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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/06/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Concorrência em aeroportos depende de mais consórcios

Estudo de Gesner Oliveira, ex-presidente do Cade, aponta que concentração em grupos que já operam nesse setor no país impede investimentos. Edital da Anac defende concorrência e concessionárias discordam

Erica Ribeiro

Os rumos da próxima licitação dos aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Minas Gerais, ainda estão na fase de consulta pública - que será concluída no dia 30 – mas já são alvo de polêmica. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os grupos que foram vencedores dos leilões nos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília (DF), estão, pelo menos até o momento, impedidos de participar de novas disputas. O objetivo é fazer com que novas empresas possam tornar os aeroportos concorrentes entre si.
Os consórcios Aeroporto Internacional de Guarulhos S/A, formado pela Invepar e pela ACSA (Airport Company South Africa); Consórcio Inframérica Aeroportos, fruto da união da Infravix Empreendimentos S/A, empresa controlada pelo Grupo Engevix, com a Corporación América S/A e que administra o aeroporto de Brasília; e a Concessionária Aeroportos Brasil, que assumiu a operação de Viracopos, preferem não se comunicar oficialmente. Mas, internamente, em discussões com a agência reguladora, discordam desse caminho.
A avaliação da Anac de que novas empresas em leilões de aeroportos ajudaria não só a melhorar a concorrência como turbinaria os investimentos é corroborada por uma pesquisa feita pelo ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e sócio da consultoria GO Associados, Gesner Oliveira. “Temos uma enorme carência de investimentos nos nossos aeroportos. A questão não se resume a atender a Copa do Mundo e Olimpíadas. O Brasil não pode errar nessa licitação. O investimento ocorre quando há competição. Ou não há melhoria”, diz Oliveira.
A pesquisa desenvolvida pelo consultor mostra que o número de passageiros que embarcaram em aeroportos no país cresceu a uma média de 10,8% ao ano.
“Isso equivale a dobrar o conjunto de passageiros transportados em um intervalo menor do que sete anos. Em valores reais, no mesmo período, a tarifa média das passagens caiu de R$ 515,17 em 2002 para R$ 293,50 em 2012”, explica o especialista.
Para ele, o crescimento da renda, do crédito e a diversificação de rotas pelas empresas aéreas ajudam a impulsionar um mercado que terá, até 2030, uma demanda por 312 milhões de passagens aéreas, segundo a própria pesquisa de Oliveira. Ainda segundo o levantamento, seriam necessários entre R$ 25 bilhões e R$ 34 bilhões de investimentos nos vinte principais aeroportos até 2030 para que o aumento de capacidade atenda à demanda.
“Por isso é válido pensar que os aeroportos possam ser competidores diretos. Isso possibilita reduzir as tarifas aeroportuárias e impedir que uma companhia aérea ‘feche’ um aeroporto apenas com seus voos. Consequentemente, as chances de as tarifas baixarem existem”, diz.
O mesmo pensamento tem o professor em Transporte Aéreo e Aeroportos, Jorge Leal. Para ele, as chances desses aeroportos se tornarem hubs (centros de distribuição de voo) é grande com a competição.
“Se for permitido que a empresa que opera Guarulhos assuma o Galeão, isso desaparece. Obviamente, as empresas que operam hoje os aeroportos licitados vão tentar reverter. Mas sou contra colocar os aeroportos na mão de uma só”, afirma.
Segundo Gesner Oliveira, os aeroportos de Guarulhos e Galeão concentram 80% do tráfego aéreo. Por isso, a exemplo do que pensa Jorge Leal, ele afirma que seria “desejável” que competissem.
“O apetite por aeroportos como o Galeão é grande. Nossos problemas de infraestrutura são uma grande oportunidade para grupos estrangeiros que querem entrar aqui. Incluindo fundos de investimento que ajudam a aumentar o volume de capital”, diz ele.
Oliveira e Leal lembram que há exemplos fora do Brasil onde a concentração em um único concessionário não deu certo. Caso do Reino Unido, onde foi necessário vender aeroportos para concorrentes. Já a experiência australiana é considerada uma das mais bem-sucedidas. E se deve ao modelo que privilegiou a concorrência entre os aeroportos concedidos.


