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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/07/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



"O monopólio tem que acabar, seja ele público ou privado"

Wellington Moreira Franco
ministro da Secretaria de Aviação Civil
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC),Wellington Moreira Franco, vai assinar,nessa quinta-feira, autorização para construção de mais um aeroporto na região da Grande São Paulo, voltado para o mercado de aviação geral - helicópteros, táxis aéreos e jatos executivos. Segundo o ministro, a medida vai desafogar a movimentação em Congonhas, Guarulhos e no Campo de Marte. Moreira Franco defende que os aeroportos mudem sua cultura de atendimento ao passageiro, que deve ser tratado como um cliente, pois ele paga pelos serviços.
Erica Ribeiro e Paulo Henrique de Noronha
Qual o balanço que o senhor faz dos nossos aeroportos na Copa das Confederações e agora na Jornada Mundial da Juventude?
O Estado brasileiro ficou muitos anos sem recursos para fazer investimentos. Com isso, não só a infraestrutura aeroportuária se degradou, mas também estradas, ferrovias, portos, a infraestrutura de um modo geral caiu muito. Só no segundo mandato do presidente Lula o poder público voltou a ter a capacidade de intervir, de ter programas, porque logo após a crise de 1982 veio uma crise monetária e fiscal e ficamos até 2008 em cima das dificuldades de recompor moeda, combater inflação, ter equilíbrio macroeconômico. Depois dessas conquistas, surge o Minha Casa Minha Vida e o PAC, entre outros programas. Agora, no governo Dilma, o governo montou um plano para enfrentar a crise aeroportuária, que consiste, primeiro, no programa de concessão dos principais aeroportos, com o objetivo de trazer para o ambiente aeroportuário brasileiro a cultura e o conhecimento da operação. Até então, era a Infraero que fazia tudo. Era um monopólio público e a culpa era sempre da Infraero e do governo. Só que hoje não é só o rico que viaja de avião, todo mundo viaja de avião, o cenário é outro. O Brasil é o terceiro mercado, depois de China e Estados Unidos. E isso dá a dimensão da pressão sobre a estrutura aeroportuária, que é muito deficiente ainda.
Por isso o caminho para a concessão dos aeroportos...
Quando se fez a concessão, primeiro tínhamos a consciência de que o capital público não é o suficiente. É preciso atrair a iniciativa privada. Em segundo lugar, é preciso trazer a cultura da operação de um aeroporto. Além disso, temos que acabar com o monopólio, seja público ou privado. E é preciso garantir ao passageiro o tratamento de cliente. Com o monopólio, não dava. Você entrava no aeroporto e era tratado como alguém que estava recebendo um favor, e pagava por tudo. E quando você atrai grupos estrangeiros para operar os aeroportos, você traz também uma cultura de cliente. E essa cultura vai atingir também o que ficar com a Infraero, pois os brasileiros vão comparar como está o aeroporto de Guarulhos, que é concedido, como de Salvador, que é da Infraero.
Do ponto de vista do passageiro, o que incomoda mais?
A péssima qualidade do atendimento. Por exemplo, só agora teremos um plano de contingência para o fechamento dos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas. Antes, o passageiro era informado que o aeroporto estava fechado, mas ficava sem saber se o comando era da empresa aérea ou da Infraero. E um ficava jogando a responsabilidade para o outro. O fundamental é que o passageiro tem que ser tratado como cliente, pois ele está pagando pelo serviço.

