenas pelo critério comercial. Não se verifica o destino delas, para que serão usadas e a possibilidade de desvio, mesmo quando o comprador é idôneo”, destaca Marcello. “Seria um bom começo para o Brasil, que tenta há décadas entrar no Conselho de Segurança da ONU, ratificar logo o tratado, em tramitação desde junho do ano passado.”
Para Bene Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil, uma entidade que se posiciona contra o desarmamento, as regras existentes já são suficientes para regular o mercado. “Esse tratado é uma ingerência da ONU na soberania do país, que tem direito de decidir para onde sua indústria vai vender arma. Hoje já existe um controle”, afirma. Além disso, ele considera o acordo internacional “inútil”. “Se um país em guerra resolver comprar armamento, pode adquirir de nações que não fazem parte da ONU. Ou seja, é meio utópico achar que não vendendo você vai evitar que aquele país consiga o produto. É isso que vemos o tempo inteiro acontecer.”
Apesar das considerações de Barbosa, um ranking que mede a transparência das exportações de armas no mundo coloca o Brasil em 43º lugar, com nota 7, numa escala que vai de zero a 25. Os dados são de 2012 e 2013, compilados pelo Small Arms Survey, um reconhecido projeto independente tocado no Graduate Institute of International and Development Studies, em Genebra, na Suíça, para monitorar o comércio de armas no mundo e áreas de conflito. Nessa análise de transparência, são avaliados os bancos de dados disponíveis das nações que exportam material bélico.
Desvios
Este ano, os principais compradores de armas do Brasil foram Indonésia, Estados Unidos, Catar, Omã e Alemanha. Para Marcello, o maior problema do país não está em fornecer o material para nações em guerra civil ou conflito externo. “Nosso maior ganho com a ratificação desse tratado seria aperfeiçoar as normas internas para controlar melhor o mercado aqui dentro, já que 80% das armas apreendidas em São Paulo com bandidos são de fabricação nacional. Armas que eram legais e foram desviadas”, diz. “E também poderíamos diminuir a entrada de armas de países vizinhos, muito comuns no Brasil, na medida em que eles teriam mais dificuldades de comprar exatamente porque não apresentam capacidade de evitar desvios.”
Adesão mundial
Países distantes, como Austrália e Bélgica, assim como vizinhos, a exemplo da Argentina e do Uruguai, já ratificaram o tratado, passando por nações com elevados índices de mortes por arma de fogo, como El Salvador e México. Em relatório da ONU divulgado este ano, com dados de 2012, o Brasil figurou como 16º mais violento do mundo, com taxa de homicídios de 25,2 assassinatos a cada 100 mil habitantes — quatro vezes mais que a média mundial, de 6,2 por 100 mil pessoas.
US$ 355 milhões
Valor arrecadado pela indústria armamentista brasileira com exportações no ano passado.

PORTAL BRASIL


FAB é homenageada em Assembleia Legislativa de São Paulo

Cerimônia é marcada por apresentações em homenagem ao patrono da Aeronáutica nacional, Santos Dumont

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) promoveu uma sessão solene para homenagear a Força Aérea Brasileira que contou com 200 militares da aeronáutica.
Durante a homenagem, que aconteceu na última sexta-feira (17), crianças da Escola Estadual Santos Dumont realizaram apresentações de dança e encenação de jovens representando o patrono da Aeronáutica.
O Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante do IV Comar, presente na solenidade, enfatizou a importância do estado de São Paulo para as atividades aeronáuticas do País e para o desenvolvimento da Força Aérea ao citar que 96% da indústria aeronáutica brasileira e 20% do efetivo da FAB estão em São Paulo. "Somos muito gratos ao povo de São Paulo que tão bem nos recebe neste estado e nesta Casa", ressaltou.

