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Hangares a todo o vapor



Com encomendas que superaram os US$ 80 bilhões, feira de aviação de Paris, a maior do planeta, marca a retomada do setor de aviação civil mundial .

Carlos Eduardo Valim .

Quando a Paris Air Show, maior e mais tradicional feira mundial do setor de aviação, começou, na segunda-feira 20, com a participação de 2,1 mil expositores de 45 países, as nuvens estavam carregadas no Aeroporto Le Bourget, nos arredores de Paris, onde o evento é realizado a cada dois anos. A francesa Airbus, logo no primeiro dia, precisou cancelar a apresentação de seu esperado avião militar A400M por problemas técnicos. Um pequeno acidente em terra também danificou a asa de seu superjumbo A380, com capacidade para transportar mais de 800 pessoas. Na quarta-feira 22, no entanto, o céu era de brigadeiro e as nuvens haviam se dissipado.

Depois de anos de prejuízos seguidos do setor, com os aviões literalmente no chão, a feira deste ano já pode ser considerada um marco na recuperação da indústria aeronáutica global. Em apenas três dias, foram anunciados negócios que superam a cifra de US$ 80 bilhões. A Airbus, por exemplo, somou pedidos de US$ 57 bilhões. A empresa fez, no evento, a maior venda da história da aviação civil: 180 aeronaves da família A320,para cerca de 150 passageiros, para a companhia aérea indiana de baixo custo IndiaGo. A rival americana Boeing tinha contabilizado US$ 22 bilhões.

A brasileira Embraer anunciava contratos de US$ 1,7 bilhão e mais US$ 900 milhões em opções de compras. Esses resultados preliminares passam mais ou menos ao largo das companhias áreas dos Estados Unidos e da Europa, que ainda não retomaram integralmente o voo de cruzeiro depois da crise de 2008. “Alguns mercados estão muito bons”, diz Jorge Leal Medeiros, professor de transporte aéreo e aeroportos da Escola Politécnica da USP. “A Ásia é atualmente o mercado mais promissor para as fabricantes de aviões. A América Latina vem em seguida.”

Em 2008 e 2009, as companhias aéreas acumularam prejuízos de quase US$ 20 bilhões, com a queda do número de passageiros. Em 2010, elas lucraram US$ 18 bilhões, recuperando quase todas as perdas daquele período. Em 2011, a estimativa é que lucrem US$ 4 bilhões, segundo a Iata, associação que reúne as empresas aéreas. As perspectivas para o setor nos próximos anos são muito positivas. As encomendas de jatos com capacidade de 30 a 120 assentos devem somar negócios de US$ 320 bilhões até 2030, de acordo com projeções da Embraer. A Boeing estima que as companhias aéreas vão gastar, em 20 anos, US$ 4 trilhões na aquisição de novos aviões de grande porte para acompanhar a demanda de novos passageiros, principalmente da região Ásia/Pacífico.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Giorgio Montersino









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