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Especial Noar 4896: PF pede 25 dados em investigação de queda de avião em PE



A Polícia Federal em Pernambuco assumiu as investigações sobre o acidente envolvendo o avião bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas, que causou a morte de 16 pessoas em 13 de julho, no Recife. Em nota divulgada nesta quarta-feira, a PF destacou 25 solicitações de documentos e dados a diferentes instituições para dar prosseguimento às averiguações.

À Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foram solicitadas informações sobre a regularidade e as condições técnicas e operacionais da empresa Noar, aeronavegabilidade do bimotor, validade dos certificados de habilitação técnica e de capacidade física dos pilotos, bem como dados sobre as manutenções, inspeções e revisões gerais realizadas nos dois aviões da empresa. Também foi requisitada a regularidade das respectivas oficinas de manutenção.

A Infraero deverá fornecer informações sobre a regularidade do voo 4896 e as condições de navegação aérea no momento do acidente. Também deverão ser enviadas à PF imagens do embarque e da decolagem do voo no dia do acidente.

Entre os documentos requisitados à Noar, estão as condições de aeronavegabilidade do avião, possíveis defeitos apresentados nas aeronaves e os procedimentos adotados para os reparos. A PF solicitou também à empresa a quantidade de carga levada pela aeronave no dia do acidente e a validade dos certificados dos pilotos e suas jornadas de trabalho, com a discriminação das horas voadas nos últimos 30 dias anteriores ao acidente e do período de descanso desde o voo anterior.

A PF também quer ter acesso à cópia dos livros de bordo e dos registros auxiliares supostamente criados pela empresa com a finalidade de apresentar impressões e percepções das tripulações acerca do funcionamento das aeronaves.

O acidente

Um avião bimotor turboélice, modelo L-410, também conhecido como LET, com capacidade para 19 pessoas, fazia o percurso Recife-Natal quando caiu na manhã da quarta-feira.

A aeronave caiu em um terreno baldio próximo à avenida Boa Viagem e deixou 16 mortos. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave havia acabado de decolar do aeroporto de Guararapes quando a tripulação declarou estar em situação de emergência e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. Contudo, A aeronave caiu, pegou fogo e nenhum dos passageiros e tripulantes sobreviveu.

Fonte: / NOTIMP

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PF recebe o inquérito da Polícia Civil

Um dia após a Justiça Federal decidir que a competência da investigação do acidente com o avião da Noar Linhas Aéreas é de âmbito federal, a Polícia Civil remeteu o inquérito à Polícia Federal (PF). Para chegar aos federais, o documento, contendo 94 páginas de despachos, transcrições de quatro depoimentos de testemunhas oculares da queda e informações técnicas, teve que passar pela Central de Inquéritos do Ministério Público Estadual e, em seguida, pela Justiça Federal.

Ontem, os delegados Guilherme Mesquita, que estava à frente do caso, Osvaldo Morais, diretor de operações da Polícia Civil, e Edilson Alves, gestor da Polícia Civil da capital fizeram coletiva para oficializar a entrega do inquérito.

Hoje, o delegado Renato Cintra, chefe da Delegacia de Defesa Institucional da PF, deve decidir, a partir das informações já colhidas, qual será o andamento das investigações. Cintra havia sido designado para o caso dois dias após a tragédia, devido a determinação do Ministério Público Federal.

De acordo com a PF, entre as providências adotadas por ele estão solicitações de informações a órgãos como os Institutos de Criminalística e de Medicina Legal, o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), além da Infraero e da empresa Noar.

Famílias em busca de direitos

Parentes das 16 vítimas do acidente com avião da Noar lutam para driblar a burocracia e garantir o que prevê a lei

Passada uma semana da tragédia do voo 4896 da Noar Linhas Aéreas, restou a dor. Agora, é a necessidade de resolver todas as questões burocráticas decorrentes das mortes e de lutar pelos direitos que promete mobilizar as famílias das 16 vítimas. Enquanto estavam engajados em providenciar certidões de óbito, missas de sétimo dia ou afins, a luta judicial que se anuncia estava em segundo plano para os familiares. “Nós, familiares, precisamos nos juntar para conversar e definir os próximos passos”, diz o empresário Roberval Oliveira, 55 anos, pai da representante comercial Débora Pontes Santos, 24, que viajava do Recife para Natal a trabalho.

Para João Eduardo Marinho, 38, sócio e amigo do engenheiro Marcelo Campelo, 66, um dos proprietários da Marca Engenharia que morreu na queda da aeronave, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, ainda não houve tempo hábil para definir a estratégia judicial que será adotada pelas famílias.

“Ainda estamos começando a entender o processo para saber como agir em um caso como esse. Seguramente a família de Marcelo pretende se reunir com as outras, mas nada foi programado”, afirma João Eduardo.

Segundo o pai de Débora, os trâmites burocráticos por causa do óbito têm lhe consumido os últimos dias. “No caso da minha filha, que deixou minha neta, é ainda mais complicado. Ela tem 4 anos e vai ficar comigo. A burocracia nos toma muito tempo. Ainda não tive nem cabeça para pensar nas questões judiciais”, conta Roberval. “Assim que houver um movimento por parte das outras famílias, com certeza iremos aderir. Se houve irresponsabilidade de alguma parte, alguém tem que responder”, acrescenta.

Há também quem, em um primeiro momento, prefira não pensar neste processo. Caso de Luiz Gonçalves, irmão do copiloto da aeronave Roberto Gonçalves, 60. “Até agora, nossa família não pretende processar a Noar. Existe um advogado que vai cuidar dessa parte”, explica.

No dia seguinte ao acidente, representantes da seguradora Mapfre, contratada pela Noar, se reuniram individualmente com parentes das pessoas que estavam a bordo para levantar informações necessárias e calcular as indenizações. Segundo a assessoria da seguradora, o valor a ser destinado a cada família como reparação ainda não foi definido porque depende da análise da documentação dos familiares, que ainda está sendo realizada.

Fonte: / NOTIMP









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