Salão de Le Bourget demonstrou dinamismo do setor aéreo apesar da crise

Os gigantes Airbus e Boeing, assim como empresas menores, como Embraer e ATR, assinaram grandes contratos de venda no Salão da aeronáutica de Le Bourget (norte de Paris) e demonstraram o dinamismo de um setor que parece ignorar as dificuldades da economia mundial.
A empresa europeia Airbus anunciou nesta quinta-feira que recebeu 39,3 bilhões de dólares de pedidos firmes relativos a 241 aeronaves nos quatro dias do salão dedicados aos profissionais.
Com as intenções de compra, os pedidos totais alcançam 68,7 bilhões de dólares por 466 aviões de médio (A320 e A320neo) e de longa distância (A330, A350 e o superjumbo A380).
Na disputa entre os dois gigantes da aeronáutica, a Airbus superou no salão a seu competidor norte-americano Boeing, que anunciou, por sua vez, pedidos firmes por um valor de 38 bilhões de dólares e intenções de compra avaliados a pouco mais de 22,2 bilhões.
O diretor comercial da Airbus, John Leahy, apresentou estatísticas para reivindicar que nos últimos cinco anos sua empresa vendeu mais aviões de longa distância que a Boeing.
"Estamos muito orgulhosos por superá-los aproximadamente em dois contra um dos últimos cinco anos", disse Leahy, reivindicando 70% do mercado do lucrativo segmento dos aviões de longa distância.
A Airbus organiza nesta sexta-feira um sobrevoo pelo salão com seu último modelo dessa gama, o A350, cujos testes de voo começaram há menos de uma semana.
A Boeing também se declarou satisfeita, destacando que "o salão de Le Bourget 2013 foi um grande ano" para a empresa.
Aviões regionais
Os fabricantes de aviões regionais bateram recorde de pedidos. O E2, nova geração da família de jatos E da Embraer, foi uma das estrelas do salão.
Seu lançamento foi acompanhado de um pedido firme de 100 aeronaves pela empresa Skywest.
"O salão de París-Le Bourget foi um bom salão para Embraer", "mostra o sucesso da família Ejet. Foi o melhor salão dos últimos dez anos", disse à AFP Paulo Cesar Silvo, presidente da divisão de aviação comercial da empresa.
No segmento dos aviões de 30-120 lugares, a Embraer representa 40% do mercado, em comparação aos 29% de seu competidor canadense, o grupo Bombardier, cujo CSeries foi uma grande ausência Le Bourget.
Para ATR, líder do mercado dos aviões regionais a hélice, este salão "é o melhor da história" da empresa, declarou um porta-voz da empresa dos grupos EADS e Finmeccanica.
"Registramos 173 pedidos, 83 deles firmes, em um total de 4,1 bilhões de dólares, um recorde", explicou.
Todos os fabricantes se beneficiam do auge do transporte aéreo na Ásia e na América Latina, assim como a renovação das frotas das companhias mais tradicionais, como Air France-KLM, que confirmou nesta quarta-feira um pedido de 25 A350-900 por um valor de 7,2 bilhões de dólares.
Na Europa, as companhias de baixo custo easyJet e Ryanair também se mostram dinâmicas. A britânica easyJet anunciou uma intenção de compra de cem A320 por 13,2 bilhões de dólares e a irlandesa confirmou um pedido de 175 aviões 737-800 Next Generation estimado em 15,6 bilhões.


Por violência, Fifa negocia para seleções ficarem na Copa das Confederações

Por lei, falta de garantias de segurança podem suspender evento. Itália já ameaçou abandonar País