Há tempo hábil para se fazer mudanças no Galeão com licitações normais ou, por conta da proximidade da Copa, teremos que recorrer a contratações emergenciais de última hora?
A legislação licitatória já está pronta. Semana passada dei até uma resposta ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que estava dizendo que precisávamos ter pressa em relação ao Galeão. Eu disse a ele para “ficar frio”, porque, antes de 2016, nós vamos garantir ao passageiro brasileiro melhores condições de o pe-ração. Nós temos uma responsabilidade, que é garantir ao passageiro brasileiro uma melhor qualidade para o serviço que ele paga, e consequentemente quem vier para a Copa ou Olimpíada vai ser beneficiado com isso.
Como os aeroportos se saíram na Copa das Confederações?
Se saíram muito bem. No jogo da final, o Santos Dumont teve o maior número de passageiros da história do aeroporto e não tivemos problemas. Todas as medidas foram tomadas para a vinda do Papa- que chegou ontem ao Rio.Temos planos de contingência para Santos Dumont e Galeão. Nosso desafio, repito, é garantir mudanças profundas na estrutura aeroportuária. Além das concessões, temos o PAC aeroportuário, que são obras em 20 aeroportos da Infraero. Algumas obras estão atrasadas porque os projetos de engenharia eram muito ruins, e temos problemas de licitação, pois os critérios não necessariamente nos dão a possibilidade de ter as melhores empresas, mas sim aquelas que têm o preço mais barato.
Quanto é que está se investindo no PAC dos aeroportos?
O conjunto dos investimentos, que pega as obras de concessão mais os 20 aeroportos da Infraero e o programa de aviação regional, dá algo em torno de R$16 bilhões a R$ 17 bilhões.
É possível mudar a Infraero? Porque não é só a questão de obras, tem o atendimento, a qualidade...
Queremos criar a Infraero Serviços, coma participação de operadores internacionais. Porque para a melhoria da produtividade – e melhor atendimento é uma questão de produtividade – você precisa de experiência, que a Infraero tem, mas precisa de conhecimento também. Creio que com o tempo teremos uma Infraero absolutamente inserida no mundo civil, com valores que são fundamentais: transparência, concorrência, respeito ao cliente, noção da prestação de serviço.
E a aviação regional?
O programa de aviação regional, que abrange 270 aeroportos, vai permitir que as pessoas possam usar esse modal para as suas atividades de modo geral. E haverá subsídios para baratear a passagem. A referência vai ser o preço da passagem de ônibus.
Qual seria o caminho para atrair mais empresas aéreas?
Temos hoje quatro empresas de maior porte e uma dezena de empresas de pequeno porte que se dedicam à atividade regional. Mas se não tivermos um negócio viável e robusto, vamos ter problemas. No Brasil e no mundo, o negócio de aviação é muito delicado. Aqui, temos o combustível de aviação mais caro do mundo porque o preço tem como referência o mercado internacional. O negócio da aviação é muito dependente do câmbio. Isso impacta no preço do combustível e do leasing, que é em dólar.
Havendo mais concorrência, já que tivemos mais empresas antes no país, o custo para o passageiro seria menor?
Se nós tivéssemos mais empresas, melhoraria. Mas é o mercado que determina isso. No meu ponto de vista, é preciso uma política que permita que as empresas se robusteçam e que crie conduções mais atraentes para o setor.
Há espaço para mais aeroportos em São Paulo?
Na quinta-feira (25/07) nós vamos assinar uma autorização para construção na Grande São Paulo de um aeroporto para a aviação geral ( helicópteros, táxis aéreos e jatos executivos). E temos um estudo do Decea dizendo que há mercado para mais aeroportos em São Paulo.
Sobre a compra da TAP por uma empresa brasileira, talvez Avianca ou Azul, em que pé está isso?
Eu recebi o embaixador português semana passada e ele reafirmou o interesse do governo na venda da TAP. Existe por parte do governo brasileiro disposição para ajudar o grupo que queira comprar. A Avianca já havia demonstrado interesse.
Há dois meses o quadro político no Brasil dava como garantida a reeleição da presidente Dilma Roussef e de governadores do PMDB. Agora o quadro mudou. PT e PMDB falharam?
Mudou o quadro, sem dúvida. Há uma demanda muito clara por eficiência e moralidade. São dois princípios da administração pública na Constituição. Não diria que PT e PMDB falharam. No mundo todo existe hoje uma demanda por moralidade. A atuação pública impõe o engajamento como princípio de servir ao público. Há uma demanda por transparência. As pessoas querem saber que decisões foram tomadas, para quê e para servir a quem.
O senhor acha que a reforma política vai dar resposta às ruas?
O que as ruas querem é eficiência e moralidade. E há outra constatação, que é mais ampla do que a reforma política. O nível de participação da sociedade está muito baixo. No mundo todo existe uma demanda pela criação de mecanismos de participação que sejam contemporâneos aos recursos tecnológicos colocados à disposição do cidadão. O cidadão tem hoje um volume de informação sobre o dia a dia da gestão pública que não é correspondido pelas possibilidades de participação. Os partidos representam muito pouco, as ruas dizem: “Vocês não me representam”. A agenda normal do parlamento está distante do ambiente da rua, e isso não acontece só no Brasil.
Uma reforma política com essa sensação de falta de representatividade não pode resultar em um enfraquecimento dos partidos? É possível democracia forte com partidos enfraquecidos?
Cada vez mais temos que entender que todas as lantejoulas e paetês colocados em torno do exercício da função pública estão perdendo a consistência e o conteúdo. Isso significa que é preciso cuidar das coisas simples e diretas para resolver os problemas do dia a dia das pessoas em suas cidades.
O governador Sérgio Cabral, no Rio, foi um dos grandes afetados, pois continua sendo alvo de fortes manifestações populares. Será que ele conseguirá eleger seu sucessor?
Acho que sim, mas ainda é muito cedo para saber. Setembro (prazo máximo para que os políticos se filiem aos partidos para o próximo pleito) será um mês chave, quando teremos uma ideia melhor de todo o cenário político de 2014.
E a presidente Dilma, ainda tem chances para 2014?
Claro que sim.
Mesmo com a divisão interna do PMDB?
Hoje, nós praticamente não temos oposição, ela é fraca e não tem proposta de governo. Assim, é natural que surja uma oposição em nossas próprias bases. Me preocupa mais é a divisão interna no PT, que é o partido que tem maior representação no Estado. A divisão dos petistas traz inquietações para a base aliada. Mas eu não vejo outro futuro que não a continuidade da aliança dos atuais partidos da base.
Inclusive com o PSB do governador Eduardo Campos?
De toda a base aliada.
Quando o senhor estava na Secretaria de Assuntos Estratégicos, foi feita uma pesquisa sobre as aspirações da classe média. Ali já era possível perceber as raízes dessas manifestações?
Com certeza. Isso é fruto da formação de renda de uma classe média que entrou no mercado formal e passou a pagar imposto de renda. A maioria é de jovens, mulheres e negros que não tiveram a vivência de seus pais,mas por outro lado têm mais educação e contribuem mais com impostos. Por isso, se sentem mais protagonistas e no direito de exigir mais. Eles têm esse sentimento de “eu faço parte disso, eu existo” e, consequentemente, “eu quero”.


Bomba caseira em Aparecida

Agentes responsáveis pelo esquema de segurança da visita do papa Francisco à Aparecida (SP), amanhã, encontraram na manhã de domingo uma bomba de fabricação caseira dentro de um banheiro, no estacionamento do Santuário Nacional. Segundo o esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de São Paulo, que detonou o artefato, tratava-se um explosivo de baixo potencial ofensivo. O local onde o artefato foi encontrado não seria frequentado pelos fiéis que acompanharão a visita do pontífice.

Segundo nota divulgada pela PM, ontem, militares da Força Aérea participavam de um exercício simulado pelas forças de segurança no local da visita quando encontraram um cano recheado de explosivos, por volta das 11h30. “Cumpre ressaltar que episódios semelhantes faziam parte do treinamento das forças de segurança mobilizadas em Aparecida e que, em nenhum momento, a vida de civis foi colocada em risco”, disse a PM.

Em Aparecida, o papa rezará missa na basílica. Para o esquema de segurança, foram recrutados 5 mil homens, entre militares das Forças Armadas e agentes das polícias Civil, Militar e Federal. A segurança também contará com homens das polícias rodoviárias de São Paulo e Federal; do Corpo de Bombeiros e de 154 seguranças. Representantes da Guarda Suíça, responsáveis pela segurança do Vaticano, que estão no Brasil, também vão reforçar a estrutura em torno do pontífice. Eles contam com a possibilidade de Francisco — assim como aconteceu no Rio de Janeiro, ontem — decidir se aproximar dos fiéis, no estacionamento da basílica ou no trajeto até o seminário Bom Jesus, onde o papa almoça. Um percurso de 3 quilômetros que Francisco deve percorrer de papamóvel aberto.
Segurança aloprada põe o papa em perigo

O maior aparato policial já montado na história do país não impediu que, em seu primeiro dia de visita ao Brasil, o papa Francisco fosse exposto a situação de risco. Homens encarregados de proteger o pontífice passaram sufoco quando uma multidão cercou o carro do papa no centro do Rio

O papa nas ruas, sem qualquer blindagem
Na chegada ao país, chefe da Igreja Católica tem uma acolhida calorosa no Rio. Em seu primeiro discurso, demonstra preocupação com os jovens desempregados e pede cuidado especial aos idosos
PEDRO VENANCIO
PAULO DE TARSO LYRA
Rio de Janeiro e Brasília — A chegada do chefe da Igreja Católica ao país para participar da Jornada Mundial da Juventude levou 10 mil pessoas às ruas da capital fluminense, povoada de fiéis que se espremeram pelo Centro da cidade para tirar fotos ou tocar no braço de Francisco, o primeiro pontífice latino-americano. Batizado de papa do povo, o homem fez jus à alcunha e, para desespero da segurança, desfilou primeiro em um carro com vidro aberto e depois, a partir da Catedral Metropolitana do Rio, utilizou um papamóvel sem vidros laterais e sem blindagem.
“Aprendi que, para ter acesso ao povo brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!” disse ele, no Palácio Guanabara, para delírio dos convidados presentes à solenidade.
O bom humor e a disposição de Francisco em sua primeira visita ao Brasil ficaram explícitos nas brincadeiras que ele fez durante o voo que o trouxe de Roma. Segundo ele, por uma questão de lógica, o substituto de Bento XVI não poderia ser um brasileiro. “Deus já é brasileiro, e vocês queriam um papa?”, ironizou o papa, argentino de nascimento. O pontífice destacou a preocupação com os jovens desempregados no mundo — “corremos o risco de termos uma geração inteira sem trabalho, o trabalho que dá dignidade ao homem” — e defendeu a necessidade de se cuidar também dos idosos. Disse ainda que estava iniciando uma semana estupenda no Rio. “Que ela sirva para fortalecer nossa amizade em Cristo.”
Perto do meio-dia, Francisco foi saudado, ainda em pleno voo, pelo tenente Ricardo Antônio: “O Departamento de Controle do Espaço Aéreo deseja boas-vindas para a aeronave que transporta o papa Francisco e sua delegação. Seja bem-vindo ao Brasil e à Jornada Mundial da Juventude de 2013”. O texto foi lido em inglês, via rádio, e por um outro sistema de transmissão.
A presidente Dilma Rousseff recepcionou Francisco na Base Aérea do aeroporto do Galeão, por volta das 16h. Ela estava acompanhada por diversos ministros, pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, e pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes. Um dos mais efusivos era o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, católico fervoroso, seminarista na juventude e responsável pelo diálogo do Planalto com a Igreja.
Combate à fome

