Revista UFO: Vaticano libera ao público alguns dos mais valiosos documentos secretos


Intitulada "Lux in arcana" [Luz sobre os segredos, em latim], a exposição permite ao visitante descobrir o pedido de anulação do casamento de Henrique VIII e Catarina de Aragão, e o Dictatus Papae de Gregório VII, um manuscrito do século XI afirmando a supremacia dos papas sobre todos os outros poderes na Terra. Há também um pergaminho de 60 metros, remontando a 1308 e contendo a confissão dos templários diante de três cardeais enviados por Clemente V ao castelo de Chinon (centro da França).
"É a primeira vez na história e, talvez, também a última, que esses documentos deixam o interior do Vaticano", afirmam os organizadores. Sinal da importância do evento, o número dois do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, abriu a exposição ao lado do "ministro" da Cultura do Vaticano, Gianfranco Ravasi, do prefeito de Roma, Gianni Alemanno, e do ministro italiano da Cultura, Lorenzo Ornaghi. Ouvido pela imprensa sobre o que o teria mais impressionado nesta exposição, o cardeal Bertone respondeu: "Certamente, a verdade histórica".
Revela também documentos que defendem a atitude de Pio XII, criticado por ter mantido silêncio ante o Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Entre eles, está um relatório do núncio apostólico de Francesco Borgongini-Duca, que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao Papa.
Entre os outros documentos está a nomeação ao trono papal do eremita Pietro da Morrone (século XIII), que se tornou Celestino V e foi o único Papa da história a se demitir. Há também um documento do século XV no qual Alexandre VI divide o Novo Mundo entre a Espanha e Portugal, após a "descoberta" da América por Cristóvão Colombo. Ou ainda o decreto de Leão X que selou o cisma com os protestantes, conduzindo às guerras de religiões fratricidas na Europa.
Outros tesouros
As cartas de Michelangelo sobre a construção da Basílica de São Pedro ou um documento confeccionado em seda pela imperatriz da China Helena Wang, convertida ao cristianismo. Mais curiosa, a missiva do chefe da tribo indígena Ojibwa datando do século XIX a Leão XIII, a quem chama de "grande mestre das preces que cumpre as funções de Jesus".
Outra raridade, uma carta de Maria Antonieta presa depois da Revolução, na qual pode-se ler: "os sentimentos daqueles que partilham minha tristeza (...) são a única consolação que posso receber nestas tristes circunstâncias".
Lux in arcana ficará exposta até 09 de setembro. É possível saber mais informações em sua página da Internet.
Portal da Ufologia Brasileira, link: http://www.ufo.com.br/
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