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Chanceleres de Venezuela e Colômbia consolidam restabelecimento de relações





Venezuela e Colômbia estabeleceram nesta sexta-feira, em Caracas, um Mapa de Caminho para consolidar sua recém restabelecida relação e avançar na cooperação bilateral em diversos campos, entre eles comércio, segurança e desenvolvimento social na fronteira.

Ao término das reuniões de trabalho, que foram encerradas com a criação das cinco comissões destinadas a aprofundar as conversas nos laços bilaterais, os chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e da Venezuela, Nicolás Maduro, concordaram que foi "um dia muito produtivo".

Os dois ministros se declararam, além disso, satisfeitos com os passos dados nesta sexta-feira, que são sequência das conversas iniciadas entre os dois países no último dia 10 de agosto, quando os presidentes Hugo Chávez e Juan Manuel Santos restabeleceram as relações diplomáticas foram definitivamente rompidas em 22 de julho, após um ano congeladas.

Holguín ressaltou a vontade de discutir os temas "de maneira profunda e detalhada" para que os passos dados sejam consolidados e aconteça "a construção de uma relação que nossos povos se merecem".

Maduro também expressou a necessidade de dar respostas imediatas aos dois países em relação a grandes desafios, como o desenvolvimento econômico e a luta contra a pobreza.

Ao resumir as discussões do dia, o ministro venezuelano disse que seu país vai regularizar a dívida de seu país com empresários colombianos, e garantiu que foi aprovado o pagamento "muito rapidamente" de US$ 200 milhões dos US$ 800 milhões reivindicados.

Sobre o dinheiro restante, Maduro indicou que foi criada uma comissão binacional que vai analisar sua procedência e eliminar a possibilidade que encobrir pontos "ilícitos", como, por exemplo, a superfaturação.

Holguín afirmou que essa comissão deverá terminar seu trabalho de fiscalização em 15 dias a partir da próxima segunda-feira.

O chanceler venezuelano disse que também foi criado "um grupo de trabalho para resistir ao contrabando na zona fronteiriça, pois queremos relações comerciais sadias e transparentes".

O ministro explicou que a missão da segunda comissão será "firmar as bases de um acordo econômico e comercial entre os dois países" para regular suas relações a partir de abril de 2011, data na qual vence o acordo vigente na atualidade.

Quanto à terceira comissão, que se refere à fronteira, Maduro comentou que foram discutidas algumas propostas, entre elas em matéria de educação, saúde e cultura, para avançar no desenvolvimento social da região.

Holguín destacou, por sua parte, que é "muito importante" que as pessoas que vivem dos dois lados da fronteira vejam "que fazemos projetos de envergadura, e que os dois chanceleres assumiram isso pessoalmente".

Maduro ressaltou também que os ministros da Defesa conversaram "com bastante franqueza sobre uma fronteira que apresenta problemas de narcotráfico, de diferentes tipos de grupos criminosos e de grupos de caráter irregular".

O ministro venezuelano disse ainda que foi estabelecido "um mecanismo de comunicação permanente que vai começar a funcionar nos próximos dias" e que em algumas semanas uma delegação militar colombiana vai se reunir em Caracas com o alto comando militar venezuelano "para ampliar a confiança mútua".

Durante a jornada de trabalho, os ministros deixaram a sede da Chancelaria, onde foram instaladas as comissões, pela manhã, rumo ao palácio presidencial de Miraflores, onde Chávez recebeu a chanceler colombiana em reunião que durou cerca de três horas.

Em breve declaração à imprensa ao fim do encontro, o presidente venezuelano disse que tinha falado sobre "todos os temas que estão sobre a mesa e alguns outros" com Holguín, de quem se despediu com um abraço na escadaria do palácio.

Chávez enumerou os assuntos das comissões, e também revelou que na quinta-feira falou por telefone com o presidente Santos, sem informar o conteúdo da discussão.

Desde a manhã de sexta, ao início do encontro em Caracas, Maduro e Holguín garantiram a intenção dos dois Governos de construir uma relação "sólida e estável", baseada na "confiança suficiente" e um "diálogo" permanente.

"Estamos muito otimistas, esperançosos de poder definir as bases de uma relação estável, duradoura, sem altos e baixos", disse Holguín, que, ao se despedir de Maduro, falou na possibilidade de encontros "a cada 30 dias".

Fonte: PORTAL TERRA, via NOTIMP




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