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Amorim anuncia saída de 257 militares brasileiros do Haiti

Segundo o ministro, em outubro, a ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho .

Mariana Jungmann .

Brasília – O Brasil deverá começar a retirar, a partir de março do ano que vem, 257 militares que estão na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, disse hoje (29) o ministro da Defesa, Celso Amorim. Em outubro, segundo ele, a ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho. A maior parte dos militares que deverá deixar a ilha chegou ao Haiti depois do terremoto que devastou o país, para dar reforço aos que já atuavam na pacificação. “Tudo depende da aprovação do plano [de retirada, pela ONU]”.

Amorim disse que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares. O mandato brasileiro como chefe da missão também passará por votação para ser renovado. Para o ministro, a saída das forças de paz deverá ocorrer gradualmente, de modo a entregar o Haiti para o seu próprio governo, de maneira responsável. “Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável”, observou o ministro.

Entre o efetivo brasileiro que deixará o Haiti, não devem estar militares do batalhão de engenharia. Eles têm atuado na reconstrução de pontes, poços artesianos, produção de energia, entre outras obras emergenciais.

Após sair de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro comentou também sobre os planos do governo brasileiro de colocar um satélite de comunicações em órbita. Segundo Amorim, isso está sendo agilizado porque o Brasil poderá perder o espaço que tem na órbita da Terra se não enviar o satélite. “É um esforço que está sendo coordenado pelo Ministério das Comunicações, com a participação da Defesa. Ele [o satélite] deverá ser de propriedade do Brasil, mas não construído aqui porque nós ainda não possuímos tecnologia para isso”, relatou.

Fonte: / NOTIMP

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Brasil começa a retirar tropas do Haiti em 2012

Em março de 2012, 257 militares brasileiros retornarão ao Brasil como parte do programa de retirada das tropas do Haiti. Ao mesmo tempo em que o atual ministro Defesa, Celso amorim, anunciou redução de 11% no efetivo verde-amarelo, o governo autorizou o envio 300 militares para a missão da ONU no Líbano.

Atualmente, o Brasil chefia a missão com 2.185 militares – o maior contingente internacional da operação da ONU.

A diminuição é fruto de um estudo feito em julho pela ONU, que sugeriu ao secretário-geral Ban Ki-moon uma redução geral de 18% do número do efetivo na missão. Mais 1,6 mil oficiais de outros países também devem deixar o país.

O número total, portanto, deve cair de 8,7 mil militares para 7,1 mil ao longo do ano que vem – mesmo número de militares que estavam no país antes do terremoto de janeiro de 2010.

Conforme amorim falou à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, a porcentagem da redução de brasileiros será menor que a de militares dos outros 17 países que têm tropas no Haiti.

O ministro justificou o início da retirada relatando que a ordem e a segurança social no Haiti já foram consolidadas. Conforme amorim falou à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, a porcentagem da retirada de brasileiros será menor que a de militares dos outros 17 países que têm tropas no Haiti. O Brasil é responsável pela proteção da capital, Porto Príncipe, a área mais insegura do país, o que limita a limita a retirada brasileira.

A decisão final sobre a redução de contingente da Minustah (nome da missão de paz) ainda deve ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU no dia 15 de outubro.

Também ontem, o Congresso permitiu o envio de um navio da Marinha e até 300 militares no dia 4 de outubro para reforçar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). A iniciativa visa monitorar o tráfego na costa libanesa para tentar evitar a entrada de armas no país.

O país
- O Haiti se tornou independente a partir de uma revolta de escravos, tendo sido o primeiro do planeta a abolir a escravidão, ainda no final do século XVIII.
- Tem um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos do mundo.
- Desde 2004, com a saída do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, forças de paz da ONU foram encaminhadas para o Haiti para manter a ordem no país.
- Os brasileiros auxíliaram o país após um terremoto de magnitude 7 na escala Richter, ocorrido em 12 de janeiro de 2010 atingir o Haiti. Calcula-se que mais de 300 mil pessoas morreram.

Fonte: / NOTIMP









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