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Operação entre Forças Armadas na região de fronteira receberá militares de país vizinho

Na manhã desta terça-feira (23), o responsável pelo Comando Militar do Oeste (CMO), general de Exército João Francisco Ferreira, anunciou o início da Operação Ágata 3 .

ImagemPor meio da operação, o Ministério da Defesa intensifica ações de vigilância na região de fronteira com Bolívia e Peru. As intervenções são combinadas entre as Forças Armadas e diversos órgão ligados à segurança pública e defesa ao meio ambiente. Militares bolivianos já confirmaram presença nas operações e peruanos também devem compô-las. Todavia, a ação ainda não significa junção de forças em operações conjuntas nas nações vizinhas.

O objetivo principal, segundo Ferreira, é intensificar a presença do Estado brasileiro na fronteira, agindo de forma veemente na prevenção e repreensão de delitos nas áreas transnacionais. Conforme o comandante, quando açõs correlatas nos países vizinhos e no Brasil dependem de acordo político. "A proposta é de que, no futuro, haja ações simultâneas. Mas, esta tratativa depende de negociação política. No futuro, quem sabe, mas, cada um atuando do seu lado, mesmo de forma integrada". Não foi informado o número de militares bolivianos e peruanos virão, mas, afirma-se que são oficiais.

Somente o Exército emprega nesta operação 6,5 mil pessoas. Além de um montante de viaturas e aeronaves. Estão presentes também outros órgãos e instituições: Marinha e Força Aérea; polícias Federal (PF), Militar (PM), Civil (PC) e Rodoviária Federal (PRF); Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Secretaria da Receita Federal; Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam); Força Nacional de Segurança Pública; Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Fundação Nacional do Índio (Funai); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e demais setores dos Estados de Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

A sede das operações é Campo Grande, mas, conforme Ferreira, as ações têm caráter descentralizados.

Ação direta

ImagemTodos os procedimentos serão realizados por terra, ar e rios. Conforme o comandante da Força Aérea Componente 107, brigadeiro-do-ar Luiz Fernando de Aguiar, até mesmo a Lei do Abate pode ser usada. Ela consiste em derrubar aeronaves que não se identifiquem e possam apresentar aparente risco à nação.

“Primeiro, há a averiguação da aeronave. Há todo um protocolo a seguir. Orienta-se o piloto, conversa-se com o piloto em frequência universal. Até mesmo, atira-se do lado da aeronave para demonstrar que o uso da força pode ser efetuado. Até mesmo tenta-se direcionar a aeronave para um pouso emergencial. Se isto tudo não funcionar, liga-se para a presidente, ou alguém denominado por ela e se obtém a permissão. Mas, é a última instância. Mas, não é descartada”, comenta Aguiar.

Já a Marinha, estará com aproximadamente 800 pessoas em campo, 3 helicópteros e 10 navios. “Esta atitude é parte das ações de atividades subsidiárias da Marinha. Operações que vão melhorar nossa sistematização do combate ao crime naquela região”, comenta o contra-almirante Marcio Ferreira de Mello, comandante do 6º Distrito Naval.

A Funai tem cerca de 500 servidores agindo em 10 unidades envolvidas na operação. A PRF estará com 80 policiais atuando diuturnamente. A Abin não disponibiliza, por motivos de segurança, o número de envolvidos, mas, atuará municiando as tropas com informações e repassando diretamente à presidente o andamento das ações.

Ibama estará com nove agentes diretos em campo em Mato Grosso do Sul e quatro na superintendência de Campo Grande. A PM terá envolvimento nas ações mais diretas de prisão, com cerca de 1,5 mil militares divididos também entre as polícias Militar Ambiental e Rodoviária Estadual.

A Receita Federal atuará visando coibir o contrabando e descaminho de mercadorias.

Intervenção no cotidiano

Para o responsável pelo CMO, comandante João Francisco Ferreira, não haverá incomodo maior ao cidadão comum. Ele lembra que condutores serão revistados com maior assiduidade ao passarem entre os países. “Haverá vários pontos de bloqueio onde os veículos serão parados. Mas, isto não causa grandes transtornos. Será com agilidade. Para o cidadão comum, não haverá prejuízo em seu ritmo cotidiano normal.”

Fonte: CAPITALNEWS.COM.BR / NOTIMP









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