Dilma, que em fevereiro chegou a questionar sobre a necessidade de ir à Itália para acompanhar a missa solene de posse de Francisco, também parecia bem à vontade ao lado do novo chefe da Igreja. Aproveitou a primeira agenda oficial de Francisco no Brasil para destacar, em seu discurso no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, as ações desenvolvidas pelo PT no governo nos últimos 10 anos e a pedir que a igreja se una ao governo brasileiro na implantação de políticas de combate à fome, à pobreza e à desigualdade (leia mais na página 4).
Durante o desfile pelas ruas do Rio, Francisco abençoou crianças, deixou-se fotografar pelos fiéis, enlouqueceu os seguranças, que se desdobravam para tentar manter a integridade de um papa mais disposto a ampliar o contato com a população. O pontífice parou por alguns instantes o papamóvel na esquina das ruas Araújo Porto Alegre com México, no fim da tarde, para beijar e abraçar uma menina de 1 ano e 8 meses. Seguranças ajudaram a levar a criança até o pontífice. “Fiquei muito emocionada. A gente está tremendo até agora”, disse, chorando, a mãe da menina Izadora, Thaís Ramos, de 26 anos.
Depois do percurso no papamóvel, Francisco dirigiu-se para o Palácio Guanabara, onde ocorreu a cerimônia oficial. Já aparentando um certo cansaço, conversou mais um pouco com a presidente Dilma Rousseff, antes do início da solenidade na qual foram executados os hinos nacionais do Brasil e do Vaticano.
A recepção foi acompanhada por 650 convidados, incluindo o ator Martin Sheen, pai do também ator Charlie Sheen. Um dos mais aplaudidos pelos presentes foi o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Mas nem mesmo o clima de cordialidade e candura expresso pelo papa foi suficiente para apagar as rusgas entre Barbosa e Dilma. O presidente do STF cumprimentou Francisco, mas ignorou solenemente a principal mandatária da nação.
Cinco governadores acompanharam a cerimônia. Além de Sérgio Cabral, estavam presentes os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; da Bahia, Jaques Wagner; do Pará, Simão Jatene; e de Roraima, José Anchieta. Também compareceram o governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, e os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o vice-presidente da República, Michel Temer.
O esquema de segurança conseguiu proteger os convidados da solenidade no Palácio Guanabara, mas não evitou protestos em pontos próximos à sede do governo fluminense. Manifestantes deixaram o Largo do Machado, no Flamengo, em direção ao palácio para protestar contra os gastos públicos feitos para o país receber a visita do pontífice, entre outros temas. Estima-se que os poderes federal, estadual e municipal gastaram mais de R$ 115 milhões com a organização e os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A exemplo das demais manifestações de rua iniciadas em junho, o movimento começou pacífico e terminou com confronto entre os manifestantes e os policiais.

Papa recebe boas-vindas de controlador de voo: "Deus abençoe a sua jornada"

A 516 quilômetros da costa brasileira, avião que trazia Francisco recebeu a mensagem

Horas antes de ser recepcionado pela presidente Dilma Rousseff e diversas autoridades brasileiras na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, o papa Francisco já havia recebido as boas-vindas ao País em meio ao voo da aeronave Airbus A330 da Alitalia. Às 11h56, quando o avião estava a 516 quilômetros da costa brasileira, o tenente Ricardo Antônio, controlador de voo, passou uma mensagem para a aeronave.
"Sua Santidade acaba de entrar na área sob a responsabilidade do sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, que cobre 22 milhões de quilômetros quadrados. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo deseja boas-vindas para a aeronave que transporta o papa Francisco e sua delegação. Seja bem-vindo ao Brasil e para Jornada Mundial da Juventude de 2013. Deus abençoe a sua jornada", dizia a mensagem.
O texto foi lido em inglês, via rádio, e também pelo CPDLC, um sistema de transmissão que funciona como mensagem de texto de aparelhos celulares. "Os pilotos garantiram que ela chegou ao Papa", afirmou o militar.
Apesar de diariamente se comunicar com aeronaves que cruzam o Atlântico, o tenente Ricardo Antônio disse ter ficado emocionado. "Eu fui voluntário para controlar esse voo. Eu me emociono porque é o Papa", disse o controlador, segundo a assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB).
A 516 km da costa o avião ainda não estava em espaço aéreo brasileiro, mas naquela área já estava sob a jurisdição do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), do Recife (PE). Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável pelo controle de tráfego aéreo sobre o Atlântico até o meridiano 10° Oeste. Na prática, a área de responsabilidade total do Brasil é de 22 milhões de quilômetros quadrados, quase três vezes a extensão continental do País (de 8,5 milhões de quilômetros quadrados).


Engenharia: aluno de pública conclui curso primeiro

A proporção de estudantes de Engenharia que conseguem concluir o curso no tempo adequado é maior em faculdades públicas do que em privadas. Estudo divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados do Ministério da Educação (MEC), mostra que 56% dos alunos de instituições públicas que começaram o curso em 2007 obtiveram o diploma cinco anos depois, ao final de 2011, dentro do prazo esperado, ante 36,5% em universidades particulares. Somados os profissionais que se formaram em instituições públicas e privadas, só 42,59% terminaram no tempo previsto.
Para o MEC, é preciso combater a evasão, tornando o ensino mais estimulante. O tema está em debate num fórum que reúne MEC, CNI e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). "Esse fórum já detectou que é necessário que os cursos de Engenharia tenham mais flexibilidade em seus currículos, trazendo mais inovação e articulação com o mundo da produção. A falta dessa conexão acaba sendo um fator de desestímulo aos estudantes", diz o ministério.
De 2001 a 2007, o número de ingressantes cresceu 70%, enquanto a proporção de graduados no tempo adequado ficou estável, oscilando entre 43,19%, em 2005, e 42,59%, em 2011. (Demétrio Weber)


Presidente dá carona para várias autoridades

Tânia Monteiro

O avião da presidente Dilma Rousseff que levantou voo para levá-la ao encontro do papa Francisco deu carona para uma dezena de autoridades do Legislativo e do Executivo. Entre os convidados estavam. os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Renan estava acompanhado de sua mulher, Maria Verônica. Mas Laurita Arrada, noiva de Alves, não estava presente.
A filha da presidente, Paula, o genro, Rafael, e o neto, Gabriel, aguardavam Dilma no Palácio Guanabara. Segundo informações obtidas no Planalto, a família da presidente não usou avião da F orça Aérea para voar de Porto Alegre, onde mora, para o Rio. Eles seguiram para o Rio em voo comercial, onde se encontraram com Dilma. A mãe e a tia da presidente permaneceram em Brasília.
Oito ministros estavam a bordo do voo no Airbus presidencial: os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Secretaria das Comunicações Sociais, Helena Chagas; das Relações Exteriores, Antonio Patriota; das Comunicações, Paulo Bernardo; da Cultura, Marta Suplicy; e da Secretariados Portos, José Leônidas Cristino.
Outros cinco ministros se juntaram à comitiva presidencial no Palácio Guanabara, totalizando 13 dos 39 auxiliares diretos da presidente a participarem da recepção ao papa. Foram os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; do Trabalho, Manoel Dias; da Integração Social, Fernando Bezerra; do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito; da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri; e da Secretaria de Aviação Civil e Moreira Franco.

Falha deixa Francisco cercado nas ruas

Em sua chegada ao Brasil o papa Francisco deparou-se com problemas típicos do Rio: falhas de planejamento, segurança confusa e até um tumultuado engarrafamento, em que o veículo que o levava da Base Aérea do Galeão ao centro - de vidros abertos - ficou perigosamente retido e cercado pela população por longos minutos.
Fiéis que queriam ver o pontífice invadiram a pista central da Avenida Presidente Vargas, perto do Centro Administrativo São Sebastião. E o veículo que levava o pontífice, para desespero dos guarda-costas, ficou prensado em uma fila de ônibus. O tumulto aparentemente nasceu de uma falha de comunicação entre Polícia Federal, que cuidou do trajeto, e prefeitura.
No meio da confusão, o papa, apesar do risco, manteve a serenidade. Alguns seguranças continham, com ajuda de batedores, os fiéis mais afoitos, que tentavam tocar Francisco pelo vidro aberto ou fotografá-lo de muito perto com telefones celulares. Um guarda-costas, porém, ajudou uma criança a ser levada ao papa, que, pela janela aberta, a beijou.
"Não houve comunicação à prefeitura. "Foi uma decisão da Polícia Federal e não sabíamos sequer se o papa iria de helicóptero ou de carro" afirmou o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, em entrevista à Globo News. Em conversa com o Estado, ele explicou que havia uma pista lateral reserva; da para a comitiva passar.
"A decisão sobre o trajeto do papa, como o de qualquer dignitário que visita o Brasil, é de competência exclusiva da PF. A decisão foi tomada ou pela PF ou pela comitiva do papa. A rota ficou mantida em sigilo por uma questão de segurança. Os órgãos de segurança tomaram a decisão. Não sabíamos que o papa iria fazer aquele roteiro."
Ele insistiu que a via estava aberta. "Não posso dizer que houve erro, mas uma decisão." A Polícia Federal foi procurada pelo jornal, mas até as 21h não se manifestou.
Já na saída da Base Aérea houve quebra do protocolo. Depois de desembarcar, o papa foi orientado pela presidente Dilma Rousseff a seguir as orientações dos seguranças, mas preferiu entrar sozinho no carro -um Fiat idea comum, prata, sem vidros escuros -e manteve as janelas abertas.
Aquela altura, a Estrada do Galeão estava cheia de fiéis ansiosos paraver Francisco. Quando o portão foi aberto, os fiéis tomaram uma das pistas para se | aproximar da comitiva. Apesar disso, não houve tumulto.
O avião pousou na Base Aérea do Galeão às 15h43.
Conforme informou depois o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, nos últimos 15 minutos do voo o papa viajou na cabine do piloto. "Ficamos com um pouco de medo, pois não sabíamos se o papa estava exatamente pilotando o avião", brincou Lombardi.
Às 16h03, a porta se abriu e Francisco desceu a escadaria.
Ao pé da escada, Dilma Rousseff já o esperava. Depois de passar por duas fileiras de militares que lhe prestaram continência o papa iniciou os cumprimentos às autoridades.
Ao apertar a mão do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o pontífice ouviu de Dilma que o ministro tinha antigas relações com a Igreja Católica. Gilberto, em tom de brincadeira, gritou "San Lorenzo" referindo-se ao clube argentino pelo qual o papa torce.
Francisco reagiu: "É meu time". Gilberto disse: "E o meu time é o Palmeiras, onde jogou Luis Artime", referindo-se a um atacante formado pelo San Lorenzo que jogou pelo clube a viverde em 1969. / Antonio Pita, Jamil Chade, Luciana Nunes Leal, Leonêncio Nossa, Marcelo Gomes, Nataly Costa, Vinicius Neder, Wilson Costa


