O novo Concorde
Fabricante europeu apresenta modelo que promete voar duas vezes mais rápido do que os aviões supersônicos sem poluir .

Se depender dos projetos  apresentados na última semana no Salão Aeronáutico de Le Bourget, na  França, a experiência de voar de avião no futuro será semelhante a uma  viagem espacial. No evento, o consórcio de aviação europeia (EADS)  lançou o seu conceito de aeronave hipersônica. Apelidada de Zehst (sigla  em inglês para Transporte Hipersônico de Emissão Zero), a máquina  lembra o Concorde – aposentado em 2003 – mas promete superar o  supersônico (leia quadro). Uma viagem entre Londres e Tóquio, por  exemplo, levaria menos de três horas. E o melhor: sem cuspir CO2 na  atmosfera.
O modelo será desenvolvido até 2020 e comercializado após 2040. A ideia é que o voo do Zehst seja dividido em três fases. Primeiro, a aeronave decolaria usando motores comuns. A diferença aqui é o biocombustível feito à base de algas. Depois dos cinco quilômetros de altitude, entrariam em ação os propulsores de foguetes, que levariam os passageiros a 32 quilômetros de altura, na estratosfera. A partir daí, o voo seria conduzido por motores a hidrogênio.
O sistema é tão inovador que, ao menos por enquanto, os pesquisadores não sabem estimar a quantidade de combustível que seria necessária para a viagem. “Não existem parâmetros para esse cálculo. Estamos no início. Mas sabemos que a alta velocidade exigirá muito combustível, por isso os motores terão que ser os mais limpos possíveis”, explica o diretor de Comunicações e Tecnologia do EADS, Gregor von Kursell. Utopia? Só resta esperar até 2040 na esperança de poder dar um pulinho em Tóquio no fim de semana.
Fonte: 
 / NOTIMP


