Jamil Chade / Enviado Especial

RIO - Os protestos nas ruas das cidades brasileiras exigem que a Fifa passe a negociar com seleções para que se mantenham na Copa das Confederações. Por lei, a falta de garantias de segurança pode fazer o torneio ser cancelado. 
Isso é o que está estipulado na Lei Geral da Copa e que permite que, se o país sede não der sinais de que tem como garantir a segurança de delegações e torcedores, além de funcionários da Fifa, o evento pode ser simplesmente suspendido. Nesse caso, um seguro bilionário seria acionado.
Ao Estado, a assessoria de imprensa da Fifa garante que o debate do cancelamento da Copa não ocorreu por enquanto e que essa possibilidade não foi debatida entre a entidade e os organizadores da competição. O Comitê Organizador Local também insistiu que, até as reuniões do final do dia de quinta-feira, essa possibilidade não foi colocada sobre a mesa.
Uma decisão que poderia mudar o rumo do torneio, porém, seria uma declaração por parte do governo de que, diante do momento vivido pelo Brasil, não haveria como manter a organização do torneio e sua segurança.
O Estado revelou em sua edição desta quinta-feira que dirigentes da Fifa montaram uma estratégia para tentar blindar a Copa. Mas os acontecimentos tem superado as previsões dos dirigentes que, nos últimos dias, não disfarçam estar perdidos em relação ao que ocorre no Brasil.
Mas cresce a pressão por parte de delegações, da imprensa estrangeira e por parte mesmo de funcionários da Fifa diante da violência. A seleção italiana já se queixou à entidade, preocupada com a segurança de seus jogadores, e quer mais garantias de que não serão atacados. Nesta quinta, foi divulgada a informação de que jogadores espanhóis foram furtados em seu hotel.
Dois carros da Fifa ainda foram atacados em Salvador, enquanto os funcionários foram orientados a não sair mais às ruas vestidos com uniformes da Fifa. A seleção da Nigéria também foi orientada a não fazer passeios turísticos.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já deixou o Brasil. Mas a entidade insiste que não se trata de uma fuga, e sim de uma viagem para acompanhar o torneio sub20 da Fifa. O governo brasileiro, porém, afirmou que não sabia da viagem de Blatter e que pensava que ele cumpriria sua agenda, com previsão de ficar no Brasil até o final da Copa.
Um eventual cancelamento do torneio representaria perdas bilionárias para o Brasil e para a Fifa. Para cobrir parte desses problemas, a entidade conta com um seguro que teria de compensar milhões em dólares em contratos.


"CIA brasileira" monta operação Big Brother para monitorar redes sociais

Abin vai observar Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp por conta das manifestações

Sem detectar as manifestações combinadas pelas redes sociais e que nesta quinta-feira (20) terão como alvo o Palácio do Planalto, a Abin ( Agência Brasileira de Inteligência) montou às pressas uma operação para monitorar a internet.

O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes.

A avaliação na agência é de que as tradicionais pastas do governo que tratavam de articulação com a sociedade civil perderam a interlocução com as lideranças sociais.

A decisão foi tomada após uma crise entre assessores civis da presidente Dilma Rousseff e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que não teriam alertado o Planalto das manifestações da semana passada em São Paulo e que desencadearam em uma onda de protestos no Brasil.

Nos últimos dois meses, os agentes da Abin e de outros órgãos de inteligência foram deslocados para a segurança da Copa das Confederações, negligenciando outras áreas.

Com a eclosão da crise, o potencial das manifestações passou a ser medido e analisado diariamente pelo Mosaico, um sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito.

Nos relatórios, os oficiais da agência tentam antecipar o roteiro e o tamanho dos protestos, infiltrações de grupos políticos e até supostos financiamento dos eventos. "O monitoramento, acompanhamento dos assuntos nacionais é dever de todos nós, independentemente de qualquer assunto", disse o ministro.

O GSI colocou grades duplas em torno do Palácio do Planalto para reforçar a segurança em preparação para um protesto marcado para hoje. Em dias de manifestações, as instalações presidenciais são protegida na parte interna, pelos seguranças do GSI e pela Polícia do Exército, e, na parte externa, pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Manifestações

Embora o governo tenha anunciado nesta quarta-feira (19) à noite a redução das tarifas do transporte público no Rio, ativistas sairão em um novo protesto nesta quinta-feira à tarde no centro.

A concentração será às 17h em frente à Igreja da Candelária. A ideia é ir até a sede administrativa da prefeitura e fazer vigília durante a madrugada. Mais de 350 mil pessoas já haviam confirmado presença no ato, por meio das redes sociais.

"Estamos felizes com a redução da tarifa, e o ato desta quinta deve ser uma comemoração, mas a luta está só começando. Exigimos tarifa zero", disse Raphael Godoi, um dos líderes.

Em Porto Alegre, uma nova manifestação está programada para a noite desta quinta, no Paço Municipal. O ato será acompanhado pela Brigada Militar.

O governador Tarso Genro (PT) disse que manifestações são um sinal de "vitalidade da sociedade", mas pediu que quem for ao ato não faça depredações.

Em Salvador, a manifestação desta quinta contra o aumento de tarifas deve passar perto da Arena Fonte Nova, onde Nigéria e Uruguai se enfrentam pela Copa das Confederações.

O governador Jaques Wagner (PT) já se disse favorável às manifestações populares, mas alerta que abusos serão coibidos. "A orientação (da PM) é preservar a integridade de todos, esperando a mesma postura dos manifestantes."


Setor projeta alta no combustível

Cenário de aumento de preços, insatisfação do consumidor, pressão da concorrência das operadoras de baixo custo e das linhas áreas do Oriente Médio, regulação engessada e a crise do euro estão no horizonte traçado pelas companhias aéreas europeias ouvidas pela Roland Berger Strategy Consultants, em maio.
Na pesquisa "European Aviation Radar 2013", realizada com 42 companhias aéreas de passageiros e de carga e gestores de aeroportos, os executivos dizem que estão cautelosos. "Os "players" da indústria podem ser forçados a se adaptarem às novas realidades mais rápido do que o previsto", conclui o estudo da Roland Berger.
Entre os fatores que demandam ajustes nas políticas comerciais, os executivos citam a expectativa de que o preço do querosene de aviação aumente em 2013.
Os executivos do segmento de transporte de passageiros ouvidos pela consultoria dizem que vão buscar cortar custos operacionais, enquanto o segmento de cargas está perseguindo ganhos de margens.
Nas projeções de cenários mais recentes, divulgadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), em 3 de junho, a entidade projeta para o setor aéreo da Europa neste ano um lucro líquido agregado de US$ 1,6 bilhão, mas com margens de 1,3%, em um contexto de demanda avançando 15% e oferta em 12,6%.
Para a América Latina, a Iata estima um lucro somado para as companhias aéreas do setor chegando a US$ 0,6 bilhão, com a demanda crescendo mais que a oferta de assentos: 9,8% e 7,8%, respectivamente. (JJO)


O REPORTER.COM (RJ)

Avião desaparecido em 2008 é achado na Venezuela

CARACAS, VEN (ANSA) - As autoridades venezuelanas encontraram o avião que havia desaparecido em 4 de janeiro de 2008 enquanto voava de Caracas para o arquipélago de Los Roques, na Venezuela, com 14 passageiros a bordo, entre eles oito italianos.
O anúncio do encontro do bimotor Let 410-YV-2081 da companhia privada Transaven, foi feitos pelas autoridades locais e pela Procuradora - Geral Luisa Ortega Diaz através do Twitter.
O ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez Torres, informou que o avião foi encontrado a "nove quilômetros ao sul de Los Roques".
O bimotor, que estava a uma profundidade de cerca 970 metros, foi localizado pelo navio norte-americano Sea Scout, que há alguns dias estava pesquisando a região no marco do acordo bilateral com a Venezuela e a Itália.
O avião caiu no mar após a decolagem do aeroporto Maiquetía de Caracas enquanto se dirigia para Los Roques, um dos principais destinos turísticos do Caribe.
Após 25 minutos da decolagem, o piloto Esteban Bessil lançou um pedido de socorro. Logo depois, começaram as buscas por mar e por terra, mas sem resultado. Por anos, o destino da pequena aeronave foi um caso sem solução, considerado um mistério na Itália e na Venezuela.
Na mesma rota, mas em direção contrária (de Los Roques para Caracas), em 4 de janeiro passado desapareceu um outro pequeno avião de turismo, com quatro italianos a bordo, entre eles Vittorio Missoni, um dos filhos do estilista Ottavio Missoni, falecido em maio deste ano.

