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Passageiros demais e Infraero de menos no Aeroporto de Navegantes





Marcos A. Birfeld

Dentre suas muitas viagens pelo Brasil, todas mostradas em fotos que ilustram o saite da Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, seu presidente, o engenheiro Murilo Barboza, talvez não tenha estado nos últimos meses no Aeroporto “Internacional” (?) Ministro Victor Konder, em Navegantes (SC). Uma das regiões mais pujantes da economia do Sul do Brasil, o Vale do Itajaí está diante de um gargalo: o esgotamento da capacidade do aeroporto que serve Itajaí e cidades próximas como Joinville, Blumenau e Balneário Camboriú. Nos últimos 12 meses, o terminal registrou taxa de crescimento de 50%. E só em fevereiro deste ano ali embarcaram e desembarcaram 131.210 passageiros.

O número total de embarques e desembarques em 2009 foi de 596 mil pessoas - já acima do que pode ser suportado por Navegantes. Houve um aumento na oferta de voos - com a significativa entrada da Azul; o início em 2010, das atividades, ali, da Trip; e a manutenção dos voos da TAM e da Gol.

A Infraero diz que vai abrir as licitações para realizar as obras de ampliação e melhorias no aeroporto: o recapeamento da pista e a desapropriação de áreas de entorno, para abrigar um novo terminal de passageiros e mais uma pista. Mas tudo sem data - o que, assim, por ora, não passa de conversa.

Quem esteve em Navegantes nas últimas semanas - como o colunista pessoalmente constatou no fim de semana - sabe que muitas coisas não precisam de licitação, mas sim de gerenciamento. Por exemplo: o restaurante não funciona aos sábados; a qualidade (?) dos serviços e produtos prestados pelas lanchonetes parece passar por controle nenhum; a aparelhagem de ar condicionado do pavimento superior mais parece um gigantesco - e trêmulo - liquidificador a roncar, em altos decibéis, nos ouvidos dos passageiros. E em alguns banheiros, os assentos estão velhos, gastos ou rachados!

Para completar, o obsoleto elevador é encarado com desconfiança pelos usuários: antigo é do tipo hidráulico e, em caso de pane, o serviço precisa ser chamado em Curitiba (PR), prática também adotada sempre que há necessidade de manutenção preventiva e corretiva.

Em meio à sua agenda que compreendeu visitas ao Aeroporto Salgado Filho, passagem do Comando Militar do Sul, contatos com deputados do Amazonas, reunião com a Procuradoria da República no Espírito Santo (ES) etc. se o presidente Murilo Barboza tivesse estado, sem as insígnias do cargo, no Aeroporto de Navegantes - como comum passageiro - teria constatado no sábado (1) que alguns dos banheiros estavam sem papel higiênico. E olha que os usuários pagam compulsórios R$ 15,41 de taxa de embarque, pelo...uso do aeroporto!

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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