Bomba caseira é detonada pela polícia em Aparecida

Diogo Martins e Guilherme Serodio

Uma bomba de fabricação caseira foi detonada pela Polícia Militar de São Paulo ontem em um banheiro do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, que será visitada pelo papa Francisco.
A bomba foi encontrada no domingo por uma equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) durante uma inspeção prévia à visita do pontífice, prevista para amanhã.
No Rio de Janeiro, onde o papa chegou ontem para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ocorreram mais uma vez protestos contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e contra a visita do pontífice.
Os manifestantes saíram por volta das 17h do Largo do Machado, que fica a cerca de um quilômetro do Palácio Guanabara, onde o papa foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e por Cabral.
Enquanto Dilma apresentava sua comitiva de 25 pessoas ao pontífice, manifestantes em frente ao cordão de isolamento montado pela polícia ao redor do Palácio Guanabara gritavam palavras de ordem contra Cabral e o pontífice.
Entre os gritos entoados estavam "Fora Cabral" e "A verdade é dura, papa Francisco apoiou a ditadura". Os manifestantes atearam fogo em um boneco simbolizando o governador Cabral na rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, onde fica a sede do governo estadual.
Além dos protestos contra Cabral, gays e lésbicas se beijavam como forma de protesto à presença do papa.
Os protestos mais uma vez começaram pacíficos, mas terminaram em confronto por volta das 20h, depois que o papa e a presidente da República já tinham deixado o Guanabara.
Cerca de 30 minutos antes do início do conflito, manifestantes cercaram entre seis e dez pessoas mascaradas e entoaram gritos de "P2", sigla que designa policiais infiltrados nos protestos. Logo depois, o Valor testemunhou que a polícia abriu o cordão de isolamento e permitiu que os mascarados acusados pelos manifestantes entrassem no Palácio Guanabara.
Depois de iniciado o conflito, os PMs atiraram bombas de efeito moral e gás de pimenta enquanto os manifestantes responderam com coquetéis molotov.
Um poste pegou fogo e um manifestante foi atingido por uma bomba de efeito moral na subida do viaduto que dá acesso ao túnel Santa Bárbara - ligação entre Laranjeiras e a zona norte. 


Correio do Estado (MS)

Força Aérea Brasileira restringe espaço aéreo durante visita do papa

Agencia Brasil

Com a visita do papa Francisco ao Brasil, o Comando da Força Aérea Brasileira (FAB) definiu medidas de controle e defesa do espaço aéreo durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro e em Aparecida do Norte, no interior de São Paulo.
De acordo com o Comando de Defesa Aeroespacial, as medidas servem para aumentar a segurança e minimizar o impacto no transporte aéreo e incluem a restrição de voo em determinados espaços.
As áreas com voo restrito foram comunicadas à comunidade aeronáutica por meio de notam (notice to airmen, aviso aos aeronautas).
Também serão intensificadas as ações de defesa com o uso de aeronaves de defesa (F-5M Tiger, A-29 Super Tucano), transporte (VC-2, C-105 Amazonas, C-95 Bandeirante, C-97 Brasília), reconhecimento (VANT RQ-450, E-99) e asas rotativas (VH-34 Super Puma, H-34 Super Puma, H-60 Black Hawk).
Durante a passagem de Francisco, que fica até domingo (28) no Brasil, todo o transporte aéreo do líder da Igreja Católica será feito pela FAB, bem como o esquema de defesa durante os deslocamentos aéreos.
PORTAL R3 (SP)

