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Cumbica vai ganhar terminal provisório








Bruno Tavares

O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deverá ter até dezembro um novo terminal de passageiros. Batizado de Módulo Operacional, o espaço terá capacidade para receber até 1 milhão de passageiros por ano, o que ajudará a desafogar os dois terminais existentes.

Os planos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (infraero), que serão anunciados amanhã, incluem a retomada das obras nas pistas e no pátio de aeronaves, paralisada desde março do ano passado por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), além da construção de mais dois módulos operacionais até junho de 2013.

Os módulos operacionais são uma espécie de galpão pré-moldado que reproduz, de forma mais simples, as mesmas configurações de um terminal tradicional. O Aeroporto de Florianópolis foi o primeiro a receber um desses. A estratégia da infraero é erguer módulos nos aeroportos mais congestionados do País, como Brasília, Goiânia e Vitória, para que se consiga absorver a demanda com um padrão mínimo de conforto, enquanto as obras definitivas não ficam prontas. Para os técnicos, trata-se de uma solução de baixo custo (R$ 2.500 por metro quadrado), rápida instalação (em média, fica pronta 9 meses após o início da licitação) e que pode ser reaproveitada por aeroportos menores.

O primeiro módulo de Cumbica será montado no espaço onde hoje funcionam hangares de manutenção. Os outros dois ficarão em áreas antes ocupadas pelas extintas Vasp e Transbrasil - um com capacidade para receber 3 milhões e o outro, 2,5 milhões de passageiros por ano.

Pistas. As obras nas pistas e no pátio de aeronave serão feitas pelo Departamento de Engenharia e Construções (DEC) do Exército. São intervenções simples do ponto de vista da engenharia, mas devem ajudar a elevar a capacidade operacional do aeroporto. O projeto prevê, entre outras coisas, a criação de duas "saídas rápidas" entre a pista mais extensa, com 3.700 metros de comprimento, e a pista de taxiamento, por onde as aeronaves chegam ao terminal de passageiros.

A obra terá impacto direto na vida do passageiro, que nos últimos anos teve de se acostumar com longas esperas para pousar ou decolar. Com as "saídas rápidas", preveem os engenheiros, será possível dar mais fluidez ao tráfego, pois os aviões não terão mais de percorrer toda a pista para chegar à área de taxiamento. Isso permite, em tese, uma redução do espaçamento determinado pelo controle de voo entre os aviões que se preparam para pousar ou decolar.

Outro gargalo que começará a ser eliminado é o da falta de espaço no pátio de aeronaves. Cumbica dispõe de 67 posições para estacionamento de aviões, número insuficiente nos horários de pico. O plano da infraero é criar um pátio "satélite", com capacidade para 20 aeronaves. Outras 22 posições devem ser criadas quando o terceiro terminal de passageiros, obra prevista para ser entregue após 2014, estiver pronto, o que elevará para 109 as vagas para aviões em Cumbica.

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP




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