|

Encontrado corpo de piloto de avião que caiu em Angra dos Reis

Além do piloto, morreram na queda o copiloto e um empresário de MG. Pelo menos 20 pessoas participaram das buscas; queda ocorreu na quinta .

As equipes de resgate encontraram, por volta das 9h desta sexta-feira (13), o corpo do piloto que estava na aeronave que caiu no mar de Angra dos Reis na quinta (12).

O avião, um Embraer modelo Xingu, caiu ao se aproximar de Angra dos Reis, perto da Ilha de Cataguás, a menos de um quilômetro do continente. A profundidade na área é de até 20 metros. A aeronave decolou do Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, pouco depois das 16h desta quinta (12), com três pessoas a bordo. A queda ocorreu cerca de uma hora depois.

Além do piloto, morreram na queda o copiloto Antônio Fernandes Neto e o empresário Clemente de Farias. Os corpos deles foram encontrados e identificados na própria quinta.

Pelo menos 20 pessoas da Defesa Civil, da Capitania dos Portos e dos Bombeiros participaram das buscas. Caso as equipes encontrem a cabine do avião, ela não será retirada do mar. É preciso esperar pela chegada dos homens do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A chegada dessa equipe está sendo aguardada para qualquer momento. Eles são os responsáveis pela apuração das causas da queda do avião.

A orientação é que as embarcações evitem a área do acidente. Nesta manhã, o tempo está fechado em Angra dos Reis, mas não chove.

A apuração para saber o que causou a queda da aeronave já está sendo feita pelo Cenipa. O laudo só será divulgado depois que os trabalhos forem concluídos, mas não existe prazo para isso.

Fonte: / Notimp

---

Ação de piloto será investigada

Para especialistas, queda do avião em Angra dos Reis, que matou três pessoas, pode ter sido causada por falha humana combinada com as condições climáticas adversas

Paula Sarapu

O mau tempo em Angra dos Reis pode ter contribuído para a queda da aeronave em que viajava o empresário mineiro Clemente de Farias, que afundou na Costa Verde fluminense na noite de quinta-feira, matando três pessoas. As ações do piloto Antônio Fernandes Neto, que poderia ter cancelado o voo, também serão analisadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira, que já abriu inquérito para apurar o acidente. Ontem, o Corpo de Bombeiros usou boias para retirar o bimotor do mar. A aeronave passou pela perícia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que também investiga o caso.

O táxi aéreo, pertencente a uma empresa de propriedade da família do empresário, foi localizado a cerca de 500 metros de distância da costa, na altura da Ilha de Cataguases, a 15 metros de profundidade. Na queda, além de Clemente de Farias e do piloto, morreu o copiloto, identificado apenas como Ernandes. Seu corpo, que estava preso às ferragens, foi resgatado ontem. Os laudos da perícia devem ficar prontos em 30 dias.

A rota que sobrevoa Angra dos Reis é bastante conhecida pelo piloto comercial carioca Leandro Souza, que também faz táxi aéreo. No fim da tarde de quinta-feira, ele voava de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro e preferiu pousar em Juiz de Fora, por causa das condições climáticas. Segundo Leandro, uma frente fria chegava à região e os ventos podem ter atingido entre 35 e 45 quilômetros por hora (20 a 25 nós), considerados de moderado a forte.

"Uma das hipóteses é que tenha tido uma variação brusca de velocidade e direção do vento. Eu acompanhei naquele horário as condições meteorológicas e a frente fria estava se deslocando para o litoral; já tinha passado por Cataguases e Paraty. Naquela região montanhosa, numa situação dessas, o vento Sudoeste vem do mar e provoca condições muito adversas para o voo. O ideal era evitar passar por ali", explicou o piloto, que tem 2.5 mil horas de voo e oito anos de experiência viajando pela região conhecida como Costa Verde.

Leandro afirma que o piloto Antônio Fernandes já estava em procedimento de pouso na hora do acidente e que a chuva e a névoa úmida podem ter prejudicado a visibilidade. "Não acredito em falha mecânica, mas ele pode ter tido, sim, teto baixo de nuvem". Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o bimotor Embraer modelo EBM-121 Xingu, prefixo PT-MAB, tinha situação de aeronavegabilidade normal. A inspeção anual só venceria em outubro. O Cenipa também deverá fazer perícia na aeronave, que foi levada para a Capitania dos Portos. O órgão informou que não há prazo para conclusão das investigações.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Para o instrutor de voo José Ernani Assis, coordenador do curso teórico do Aeroclube de Minas Gerais e instrutor em meteorologia há 37 anos, a cada 10 acidentes, quatro estão relacionados às condições climáticas. "O piloto é o comandante. Mas ele só pode voar se a mãe natureza deixar", diz ele. "Ontem (quinta) à tarde, uma frente fria muito intensa chegava à Costa Verde, com chuva de granizo e ventania, situações inconvenientes para o voo. Ali morreu Ulisses Guimarães e o corpo nunca foi encontrado", lembra o especialista.

Fonte: / Notimp


Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented