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Apesar de cortes, governo avança em plano de fronteiras

Após contingenciamento, o vice Michel Temer divulga balanço positivo de ação conjunta nas divisas do Brasil .

VANNILDO MENDES .

Balanço divulgado ontem sobre o Plano Estratégico de Fronteiras mostra que, de junho a dezembro deste ano, tropas federais coordenadas pelos Ministérios da Justiça e da Defesa apreenderam 115,3 toneladas de cocaína e maconha na fronteira do Brasil com os países vizinhos.

O volume, um recorde histórico, é 14 vezes superior às apreensões de drogas no primeiro semestre, segundo balanço do primeiro semestre do Plano Estratégico de Fronteiras, divulgado nesta manhã pelo seu coordenador, o vice-presidente Michel Temer. "Foram resultados tremendamente benéficos para o País e a região", disse ele. Lançado pelo Palácio do Planalto em junho e colocado sob o controle de Temer para simbolizar uma prioridade governamental, o Plano, porém, sofreu um corte de R$ 1,5 bilhões no Orçamento de 2011 e, segundo o Ministério da Justiça, a maioria das ações só vai deslanchar em 2012.

O plano prevê ações de 26 órgãos públicos e de 12 Ministérios, com o objetivo de reforçar a segurança nos 16,8 mil quilômetros de fronteira com 10 países, por onde passam 80% das drogas, armas e contrabando que entram no País, além de melhorar as condições de vida de mais de 6 milhões de habitantes de cerca de 500 municípios remotos. No período, ocorreram 2,4 milhões de abordagens e 4,2 mil prisões em flagrante, sete vezes mais que no primeiro semestre. O contrabando que corre solto na fronteira também sofreu baixa. Só de cigarros, foram apreendidos 4,4 milhões de maços, oito vezes mais.

O plano segundo explicou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se sustenta em duas vertentes: uma deriva da Operação Sentinela, em caráter permanente, realizada pelas Polícias Federal e Rodoviária e a Força Nacional de Segurança Pública. A outra, em caráter periódico e de efeito dissuasório, é a operação Ágata, realizada pelas Forças Armadas, sob coordenação do Ministério da Defesa. "O segredo do sucesso está na integração das forças federais de combate ao crime e destas com as autoridades estaduais e municipais, num esforço conjunto", disse.

A primeira fase do plano cobriu 27% do território nacional, percorreu 24 mil quilômetros de rodovias, rios e lagos, além de diversos pontos vulneráveis da fronteira. "Resultados mais expressivos devem ocorrer a partir de 2012 com ações estruturantes, o reforço de tropas na região e as ações de caráter social e de sustentabilidade que serão desencadeadas", previu Cardozo. Ele disse que já está aprovado concurso para contratação de 2,8 mil policiais federais e rodoviários. A maioria será lotada na região fronteiriça. A idéia do governo é dobrar o efetivo que hoje atua na região.

Entre as medidas estruturantes de segurança está prevista aplicação de R$ 40 milhões na modernização dos sistemas de comunicação das polícias dos 11 estados fronteiriços; criação de gabinetes de gestão integrada; implantação de 30 núcleos de inteligência e reaparelhamento de 33 órgãos de segurança, entre os quais o setor de perícia.

Fonte: / NOTIMP









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