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Transporte aéreo mantém quatro milhões de empregos na América Latina

Genebra, Março de 2012 - De acordo com relatório divulgado dia 21 pela Conferência de Aviação e Meio Ambiente (Aviation and Environment Summit) em Genebra, a aviação mantém mais de quatro milhões de postos de trabalho e gera mais de US$ 107 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB) na América Latina e no Caribe.

O relatório, intitulado Aviation: benefits beyond borders (Aviação: benefícios além das fronteiras), foi produzido pelo Grupo de Ação do Transporte Aéreo (Air Transport Action Group - ATAG) e pela Oxford Economics, destacando um setor que desempenha um papel mais relevante na América Latina, no Caribe e na economia global do que o esperado.

"Somente na América Latina e no Caribe, a aviação gera mais de 465 mil empregos diretos", afirmou Paul Steele, diretor executivo da ATAG, associação global que representa o transporte aéreo. "Se incluirmos os empregos indiretos em empresas fornecedoras para o setor, os empregos originados pelos gastos de colaboradores do setor da aviação e os trabalhos gerados no setor de turismo possibilitados pelo transporte aéreo, chegaríamos a uma cifra de 4,6 milhões de postos de trabalho."

"E, é claro, os benefícios da aviação vão bem além dos aspectos monetários que salientamos aqui. Se você levar em consideração os benefícios adicionais obtidos através da velocidade e da confiabilidade das viagens aéreas, os negócios possibilitados pelo frete aéreo, e o valor intrínseco que a melhoria de conectividade oferece à economia, o impacto econômico é muito maior", adicionou Steele.

As previsões para a América Latina e o Caribe indicam que o número de passageiros deverá quase triplicar de 145,9 milhões em 2010 para 438,9 milhões em 2030. Nesse período, está previsto que o volume de carga aumentará a uma taxa de 6,1% ao ano. O relatório, disponível no site www.aviationbenefitsbeyondborders.org, também destaca o papel desempenhado pela aviação em nível global, mantendo 56,6 milhões de postos de trabalho no mundo todo e US$ 22,2 trilhões do PIB do mundo. Há aproximadamente 1,5 mil companhias aéreas comerciais utilizando praticamente 24 mil aviões para atender 3,8 mil aeroportos globalmente.

O diretor executivo da Associação de Transporte Aéreo (Air Transport Association - ALTA) na América Latina e Caribe, Alex de Gunten, adicionou: "Os resultados apontados neste relatório significam, sem dúvida nenhuma, grandes notícias. Entretanto, enquanto o setor da aviação na América Latina continua atingindo marcos relevantes e crescendo a índices significativos, existem muitas variáveis que ainda podem afetar negativamente o setor.

Por isso, nós queremos renovar nosso pedido aos governos para apoiar proativamente o crescimento do setor na região. Sem sua colaboração em questões relacionadas com a infraestrutura, tributos e falta de harmonização de regulamentações por toda a região, o progresso que obtivemos durante as duas últimas décadas estará em perigo."

O diretor geral do Conselho Internacional de Aeroportos para a América Latina e Caribe, Javier Martinez Botacio, disse: "Os dados do relatório mostram que a região foi destacada justamente como a estrela do crescimento do setor global de aviação. A melhoria dos indicadores econômicos e sociais na maioria dos países da região da América Latina e Caribe exerce um impacto positivo na procura pelo transporte aéreo. Como resultado, alguns países têm um déficit de investimento no desenvolvimento da capacidade dos aeroportos.

Entretanto, nós temos constatado que os principais operadores de aeroportos estão dando grandes passos para vencer este desafio, inclusive o Brasil. Os operadores entenderam claramente que o investimento em pistas e outras edificações nos aeroportos é imprescindível para garantir a rápida expansão continuada do setor da aviação, os postos de trabalho permanentes e o crescimento econômico que o transporte aéreo pode oferecer à região".

"É evidente que o transporte aéreo desempenha um papel vital no desenvolvimento econômico de todos os países, mas principalmente nas economias em rápido crescimento, como o Brasil. A aviação oferece conexões dentro do país e entre o Brasil e seus parceiros comerciais na região e no mundo todo. É muito importante que o setor de transporte aéreo receba o apoio dos governos para crescer com responsabilidade, de forma que seus benefícios possam ser disponibilizados a um número maior de pessoas", afirmou Paul Steele.

"O setor de aviação na América Latina está crescendo mais depressa do que a média global e esse potencial de crescimento ainda não está esgotado. Por exemplo, o Brasil possui um potencial significativo, ainda não explorado. O número médio de viagens aérreas de cidadãos norte-americanos é de 1,8 por ano, enquanto a média brasileira é de 0,3 voos anuais. Com uma população de mais de 190 milhões de pessoas, conforme a economia brasileira vai se fortalecendo, existe um grande espaço tanto para que o setor de aviação cresça quanto para que o efeito-dominó na economia também beneficie outras áreas, como a de turismo e de comércio”.

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