Ataque simulado à termoelétrica aprimora defesa a estruturas estratégicas

Na demonstração, homens encontram-se dentro da usina, fazendo escolta no local, com apoio de cães de guarda

Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica simularam um ataque inimigo à Termoelétrica Mauá 3, no Rio Negro, em Manaus (AM), na última sexta-feira (17).
O exercício, que faz parte da Operação Amazônia, permitiu às tropas aprimorar procedimentos de defesa de estruturas estratégicas como estações de água e energia. Prover a segurança dessas instalações tem sido missão recorrente das Forças Armadas, principalmente em grandes eventos que acontecem no País.
Na demonstração, homens encontravam-se dentro da usina, fazendo a escolta no local, com o apoio de cães de guarda. Um helicóptero Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionado e, próximo à termoelétrica, realizou o chamado helocasting, que consiste no lançamento de mergulhadores de combate para participar da ação. Dois helicópteros Esquilo da Marinha também sobrevoavam o local.
Ao se aproximarem da usina, os mergulhadores detonaram explosivos, o que fez disparar o alarme da estação e quebrar o sigilo dos supostos invasores. Imediatamente, lanchas de transporte de tropa cercaram os inimigos, que se renderam e foram aprisionados.
Na sequência, caças A-29 da FAB tentaram atacar a usina e foram abatidos por militares do 2º Grupo de Defesa Antiaérea do Exército, que utilizam o míssil Igla. O equipamento atinge alvos a uma velocidade de 700 metros por segundo. Mesmo com alguns danos à estrutura do local, a missão foi concluída com sucesso.
Presente ao exercício militar, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, elogiou a atuação dos militares e destacou a “total interoperabilidade” entre Marinha, Exército e Aeronáutica. “Vejo cada vez mais progresso nessas missões. Já existe o espírito de trabalho em conjunto”, disse.
Já o comandante militar da Amazônia, general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, explicou que a atividade serviu de adestramento, inclusive, quanto ao uso dos novos materiais empregados. “Ao longo da operação, também realizamos ação cívico-social na região de Presidente Figueiredo (AM), com navio da Marinha levando assistência médica à população.”
A Operação Amazônia, coordenada pelo Ministério da Defesa, termina nesta terça-feira (21). Ela consiste em uma série de atividades que demonstram a capacidade operacional das Forças Armadas na garantia da integridade da floresta tropical.
A ação, que já está em sua terceira edição, reúne 4 mil militares e tem como teatro de operações as cidades de Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Normandia – a cerca de 180 km da capital de Roraima.

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Estudantes da UEA representam o Amazonas na maior competição de Aerodesign do País

Grupo de estudantes de engenharia da universidade, formado por 13 alunos e batizado de Urutau, irá representar o Estado na competição, no final do mês, em São José dos Campos, interior de São Paulo

Jéssica Vasconcelos

Imagem“Apresentar o melhor desempenho de uma equipe da região Norte”. Esse é o objetivo do grupo de estudantes de engenharia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que irá representar o Amazonas na mais importante competição de aerodesign, no final do mês, em São José dos Campos, interior de São Paulo.
A equipe, batizada de Urutau e formada por 13 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Naval, Controle e Automação e Produção, vai, pela primeira vez, representar a região Norte na competição da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE), depois de superar todas as dificuldades enfrentadas para a confecção do avião.
De acordo com Lucas Guimarães, um dos integrantes da equipe, a ideia de criar o projeto para competir surgiu depois de uma visita à feira Portas Abertas da Aeronáutica em 2013. “A líder da equipe e o piloto se encontraram nessa feira e ouviram falar dessa competição. Como havia esse interesse em comum, decidiram criar o projeto”, contou Lucas.
Os estudantes escolhidos participaram de seleção e, depois de vários testes, começaram a trabalhar na criação do avião, enfrentando dificuldades para conseguir recursos. Lucas lembra que as equipes que vão participar da competição no final do mês são veteranas e algumas estão há sete anos competindo e aperfeiçoando seus projetos, mas isso não desanima o grupo, que já teve oportunidades de participar de feiras, palestras e conhecer algumas empresas. “O nosso avião precisa de algumas adequações, mas só as oportunidades que tivemos já valem a pena”, disse Lucas.
De acordo com os estudantes, a competição exige a construção de um avião cargueiro que possa fazer um trajeto equilibrando o peso da carga com o projeto estrutural da aeronave.
Recursos
Para conseguir construir o avião, a equipe Urutau fez algumas rifas e participou de festas juninas, mas o dinheiro ainda não é suficiente para levar todas as equipes para São José dos Campos. De acordo com Lucas, a universidade doou cinco passagens, mas a hospedagem e o transporte durante os quatro dias de competição ainda não estão garantidos. “O ideal era que toda a equipe fosse para a competição, pois cada um tem uma função específica”, explicou o estudante.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL BRAGANÇA (SP)


Operação Amazônia 2014: Ministro da Defesa acompanhou simulação de ataque inimigo ao território nacional

O ministro da Defesa, Celso Amorim, acompanhou nesta sexta-feira (17) uma demonstração de assalto aeromóvel, atividade que simula a invasão de um país inimigo ao território nacional. A ação, que faz parte da Operação Amazônia, ocorreu em Boa Vista (RR).
Na atividade, caças A-29 da Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram simulação de ataque aéreo a tropas do Exército em solo. O objetivo da ação foi testar o poder de reação das Forças Armadas frente aos invasores fictícios.
Em seguida, helicópteros da Força Terrestre entraram em cena. Nessa etapa, foram empregados dois HM-2 BlackHawk, um HM-3 Cougar – de transporte de tropa – e um HM-1 Pantera para segurança das demais aeronaves.
Militares desceram dos aviões e tomaram o local. Por fim, a missão foi bem-sucedida e o espaço conquistado.
Participaram da simulação efetivos de batalhões de Infantaria de Selva, Selva Aeromóvel e Aviação do Exército. Uma companhia de Forças Especiais e um esquadrão da FAB também fizeram parte do exercício.
O ministro Celso Amorim ressaltou a importância desse tipo de atividade em uma “área sensível” como a Amazônia, região que, segundo ele, está sujeita a cobiça por suas riquezas naturais. Para ele, ações como essa ajudam a aprimorar a mobilização integrada das três Forças. “A interoperabilidade é importante na defesa, integridade e soberania do país”, disse.
Ele lembrou, também, da missão fundamental das Forças Armadas, demonstrada no exercício. “O povo brasileiro tem grande apreço às Forças pela atuação nos grandes eventos como a Copa do Mundo, mas o papel principal é na defesa da soberania nacional.”
Teatro de operações
No dia anterior, Celso Amorim desembarcou em Manaus (AM), onde recebeu informações sobre a didática da operação, seus objetivos e resultados.
Ficou a cargo do comandante militar da Amazônia, general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, mostrar ao ministro a divisão da ação em países (exércitos) de cores variadas. Todas as atividades consistiram em simular eventuais situações de ataque ao território.
São utilizadas pela Marinha as Bases Navais de Manaus e Belém (PA); tropas de Engenharia, Artilharia e Inteligência do Exército, entre outras; e pela FAB, as Bases Aéreas de Manaus e Boa Vista (RR).
Estiveram presentes na simulação o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi; o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; e os chefes do Estado-Maior da Armada, almirante Carlos Augusto de Sousa, e da Aeronáutica, brigadeiro Ricardo Machado Vieira.

RIBEIRÃO PRETO ON LINE


A LINGUAGEM UNIVERSAL

Coluna Flávio Araújo
Foi na Copa do Mundo de 1974 na Alemanha que chamei pela primeira vez o futebol de linguagem universal e que poderia produzir a união dos povos em torno de um objetivo de beleza e entendimentos fraternos.
Tenho de lembrar um episódio que ficou meio escondido e esquecido no tempo, mas que corre em sentido contrário aos princípios do “fair-play” que a FIFA busca e não encontra.
Quando o Brasil foi jogar as Eliminatórias para a Copa de 1970 em Assunção, capital paraguaia, o clima estava bastante tenso.
Tanto isso é verdade que houve um movimento agressivo por parte de torcedores diante do hotel onde se hospedava a delegação brasileira e que obrigou até o gesto temerário de João Saldanha, acolitado por Paulo Amaral, outro que não levava desaforo para casa, que saíram à rua e enfrentaram paraguaios no tapa.
No dia da partida o estádio Defensores Del Chaco, no bairro de Puerto Sajônia, às margens do rio Paraguai fervia literalmente.
Pouco antes da entrada das duas equipes um esquadrão da famosa “Esquadrilha da Fumaça” e que tinha sede na base aérea de Pirassununga, interior de São Paulo, executou alguns voos rasantes sobre o estádio arrancando muitos chapéus paraguaios e deixando atônitos os torcedores que assustados tentavam fugir do rastro de fumaça deixado pelos aviões brasileiros.
O clima se tornou mais ameno, as duas equipes entraram, jogaram, o Brasil ganhou fácil (3x0) e o episódio ficou para as páginas internas dos jornais que comentaram o insólito fato no dia seguinte.
O fato se deu no dia 17 de agosto de 1969 e o Brasil vivia o auge do governo militar que se impusera coercitivamente desde 1964.
Como relato fica a coincidência de datas entre os fatos, o da América Central que causou a morte de 5 mil pessoas e o do Paraguai que, para os observadores mais atentos restringiu-se a um lance de intimidação do direito da força contra a força do direito.
Estava presente no estádio e fui testemunha de tudo o que narro, inclusive das declarações posteriores onde os dois governos se cumprimentaram e divulgaram o argumento que o voo da famosa Esquadrilha Brasileira estava adrede combinado e que se tratava apenas de uma exibição a pedido do governo paraguaio.
Exibição, diga-se, que não teve nenhuma divulgação anterior e da qual ninguém sabia.
Pode crer, é pura verdade.

DIÁRIO DO COMÉRCIO, INDÚSTRIA & SERVIÇOS (SP)


África do Sul vem ao Brasil buscar aportes

Empresas locais podem encontrar oportunidades de negócios nos setores imobiliário e de energia renovável. Comércio entre os dois países cresceu mais de 50% nos últimos cinco anos
Paula Salati
São Paulo - As pequenas e médias empresas brasileiras podem encontrar oportunidades de negócios na África do Sul, como nos setores imobiliário e de energia renovável.
O cônsul econômico do país africano e membro do Departamento de Comércio e Indústria da África do Sul (DTI), Willem Van Der Spuy, afirma que o país está aberto ao investimento das empresas brasileiras.
"Nós estamos procurando aportes para a produção de etanol, energia sustentável, assim como para o setor manufatureiro", diz o cônsul.
A área imobiliária e o setor de autopeças também são outras oportunidades que o empresariado pode encontrar no país. "Além disso, buscamos parcerias para a defesa aeroespacial. Pois é importante que a indústria estratégica dos dois países possam trabalhar juntas", diz.
Cadeia produtiva
As pequenas e médias do País podem também investir em negócios que façam parte da cadeia produtiva das grandes companhias, que já estão instaladas no país africano.
Atualmente, algumas companhias nacionais que estão na África do Sul são as grandes construtoras Camargo Corrêa e Odebrecht e a fabricante de ônibus Marcopolo.
Além disso, no ano passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), abriu um escritório no país.
"Temos boas conexões que dão acesso ao mercado sul-africano, como Moçambique e Angola. Além disso, não há muito custo para fazer negócios em nosso país", diz o cônsul, que cita alguns incentivos oferecidos pelo DTI.
Um deles, o Programa de Investimento em Manufatura (MIP), cobre 30% dos investimentos voltados para a produção de máquinas e equipamentos e veículos.
"Algumas companhias entram no país sem consultar o DTI. No entanto, o departamento pode orientar as empresas a escolherem o melhor o tipo de benefício fiscal, pois temos diversos. Então, quando a companhia nos procura, fazemos uma análise do negócio e avaliamos qual investimento é mais adequado a ela", diz.
O cônsul, que está no Brasil para uma missão empresarial sul-africana, afirma que o país deseja também elevar os seus investimentos no País. "Nós pretendemos aumentar investimentos a partir de uma complementariedade com os produtos brasileiros. Estamos pesquisando em que áreas nós não competimos diretamente com o Brasil, para promover os nossos produtos", afirma o cônsul.
"Nosso foco é promover o comércio e o investimento entre o Brasil e a África do Sul de uma forma que seja boa para os dois países e que não seja competitiva", complementa.

MONITOR MERCANTIL (RJ e SP)


Polônia quer mais cooperação com Brasil na área naval

O Brasil tem ousadas metas para as próximas décadas, principalmente em relação a navios petroleiros, barcos de apoio, plataformas fixas e navios-sonda para o pré-sal. E um país europeu está vivamente interessado em fornecer ao Brasil. Trata-se da Polônia, que voltou a ser plenamente democrática com o fim do comunismo e que ganhou novo impulso após adesão à União Européia, em 2004.
Em viagem à Polônia, empresários e jornalistas brasileiros puderam ver as possibilidades de fornecimento não só de navios, mas também de barcos de apoio e de equipamentos para comporem plataformas – e ainda de criação de subsidiárias por aqui, para atender ao conteúdo local. O secretário-executivo do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval), Sergio Leal, integrou a delegação e participou, como testemunha, de contratos em que os estaleiros Crist e Vistal, de Gdynia, cederam representação, no Brasil, para a empresa Trade Oleo & Gás, do brasileiro Nelson Aquino e da Drillship Solutions, formada no Brasil pelo polonês Andrzej Kawczynski. Também esteve presente Laudezir Carvalho de Azevedo, diretor da Iesa Óleo e Gás.
Os estaleiros Crist e Vistal são privados. O Crist, representado por Frank Utes, membro de seu conselho diretor, acaba de completar 300 projetos e fatura, por ano, 250 milhões de euros, tendo, inclusive, produzido plataformas móveis auto-elevatórias e ainda barcos de apoio tipo PSV. Crist tem o maior guindaste de pórtico de todo o Mar Báltico, com capacidade de processamento de aço de 100 mil toneladas anuais, e o Vistal não só produz navios como tem possibilidade de exportar peças e equipamentos.
No estaleiro Vistal, o vice-presidente do conselho de administração, Robert Ruszkowski, afirmou serem grandes as possibilidades de o estaleiro prover equipamentos ou barcos de apoio para participar do esforço brasileiro para aumento de produção de petróleo. Entre as empresas interessadas em negociar com o Brasil, estão a de projetos Seatech e a Eleship, de design ligado à área elétrica. O diretor da Seatech, Adam Slipy, revelou um subproduto positivo – para estaleiros – da tensão entre Rússia e Ucrânia: diante da crise no Báltico, a Polônia está revendo suas encomendas militares e abriu concorrência para compra de três submarinos, o que demandará aço, mão-de-obra e projetos.
A missão brasileira visitou a centenária empresa Towimor, localizada na cidade histórica de Torun, onde o presidente, Piotr Stypa, revelou intenção de cooperar com empresas brasileiras em fornecimento de guinchos e guindastes, estudando possibilidades de posterior montagem no Brasil. A Towimor abriu subsidiária na Coréia, para ampliar sua competitividade. A empresa fatura em torno de 55 milhões de euros por ano.
A Polônia deverá crescer dez vezes mais do que o Brasil este ano, com alta do PIB de 3,1%. A inflação é bem inferior à brasileira, de 1,7% ao ano. A limpeza nas ruas é fantástica, não há pichações nos prédios, e qualquer moça pode andar de madrugada sozinha e ainda tirar dinheiro de caixas eletrônicos. Terra de João Paulo II, o país é majoritariamente católico.
Supernavios preocupam
A Polônia tem um dos maiores institutos de alta tecnologia da Europa, o Centro de Tecnologia Marítima, conhecido pela sigla CTO. Com apoio da União Européia, o CTO conta com 160 empregados, entre os quais dez doutores e cinco doutorandos. Desde 2007, o CTO já fez 20 testes para o Brasil, inclusive de um navio de guerra para a Marinha.
Inquirido sobre os navios de 18 mil contêineres, do grupo Maersk, e notícias de que em breve virão navios de 20 mil unidades, disse o chefe de departamento Wojciech Gorski que as empresas de navegação querem operar com navios cada vez maiores, para reduzir custos, mas que ele não vê muita evolução nesse passo.
Declarou Gorski que o navio do futuro será o atual, com preocupações com melhores manobras, redução de consumo, atenção ao ambiente e redução de ruído para o fundo do mar – para não afetar o ambiente marinho.
“Os navios gigantes, ao chegar aos portos, geram tumulto e poluição, pois se torna necessário verdadeiro mutirão de caminhões para levar suas cargas ao destino, o que amplia a geração de gás carbônico. A nosso ver, a adoção de navios cada vez maiores deveria ser reconsiderada”, disse Gorski.
KC-390
Há muito otimismo com o KC-390, avião militar que a Embraer apresenta nesta terça-feira, em São Paulo. O governo brasileiro fará as primeiras 28 encomendas, para viabilizar a operação, além de haver liberado verba para o desenvolvimento tecnológico.
Uma fonte do setor revela que há boa receptividade na área privada. Acredita-se que chegue a 450 o total de pré-encomendas do novo avião da Embraer, feitas por empresários nacionais e estrangeiros. A pré-encomenda não é algo garantido, mas denota simpatia de possíveis compradores ante o empreendimento.
Em uma década, deverão ser produzidas 100 unidades desse jato, o maior avião já construído no Brasil. Substituto do velho norte-americano Hercules C-130, o KC-390 pode levar 23 toneladas de carga e tem autonomia para ir, sem escalas, de Brasília a qualquer capital brasileira.

ECONÓMICO (PORTUGAL)


Embraer mostra hoje cargueiro militar fabricado em Portugal [sic]

Embraer de Évora e as oficinas da OGMA produzem vários componentes para o KC-390. Cargueiro militar é mostrado hoje ao público.
Cátia Simões
A Embraer vai realizar hoje a apresentação oficial do cargueiro militar KC-390, avião que conta com parte dos componentes fabricados em Portugal. Os aparelhos deverão realizar os primeiros voos experimentais já no final do ano e Portugal poderá avançar para a compra de seis destas aeronaves.
A fabricante brasileira conta com dois parceiros em Portugal a produzir componentes para o maior avião já produzido pela empresa. Além das duas fábricas que a Embraer construiu em Évora e onde, apesar de construírem sobretudo componentes para jactos, há participação neste programa, a fabricante brasileira conta sobretudo com a colaboração da OGMA.
As oficinas de Alverca - detidas em 65% pela brasileira e em 35% pela Empordef (holding que agrega as indústrias de Defesa e que está actualmente em processo de extinção) - produzem a fuselagem central do aparelho e é ainda responsável pela fabricação e montagem de componentes para as asas. Na OGMA são ainda fabricados e montados os lemes de profundidade para o avião militar.
A OGMA, que entregou em Maio a primeira fuselagem central do avião, quer ainda obter a certificação para fazer a manutenção destes aparelhos, tendo já iniciado os procedimentos neste sentido, como noticiou recentemente o Económico. Para a fabricação de componentes do avião a empresa investiu em 3,8 milhões de euros.
Na corrida ao programa está ainda o consórcio COMPASS, constituído por várias empresas portuguesas e coordenado pela EEA - Empresa de Engenharia Aeronáutica, para fornecer o software para o cérebro do avião.
Portugal comprador?
A Embraer, além dos 28 aparelhos que serão comprados pelo Governo brasileiro, já tem 32 intenções de compra do aparelho, que deverá começar a ser comercializado em 2016. Portugal está na lista dos possíveis compradores mas, em declarações aos jornalistas, em Julho, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, garantiu que a decisão será tomada até ao final do ano.
Os aviões da Embraer substituiriam os actuais C-130 da Força Aérea Portuguesa mas em cima da mesa está a possibilidade de modernização destes aparelhos. O envolvimento do Executivo já vem do anterior Governo, com a construção das duas fábricas da Embraer em Portugal.

PÚBLICO (PORTUGAL)


Asas e barriga do KC-390 brasileiro têm a marca da engenharia portuguesa

O avião militar de carga da Embraer que é apresentado nesta terça-feira tem três módulos com a assinatura da engenharia aeronáutica de uma empresa portuguesa, o CEIIA. Pela primeira vez, foi possível desenhar, fazer cálculos, e acompanhar o fabrico de módulos sem se sair de Portugal.
Manuel Carvalho
A Embraer apresenta nesta terça-feira o KC-390 e quem seguir as pistas que nos últimos quatros anos ditaram o seu desenvolvimento poderá constatar que o primeiro avião militar de carga do gigante aeronáutico brasileiro é, em parte, uma criação da engenharia portuguesa.
Quem olhar para as peças do avião que ambiciona disputar o lugar do histórico Lockheed Hércules C-130 desenhadas pelos técnicos da EEA, Empresa de Engenharia Aeronáutica pode pensar que se trata apenas de acessórios, mas para as desenhar, calcular a sua resistência ou para validar o seu fabrico foram necessárias mais de 250 mil horas de engenharia. Desde que a EEA (uma empresa controlada pelo Estado via IAPMEI e, com 80% do capital, pelo CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel) foi seleccionada pela Embraer para participar no consórcio que desenvolveu o KC-390, trabalharam no projecto em permanência mais de 40 engenheiros e, nos picos de exigência, a equipa chegou a contar com mais de 120 profissionais.
“Foi um passo extraordinário para a engenharia portuguesa”, diz Jacinto Bettencourt, presidente da EEA. O CEIIA já tinha participado em projectos de desenvolvimento para a AgustaWestland, um construtor de helicópteros anglo-italiano, e está associada à Daher-Sokata no plano que levará á construção do novo Falcon. Mas nenhum destes projectos pode comparar-se às exigências do KC-390. Desta vez, a engenharia do CEIIA teve a responsabilidade de desenhar e fazer cálculos de resistência estrutural de uma parte central do dorso do avião (sponson, em inglês), onde se vão instalar as portas do trem de aterragem, dos elevadores das asas traseiras, cada um com seis metros, e ainda da fuselagem. “Foram ao todo 1600 peças desenhadas de acordo com os standards mais exigentes que se conhecem”, diz Bettencourt.
O KC-390 começou a ser pensado em 2009 e, antes de fazer o voo de estreia, ainda este ano, exigiu investimentos em desenvolvimento na ordem dos 1500 milhões de euros. A sua ambição é concorrer com o Hércules C-130, que se produz desde 1950, no mercado dos aparelhos militares de carga - apesar desta vocação, o avião da Embraer também tem uma vocação civil. O protótipo da Embraer quer disputar até 20% do mercado deste segmento, usando como trunfo o facto de ser mais barato, mais económico, de transportar mais carga (23 contra 20 toneladas), de ser mais rápido (850 km/h contra 670 km/h) e de ter um alcance superior (6200 contra 3800 km). Além destes trunfos, o KC-390 pode aterrar em pistas mais curtas (uma exigência da Força Aérea Brasileira para operar na Amazónia), e está preparado para reabastecer e ser reabastecido em pleno voo.
“É um avião que estará na vanguarda da tecnologia aeronáutica”, diz Luís Rebelo, o responsável pela unidade do CEIIA que liderou o processo. Todos os seus mecanismos são geridos por impulsos eléctricos, o que dispensa o uso de cabos e de hastes. Em missões de resgate e de reconhecimento as janelas aumentam de tamanho, reduzindo-se em voo de cruzeiro para aumentar a velocidade e gastar menos combustível. Ao todo, o aparelho pode transportar 80 soldados, mais a tripulação. Nas operações de reabastecimentos, consegue carregar 23 toneladas de combustível nas asas e na deposição de forças em combate é capaz de transportar um blindado ou um helicóptero Blackhawk.
Quatro anos de trabalho
A aventura da empresa de engenharia na construção do KC-390 começa quando a Embraer contacta Portugal à procura de parceiros para o desenvolvimento de um avião que, nos dias que correm, implica uma rede de saber técnico e uma cadeia de fornecedores que “faz lembrar a construção de uma catedral na Idade Média”, na avaliação de Jacinto Bettencourt. Para Portugal a oportunidade era única: tratava-se não apenas de um trabalho de engenharia, mas também de construção aeronáutica, nas OGMA. Ou seja, no horizonte estava em perspectiva a criação de um cluster aeronáutico. Hoje, além da EEA e das OGMA, estão envolvidos na cadeia de fornecedores do KC-390 mais 16 empresas nacionais.
Mas antes de chegar a esta fase de produção, era preciso entrar na alma do projecto. Durante um ano, uma equipa de engenheiros do CEIIA teve de acompanhar os primeiros estágios de desenvolvimento do projecto no Brasil. Esse momento de “adaptação aos métodos e normas da Embraer foi o mais difícil”, admite Luís Rebelo. O vai-e-vém entre o Porto e São João dos Campos, no estado brasileiro de São Paulo, nunca parou, mas com o passar do tempo os desenhos foram sendo feitos, os cálculos avançaram e os módulos completos encomendados à EEA entraram em fase de certificação e de produção, uma tarefa acompanhada pela equipa de engenharia. No Brasil, nas instalações da Embraer, os componentes desenvolvidos e fabricados em diferentes partes do mundo serão finalmente integrados num hangar especialmente construído para o efeito, onde o KC-390 será nesta terça-feira apresentado.

