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Portos, rodovias e terminais aeroportuários saturados





Que o Brasil precisa destravar os gargalos logísticos que impedem o progresso, disso ninguém mais duvida. Mas fomos alegrados com a notícia da duplicação da BR-116, ligando Porto Alegre a Pelotas, anunciada nesta quinta-feira pelo presidente Lula, que deu início, oficialmente, às obras para a Copa do Mundo de 2014. De Pelotas a Rio Grande, onde temos um superporto, estaleiros e o V Distrito Naval, a duplicação está sendo realizada. Com mais de 50 anos, a rodovia asfaltada da Capital até Pelotas, a cidade que ainda tem charme, peso político e muita história, transformou-se em mais uma avenida intermunicipal. A pista está bem conservada, mas o problema é que se tornou estreita para tantos automóveis, ônibus e caminhões. Os portos brasileiros, como Santos, com 54 navios esperando para embarcar açúcar, Paranaguá e Rio Grande precisam ter um planejamento de expansão sendo seguido ao longo dos anos.

Atualmente, administramos o País por crises, o que é um erro grotesco. Quanto aos aeroportos, parece que milhões de brasileiros descobriram que avião é um meio seguro, confortável e, obviamente, rápido para viajar, principalmente no turismo interno. Por isso se aplaude quando a Empresa de Infraestrutura Aeronáutica (Infraero) anuncia que investirá R$ 6,5 bilhões para reforma e ampliação de 16 aeroportos das 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, embora ela administre 67 aeroportos. Do total das realizações, 61% das obras serão custeadas com recursos da Infraero e o restante com verbas da União. Serão 16 aeroportos atuando diretamente no tráfego de passageiros durante a Copa, que concentram 83% do tráfego aéreo brasileiro. Além do mês de realização da Copa, a Infraero tem uma margem de movimentação com 15 dias antes do evento e outros 15 dias após a Copa. Aí serão dois meses de movimentação extra nos aeroportos. A expectativa é que nos meses de junho e julho de 2014 viajarão 1,2 milhão de passageiros estrangeiros e 1,5 milhão de usuários domésticos. Os investimentos planejados pela empresa não são específicos para a Copa e a Olimpíada de 2016, o que é muito bom, visando às pistas, aos pátios e aos terminais de passageiros. O aeroporto internacional de Guarulhos, visto como um dos mais problemáticos do País, precisa de reformas específicas para atender aos cerca de 30 milhões de passageiros previstos para 2014.

Em 2014 haverá 18 milhões de passageiros/ano em Brasília e, por isso, serão ampliados de 13 para 32 os pontos de embarque e desembarque. Em 1997 havia uma média de 0,3 passageiro por habitante no Brasil, para uma população de 163 milhões de pessoas. Em 2008, essa relação passou para 0,6, considerando uma população de 189 milhões. Como existem seis milhões de CPFs, seus donos sendo potenciais passageiros, a Infraero estima que 3,2% da população usam avião. O crescimento dos passageiros no País entre janeiro e novembro de 2008 e o mesmo período de 2009 foi de 11,6%, enquanto os outros países registraram uma queda de 3,2%. Entre 2009 e 2014, o número de pessoas que viajam de avião no Brasil crescerá 8,6% ao ano, chegando a 190 milhões no final de 2014 e 228 milhões em 2020. O aeroporto de Viracopos, em Campinas, será o maior do País em 2030, com um fluxo anual de até 90 milhões de passageiros. Então, planejar é preciso.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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