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Passageiro do Legacy aponta que pilotos não dominavam comandos








O ex-funcionário da Embraer Daniel Bachamann, passageiro do jato Legacy que tocou uma asa no Boeing 737, em 29 de setembro de 2006, causando a queda do avião no norte de Mato Grosso e a morte de 154 pessoas, confirmou hoje, ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, que os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino pareciam não entender bem os comandos do Legacy.

Em determinado trecho da entrevista, Daniel revela um diálogo entre os dois pilotos. “Você sabe como funciona isso? Talvez seja melhor ler o manual”, diz um dos pilotos. O outro teria respondido “estou com medo de ler agora, em pleno vôo”.

Ao passar por Brasília, eles receberam a informação para ‘manter’. Os pilotos entenderam que era para manter a altitude de 37 mil pés. Todavia, o recado era para manter o plano de vôo, o que baixaria a altitude para 36 mil pés ao passar pela capital federal, evitando assim voar na mesma altitude de outras rotas.

O ex-funcionário da Embraer disse que não viram o Boing e apenas sentiram uma forte pancada. Ao olharem pela janela, perceberam que faltava um pedaço da asa esquerda. “Os rebites estavam se desprendendo e havia combustível escorrendo pela lateral da asa”, revela Daniel.

Ele confirmou que a partir daí houve mudança repentina no comando do Jato, pois era a primeira vez que Joseph Lepore pilotava um Jato Legacy. O pouso seria de emergência e Paladino passou a comandar o avião, que conseguiu pousar na Base Aérea da Serra do Caximbo, no sul do Pará.

As caixas pretas do Legacy apontaram que em nenhum momento, desde o começo do vôo, foi acionado o “T-ACS”, sistema anticolisão que alerta a aproximação de outro avião no âmbito de 360 graus. Daniel Bachaman revela que os dois pilotos sabiam que o T-ACS estava desligado, quando teriam dialogado: “o T-ACS está desligado?”, pergunta um. “Sim, o T-ACS está desligado”, reponde o outro.

Joseph Lepore e Jan Paladino foram absolvidos em primeira instância em decisão do juiz federal de Sinop, Murilo Mendes, mas o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região decidiu, em janeiro de 2010, anular a decisão da Justiça Federal de Sinop. Segundo o relator do processo, desembargador Cândido Ribeiro, a ‘pouca familiaridade’ dos pilotos norte-americanos com a aeronave justifica a permanência da ação por negligência. A decisão foi unânime.

Fonte: , via NOTIMP




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