THE WALL STREET JOURNAL

O duelo entre Bombardier e Embraer

Por ANDY PASZTOR e JON OSTROWER, de Le Bourget, França

A disputa entre a Boeing BA - 2.55% e a Airbus normalmente é o principal tema nos grandes eventos do setor de aviação, como a feira Paris International Air Show. Mas nesta semana, as contrastantes encomendas de duas fabricantes de aviões menores — a brasileira Embraer SA EMBR3.BR + 1.43% e a canadense Bombardier Inc. BBD.B.T - 2.16% — está emergindo como o principal assunto.
A Embraer lançou esta semana a sua nova série de jatos comerciais E2, permitindo que ela conclua contratos e siga em frente com um projeto para uma linha de aviões que vai de 80 a 144 assentos. A companhia espera que isso lhe permita consolidar sua posição de líder no mercado de aviões menores.
A Embraer anunciou a companhia aérea americana SkyWest Inc. SKYW - 3.64% como sua primeira cliente para a menor das três aeronaves da série E2, com o pedido firme de 100 aeronaves cuja entrega deve começar em 2020. A empresa de leasing International Lease Finance Corp. também se comprometeu a comprar até 100 unidades, incluindo alguns modelos maiores que vão competir mais diretamente com os aviões da Bombardier. A Embraer informou na segunda-feira que outras cinco companhias aéreas, cujos nomes ela não revelou, manifestaram interesse de comprar outras 65 unidades.
A Bombardier, que aposta em uma estratégia de maior eficiência no consumo de combustível, alto desempenho e redução de emissões, até ontem, último dia do Paris Air Show, não havia recebido nenhuma encomenda nova para a sua próxima geração de aeronaves CSeries no evento.
"Acho que a Embraer tem feito um trabalho muito impressionante de conquista de participação de mercado muito, muito rapidamente. O desafio será manter esse ritmo no futuro", disse o presidente da área de transporte da empresa financeira CIT Group Inc., CIT -1.62% Jeff Knittel, que espera uma reação agressiva" por parte da Bombardier.
As duas empresas estão adotando abordagens profundamente diferentes com seus novos modelos. A Embraer está se inspirando na Boeing e na Airbus ao atualizar — em vez de substituir — seus aviões existentes com novos motores e asas, mantendo seus custos firmemente sob controle. A companhia planeja investir US$ 1,7 bilhão ao longo de oito anos para desenvolver os novos jatos, consideravelmente menos do que o tempo necessário para um design completamente novo.
A Bombardier afirma que o seu novo avião será 20% mais eficiente no consumo de combustível que os modelos que pretende substituir, além de mais silencioso e gerar menos emissões de gases. Devido à ausência de pedidos na feira em Paris, a empresa tem focado em ampliar o interesse no voo inicial do novo jato, que deve ocorrer nas próximas semanas.
Há semelhanças entre os aviões. Tanto a Embraer como a Bombardier usam o mesmo motor da Pratt & Whitney, que gera metade das melhorias previstas na eficiência de combustível do CSeries. A Pratt é uma unidade da United Technologies Corp. UTX - 1.94%.
A Bombardier usou o evento em Paris para promover o desempenho prometido pelo seu avião, capaz de voar a partir de pequenos aeroportos localizados no centro de cidades como o que há em Toronto e em Londres, gerando o mesmo ruído que aerononaves à hélice menores.
Desde o seu lançamento em 2008, a Bombardier registrou 145 pedidos firmes e espera que esse número chegue a 300 até a época em que o jato entre em operação, em meados de 2014, antes do modelo da Embraer, cujo primeiro E2 está programado para ser entregue em 2018. Mas o empenho da Bombardier para acumular pedidos foi prejudicado pela crise financeira global e a pela falta de confiança gerada pelos problemas de desenvolvimento e produção enfrentados pela americana Boeing, e pela europeia Airbus, unidade da European Aeronautic Defence & Space Co. EAD.FR + 0.75%.
A Bombardier explica que não espera para anunciar pedidos de clientes durante eventos de aviação, mas que os divulga assim que eles são fechados.
Chet Fuller, diretor da área de aviação comercial da Bombardier, disse que a dolorosa experiência da indústria com novos aviões continua a pesar negativamente sobre os pedidos e prejudicar as campanhas de marketing da empresa canadense.
Executivos das companhias aéreas rotineiramente enchem a Bombardier de perguntas sobre como ela pretende evitar esses mesmos erros, segundo Fuller. "O cinismo e ceticismo na indústria é simplesmente enorme", disse ele.
Em entrevista antes do início do evento em Paris, Guy Hachey, presidente da unidade aeroespacial da Bombardier, disse que, a essa altura, a "indústria é vista como sendo de alto risco" devido a um histórico de deslizes em vários programas de desenvolvimento de aeronaves. "É só com o tempo que você pode convencer as pessoas de que pode cumprir as suas promessas", disse.
Já a rival brasileira mostra mais otimismo. "A Embraer está recebendo encomendas pela qualidade de seus produtos e tem plena confiança na sua capacidade de produção e engenharia de entregar [...] os E2 no prazo estipulado", declarou a empresa ao The Wall Street Journal.
PANROTAS

