|

Para Lula, acidente da TAM foi o o pior momento que viveu no governo






Vandson Lima.

O acidente com o avião da TAM em 2007 no Aeroporto de Congonhas, no qual morreram 199 pessoas foi, na opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pior momento de seu governo. "Nunca vi tanta leviandade", disse, em entrevista a blogueiros, sobre os comentários de setores da imprensa que acusavam o governo pelo acidente, que, posteriormente, foi comprovado como decorrente de erro dos pilotos. "Foi o dia mais nervoso da minha vida. Não quero que isso se repita."

Na entrevista, Lula voltou a jogar lenha na quase apagada fogueira levantada pelo episódio da "bolinha de papel", no qual o candidato do PSDB derrotado na disputa presidencial, José Serra, supostamente teria sido agredido por militantes petistas, às vésperas da eleição. Em entrevista a blogueiros ontem, em Brasília, Lula disse que Serra precisa se desculpar com os brasileiros por, segundo ele, ter inventado uma agressão. "Foi uma desfaçatez. Eu perdi três eleições (...) e jamais teria coragem de usar uma mentira daquela. O Serra tem que pedir desculpa ao povo brasileiro", afirmou Lula.

Durante o evento, Lula bateu forte no que classificou como "mídia antiga" brasileira - jornais e revistas - e afirmou que se um historiador, daqui a 100 anos, resolver destrinchar o que foram os oito anos de seu governo, terá de fazê-lo recorrendo a periódicos estrangeiros ou à informação armazenada na internet.

A rapidez, a possibilidade de abrigar opiniões distintas e de desmentir notícias veiculadas oferecidas pela internet foram elogiadas por Lula: "Agora, quando o cidadão conta uma mentira, ele é desmentido na hora, em tempo real, e tem que se desculpar", afirmou. Assim que "desencarnar do governo", o que deve levar cerca de quatro meses, acredita, o presidente pretende virar "blogueiro e tuiteiro", utilizando o espaço na rede mundial de computadores para debater questões como o escândalo do mensalão, de 2005, e o trabalho que pretende realizar em países da América Latina, Caribe e África.

A criação de um instrumento que permita à sociedade acionar judicialmente veículos de imprensa que divulguem "falsas denúncias" está entre as medidas que o presidente ainda pretende tomar, antes de passar a faixa presidencial a Dilma Rousseff, em 2011: "Não existe maior censura do que a ideia de que a mídia não pode ser criticada", observou.

Lula disse ser favorável ao controle do capital estrangeiro na gestão dos veículos de comunicação.

Sobre a indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que substituirá Eros Grau, Lula disse que, caso Dilma tenha algum nome para indicar, respeitará a posição dela. O presidente defendeu uma postura republicana na indicação de ministros para a Suprema Corte: "O único com quem tinha amizade era o Eros Grau. O [Cezar] Peluso eu não conhecia. O Direito pra mim foi surpresa, muita gente tinha dúvida, porque eu estaria indicando um ministro de direita, mas a atuação dele foi boa. Não pode indicar pensando na próxima votação na Suprema Corte".

Apesar das recentes manifestações de preocupação do ministro do Esporte, Orlando Silva, Lula minimizou os atrasos nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Brasil. Para ele, não há qualquer risco quanto à infraestrutura necessária.

A dinâmica do encontro com o presidente pôde ser acompanhada ao vivo no Blog do Planalto e pela rede de microblogs twitter. Os participantes foram escolhidos pela organização do 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP




Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented