Ordem do Dia da Aviação de Patrulha, COMGEP e COMGAR
PALAVRAS DO COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS .
Brasília, 22 de maio de 2011 .
A partir do ano de 1938, o mundo passou a experimentar o amargo flagelo da dor e do sofrimento, fruto da ambição desmedida do Império Nazifascista então instalado. Os horrores da Segunda Grande Guerra não demoraram a assolar a Nação brasileira que, à época, adotara posição inicial de neutralidade.
Embarcações dos mais diversos tipos, com as mais variadas cargas, transportando passageiros ou navegando em passagem inocente por nosso litoral, passaram a ser impiedosamente perseguidas e destruídas ou seriamente avariadas. Inúmeras vidas foram ceifadas e o ir e vir da navegação em águas brasileiras passou a ser fonte de apreensão e medo, em face da insegurança instalada em nossas rotas de cabotagem.
Impelido pela forte pressão popular e com o intuito de proteger nossa frota naval e de dar liberdade e segurança aos navegantes em mares do Atlântico Sul, o Governo brasileiro de então resolveu declarar formalmente guerra aos países do Eixo, tomando atitudes que dariam maior tranqüilidade aos passantes. Uma delas foi a decisão de dotar de modernas aeronaves e de investir em treinamento as tripulações de Patrulha Marítima da recém criada Força Aérea Brasileira, que já atuavam na vigília de nossos rincões oceânicos.
A FAB passava a empregar aeronaves A-28 Hudson, PBY Catalinas, B-25 Mitchell, P-40, T-6 ou Fock-Wulfs, dentre outras, em voos de patrulhamento do litoral, realizando a cobertura, pelo ar, dos comboios que eram formados e que navegavam, diuturnamente, de norte a sul, em nossas águas.
Em pouco tempo nossos patrulheiros começaram a interceptar diversos submarinos, italianos ou alemães, que se encontravam à espreita dos mercantes em questão.
Deste modo, em voo de instrução de Patrulha Marítima entre Fortaleza e Fernando de Noronha, em 22 de maio de 1942, os Capitães Aviadores Affonso Celso Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona Pinto, a bordo de uma aeronave B-25, que tinha como instrutor o Primeiro Tenente Aviador Henry B. Schwane, da USAF, localizaram o submarino italiano Barbarigo. Relatos anteriores davam como certa a existência de atividade submarina na área, já que o navio mercante “Comandante Lira” havia sido torpedeado na região.
Assim sendo, ao avistarem a embarcação, imediatamente a tripulação engajou combate, vindo a atacá-la com uma salva de bombas de 100 libras de emprego geral. O submarino foi atingido e submergiu, não tendo mais sido visto na área de operações.
Esta missão significou o Batismo de Fogo da Força Aérea Brasileira naquela que viria a se tornar conhecida como a “Batalha do Atlântico”, que traz relatos épicos de outras tripulações de Patrulha, com Heróis que já nos deixaram, como as vividas pelo hoje Patrono da Aviação, Dionísio Cerqueira de Taunay, pelo intrépido Ivo Gastaldoni ou por um dos ícones de nossa Força Aérea, Alberto Martins Torres, dentre tantos homens de honra que deram o melhor de si, arriscando suas vidas pela tranqüilidade de muitos...
Ficava marcada, para todo o sempre, a data de 22 de maio como o “Dia da Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira”.
Tempos se passaram e, com o término da guerra, a FAB começou a se organizar, profissionalizando suas aviações e promovendo o espírito de corpo em cada uma delas, todas com igual importância no cenário de proteção e de defesa da Nação.
Ao longo dos anos 50, 60 e 70 a Patrulha acompanhou tais modificações e avanços, com tripulações que fizeram jus a alcunha de “Patrulheiros”. Muito devemos a esses guerreiros, que doaram suas vidas e dedicaram suas carreiras em prol da construção e do soerguimento dos alicerces sólidos que se traduzem na Patrulha de hoje.
Lembramos, com saudosismo e emoção, dos fascinantes e perigosos pousos a bordo, diurnos ou noturnos, no Navio Aeródromo Minas Gerais... Eram os famosos “catrapos”, onde se diferenciavam os homens dos meninos...
Da introdução da Guerra Eletrônica na FAB e de suas missões periféricas aos avanços nas áreas de altos estudos, com a criação das pós-graduações e do investimento em conhecimento de equipamentos, táticas e técnicas, a Patrulha ascendeu à posição de destaque, mormente sua importância estratégica enquanto se fala em novas descobertas relacionadas ao Pré-Sal, fonte de recursos naturais imprescindíveis para o futuro do país, localizada na imensidão do Oceano Atlântico...
A partir da entrada em operação das aeronaves P-3AM vislumbra-se, para a FAB e para a Patrulha, novos tempos, já que tal vetor de combate traduz-se em verdadeira máquina de guerra. Dotado de sensores de última geração, o P-3 brasileiro não encontrará similar no mundo, que conta com dezenove países operadores, sendo onze Forças Aéreas e oito Marinhas.
Sua capacidade bélica fará com que possíveis cobiças contra nossa nação venham a ser neutralizadas... Sua autonomia permitirá a completa cobertura da Amazônia Azul, livrando-nos do pesadelo da ameaça submarina.
A fim de realizar a transição de equipamentos, enquanto aguarda a conclusão do Projeto P-X, nossas guerreiras aeronaves P-95 irão iniciar processo de modificação de aviônicos, com inserção de modernos painéis com tecnologia “Glass Cockpit” e de troca de equipamentos e de sensores, o que permitirá aos tripulantes uma transição mais suave e plena para a alta tecnologia e para o real estado da arte, que hoje se anuncia.