Força Aérea vai instalar Hospital de Campanha em Aparecida

Força Aérea vai instalar Hospital de Campanha em Aparecida

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A Força Aérea Brasileira vai instalar um Hospital de Campanha para atender aos fiéis que visitarem o Santuário de Aparecida nos dias 23 e 24 de julho. Cerca de 200 mil pessoas são aguardadas para acompanhar a missa que será celebrada pelo Papa Francisco na Basílica da padroeira do Brasil, no interior de São Paulo.
O hospital contará com 37 profissionais de saúde incluindo cirurgiões, anestesista, ortopedista, farmacêutico, radiologista, pediatra e clínico-geral. Serão oferecidos pronto-atendimento e atendimento tático. “Nossa equipe estará pronta para atender os casos mais simples, como desidratação, até mais os complexos, como o controle de danos e preparação do paciente para remoção”, afirma a Chefe da Divisão de Logística de Saúde Operacional da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, Tenente-Coronel Enfermeira Vera Lúcia da Costa.
Bento XVI – Em 2007, na visita do Papa Bento XVI também foi instalado um hospital de campanha da FAB. Na época, foram realizados 186 atendimentos médicos e 383 procedimentos. A expectativa de público era semelhante ao previsto para a próxima semana.

Correio do Estado (MS)

Chegada do Papa Francisco mobiliza 12,2 mil militares

A chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (22), deu início à mobilização de 12.259 militares das Forças Armadas. Até o próximo domingo (28), quando regressará para Roma, o sumo pontífice contará com o maior efetivo de segurança já colocado à disposição de uma autoridade estrangeira. Assim que o avião da Alitalia tocou solo na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, começou a operação.
Na base aérea, o santo padre foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice-presidente Michel Temer, além de autoridades civis, militares e religiosas. Em seguida, Francisco foi conduzido em carro fechado até a catedral metropolitana no centro da capital fluminense. De lá, seguiu em veículo aberto pelas ruas da cidade. Ao término do desfile, vai para o III Comando Aéreo Regional (Comar), onde embarca em um helicóptero com destino ao Palácio Guanabara.
O papa Francisco veio ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que será encerrado por ele no próximo domingo (29), em Guaratiba. Ainda na agenda, a autoridade máxima da Igreja Católica irá a Aparecida (SP), onde celebra missa e se encontra com religiosos, e tem compromissos paralelos na capital fluminense.
Estruturas estratégicas
Nas primeiras horas desta segunda-feira, tropas das Forças Armadas já ocupavam 14 estruturas estratégicas previamente definidas pelo Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA). O objetivo é dar segurança, por exemplo, às subestações de energia elétrica, torres de comunicação, redes de água e esgoto, bem como aeroportos.
No Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), foi montada estrutura que reúne representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de agências dos governos federal, estadual e municipal. Pela manhã, na primeira reunião da equipe, os setores envolvidos no plano de segurança repassaram informações sobre a mobilização.
Às 10h, uma videoconferência com a participação do ministro da Defesa, Celso Amorim, e os oficiais generais de Brasília, do Rio de Janeiro e de Aparecida do Norte, permitiu os ajustes sobre a chegada do papa. O objetivo é que aconteçam reuniões diárias durante a permanência de Francisco no Brasil.
De acordo com o cronograma, no Rio temos 10,2 mil militares, sendo 2,5 mil da Marinha, 7 mil do Exército e 700 da Força Aérea Brasileira (FAB). A Aeronáutica emprega dois aviões e oito helicópteros no apoio logístico ao evento, enquanto a Marinha colocou à disposição seis navios e 16 embarcações de pequeno porte. Já o Exército, terá os helicópteros “olho de águia”, além de outros meios para garantir o êxito na realização da JMJ e da visita do papa.
Em Aparecida, o efetivo será de 2.059 militares. Esta mobilização tem por finalidade permitir a segurança durante a visita do santo padre à basílica na próxima quarta-feira. Durante a videoconferência, houve a confirmação de que, em princípio, Francisco se desloque do Rio em helicóptero, e não mais em avião como estava previsto anteriormente.
Porém, dependendo das condições meteorológicas, é possível que o papa seja transportado em avião da FAB. O trajeto por meio rodoviário também não foi descartado. Todos os movimentos, bem como a agenda de Francisco, estão sendo tratados pelas autoridades brasileiras e a equipe da Santa Sé, que se encontra no Rio de Janeiro.