JORNAL O TEMPO (MG)


BH terá esquema de controle similar ao da Copa para 2015

Centro de Operações vai planejar e atuar 24 horas por dia no atendimento a acidentes e eventos
Luciene Câmara
Durante a Copa do Mundo, a população viu a cidade funcionar de maneira sincronizada. Policiais, agentes de trânsito, socorristas e demais profissionais envolvidos aprenderam, nos mínimos detalhes, cada passo da operação, programada para que tudo ocorresse no horário marcado e com segurança. Foi só terminar o evento para essa organização também acabar. Agora, a proposta da administração municipal é trazer de volta essa realidade do Mundial a partir do funcionamento pleno do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP), previsto para o ano que vem.
A unidade fica localizada ao lado da sede da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), no Buritis, na região Oeste da capital. Embora tenha sido inaugurada pouco antes do Mundial, o modelo de atuação integrada ainda está em construção e deve ser concluído até o fim deste ano. É o que espera o brigadeiro aposentado da Aeronáutica José Alves Candez Neto, que – a convite do prefeito Marcio Lacerda – veio do Rio de Janeiro para ser diretor do COP.
Na última quinta-feira, ele conduziu a reportagem em uma visita ao centro e, durante duas horas, apresentou o projeto de controle integrado. Candez disse que não seguiu uma receita pronta, pois esse formato de trabalho é novo no mundo – segundo ele, apenas a capital carioca e Madri, na Espanha, têm modelos similares.
Em Minas, o mais próximo que já se alcançou foi o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Administrativa, que atuou pela primeira vez na Copa e continuará articulando pontualmente eventos de impacto estadual. Belo Horizonte tinha também, antes do COP, o Centro de Controle Operacional (CCO), na sede da BHTrans, mas focado só em trânsito.
Proposta. Já o COP funcionará 24 horas por dia e fará a gestão não só do trânsito, mas dos principais serviços prestados durante eventos programados e também inesperados, como acidentes, enchentes, manifestações e ocupações urbanas. A ideia é que os órgãos ganhem em produtividade e minimizem os impactos causados por esses acontecimentos na vida das pessoas. “Para cada situação, seja uma Virada Cultural ou a queda de um viaduto, haverá uma linha de ação. Dessa forma, começaremos a trabalhar mais na prevenção do que na reação e teremos uma pronta resposta muito maior do que a atual”, afirmou Candez.
O diretor pretende reunir ao menos 29 órgãos no centro de operações . Como a participação de cada instituição é estratégica, porém voluntária, ele tem feito uma série de reuniões para convencer cada uma delas da importância do projeto. Até agora, sete já aderiram, e 11 estão em tratativa. O COP não vai se envolver quando o fato demandar a atuação de só um órgão, mas sim quando um tiver que interagir com outro.
"Quero tornar a cidade inteligente"
Com 38 anos de experiência como piloto de caça e chefe de centros de controle e defesa do tráfego aéreo, José Alves Candez Neto quer que o Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP) seja referência para o mundo. “Chegaremos ao ponto em que vamos nos transformar em cidade inteligente e diminuir o tempo de resposta no atendimento à população. Só de colocar as pessoas aqui reunidas, já ganhamos. Antes, estavam todos em seus centros isolados”, disse.
"É preciso ter protocolos de ação"
Engenheiros em transportes questionaram a demora na implantação do COP. “Precisamos, com urgência, criar protolocos para tomadas de decisões rápidas”, disse Márcio Aguiar, professor da Fumec. Nesta segunda O TEMPO mostrou que a capital tem uma resposta tímida para acidentes e outros episódios de médio e grande porte, como protestos, o que acarreta grandes congestionamentos. O próprio COP teve atrasos na inauguração – era para 2013, passou para maio e depois junho de 2014.



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