Em seu dia, Patrulheiro, orgulhe-se de seu passado, continue atuando com profissionalismo e galhardia em seu presente e olhe para o futuro com inteligência, esperança e coragem, pois serás uma das primeiras linhas de defesa da nação, que lhes exigirá preparo, dedicação e comprometimento, acima de qualquer expectativa...
E sabemos que estarás preparado, quando a Nação por ti clamar!
Afinal, saberás “Matar o Peixe Mau”, quando ele a ti infligir ataque!
Jajuká Pirá Waí!
Salve a Patrulha!
TEN BRIG AR GILBERTO ANTONIO SABOYA BURNIER
COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS
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A marcha inexorável do tempo nos torna espectadores e reféns de nossa própria evolução. Evolução essa que nos força a criar métodos e costumes para que nossa passagem pelo mundo seja mais confortável, principalmente no quesito de convivência com nossos semelhantes.
Lidar com recursos humanos, o maior patrimônio que qualquer instituição possui, é a atividade mais complexa de nossa existência. Planejar a formação de pessoal e sua distribuição em todos os setores da Força Aérea de acordo com a demanda requer um meticuloso e detalhado trabalho.
Ser também o grande responsável pela manutenção da máquina humana exige também elevado preciosismo, bem como a exigência de constante atualização de recursos tecnológicos e profissionais das nossas gestões de saúde e psicologia.
Não menos importante, toda a estrutura de intendência promove aos militares, civis e seus familiares o completo apoio administrativo, logístico e de assistência social proporcionando o bem estar adequado para o cumprimento de suas missões junto à Força Aérea.
Para completar o conjunto formador das necessidades sociais do ser humano, a manutenção dos arquivos e histórico é uma atividade que enaltece e mantém viva a cultura e as tradições de uma comunidade.
Com todos os elos que envolvem a área de pessoal no âmbito do Comando da Aeronáutica, bem definidos e adequadamente equipados para entregar aos setores operacionais, tecnológicos e logísticos a excelência em material humano, o Comando Geral do Pessoal comemora com entusiasmo os seus 42 anos na certeza de que está colaborando para a construção de uma Força Aérea cada dia melhor e digna da grandiosidade que o nosso país tem no contexto global.
Parabéns agraciados pelas condecorações recebidas e pelo desempenho profissional demonstrado ao longo dos anos de 2010 e 2011.
Parabéns COMGEP por mais um aniversário!
TEN BRIG AR ANTONIO GOMES LEITE FILHO
COMANDANTE-GERAL DO PESSOAL
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42° ANIVERSÁRIO DO COMGAR
PALAVRAS DO COMANDANTE DO COMGAR
BRASÍLIA, 20 DE MAIO DE 2011.
Voar, Combater, Vencer!
O lema do Comando-Geral de Operações Aéreas, com aparente simplicidade linguística, reúne em seu significado o cerne da existência da Força Aérea Brasileira.
São palavras breves e ao mesmo tempo fortes, as quais resumem as ações diuturnas realizadas pelos homens e mulheres de todas as organizações que integram esse Comando Operacional, em cujas mãos repousa a responsabilidade de prover a pronta resposta do poder combatente da Força Aérea.
O transcurso de mais um ano de existência marca, nas vidas das pessoas e das instituições a renovação das esperanças, o fortalecimento das expectativas de verem cristalizadas suas legítimas aspirações.
As profundas transformações experimentadas há 42 anos pela Força Aérea Brasileira em sua estrutura organizacional, com o objetivo de facilitar o cumprimento de sua Missão Constitucional, são frutos do então Ministério da Aeronáutica, que criou os Comandos-Gerais e os Departamentos.
A criação do Comando-Geral de Operações Aéreas constitui um importante marco histórico, pois representa uma notável evolução na concepção de emprego da Força Aérea Brasileira, ajustando-a aos postulados que preconizam a subordinação de todos os meios aéreos de combate a um comando operacional único.
Ao longo de sua existência o Comando-Geral de Operações Aéreas passou por diversas mudanças, principalmente no aspecto organizacional. Alteraram-se subordinações operacionais e administrativas buscando-se, incessantemente, encontrar a estrutura ideal para enquadrar os meios disponíveis, com vistas a aperfeiçoar o preparo e emprego da Força Aérea.
Já se vão mais de quatro décadas, nas quais o COMGAR sempre buscou evoluir nas táticas e técnicas de emprego de aeronaves, emprego da infantaria, armamentos e equipamentos eletrônicos, em razão da efetiva profissionalização do pessoal, nosso mais valioso patrimônio.
De sonhos, lutas e vitórias vivemos estes 42 anos. Os sonhos, com uma Força Aérea que idealizamos, dotada de vetores modernos, operados por homens qualificados. De lutas, para explorar em sua plenitude as características dos meios aéreos de que dispomos, empregando-os com proficiência. De vitórias, representadas pelo efetivo cumprimento da missão atribuída a este Comando-Geral e pela manutenção de elevados índices de Segurança de Voo.
Nesta data histórica homenageamos nossos antecessores, reverenciando a memória de todos aqueles que contribuíram para o engrandecimento do Comando-Geral de Operações Aéreas.
Aos companheiros do passado e do presente, àqueles que souberam e sabem superar os desafios de suas épocas, nosso eterno agradecimento e nosso orgulho em tê-los como irmãos de ideal.
Estamos certos de que juntos todos nós continuaremos trabalhando para viabilizar a concretização de nossas metas e havemos de vencer porque nossa sorte maior é saber que podemos contar com todos.
Parabéns Comando-Geral de Operações Aéreas pelo seu quadragésimo segundo aniversário.
VOAR, COMBATER E VENCER!!!
TEN BRIG AR GILBERTO ANTONIO SABOYA BURNIER
COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS