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Pernambuco: A infraestrutura necessária






Estado tem pouco mais de dois anos para promover uma pequena revolução na sua infraestrutura. É bom lembrar: Copa das Confederações já é em 2013

Trinta meses. É o tempo que Pernambuco terá para mudar a face da infraestrutura do Grande Recife e torná-la pronta para ser uma das 12 subsedes da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. E não são poucos os desafios. Os principais estão concentrados no Porto da capital e no Aeroporto Internacional do Recife, que precisam estar aptos a receber um grande número de turistas.

No quesito mobilidade urbana, as obras estão pulverizadas em diversos pontos da região metropolitana. Algumas já foram iniciadas e outras ainda se encontram em estágio embrionário. As estimativas do comitê formado pelo governo do Estado para coordenar as ações é de que serão investidos, no total, R$ 8 bilhões. Todos os empreendimentos precisam estar concluídos até o final de 2012, a fim de garantir a realização dos jogos da Copa das Confederações, em 2013.

O secretário estadual da Casa Civil, Ricardo Leitão, que também é o coordenador do Comitê Pernambuco na Copa 2014, afirma que o Estado tem seis meses de reserva técnica para finalizar os projetos e que 24 meses (dois anos) é tempo suficiente para tirar todos eles do papel. Vamos fazer com calma e cuidado, disse, negando que o corre-corre eleitoral o governador Eduardo Campos é candidato a reeleição venha a atrapalhar o andamento das construções. Para tanto, Pernambuco e os outros 11 Estados-sedes vão contar com uma série de ajudas. Anteontem, o governo federal anunciou que promoveu mudanças na Lei das Licitações, deixando-a mais suave para contratações das empresas responsáveis pelas obras da Copa, aumentou de 100% para 120% da receita anual líquida, o limite de endividamento dos municípios para captar empréstimos, liberou R$ 740 milhões para requalificação de sete portos e R$ 5,5 bilhões para 13 aeroportos do País.

O Aeroporto Internacional do Recife receberá em agosto R$ 19,8 milhões, que serão empregados na construção de uma nova torre de controle. Além disso, espera concluir até outubro de 2010 a instalação de quatro novas estruturas que servem para ligar a área de embarque às aeronaves, conhecidas como fingers. Elas servem para dar maior agilidade, conforto e segurança aos passageiros, explica o superintendente regional Nordeste da Infraero, Fernando Nicácio. A previsão é que estejam em funcionamento em outubro. O Aeroporto, que possuía uma demanda de 5,25 milhões de passageiros no ano passado, precisa estar pronto para suportar um fluxo de 7,5 milhões de pessoas em 2014.

Para tanto, também estão programadas obras de recuperação na pista de pouso, de movimentação e de estacionamento das aeronaves e em sinalizações. Segundo Nicácio, ainda não será necessário dar um destino às antigas instalações do terminal, hoje sem uso. Os aeroportos não serão um problema para a Copa 2014. Se ela fosse realizada hoje, o de Recife teria condições para atender a demanda, finaliza o superintendente.

O Porto do Recife também será contemplado com recursos do governo federal: R$ 21,8 milhões para construção do Terminal Marítimo de Passageiros. Atualmente, o Armazém 7 está em obras de readequação.

Em outubro, segundo o presidente do Porto, Sileno Guedes, ele já poderá ser utilizado provisoriamente pelos passageiros. Seu entorno também será reformado, recebendo um estacionamento. E até a próxima semana, o Porto do Recife lança o edital de concorrência que contratará a empresa responsável pela construção definitiva do Terminal Marítimo de Passageiros, que deverá estar funcionando na temporada de cruzeiros do segundo semestre de 2011, garante Sileno Guedes.

A principal obra para a Copa, a dragagem, foi concluída no ano passado. No entanto, ainda falta ser reconhecida oficialmente pela marinha do Brasil. Com ela, o Porto poderá receber navios transatlânticos. Essas embarcações são importantes por serem uma opção de reforço à estrutura hoteleira do Estado, podendo abrigar um bom número de turistas durante a Copa. Apesar do discurso afinado de todos os envolvidos na preparação do Estado e do País para a Copa 2014 o presidente Lula chegou a dizer que não seria idiota a ponto de por em risco a realização do evento , o Tribunal de Contas da União (TCU), em relatório divulgado em abril, se mostrou bastante preocupado com o andamento das obras no Brasil. Apontou riscos de gestão com possíveis falhas de supervisão no andamento das intervenções e de coordenação das atividades referentes à Copa. Erros que não poderão ser cometidos por Pernambuco. Se isso acontecer, os atrasos serão inevitáveis.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP



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