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Aeroportos: A decolagem necessária






Entre os vários desafios gaúchos e brasileiros para a Copa do Mundo de 2014, um é especialmente importante e fundamental: o da qualificação dos aeroportos. Segundo estudo do Ipea, oito das 12 cidades-sede estão com seus aeroportos operando no limite. Em algumas delas – como o de Porto Alegre –, há uma deficiência histórica em relação às pistas e uma saturação do terminal inaugurado há poucos anos. O final da Copa da África desencadeia no Brasil um sentido de urgência e de responsabilidade em relação às obras para a próxima competição. O lento desenvolvimento das decisões e das ações, de que é exemplo o Salgado Filho, faz com que se tema pela capacidade brasileira de empreender uma decolagem segura e eficiente no sentido de cumprir a tempo as metas com que o país se comprometeu. No caso, mais do que cumprir tarefas, os brasileiros estão sob o desafio de mostrar competência e capacidade de organização.

A questão do apagão dos aeroportos, cujo sinal vermelho ocorreu após a tragédia do voo da TAM em julho de 2007, ainda persiste, apesar das providências emergenciais adotadas em alguns aeroportos e da traumática mudança da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Naquela ocasião, instalou-se um verdadeiro caos nos aeroportos, envolvendo as empresas aéreas, as estruturas comandadas pela Infraero e uma desconfiança em relação aos controladores de voo. O principal problema do aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, continua sendo a extensão da pista, cujos trâmites de ampliação obedecem a um processo lento, embora o principal entrave – o da remoção e relocalização de uma vila – parece ter sido superado. A situação da pista tem reflexos inevitáveis sobre todo o transporte aéreo regional, eis que impede a operação de cargueiros de grande porte e, assim, encarece o frete e deprime a competitividade das empresas.

A pressão dos prazos impostos pelo cronograma da Fifa precisa ser respondida, no Estado e no país, com uma demonstração de competência e eficiência. Não basta, por exemplo, que se anunciem linhas de crédito e financiamento ou que se definam projetos infraestruturais nas várias modalidades de transporte e circulação. Porto Alegre e as demais cidades-sede, bem como os Estados envolvidos, necessitam ver a urgência dos prazos – faltam agora 47 meses para a Copa de 2014 – transformada em obras aceleradas. A África do Sul deu bons e maus exemplos. Os estádios estavam concluídos, mas os entornos ficaram incompletos. Os aeroportos estavam adequados e as rodovias surpreenderam pela beleza e qualidade, mas o transporte coletivo se manteve claramente deficiente.

São lições que confirmam a urgência com que as obras da Copa devem ser tratadas, num alerta aos governantes das três esferas de governo e num desafio aos empreendedores privados que se aliaram ao projeto.

O final da Copa da África desencadeia no Brasil um sentido de urgência e de responsabilidade em relação às obras para a próxima competição.

Fonte: ZERO HORA, via NOTIMP




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