Embraer vende mais 16 jatos para quatro aéreas

A brasileira Embraer fechou mais contratos de venda de jatos para quatro companhias na feira Paris Air Show, que é realizada em Le Bourget, na França. Confira:
Air Lituanica
A nova aérea europeia, a Air Lituanica, de Vilnius (Lituânia), comprou um E170 e um E175. A empresa vai lançar serviços regulares no próximo dia 30.
Air Costa
A companhia indiana comprou três jatos, sendo dois E170 e um E190.
Conviasa
O Consorcio Venezolano de Industrias Aeronáuticas y Servicios Aéreos S.A. (Conviasa), da Venezuela, comprou mais sete E190, confirmando opções contratadas no pedido original, que soma seis pedidos firmes e 14 opções.
Jal
A Japan Airlines comprou para mais quatro E170. A encomenda já estava incluída na carteira de pedidos como “cliente não divulgado”. Com este novo acordo, o pedido total para o E170 soma agora 15 aeronaves.
TRIBUNA DA BAHIA

MP investiga inundação no aeroporto

por Noemi Flores
O Ministério Público Federal-BA (MPF) instaurou inquérito para investigar a inundação no Aeroporto Internacional de Salvador. De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do MPF, a medida foi adotada após várias notícias veiculadas na mídia nacional, na quarta-feira(19), sobre os danos causados pelas chuvas aos terminais de passageiros e equipamentos elétricos.
Diante destes fatos, segundo informações da assessoria, “o MPF-BA instaurou inquérito civil público para investigar danos e responsabilidades relativos à inundação ocorrida no Aeroporto. A apuração tem como base informações veiculadas pelos jornais na mesma data”.
As notícias que deram origem ao inquérito trazem fotos e vídeos de água, oriunda das fortes chuvas ocorridas na cidade de Salvador, saindo por tomadas e monitores no aeroporto e reportam a inundação do terminal de passageiros, relata a assessoria.
A situação teria prejudicado o atendimento de uma companhia aérea, tendo, inclusive, encharcado usuários do sistema de transporte aéreo. A portaria de instauração do inquérito leva em conta, ainda, “o grave risco à vida e à integridade física destes, que não foram vitimados vez que os equipamentos foram desligados”, destaca a assessoria.
Conforme a assessoria, o caso está sob a responsabilidade do procurador da República Edson Abdon, que busca aferir as irregularidades noticiadas e a responsabilidade dos agentes públicos e empresas contratadas para a reforma e a instalação dos sistemas hidráulicos e elétricos do aeroporto.
Com a portaria, Abdon requisitou que a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) preste informações sobre a situação; apresente os contratos firmados com empresas para manutenção e afixação dos equipamentos elétricos e hidráulicos do aeroporto; e instaure sindicância para apurar os fatos ocorridos. À Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), também requisitou informações e a adoção de providências cabíveis para sanar as irregularidades.
A Infraero encaminhou nota à Tribuna onde afirma que “ainda não foi notificada oficialmente sobre o inquérito do Ministério Público Federal. No entanto, caso seja solicitado, prestará todas as informações relacionadas ao incidente ocorrido no Aeroporto Internacional de Salvador nesta quarta-feira (19/6).
Os registros de alagamento no terminal de passageiros ocorreram em função das fortes chuvas. Informamos que há obras em andamento para reforma e impermeabilização do telhado, com término previsto para o mês de agosto", esclarece.

EURONEWS

Drones são estrelas em Paris e alimentam polémica nos EUA

Em plena polémica sobre o uso de “drones” nos Estados Unidos, os pequenos aviões não tripulados são um dos destaques da quinquagésima edição do Salão de Aeronáutica de Paris.
Segundo a União Europeia, existem atualmente mais de 400 projetos em vinte países europeus para desenvolver este tipo de aparelhos.
Chris Day, representante de um construtor alemão, explica que muitos drones “cabem na mala de um carro. Podemos levá-los por estrada para qualquer ponto do planeta e ativá-los. Não é necessário um aeródromo”.
Antes só usados para fins militares, os “drones” são agora cada vez mais aliciantes para o mercado civil, devido ao relativo baixo custo e grande flexibilidade de utilização.
Uma das possibilidades é o policiamento aéreo, talvez a mais polémica das alternativas de uso.
Numa audiência perante a Comissão de Justiça do Senado norte-americano, o diretor do FBI admitiu ontem que as autoridades usam “drones” para tarefas de vigilância dentro do território dos Estados Unidos.
Robert Muller frisou, no entanto, que se trata de um uso “raro” e em circunstâncias bastante particulares.
Em Março, vários senadores alertaram para o uso civil de “drones” em tarefas de vigilância e recolha de informação que podem ameaçar a privacidade dos cidadãos.
O FBI admitiu ter usado um “drone” este ano, durante um sequestro no Alabama.


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