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AEL já desenvolve para FAB veículo aéreo não tripulado





Virgínia Silveira

A AEL-Aeroeletrônica, de Porto Alegre (RS), deu partida a seu projeto de desenvolvimento e fabricação de um Veículo Aéreo Não Tripulado totalmente nacional. Ontem, a empresa anunciou uma parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), que irá utilizar dois VANTs Hermes 450 cedidos pela AEL, sem custo, durante o período de um ano. O veículo é fabricado pela Elbit System, de Israel, controladora da Aeroeletrônica. Os veículos cedidos pela AEL também serão testados pela Marinha e pelo Exército, em missões de reconhecimento tático e vigilância de fronteira. As operações, diz o diretor executivo da AEL, Vitor Jaime Neves, contarão com apoio técnico da AEL e da Elbit.

O primeiro Hermes 450, cedido pela Elbit, chegou ao país em 9 de dezembro e começou a ser testado em janeiro, na Base Aérea de Santa Maria (RS), onde fica sediado o Esquadrão de VANT da Aeronáutica. A fase de avaliação das aeronaves, segundo a FAB, deverá se estender até o fim desse ano. No começo de 2009, a FAB fez um pedido de informações (Request For Information- RFI) para as empresas interessadas em fornecer os sistemas.

O processo de compra dos VANTs, de acordo com o diretor da AEL, foi interrompido com a decisão de utilizar os sistemas da Elbit. Segundo a Aeronáutica, a FAB decidiu avaliar todas as possibilidades de emprego no país, além de criar regras de utilização e regulamentar o tráfego aéreo desse tipo de aeronave antes de iniciar um processo de aquisição.

Maior fabricante mundial de VANTs, o grupo Elbit/AEL já encaminhou à FAB uma proposta de transferência de tecnologia e a intenção de construir no país um centro de excelência para esse sistema. "Selecionamos um grupo de nove técnicos brasileiros, que já está participando de um programa de desenvolvimento de tecnologia na Elbit, em Israel". O grupo é o segundo enviado ao país.

O Hermes 450 é um VANT de alto desempenho multimissão, que opera em qualquer condição climática, sem a necessidade de alocar tropas em áreas de risco. Pode permanecer em voo totalmente carregado por mais de 15 horas, realizando missões de reconhecimento, vigilância e designação de alvos. Tem 6 metros de comprimento e 10 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra). Voa a 110 km por hora e pode atingir cerca de 5 mil metros de altitude.

Com o programa de nacionalização de tecnologias de ponta da Elbit para a AEL, diz Neves, a empresa gaúcha vem se capacitando para participar dos projetos brasileiros na área de defesa, como a aquisição dos caças F-X2, dos helicópteros para uso das Forças Armadas e do cargueiro KC-390, da Embraer. Além da frota de Bandeirante da FAB, já participa da modernização dos AMX e F-5. O Super Tucano também é equipado com sistemas aviônicos da AEL.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP




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