Jornal o Tempo (MG)

Aviões se deterioram em aeroclube 

Cada um foi adquirido por R$ 200 mil com recursos públicos da Anac, que notificou entidade
Juliana Gontijo

ImagemSete aeronaves modelo Aero Boero 115, de fabricação argentina, compradas com recursos públicos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por cerca de R$ 200 mil cada, estão se deteriorando no Aeroclube de Juiz de Fora, na Zona da Mata, próximo do Aeroporto Francisco Alvares de Assis (Serrinha).
O problema é que a entidade não estaria realizando a manutenção adequada das aeronaves. A agência notificou o Aeroclube de Juiz de Fora para que fossem prestadas informações sobre a situação das aeronaves. O processo administrativo para apurar as irregularidades e aplicar as penalidades já está em curso.
Só que a situação não é recente: em julho do ano passado, o jornal “Tribuna de Minas” noticiou que os aviões, da década de 90, estavam há um mês no pátio, depois de sete anos ocupando um dos hangares da entidade.
Apesar de sucateadas, a Anac informou que os equipamentos aeronáuticos possuem longa vida útil, por isso, pode ser possível fazer treinamentos com as aeronaves, desde que recebam manutenção adequada.
Informação confirmada pelo piloto, técnico de manutenção e diretor da Starflight, Francisco Pio Bessa. “Há na minha escola aeronaves de 1966, 1977, em perfeitas condições de uso, já que são feitas manutenções constantes”, diz.
A agência informou que recebeu a denúncia, por intermédio de um comunicado do Comando da Polícia Federal, no final de 2011. Os contratos com o aeroclube, segundo a Anac, foram firmados pelo Comando da Aeronáutica, e sub-rogados para a autarquia, em 2006.
A agência também desmentiu rumores de que o aeroclube esperava receber em torno de R$700 mil para recuperar as aeronaves. De acordo com ela, não há previsão de repasse pela agência. “A Resolução do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) estabelece que a forma de subsídio ao setor é a concessão de bolsas de estudos a pilotos”, diz a nota.
O problema das aeronaves foi parar na Justiça. Em maio de 2013, uma representação, à qual a reportagem teve acesso, pediu que se instaurasse investigação para apurar a prática de improbidade na gestão anterior a 2010. O documento destaca que o aeroclube fechou o exercício de 2010 com um passivo de R$ 333, 303 mil, que não é fruto da inadimplência de alunos.

RBA - Rede Brasil Atual (SP)

FHC tem de explicar venda da Embratel à CPI da Espionagem 

Só tucano que se finge de ingênuo pode se dizer surpreendido com a arapongagem dos EUA sobre telefonia e dados de brasileiros
Não faltaram advertências de analistas para avisar com todas as letras que entregar a Embratel para uma empresa dos Estados Unidos, como foi o caso da MCI World Comm – em 1998, na onda de privatizações do governo FHC – era estender o tapete vermelho para o governo norte-americano grampear as redes e satélites brasileiros.
A estatal brasileira foi vendida "de porteira fechada", com satélites, redes de fibra ótica e tudo. O que ocorreu com o dinheiro arrecadado nesta e em outras operações de privatização pode ser conferido no livro/reportagem de Amaury Júnior A Privataria Tucana.
Nos primeiros anos pós-privatização, a Embratel era hegemônica nas redes nacionais e internacionais de longa distância. Já nas ligações locais de Brasília o controle estava nas mãos da Brasil Telecom, empresa controlada pelo Citibank através do banco Opportunity, de Daniel Dantas. Tudo dominado.
As empresas tiveram por um bom tempo o controle sobre todas as ligação nacionais e internacionais e, mais tarde, sobre o tráfego de dados na internet. Pode perfeitamente ter gravado clandestinamente ligações com fins de espionagem diplomática, militar, comercial, industrial, de chantagem etc. e repassado ao governo dos EUA informações sensíveis.
Mesmo depois de o controle acionário ter sido transferido para a Telmex, em 2010, o controle estadunidense sobre as informações continuou presente, através de serviços de empresas dos EUA para a operadora mexicana, e de equipamentos, softwares e controle de satélites.
Ou seja, o governo de Fernando Henrique Cardoso deixou uma estrutura completa e no jeito para bisbilhotagem. Agora que o Senado decidiu abrir uma CPI para investigar a espionagem, FHC tem de ser convocado, se preciso por condução coerciva pela Polícia Federal, para explicar o inexplicável.
Blog Abelhinha.com

Chegou o Papa Francisco

O Papa Francisco aterrissa em solo brasileiro.
Para garantir a segurança do sumo pontífice e da população durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro (RJ) e em Aparecida (SP), a Força Aérea Brasileira (FAB) projetou medidas de controle e defesa do espaço aéreo, com restrição de voos, previamente divulgados à comunidade aeronáutica via NOTAM (Notice to Airmen), onde serão intensificadas as ações de defesa. Também, na infraestrutura aeroportuária.
Após desembarcar do voo comercial da Alitalia, todo o trajeto aéreo do papa será feito pela FAB, com esquema de defesa durante os deslocamentos aéreos.
Na série de ações, serão empregadas as aeronaves de defesa (F-5M Tiger, A-29 Super Tucano), transporte (VC-2, C-105 Amazonas, C-95 Bandeirante, C-97 Brasília), reconhecimento (VANT RQ-450, E-99) e asas rotativas (VH-34 Super Puma, H-34 Super Puma, H-60 Black Hawk).
A atuação da FAB durante o evento, integrada com órgãos de segurança pública, atende autorização da Presidência da Republica para a garantia da lei e ordem.



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